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História A moleca e O garanhão - Capítulo Doze


Escrita por: AngelLaw

Notas do Autor


Postei e sai correndo.

Capítulo 12 - Capítulo Doze


Capítulo #12 -

POV Alícia -

(Valéria) - O que deu em você? Virar amiga da Maria Joaquina, sério?

Eu havia acabado de explicar para Valéria e Marcelina o que tinha ocorrido mais cedo no vestiário.

Nós três estávamos jogadas no chão do meu quarto comendo pipoca. E a Ferreira quase morreu engasgada quando terminou de ouvir a história.

(Marcelina) - Sabe, eu não vejo problema nisso. Todos podem mudar, inclusive a Medsen. Talvez virar amiga da Alícia faça bem pra ela.

- Mas gente, vocês estão falando como se nós fôssemos melhores amigas, só que não é assim. Apenas não vamos nos comportar da mesma forma infantil de antes. Acabaram as brigas, as provocações. Mas isso não significa que vamos viver grudadas, óbvio que não.

(Valéria) - Graças a Deus, né?! Onde já se viu eu perder minha melhor amiga para aquela cobra.

- Não fala assim dela. Talvez ela só fosse daquele jeito porque as companhias dela à influenciavam. Veja só a Bibi, sempre dizia ser a melhor amiga dela, e agora todos puderam ver que é mais falsa que nota de três reais. Fica meio difícil ser uma pessoa agradável, quando ninguém é agradável com você.

(Marcelina) - Palmas para a Alícia! Eu penso dessa forma também. Agora eu não entendo uma coisa, por que o Paulo ficou tão bravo daquele jeito? Ele devia ter ido pedir desculpas a ex namorada dele, e não ter agido como um louco.

(Valéria) - Realmente. Sem noção! Ele é o mais errado na história, não devia querer descontar os erros dele nos outros. Falei com ele hoje e por um segundo achei que ele fosse me bater.

- Será que a gente pode parar de falar nele? Isso é chato!

(Valéria) - Aconteceu alguma coisa entre vocês? - perguntou meio preocupada.

Eu me levantei do chão e me sentei na cama. Passei a mão no cabelo algumas vezes e fiquei pensando se ele já sabia toda a verdade, e se iria se desculpar comigo por ter me tratado daquela forma. Me acusando de forma injusta.

- Ele acha que foi eu quem espalhei as fotos pela escola. Ele me xingou, falou várias coisas, e disse também que quer distância de mim. Isso meio que dói, querendo ou não, eu gosto da amizade dele.

(Marcelina) - Por que você não procura ele? Todo mundo já sabe que foi a Bibi que armou isso.

(Valéria) - Porque ela não é idiota, né Marcelina. Ninguém tem que ficar correndo atrás de homem não, ainda mais se ele tiver dito coisas ruins pra você. Deixa essa inocência e bondade de lado pelo menos uma vez.

(Marcelina) - Mas Alícia, você não pode se esquecer que foi ele quem te ajudou quando você estava necessitada. Ele te transformou nessa garota maravilhosa, dedicou o tempo dele para mudar seu visual. Talvez deixar ele sozinho agora não seja o melhor a se fazer.

(Valéria) - Olha Marcelina, acho melhor irmos embora. Você já está falando merda demais e daqui a pouco a Alícia vai estar pensando igual a você. É eu não preciso de duas amigas trouxas. Então, por favor né?

Valéria se levantou do chão, pegou sua mochila e a de Marcelina. Em questão de segundos as duas se despediram de mim e já foram embora, me deixando ali sozinha, sem saber o que fazer.

 

***

Passei o resto da tarde fazendo lição de química. Acabei pegando no sono em meio aos livros e acordei com a campanhia tocando.

- Mãe!! - gritei, mas ninguém me respondeu - Manhê! - gritei de novo, mas não fui respondida.

Provavelmente não devia ter ninguém em casa, somente eu. Então tive que me levantar da cama para ir atender a pessoa que tocava a campanhia a cada um segundo.

Abri a porta e dei de cara com ele. Confesso que no fundo eu esperava por sua visita e fiquei feliz ao vê-lo ali, mas não demonstrei.

- Oi.

(Paulo) - Posso entrar?

- Ah, claro. - sai do caminho dando espaço para que ele entrasse. Em seguida fechei a porta. Paulo ficou parado de pé, perto do sofá passando as mãos nos cabelos como um louco.

- Ta precisando de alguma coisa?

(Paulo) - Eu vim conversar...

- Ah sim, senta ai!

(Paulo) - Prefiro ficar em pé, prometo que vou ser rápido.

Concordei com a cabeça e fiquei em pé também, porém numa distância razoável dele.

