História A misteriosa garota da montanha - Casamento - Parte 1

Anahí voltou a observar os papéis em suas mãos, deixando algumas lágrimas cair. Ainda se sentia insegura, mesmo que não precisasse de tanta insegurança. Foi em frente à sala de Christopher, onde seu marido estava, fechou os olhos com força e respirou fundo, buscando coragem. Girou a maçaneta e abriu a porta da sala devagar. 

- Amor, o que está fazendo aqui? - Poncho perguntou, curioso e preocupado. - O Ucker não está! Sabe que cada um deve fazer sua parte aqui na empresa. Estou fazendo o que ele me mandou fazer.

- Relaxa, Alfonso Herrera! Não vou tomar muito do seu tempo. - ela respondeu sorridente, se sentando em uma poltrona.

- O que quer? - ele perguntou. - Eu preciso trabalhar. 

- Está nervoso, gatinho? - Poncho negou com a cabeça. - Eu tenho duas notícias pra você. A Primeira é que eu consegui o que o Uckersito queria. Ele vai se casar daqui dez dias. - Alfonso sorriu.

- Isso é ótimo, meu amor! -  Poncho respondeu, sorrindo. - Que notícia maravilhosa! O Ucker vai amar saber disso! Fico muito feliz por ele, que lutou esses anos todos para encontrar a Dulce. Agora, melhor ainda. Eles tem quatro filhos juntos e merecem ser felizes, depois de tudo o que passaram. 

- Verdade, Ponchito! Estou muito feliz por eles, que lutaram tanto pra estarem juntos. - ela concordou.

- E quanto à outra notícia? O que é? - perguntou.

- Promete que não vai brigar comigo? - Anny perguntou, cabisbaixa. Ele negou, fitando sua esposa. - Eu prefiro que você leia o que está escrito aqui neste papel. - Anahí pegou um exame e entregou nas mãos dele. Alfonso sorria feito bobo com o que via. 

- Anny, eu vou... ser papai? - Ainda desacreditado, Poncho perguntou, não escondendo a alegria imensa que sentia. - Meu filho! - ele se levantou e foi até onde a mulher estava, abraçando-a com carinho. - Por que acha que eu brigaria com você? Essa foi a melhor notícia que eu poderia receber na vida. Vamos ter um bebê, meu amor. - disse alegremente, beijando a esposa com amor e paixão. - Mas como... como foi acontecer? Sempre tentamos ter um filho e você tem... tem problemas hormonais. 

- Então... - ela começou a dizer, fazendo carinho no rosto dele. - ... Há uns dois anos, comecei os tratamentos. Comecei a me cuidar mais e... e tentar mais. Na minha última consulta, meu ginecologista me disse que eu deveria fazer um exame, porque parecia que já estava grávida. E quando eu tive certeza, peguei meus exames hoje pra te presentear.

- Por isso, saiu de casa mais cedo hoje? - Anny assentiu.

- Eu não queria estragar a surpresa! Queria te dar o filho que você sempre quis ter. Não queria que me trocasse por uma mulher mais jovem e cheia de saúde, bebezinho. - eles riram. - Estou com um mês e meio de gestação. - Alfonso se abaixou e depositou um beijo na barriga de sua mulher. - Agora eu preciso ir. Vamos trabalhar?

 - Não sei se vou conseguir trabalhar depois de tudo o que eu ouvi. - Anny deu um selinho em seu marido, seguido de um abraço e saiu rapidamente.

                           *****

- Quer dizer então que está grávida e me escondeu, Barbie? - Christian brincou, em um falso tom de reprovação. - Acabou nossa amizade.

- Nem o pai do meu filho sabia, só a May. - disse ela.

- Desculpa, amor! Eu não queria te esconder isso, mas a Anny me fez jurar segredo e eu jamais trairia minha amiga. - Maite se defendeu.

- Só estou brincando, loira! Te desejo toda a felicidade do mundo. - disse ele, abraçando a amiga.

- Bom dia! - Christopher os cumprimentou. - O que vocês tanto cochicham aqui, posso saber?

- Ucker, deu tudo certo! - May respondeu. - Agora vamos, Pollito! Temos muito o que fazer. - ela pegou uma pasta e saiu, puxando o braço de Christian.

