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História A misteriosa garota da montanha - Lágrimas


Escrita por: Hanna__Santos

Notas do Autor


Boa noite, caros leitores!
Me desculpem por não ter postado nada esta semana. Apesar de ser um feriado longo, ainda não encontrei tempo suficiente para postar ou editar algum capítulo. Bem... acabei de editar este agora e espero que gostem.

Capítulo 65 - Lágrimas


- A Natália é a assassina dos meus pais. Ela matou eles, Zoraida. - Dulce confessou.

- O quê? Meu Deus! - Zora falou, surpresa. - Aquela rata miserável tem que pagar por tudo o que fez. Ela tem que pagar por todo o mal que te causou. - ela abraçou Dulce, que ficou imóvel e calada. - Estou muito triste, Dul! Você sabe que eu não suporto inveja e tristeza. A rata sempre teve inveja da linda família que você tinha e acabou te machucando muito. Acabou com a alegria de uma família.

- Zora, ela... ela está presa! - Dulce afirmou, emocionada. Claro que se sentia mais leve pelo ocorrido, mas tudo fazia a mulher lembrar de seus pais, da dolorosa morte que eles tiveram. Seus olhos estavam completamente tomados por suas lágrimas, que caíam quase que involuntariamente e incessantemente. A tristeza e angústia em seu olhar era evidente. Estava feliz por ter conseguido a justiça pela qual correu atrás durante mais de uma década. Mas estava triste e se sentia ingênua demais por ter acreditado em cada palavra de apoio que Natália deu à ela, quando perdeu os pais. Dulce precisava vê-la, precisava conversar com sua antiga vizinha e falsa amiga.

- Isso é pouco! - Zoraida respondeu, se sentando. - Espero que as mulheres de lá acabem com ela.

- O que aconteceu com a mamãe, tia Zora? - Helena perguntou, entrando na sala.

- Estamos muito preocupadas com você, mamãe! - disse Helô, abraçando Dulce por trás. - Por que está triste? Por que está chorando? 

- Não precisa se preocupar, meninas! - Zora respondeu. - A mamãe de vocês só está um pouco cansada do trabalho, mas vai ficar tudo bem.

- Zora, eu vou descansar um pouquinho! Pode olhar as meninas? - Dulce perguntou.

- Claro, amiga! Tome um banho e relaxa. - disse ela. - Quem está com fome?

- Eu! - as meninas responderam, abraçadas à Zoraida.

- A tia Zora fez uma comida deliciosa! E temos sobremesa. Quem comer tudo, vai ganhar salada de frutas.  - elas sorriram, animadas, pois adoravam salada de frutas - Tem banana, tangerina, morango, maçã, abacaxi, manga... Alguém quer? 

- Eu quero! - Heloísa respondeu.

- Eu também quero, tia Zora! - disse Helena.

- Então vamos! - foram para a cozinha. Assim que terminou sua refeição, Heloísa foi para o quarto de Dulce, onde a encontrou deitada, lendo Harry Potter.

- Mãe, posso entrar? - perguntou, fechando a porta devagar. - Estou preocupada com você.

- Oh, meu amor! Vem aqui. - Dulce fechou o livro, colocou o mesmo em cima do criado mudo e estendeu o braço para a filha. - Eu estou bem! Não precisa se preocupar comigo, minha filha. - disse ela, fazendo carinho na menina. - É que... a mamãe descobriu algo que está me deixando triste, mas está tudo bem. 

- Brigou com o papai? Vocês terminaram? - Helô perguntou, curiosa e preocupada.

- Nós... discutimos, mas não se preocupe, já resolvemos e eu tenho uma novidade... quero fazer uma surpresa para o Chris.

- O que é? Estou muito curiosa. - elas riram.

- Se está tão curiosa assim, será que pode chamar sua irmã? Preciso contar a novidade para as duas, mas o papai não pode nem sonhar, pode ser? - Dulce pediu. - É um segredo de mãe e filhas, ou melhor, de mãe e filhos.

- Está grávida? - a menina perguntou, com um brilho especial nos olhos.

- Não, minha filha! Eu... não posso mais... não tenho mais útero. - afirmou. - Agora, vai chamar a Helena. - Helô assentiu e saiu o mais depressa que conseguiu. Não via a hora de saber a grande novidade que sua mãe tinha pra contar. As gêmeas ficaram radiantes com o que Dulce pretendia fazer e apoiaram a mãe. 

Assim que revelou a surpresa para as filhas, Dulce ligou para o Ucker e foram até a delegacia. Ainda queria ver a Natália e precisava muito falar com ela, nem que fosse pela última vez.

- Dulce, tem certeza que... - Christopher perguntou, preocupado, mas ela o impediu de terminar a pergunta.

- Chris... - Dulce acariciou o rosto dele. - ... Olha, você sabe que eu não vou conseguir ir em frente sem encarar a Natália. Por mais que tudo isso me machuque, eu tenho esse direito e jamais abdicarei dele. Pode me esperar? Se eu não for atrapalhar ou te atrasar, quero que me espere. Prometo não demorar. 

