História A misteriosa garota da montanha - Revoltas inevitáveis!

- Lugar de assassino é na cadeia! Quero que essa mulher pague por todo o mal que causou. - ele respondeu.

- Ótimo, Christopher! Eu farei o que for necessário para prender a Natália. - disse, se levantando. - Agora eu preciso ir. Te mantenho informado. 

- Muito obrigado, doutor Fernando! - Christopher o acompanhou até a porta e voltou para a sua cadeira. 

Dulce saiu rapidamente de sua casa, pois precisava visitar um lugar que havia deixado a moça muito emocionada. Ela pegou o primeiro táxi que apareceu e seguiram para o orfanato. Pouco mais de quinze minutos, ela chegou onde queria, pagou a corrida e desceu. 

Dulce observou a entrada do orfanato, respirou fundo, tomou coragem e entrou, se encaminhando diretamente para a sala da diretora. Ela deu algumas batidas na porta, até ouvir a ordem de entrada. 

- Licença! Será que podemos conversar um pouco, diretora Júlia?

- Oi, Dulce! - elas se cumprimentaram. - Entra, por favor! Sente-se e fique a vontade.

- Obrigada, Júlia! - Dulce agradeceu, com um sorriso.

- Em quê eu posso ajudá-la, Dulce? - ela perguntou.

- Eu queria saber se a papelada da adoção já está pronta! Quero fazer uma surpresa para o Ucker. - Dulce explicou seu plano para a diretora, que concordou rapidamente.

- Fiquei muito feliz por saber que está tomando uma atitude tão linda quanto esta, Dulce. Tenho certeza que o Christopher vai amar a surpresa.

- Assim espero, Júlia! Agora eu tenho que ir. Você me mantém informada de tudo! Não vejo a hora de tudo dar certo e eu poder, finalmente, surpreender meu futuro marido. Mas quero que isto fique só entre nós, não quero que ele saiba antes da certeza. - ela pediu.

- Fique bem tranquila, Dulce! Prometo que o Christopher não vai saber de nada. - Júlia prometeu.

- Muito obrigada, Júlia! Qualquer coisa, já sabe, é só avisar. - Dulce se despediu da diretora, pegou um táxi em frente do orfanato e foi direto para sua casa. Alguns instantes depois de chegar, Dulce tomou um banho rápido para relaxar. 

Na empresa, Christopher ainda estava em sua sala, pensando em uma maneira de se livrar de uma vez por todas de sua inimiga, Natália Telles. Ele não via a hora da justiça ser feita. Assim, talvez se sentisse menos culpado por ter feito muito mal à Dulce no passado.

Depois de tudo o que ouviu o detetive Fernando falar, ele já não queria mais perder tempo, queria fazer a justiça acontecer o mais rápido possível.

- Uckerzito, eu trouxe um cafezinho pra você! Faz tempo que está aí, sentado, trabalhando, que eu ainda não vi você tomar seu café forte. - disse Maite, entrando na sala de Christopher com uma bandeja em suas mãos, que estava com uma xícara.

- Muito obrigado, Maitita! Estava mesmo precisando de um bom café. - Ucker agradeceu, pegando a xícara e tomando um gole da bebida. - Está uma delícia, May. - elogiou, provocando um belo sorriso no lábios da morena.

- Obrigada, Ucker! - agradeceu.

- Achei que já tivesse ido embora. - Ucker supôs. 

- Não, eu não poderia ir embora agora. - ela respondeu. - Eu ainda estava organizando sua agenda. Antes que eu me esqueça, o doutor Fernando deixou um recado, dizendo que reuniu as provas contra a Natália. Inclusive, encontrou uma testemunha, que já não trabalha mais aqui. Não sei se conhece o Jack Duarte. Segundo o doutor Fernando, ele trabalhava aqui na época e viu a Natália usando o telefone da Vonucker Glamour, pouco antes de a Dulce chegar até aqui.

- Sim, May! Me lembro muito do Jack! E ele saiu de uma forma inexplicável. - Ucker afirmou, pensativo. 

- Pode ter certeza, Christopher! A Natália ameaçou o cara de morte e ele preferiu pedir demissão. O detetive conversou com ele, que disse ter visto a Natália acompanhando a mãe da Dulce até o hospital. Se não me engano, a dona Blanca fraturou algumas costelas e quebrou as pernas. Ela até sobreviveria, entretanto, o Jack afirmou, com toda a segurança do mundo, que a Natália revelou todo o plano pra ele e disse que... que a Natália desligou... os aparelhos que mantinha a mulher viva.

- Miserável! - Ucker se levantou e socou a mesa com toda sua força.

- Calma, Ucker! - May tentou acalmá-lo. - Eu sei que a Natália errou muito, mas você precisa ficar calmo, meu amigo. Eu estou aqui e vou te ajudar. 

- Maitita, desmarque todas as minhas reuniões da semana! Eu tenho que resolver muitas coisas. - Ucker ordenou. 

- Tudo bem! Está mais calmo? - ela perguntou, preocupada.

- Estou tentando, Maite! Não é nada fácil viver o que eu estou vivendo agora. Eu não posso acreditar que fui tão burro, tão idiota, tão...

- Eu imagino como se sente! - disse ela, abraçando-o. - Christopher, sei o que aconteceu, mas torço muito por você e pela Dulce. Eu tenho certeza que a justiça será feita.

- Eu sei! - Christopher respondeu, se separando do abraço. - Com as provas que temos, eu vou colocar aquela vagabunda na cadeia, de onde ela nunca irá sair. Ela vai pagar por tudo o que fez, por todo o mal que causou. Por cair na lábia daquela vadia, eu quase perdi a Dulce. Paguei um preço muito alto por acreditar em uma bruxa como ela. Eu não vi a gravidez da Dulce, não acompanhei o nascimento e desenvolvimento das minhas filhas, não acompanhei o crescimento delas, não estava presente quando elas aprendiam coisas novas pra aplaudir de pé. Não estava presente quando elas caíam, para poder levantá-las. Perdi muitas coisas, muitos momentos bons. Juro que a Natália vai pagar muito caro, May. Ela vai pagar cada centavo que tirou da minha felicidade. Eu tenho vontade de matar aquela mulher, tenho vontade de cortar seus pulsos, de...

- Chega, Christopher! - Maite o repreendeu. - Eu sei que não está sendo fácil pra você, mas você tem que colaborar. Vai pra casa, tome um banho morno, come alguma coisa e tenta descansar e dormir. Tenta não pensar nestas coisas, tudo bem? - ele assentiu.  - Eu já estou indo! Amanhã cancelo sua agenda da semana. - May pegou a bandeja, com a xícara vazia e saiu.

- Você me paga, Natália! E pode ter certeza que vai me pagar muito caro. - Ucker falou para si mesmo.