- O que deu certo, Anahí Giovanna? - ele perguntou, sem entender.

- E a Dulce? Onde está? Não veio? 

- Preferi deixá-la descansar! - respondeu. - E aí? O que deu certo? 

- Você vai se casar daqui dez dias! E eu estou grávida. - Anahí afirmou, sorrindo.

- Parabéns, Anny! Fico muito feliz por saber disso. E acho que a Dulce vai amar saber da notícia. O Poncho está na minha sala? - ela assentiu. - Muito bem! Eu não volto hoje. Vou falar com minha futura esposa. - ele abraçou a amiga e saiu apressadamente. 

Alguns dias depois

Dulce narrando : 

Acordei bem cedo hoje, cerca de seis horas da manhã. Claro! É o dia do meu casamento. Por mais que seja normal uma noiva se atrasar no seu próprio casamento, ainda tinha uma série de tarefas pra fazer. Agradeci a Zora por ter passado a noite aqui para me ajudar a organizar tudo. 

Lembro como o Ucker me revelou, a exatos dez dias atrás, o que iria acontecer no dia de hoje. 

Flash back on

Estava conversando com minhas filhas, quando a campainha tocou incessantemente. O Pedrinho fazia a tarefa escolar, com a ajuda da Zoraida e do Eddy, que vieram fazer uma visita.

- Filhas, a campainha está tocando! Vou atender. - me levantei e abri a porta, sendo surpreendida com um beijo do Ucker. Ele me puxou para fora e me abraçou, dando início à um beijo apaixonado e lento. Fechei meus olhos vagarosamente e senti seus lábios macios e carnudos se unirem aos meus. Céus!! Como amo este homem. E não vou negar que estava amando seus toques, seu perfume, suas carícias, seus beijos. - Amor, tem crianças na sala. - falei, me afastando lentamente dos seus lábios.

- Eu não vou demorar! Só quero que venha comigo. Vou te levar para um lugar especial e quero te fazer uma surpresa. - disse ele, me dando um selinho. 

- Entra, por favor! - fui no meu quarto, troquei de roupas, pedi a Zora que cuidasse das crianças e saímos. Christopher me levou à uma praia muito linda, na qual ainda não tinha pisado. Nunca fui em uma praia tão romântica quanto aquela. - Por que não disse que íamos vir aqui? Eu quero entrar na água. 

- Eu te trouxe aqui pra te dar uma notícia maravilhosa! - ele respondeu, me abraçando por trás e distribuindo pequenos e leves beijos no meu pescoço. 

- O que é? Estou curiosa. - brinquei com os cachinhos dele, enquanto falava.

- Dulce, eu quero que o mar e o sol sejam as testemunhas deste momento. - Christopher me virou de frente pra ele e pegou em minhas mãos, mirando no fundo dos meus olhos. - Te amo muito, meu amor! Eu sei que errei bastante com você, mas me arrependi e paguei caro pelos meus erros. Tive que suportar viver sem seus lábios, sem seu cheiro, sem seu calor. Entretanto, não quero nunca mais ter que me separar de você. - Olhei para ele e vi uma lágrima descendo sobre sua face. Me emocionei com o que vi e me deixei levar por aquele momento de emoção, me permitindo chorar também.  Nos abraçamos e ele pegou uma pequena caixinha dentro do bolso de sua bermuda. - Dulce, aceita se casar comigo? - assenti, o abraçando. - Daqui dez dias? 

- Dez dias? - repeti, desacreditada. Christopher assentiu e colocou um anel de brilhantes no meu dedo. - Te amo, Christopher Uckermann. 

- Eu te amo muito mais, Dulce Maria Espinoza Saviñón Von Uckermann. - Nos abraçamos e o Ucker me pegou no colo, me jogando com roupa e tudo no mar azul. ~ Flash back off.

O dia foi bastante corrido para todos, inclusive para Anahí e Alfonso que, logo de manhã, tiveram que ir no consultório, pra fazer alguns exames e saber como estava a saúde do bebê.