(Paulo) - Sei que agi mal em falar aquilo pra você, eu nem tinha certeza de que fosse você mesmo. Me desculpa. - pela primeira vez ele olhou nos meus olhos e eu pude perceber o quão vermelho e inchado os olhos dele estavam. Provavelmente ele devia ter chorado.

- Sério mesmo que você estava desconfiando de mim? Paulo, eu nunca faria isso. Como pôde?

(Paulo) - Gusman, nós somos amigos mas isso não significa que eu tenha total confiança em você. Aliás, eu costumo causar ódio em muitas pessoas, mesmo sem motivo. Você podia ter ódio de mim e queria se vingar, sei lá.

- Não acredito que eu estou ouvindo isso.

(Paulo) - Mas eu vim me desculpar. Ta que eu não deveria me desculpar com ninguém, exceto a Maria Joaquina, até porque eu não fiz nada e não devo satisfações. Mas sei lá, eu ficaria mal se não viesse aqui.

Todas as palavras saiam de sua boca em um tom triste, totalmente triste. Ele não estava em seu melhor estado emocional, mas ainda assim eu estava com raiva. Ele havia insinuado diversas vezes que desconfiava de mim, sendo que eu nunca o dei motivos para isso.

(Paulo) - Alícia, eu fui grosso hoje mas quero que saiba que estou arrependido. Se você tem algo a ver com essa coisa das fotos, tudo bem, eu te desculpo.

Eu estava tão brava que nem percebi que a distância entre nós não existia mais, e logo no segundo seguinte seus lábios grossos estavam grudados nos meus.

Sua língua pedia passagem de forma desesperada, e sem ter noção das minhas atitudes eu cedi. Nós beijamos por alguns segundos, até que eu percebi o que estava fazendo.

Ele tinha ido até minha casa não para pedir desculpas, mas sim para descontar sua raiva e triste em pegações gratuitas. E se ele achava que eu era dessas que costumava consolar as pessoas dessa forma, ele estava enganado.

Me afastei de forma brusca e sem pensar duas vezes meti um belo tapa em sua bochecha esquerda.

(Paulo) - Ficou louca, garota?

- Acha mesmo que pode vir até minha casa, ficar insinuando que eu armei aquilo contra você e ainda por cima me beijar para se esquecer dos seus problemas? Resumindo, você está apenas me usando Paulo Guerra. Eu prefiro que você vá embora, me arrependi de querer conversar com você.

(Paulo) - Então é assim? Você se diz ser minha amiga, se diz ser uma pessoa tão boa, mas quando eu preciso de você é dessa forma que sou tratado?

- Achei que você quisesse consolo e não beijos.

(Paulo) - Ah me poupe, Gusman. Esse seu mimimi já deu. Eu não devia ter vindo aqui mesmo. Aliás, porque te procurar num momento como esse, quando é só eu estalar os dedos que quase todas as garotas da escola vem até mim?!

- Se é tudo tão fácil assim, por que não estalou o dedo antes? Otário!

(Paulo) - Sabe, eu estava realmente arrependido do que tinha te falado mais cedo, mas sabe de uma coisa? Não me arrependo mais. Eu quero mesmo distância de você. Tchau Gusman!

- Vai tarde!

Então ele me deu um leve empurrão com o ombro e saiu da minha casa na velocidade da luz.

Argh! Como eu estava com raiva. Ele achava que eu era dessas que fazia tudo que ele queria? Pois estava muito enganando.

Chutei o sofá algumas vezes tentando fazer minha raiva ir embora, mas a única coisa que isso me causava era dor no pé.

(Viviane) - Chutar o sofá não vai adiantar de nada.

Virei meu corpo automaticamente pra trás e tomei um susto com a minha mãe ali, parada olhando pra minha cara tentando segurar o riso.

- Onde estava? Não me diga que você viu tudo o que aconteceu!

(Viviane) - Mas é claro que eu vi. Fui até o mercado e quando cheguei te encontrei aqui na sala dando o maior beijão no garoto. Como eu não queria atrapalhar, me escondi e fiquei observando tudo. Desculpa filha, mas eu não podia perder isso. Pena que as coisas acabaram desse jeito, o que você fez pro Paulo?

- Sério isso? Que bosta mãe! - respondi já indo em direção a escada para subir pro meu quarto.

(Viviane) - Alícia, não fica brava minha filha! Venha aqui e me conta o que ta rolando entre vocês dois. Adoro papo de adolescente, me bate uma nostalgia.

- Então você vai procurar outra adolescente pra conversar, porque eu não to afim.

(Viviane) - Ah claro, o beijo te deixou fora de si né? Tudo bem, depois quando você estiver recuperada nós conversamos.

- Argh!!! Tchau mãe!

 E então eu subi o mais rápido que pude para o quarto.


Notas Finais


Obrigada por ler, eu amo vocês. ❣


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