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História A moleca e O garanhão - Capítulo Catorze


Escrita por: AngelLaw

Notas do Autor


Bem, dessa vez eu nem demorei tanto, vai!
Meus amores, só pra avisar que o capítulo não foi revisado, então se encontrarem erros ou algo do tipo, relevem e é isso ai!
Boa leitura!

Capítulo 14 - Capítulo Catorze


Capítulo #14 -

POV Paulo -

Por mais que eu e Alícia não estivéssemos mais nos falando como antes, eu ainda me preocupava com ela. E não que eu estivesse à perseguindo, mas era meio inevitável não ouvir suas conversas com as outras pessoas, ainda mais elas sendo no meio do corredor principal.

Quando eu ouvi Mário chamando ela para dar um passeio, fiquei um tanto quanto preocupado. Algo me dizia que aquilo não ia dar certo. Mas a Alícia parecia tão empolgada que eu achei melhor não pensar naquilo. Só que quando vi os dois saindo juntos da escola, não me segurei e achei melhor ir atrás deles. Talvez ela precisasse de mim.

Dito e feito! Eu não estava prestando muito a atenção nos dois, porque aquilo parecia um encontro ridículo e eu não estava afim de ver. Mas assim que notei um certo agito no local, e logo em seguida vi Alícia saindo dali, percebi que sim, era a hora de eu entrar em ação.

Depois de finalmente ter tirado ela da calçada, fomos caminhando bem devagar até sua casa. O percurso foi feito em total silêncio. Eu queria tentar aconselhar ela de alguma forma, mas preferi simplesmente abraça-lá e passar minhas forças para seu corpo frágil.

Assim que chegamos na casa dela, subimos para seu quarto e como eu já previa ela se jogou na cama e começou a chorar de uma forma mais profunda.

- Você devia parar com isso.

Ela apenas me olhou e tentou enxugar as lágrimas. Eu era péssimo em conselhos, com certeza não iria conseguir ajudar ela de nenhuma forma. Então lembrei de algo que eu tinha na minha mochila, talvez pudesse ajudar. Fui até ela e peguei.

- Toma, talvez isso te ajude. - joguei as duas barras de chocolate ao leite na cama e na hora ela abriu e começou a comer.

Ficamos por mais alguns minutos em silêncio, e eu já estava ficando preocupado com a situação da Alícia.

- Você quer que eu ligue pras meninas? Eu vou embora e tenho certeza que elas vão te deixar muito melhor.

(Alícia) - Não!! - ela gritou - Por favor, fica aqui. Eu com certeza me sinto muito melhor só de saber que você está aqui, do que com elas me enchendo os ouvidos.

Não consegui segurar o sorriso, aquilo tinha me deixado bem feliz. Indicava que eu devia ser importante pra ela. Fui até sua cama e me sentei ao seu lado. Eu estava morrendo de vontade de abraça-lá, de apertar seu corpo contra o meu e tirar dela qualquer dor que pudesse estar sentindo. Mas o orgulho sempre era mais forte do que eu.

(Alícia) - Eu... Queria me desculpar pela última vez que nós falamos aqui na minha casa. Eu acabei agindo de uma forma totalmente ridícula e me recusei a te consolar por estar passando por um momento difícil. Mas veja só, eu estou em um momento difícil agora e você quem está me ajudando.

- Eu quem preciso me desculpar. Te julguei muito naquele dia, não confiei em você, quando na verdade você era a única pessoa em que eu podia confiar. Me desculpa, Alícia.

O silêncio voltou a tomar conta do ambiente, até que o riso da Gusman se alastrou.

- Que foi? - perguntei confuso.

(Alícia) - Você aprendeu meu nome. Nem me chama mais de Alice.

- Eu sempre soube qual era o seu nome, só te chamava assim porque era legal te ver irritada. Só queria chamar sua atenção.