- Tudo bem, minha linda! - assentiu, pegando nas mãos dela. - Não tem com o que se preocupar. Estarei te esperando. Espero que não demore e que não se arrependa. - Christopher abraçou Dulce com carinho, deu um beijo na bochecha dela e a olhou nos olhos. - Te amo, Dul! Só espero que... que dê tudo certo. Estarei aqui, tudo bem?! Confie em mim.

- Você é um grande amigo, Chris! E é um excelente pai para as nossas filhas. Eu confio sim em você, muito obrigada. - ela respondeu.

- Dulce Maria? - disse o carcereiro.

- Agora eu realmente preciso ir, Chris! - Dulce o abraçou e seguiu o carcereiro à sua frente.

- Espere a Natália aqui, Dulce Maria! - ele abriu a porta de uma sala pequena e saiu rapidamente. O lugar tinha pouco espaço e era composto apenas de duas cadeiras e uma mesa.   Dulce bufou, impaciente. Mirou seu relógio de pulsos, roía as unhas, passava a mão pelos cabelos, até ouvir passos próximos. - Eu vou fechar a porta! Se precisar de mim é só me chamar. - Assim que o homem disse isso, Natália adentrou a pequena sala e se sentou. O carcereiro fechou a porta e saiu.

- Estou surpresa, Dulce! - Natália falou, encarando a mulher à sua frente. - Achei que jamais queria me ver na sua vida novamente.

- É verdade, Natália Tellez Martínez, filha do grande empresário Guillermo Tellez. - ela confirmou. - Esta será a última vez que vou ter que olhar nesta sua cara. Nunca mais quero ter que acreditar em você. Nunca mais quero ouvir sua voz. 

- Nossa! - bateu palmas, sinicamente. - Se este era seu teatro, sabe que quase me convenceu?! Acreditei, sabia? Fiquei com medo de perder sua brilhante amizade. - sorriu.

- Acontece que quem tem o dom de enganar as pessoas não sou eu. - Dulce respondeu. - Por que, Natália? Por que matou os meus pais? O que eu te fiz pra te levar ao ponto de acabar com a vida das duas pessoas mais importantes na minha vida?

- Hmm... me deixa pensar um pouquinho. - disse, ironicamente, olhando para o nada. - A verdade é que você sempre foi pobre, sempre foi feliz ao lado dos seus pais. - Natália lembrou, fitando Dulce. - Apesar de, às vezes, você sofrer com o cansaço daqueles idiotas, só pra tentar dar o melhor pra você, eles sempre se alegravam... vocês viviam felizes e... e na minha casa era o contrário. Meu pai sempre chegava do trabalho reclamando de tudo e de todos. Ele brigou feio comigo e... eu já não suportava mais ter que ver a pobre feliz e uma mulher rica como eu, triste e mal amada...

- E ... para isso, acabou com... os meus pais?! - ela perguntou, contendo as lágrimas, que estavam prestes a serem derramadas. - Eu te apoiei, Natália. Eu sempre te ajudava a superar isso. Te ajudava a fazer as pazes com seu pai. - ela limpou as lágrimas, que caíam sobre as maçãs do seu rosto. - E tudo isso pra quê? Pra você simplesmente querer me fazer o mal? Pra você matar... minha família?

- Dulce... eu... - ela interrompeu.

- Não me dirija a palavra! Jamais diga meu nome. - Dulce ordenou. - Nunca pensei que eu pudesse dizer isso, mas... te odeio, Natália. Você é um monstro. Eu me pergunto como pude ser tão idiota de acreditar em você? Como?

- Estou muito feliz por saber que um dia confiou em mim. E pra falar a verdade, nunca fui sua amiga, sempre te odiei. Amei te ver sofrer com a dor de perder aqueles velhos imprestáveis que você chamava de pais. - Natália revelou, fazendo Dulce arregalar os olhos. 

- Não... não acredito! Como pôde ser tão cruel? - perguntou, sofrendo com tudo o que ouvia. - Não se arrependeu do que fez?

- Se enxerga, Dulce Maria Espinoza Saviñón! Planejei tudo nos mínimos detalhes durante quase seis meses. - afirmou. - Ainda acha que eu me arrependi? Claro que não, sua boba. Só me arrependi por não ter te matado também. Agora você está aqui, enchendo minha paciência.

- Só não vou te bater, só não vou rasgar sua cara por causa da minha dignidade. Eu não sou como você, que pisa em todo mundo para se autobeneficiar. Tenho caráter, honestidade. 

- Sério? Nossa, Dulce! Não estou nenhum pouco interessada em te ouvir. Já te disse tudo o que queria que eu dissesse, já confessei ter matado...

- Chega! - Dulce gritou, seguido de um forte tapa no rosto de Natália, suficiente para derrubá-la. - Sou eu quem não quer te ouvir, sua bruxa. Você vai pagar por tudo o que você fez. Vai pagar por todas as lágrimas que me fez derramar.

- Tá maluca, sua idiota? Como acha que...

