História A misteriosa garota da montanha - Surpresas emocionantes!

- Christopher, tem crianças na sala! - Dulce o repreendeu, se separando do beijo que acabara de ganhar. 

- Eu sei, meu amor! - ele respondeu, colocando ela no chão. - É exatamente por isso que eu te beijei.

- Papai! - as meninas gritaram juntas, abraçando-o.

- Tio Chris! - um menino gritou, indo ao encontro dele. - Estava com saudades.

- Pedrinho, o que conversamos? - Dulce perguntou, lembrando o menino.

- Desculpa! E como você está, papai? - ele perguntou. Christopher arqueou uma de suas sobrancelhas e olhou para Dulce, buscando uma resposta.

- Amiga, o nosso pequeno Arthur acabou de acordar. - disse Zoraida, com um bebê em seus braços. - Eu vou ajudar o Eddy a terminar a sobremesa.

- Vamos brincar, Pedrinho? - Helô chamou, piscando para ele, que assentiu, entendendo o recado e acompanhando suas irmãs. 

- O que está... acontecendo aqui, Dulce Maria? - Christopher sussurrou. - A diretora deixou você trazer o Pedrinho e o bebê? - Dulce negou, sorridente. - Me diz logo o que está acontecendo.

- Chris! - Dulce o chamou. - Sente-se, por favor. - Ele obedeceu e se sentou, olhando para ela, sem entender. - Eu... aguardei a ordem do juíz sair. O Pedro e o Arthur são nossos filhos agora... e se quiser a guarda compartilhada, eu não me importo. Você poderá ficar com as crianças aos finais de semana, se assim preferir.

- Dul, é sério? - ela fez que sim com a cabeça e sorriu. - Obrigado, meu amor! Eu queria muito poder participar da vida e do crescimento dos nossos filhos. Muito obrigado pelo presente, minha linda. 

- Não há o que agradecer, Chris! Você sempre quis criar seus filhos, agora poderá. - Dulce respondeu.

- Dul, eu não sei o que te dizer. Só sei que me sinto um homem realizando o sonho de construir uma família. Temos quatro filhos maravilhosos juntos, o que me deixa muito feliz e emocionado. - Christopher falou, se permitindo chorar. Dulce limpou as lágrimas que rolavam sobre o rosto de seu amado com as pontas dos dedos e voltou a olhá-lo. - Estou sem palavras, meu amor. Você provou que me ama e que me perdoou de verdade. Te amo, minha linda. - Christopher se levantou, pegou na mão direita de Dulce, o que fez a moça levantar também. Abraçou ela como forma de agradecimento e a olhou nos olhos. - Dul, eu não sei o que fiz de bom pra te merecer. Você é o grande amor da minha vida. Sofri muito por ficar longe de você por mais de uma década, mas posso afirmar que toda a saudade e a distância valeram a pena. Te reencontrar foi a melhor coisa que aconteceu em toda a minha existência. Eu me culpo por ter causado uma ferida muito grande em você, mas vejo que ela já se cicatrizou. - Dulce sorriu.

- Não chora, Christopher Uckermann! - ela pediu, sem mais se importar com o sobrenome dele. - Te amo muito e sei que, assim como você, eu também errei muito...

- Dulce Maria Espinoza Saviñon Von Uckermann, aceita se casar comigo e ser minha eterna namorada? - ele perguntou.

- Obrigada pelos meus possíveis futuros sobrenomes. - eles riram. - Mas não é bem assim.

- Como não, Dul? Não acha que... já esperamos demais? Ficamos uma década longe um do outro, amor. Quero me casar com você, criar nossos filhos juntos...

- Ucker, - ela bagunçou os cabelos dele. - Você sabe que... não é tão simples assim. Acho que deve se lembrar que tentamos salvar nossa relação várias vezes e sempre saímos machucados. Imagino que deve saber que nós nunca daremos certo. O melhor é acabar com qualquer esperança que ainda possamos ter. Seremos apenas bons amigos, principalmente por que devemos viver em harmonia, por causa dos nossos filhos.

- Vamos jantar? - Zora falou, entrando na sala. Levava alguns talheres e organizou a mesa, com a ajuda de Eddy. 