Ela sorriu e sem que eu esperasse me abraçou forte. Fiquei com um certo receio de abraça-lá, mas a quem eu estava querendo enganar? Eu queria tanto aquilo. Passei meus braços por seu corpo e apertei forte, enquanto sua cabeça estava exatamente encima do meu peito esquerdo, meu queixo pousava levemente em sua cabeça, se eu pudesse não a soltava mais. Ficamos ali, abraçados por um tempo, até que eu senti suas lágrimas molhando minha blusa, enquanto ela soltava pequenos soluços.

- Olha, Alícia... Eu não sou uma pessoa boa em conselhos, até porque eu sou um garoto totalmente imaturo, que até o entanto só se importava em beijar todas as bocas possíveis. Eu queria te dizer coisas bonitas, te dizer que tudo vai ficar bem, mas isso é idiotice, a gente nem sabe se vai ficar bem mesmo. Então, a única coisa que eu posso lhe oferecer é o meu abraço, e a minha companhia. Eu espero que isso sirva, até porque a única coisa que eu quero é te ver bem.

(Alícia) - Obrigada por ser meu amigo. Você promete que nunca vai me abandonar? - perguntou olhando em meus olhos.

- Prometo, docinho.

Em seguida nos separamos e ficamos olhando um para o outro. Alícia comia uma das barras de chocolate com um certo desanimo, e eu por alguns minutos, cheguei a pensar em alguma maneira de fazer o Mário pagar por aquilo que fez.

(Alícia) - Veja só... Eu não aceitei ir ao baile com o Marcelo porque achei que fosse ir com o Mário. Agora não tenho nem Marcelo, nem Mário. - ela riu sem humor - Você vai no baile?

- Não sei, provável que não. Não gosto dessas coisas.

Percebi que Alícia ficou meio cabisbaixa com a minha resposta. O que eu estava fazendo? Por que não chamava ela logo já que essa era a minha vontade desde o momento em que o baile tinha sido anunciado? Eu até tentava fazer isso, mas era como se a minha voz estivesse travada. Eu com certeza era muito otário.

(Alícia) - Provavelmente eu também não irei. Perdi toda a animação que eu talvez tivesse pra isso.

- Não fala isso. Você tem que ir. Suas amigas vão, é seu último ano na escola, precisa aproveitar a última festa. Sem contar que sua mãe com certeza ficaria chateada se você não fosse.

(Alícia) - Eu até poderia ir, mas não tem graça estar em um lugar aonde a única pessoa que você gostaria que fosse, não vai estar.

Era impressão minha ou aquilo era uma indireta pra mim?

(Alícia) - Paulo, eu agradeço demais por tudo que me fez hoje. Eu com certeza estaria jogada naquela calçada até agora se você não tivesse aparecido. Mas será que você pode ir embora? Eu queria ficar um pouco sozinha.

- Tudo bem, eu já vou indo.

Peguei minha mochila rapidamente, e depois de dar um beijo em sua testa eu fui embora. Também precisava ficar um pouco sozinho e pensar no que estava acontecendo na minha vida. Estava apaixonado pela Alícia? Podia e devia me declarar pra ela? Tantas dúvidas vinham em minha cabeça que eu estava até me sentindo uma menininha com seus dramas diários. Aquilo era ridículo, mas fazia parte. O pior de tudo era não ter as respostas das minhas dúvidas.

Pensei em pedir ajuda pro Jaime, mas pelo que eu bem sabia ele estava ocupado demais com a Valéria. O Cirilo agora dedicava a maior parte do seu tempo com a Maria Joaquina, afinal a garota estava totalmente mudada e se ele gostava mesmo dela, devia aproveitar isso. Mário nem pensar, se eu chegasse perto dele era capaz de tudo acabar em briga.

Sem saber a quem recorrer, fui para minha casa. Já em meu quarto, comecei a esmurrar tudo que me vinha pela frente. O colchão, as almofadas, até mesmo a parede. Aquele sentimento estava me corroendo, eu precisava fazer alguma coisa. Com certeza essa era a primeira vez que eu ficava apaixonado de verdade, e o fato de não saber o que fazer me atormentava.