- Eu não quero mais te ver, sua rata dos infernos! E se eu ver, pode ter certeza que eu vou te dar uma lição. - Dulce cuspiu na cara da moça, que ainda estava caída e saiu.

- Dulce! - Christopher a chamou, assim que a viu. Ela o olhou e o abraçou forte. - Calma, meu amor! Eu estou aqui, tudo bem?!

- Vamos embora, Chris! - ela o chamou. Christopher assentiu e saíram. 

- Dul, e como foi? - ele perguntou, assim que entraram no carro.

- Foi horrível, Christopher! A Natália é a pior espécie de ser que possa existir. Ela acabou com minha família por prazer. Simplesmente por que queria me ver sofrer.

- Eu sabia que você não deveria ter vindo, Dulce. - disse, enquanto pegava na mão esquerda dela. - Sabia que iria ficar assim. Eu não gosto de te ver triste, meu anjo. Te amo tanto, meu amor... se você soubesse... se acreditasse em mim...

- Chris! - ela repreendeu-o. - Para com isso! Eu não quero me encher de esperanças novamente, pois sei que não vamos dar certo juntos. Mas temos que ser bons amigos... pelas nossas filhas. E vê se coloca isso na sua cabeça... Nunca daremos certo.

- O pior é que eu sei! - Christopher respondeu, ligando o carro e partindo em seguida. - É difícil admitir que...

- Tudo bem, Chris! Já devíamos saber disso. Somos apenas bons amigos... já sofri demais e não... quero sofrer de novo. Apesar de te amar, o melhor que temos a fazer é... manter apenas nossa amizade.

- Por que você é tão difícil? Por que não acredita que eu te amo? Por que não confia em mim? - Christopher perguntou, cheio de dúvidas. - Eu amo você e as nossas filhas, Dul. Queria poder te fazer feliz, mas sei que eu não posso... jamais te darei a felicidade que merece. - ele fitou Dulce e voltou a olhar para a pista. Ficaram o percurso todo em silêncio. Christopher deixou Dulce em casa e foi embora, sem se despedirem. Ela entrou, tomou um banho e dormiu para descansar.

Um mês depois

Zoraida e Eddy se casaram em uma cerimônia simples. Estavam morando na casa em que ele vivia, em um bairro não muito distante dali.

A papelada da adoção estava pronta! Era um sábado de manhã, quando Dulce recebeu a notícia da diretora do orfanato. Ela estava muito feliz e as crianças não aguentavam mais ter que esconder a verdade do pai.

- E quando vai contar para o papai, mãe? - Helena perguntou, ansiosa.

- Assim que eu voltar do orfanato, meu anjo. - ela respondeu. - Mamãe vai passar no shopping pra comprar algumas roupas. Vou demorar um pouquinho, mas a tia Zora e o tio Eddy estão aí pra cuidar de vocês. 

- E o papai? Onde está? - Helô perguntou. 

- Ele... não sei! Acho que... deve ter passado na empresa. - Dulce deu um beijo na testa de cada uma das meninas e foi para o orfanato. Se encantou ao ver tantas crianças juntas. Pareciam estar alegres, se divertindo. Ela foi até a diretoria e conversou bastante com a diretora de lá. Ainda se divertiu muito com as crianças, cada uma com um sonho, com um objetivo. Depois da longa visita, Dulce se despediu deles e ligou para Christopher. 

- Oi, Dul! Aconteceu alguma coisa? - Christopher perguntou, atendendo a ligação.

- Chris, eu tenho uma surpresa pra você. - disse, em poucas palavras.

- O que aconteceu, Dul? - ele perguntou, preocupado.

- Vou te esperar em casa para o jantar, pode ser? - Dulce perguntou, insegura e apreensiva.

- Tudo bem! Até o jantar então. - finalizaram a ligação e ela já se encontrava com um enorme sorriso nos lábios. Com certeza, Christopher iria amar a surpresa.

Dulce foi pra casa, tomou um banho quente pra relaxar, conversou um pouco com as filhas e voltou ao orfanato. A tarde foi bem cansativa e, logo, a noite chegou. Zoraida não morava mais lá, mas foi convidada para o jantar e ajudou Dulce nos preparativos e na cozinha. 

Uma campainha pôde ser ouvida. 

- Pode deixar que eu atendo. - Dulce respondeu. Vestia um vestido vermelho, com um pequeno decote entre os seios. Nos pés, calçava um belo par de sapatos de salto alto. Estava com os cabelos presos em um coque e com o perfume que Christopher gostava. 

- Boa noite, minha linda! - Christopher a cumprimentou com um abraço e um cheiro em seu pescoço. - Você está incrível.

- Obrigada, meu... amigo! - ela agradeceu. - Entra, por favor. - Ele sorriu com o que viu. Se emocionou com tudo e parecia não acreditar. Pegou Dulce no colo e lhe deu um beijo apaixonado. 

 

 

 

 

 

 


Notas Finais


Será o que o Ucker viu???
Prometo matar a curiosidade de vocês em breve kkkk. Bye, bye!!!


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