- Boa noite, Christopher! - Eddy o cumprimentou. - Está com fome?

- Boa noite, Eddy! - ele riu. - Não muito, mas fiquei com fome.

- Dul, pode trazer a sobremesa? - Eddy perguntou. - Está na geladeira.

- Claro, Eddy! Enquanto isso, podem chamar as crianças? - ela perguntou e foi para a cozinha. Estava à um passo de abrir a geladeira, quando sente umas mãos quentes pousarem sobre seus ombros. - Ai, que susto Christopher. O que está fazendo aqui? Deveria estar lá na sala, esperando a sobremesa.

- Eu perguntei a Zora onde ficava o banheiro. Disse que estava apertado e ela me explicou. - ele respondeu. 

- E por que veio até aqui? O banheiro fica... - ela estava tentando explicar, quando sente seus lábios serem invadidos pelos dele. Dulce entrelaçou seus braços no pescoço de Christopher, que segurou a mulher pela cintura, fazendo seus corpos ficarem mais colados, acelerando o beijo, que até então, era lento e calmo.

- Ainda sente algo por mim? - ela balançou a cabeça, positivamente.

- Eu tenho que levar a sobremesa! - Dulce respondeu, pegando o pires com o pavê e se dirigindo até a sala.

- Demorou, mamãe! - Pedrinho falou, com os olhinhos brilhando.

- Só um pouquinho, meu filho. Agora vamos comer? - Dulce falou, se sentando.

- Cadê o Christopher? - Eddy perguntou.

- Estou aqui! - Christopher respondeu, aparecendo na sala e se sentando ao lado de Dulce. - E estou morrendo de fome.

- Christopher! - Dulce o repreendeu. - Que educação você quer dar para os nossos filhos. - sussurrou. Ele riu e se serviu. Ao final do jantar, Dulce se certificou de que as crianças haviam escovado os dentes, colocou eles para dormir e voltou para a sala, onde ficou conversando com Christopher, Eddy e Zora.

- Antes de ir embora, eu queria contar a novidade pra vocês. - Christopher se pronunciou. Dulce o olhou, confusa e sem entender. - Bom... a verdade, todos sabem. Eu amo a Dulce e me arrependi por ter causado um mal tão grande à ela. Eu... queria agradecê-la por me fazer mudar e enxergar o mundo com outros olhos. Eu não posso mudar o passado, mas, com certeza, posso mudar o futuro e, consequentemente, a história da nossa vida. - Ele olhou para Dulce e segurou em sua mão direita. - Dul, te peço perdão por todo o mal que te causei, pelas lágrimas que derramou, pelos sorrisos que deixou de dar. Te peço perdão por ter sido tão bobo de não te apoiar quando mais precisou de mim.

- E qual é a novidade, Christopher? - Eddy perguntou, curioso.

- É verdade, Christopher! Você ainda não nos disse. - Zora respondeu.

- Bom... a novidade é que... Eu e a Dulce vamos nos casar. - ele respondeu. Eles ficaram boquiabertos com o que ouviram, inclusive Dulce, que havia deixado claro que não iriam dar certo juntos.

- Como? - Dulce perguntou. - Vamos nos casar?

- Eu pedi a Dulce em casamento, mas ela é teimosa e se fez de difícil, então, preferi dizer pra vocês. Quem sabe agora ela aceite?

- Aceita, Dul! - disse Eddy. - O Christopher se arrependeu de verdade por tudo o que te fez. Ele é um homem legal e te ama.

- Até você, Eddy? - Dulce o fuzilou com os olhos.

- Foi bom o jantar, mas já temos que ir. - Zoraida se levantou. - Amiga, concordo com meu marido. Vocês se amam intensamente e um sentimento tão lindo como este não pode acabar assim. Já te ajudei muito a se reerguer, mas você sabe que nunca vai ser feliz sem o Christopher. Ele é o pai dos seus filhos e o amor da sua vida. - Se despediram e eles foram embora.

- Dulce, você ainda me deve uma resposta. - Christopher cobrou. - Quer se casar comigo?