Eu sempre havia sido ótimo em lidar com garotas, por que esse problema agora? Talvez fosse porque a Alícia não era qualquer garota, ela era a Alícia. A moleca, a divertida, a sexy e sensível Alícia, que por ter essa mistura toda me deixava completamente confuso.

Eu já estava me preparando para esmurrar a parede de novo, quando a porta do meu quarto foi aberta e meu pai passou por ela. O que eu tinha feito agora para receber sermão? E bem nesse momento? 

 - O que você quer? 

 (Roberto) - Onde esteve? Que eu saiba você não sai da escola nesse horário. 

 - Na casa da Alícia. - respondi seco. 

 (Roberto) - Alícia? 

- É, por que? Que eu saiba sou solteiro agora e não tenho que ficar me prendendo por causa de namorada nenhuma. E por favor, não venha me falar da Maria Joaquina. Já não basta você quase ter me matado pelo nosso término. Mas eu só te digo uma coisa, eu nunca fui apaixonado pela Maria Joaquina, nunca gostei dela, e dinheiro nenhum vai me fazer gostar. Então não adianta vir pedir para que eu peça ela em namoro de novo. - a essa altura do campeonato eu já estava quase berrando. 

 Meu pai ficou me olhando por alguns segundos, mas não expressou nenhuma reação. Em seguida ele se sentou na minha cama e eu acabei me sentando também. 

(Roberto) - Você estava batendo em tudo aqui antes de eu chegar por causa da Alícia? 

Não consegui responder. Não que eu tivesse dúvida da minha resposta, mas qualquer coisa que eu falasse poderia me causar algum mal, ainda mais vindo do meu pai. 

 (Roberto) - Com certeza sim. - ele mesmo respondeu - E pelo visto as coisas com ela não estão indo muito bem. Mas é ai que eu te pergunto... Você está lutando por ela? E se não estiver... Não acha que passou da hora de fazer isso? 

- Do que ta falando? 

(Roberto) - Eu posso não ser o melhor pai do mundo, mas eu tento sempre prestar atenção e cuidar de você. Nessas últimas semanas eu reparei que você está estranho. Está mais quieto, pensativo, nem sai mais tanto como antes. E o motivo disso não é o término com a Maria Joaquina, até porque não é o nome dela que você chama enquanto está dormindo. 

 - Não me diga que... 

 Ele riu de forma descarada e eu senti meu rosto queimar. Que coisa mais tosca! 

 (Roberto) - Pois é meu filho, você está apaixonado pela Alícia. E bem... sei que errei muito ao te forçar ficar em um relacionamento aonde você não queria mesmo ficar. E tudo isso por dinheiro, sendo que temos mais dinheiro que o necessário. Sua mãe, aonde quer que esteja, deve estar sentindo muito desgosto de mim. 

Suspirei ao lembrar da minha mãe. Ela fazia muito falta, e meu pai com certeza não teria se tornado esse homem ambicioso se ela ainda estivesse aqui. 

(Roberto) - Por isso agora eu te digo, corra atrás, batalhe pela garota que você realmente ama, antes que sei lá... outro alguém faça isso no seu lugar. Você tem meu total apoio, e eu sei que meu filhão consegue. 

Aquilo parecia totalmente meloso, mas toda a ajuda que precisava dos meus amigos, eu estava tendo de alguém que eu nunca imaginei que fosse ter: meu pai. E ele tinha total razão. Sem pensar duas vezes o abracei. O nosso primeiro abraço depois de anos. Era bom sentir que ele se preocupava comigo, eu estava até me sentindo melhor. 

 - Eu vou fazer de tudo pra ficar com a Alícia, e vou fazer o senhor ter orgulho de mim. 


Notas Finais


Fofurice pai e filho no final pq estou tentando explorar mais outros casos que não sejam "Paulicia".
Mas relaxem, logo nosso casal vai ficar junto e... depois eu conto mais.
Beijoooos, eu amo vocês e obrigada por tudo. Até mais!


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