O que aliviava um pouco para Dulce é que era sábado. Seus filhos não estudavam aos fins de semana, o que seria uma preocupação a menos. Dulce ficou a manhã inteira no salão de beleza e Arthur ficou sob os cuidados do Victor e da Alexandra, que amavam os netos.

Christopher, por sua vez, cuidava dos últimos detalhes do casamento e se arrumava. Assim que vestiu sua roupa e estava pronto para seu casamento, ele foi até a casa de seus pais para buscá-los e levá-los até a igreja, onde iria acontecer a cerimônia. 

- Você está muito lindo, meu filho! Nem acredito que vai se casar com uma mulher tão maravilhosa quanto a Dulce. - disse Alexandra. 

- Filho, estou muito orgulhoso e feliz! - Victor abraçou o filho. - Você se tornou um homem. Já não é mais um moleque. 

- A Dulce me mudou, pai! - ele respondeu, emocionado. - Amo tanto aquela mulher que, em poucas horas, se tornará minha eterna namorada, minha esposa.

- Estou muito orgulhoso, Christopher! Estou muito feliz por saber que vai se casar com a filha dos meus amigos. Quero que cuide bem da Dulce, meu filho. Ela sofreu demais nesta vida e não quero mais que ela sofra. - Victor pediu.

- Está lindo este discurso, mas temos que ir. - disse Alê. - Estamos atrasados e só quem pode atrasar é a noiva. - eles riram. 

- Cadê meu filho, mãe? - Christopher perguntou. - Onde o Arthur está? 

- Está dormindo! Vou pegá-lo. - Alexandra foi até o quarto, pegou seu neto e saíram.

A igreja não era tão longe, o que facilitou um pouco o trajeto. Chegaram cerca de dez minutos depois. 

Christopher estacionou o carro e desceu rapidamente, adentrando a igreja. Tinha poucas pessoas ainda, inclusive os amigos, como a May, o Chris, a Anny e o Poncho. Ele foi direto para a frente, no centro da igreja e ficou de pé, esperando sua amada chegar. Ficou ali, alguns angustiantes minutos esperando. Alexandra ficou ao lado do filho, no altar, com seu pequeno netinho nos braços, enquanto Victor esperou do lado de fora, para entrar com Dulce. 

Christopher gelou ao ver Zoraida e Eddy entrarem. Ele sabia que Dulce iria para a igreja com eles. Sua futura mulher estava lá, à poucos segundos de entrar na igreja. Seus cabelos cacheados começaram a ficar úmidos pelo suor, que começava a ser produzido devido o seu nervosismo. 

A marcha nupcial começou a ser tocada lentamente. Pedro entrou como noivinho, juntamente com Helena, que segurava um pequeno buquê de rosas vermelhas. 

Christopher sorria feito um menino e, aos poucos, o nervosismo ia embora. 

Logo atrás, Dulce entrou, segurando firme no braço de Victor. Parecia buscar apoio e segurança. Estava com um vestido branco, com um pequeno decote entre os seios. Era cheio de brilhantes em toda a sua extensão. Nos pés, usava um pequeno salto prata, fazendo combinação com o vestido. E sua maquiagem era leve e clara. Em sua mão direita, segurava um lindo buquê de rosas vermelhas. Eles entravam lentamente, sem esconder a felicidade que sentiam.

Assim que chegaram, Victor deu um beijo na testa de Dulce e a entregou para Ucker, indo até sua mulher.

- Você está nervoso, amor? - Dulce perguntou, passando as mãos pelos cabelos dele. 

- Só um pouquinho, Dul! - ele respondeu. - Tudo ficou claro agora. Entendi porquê nos apaixonamos, terminamos, nos reencontramos. Te amo muito, princesinha. Estou muito feliz por saber que está aqui, em minha frente.

- Também te amo muito, bebê! - Dulce respondeu, abraçando-o. - Você não sabe o quanto me faz feliz e te agradeço por tudo. 

- Sou eu quem deve agradecer! - eles riram. - Se não fosse por você, eu jamais estaria aqui, realizando nosso sonho. Te amo! - Christopher deu um beijo na bochecha dela e se viraram para a frente, se ajoelhando, assim que ouviram o padre pigarrear.