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História A moleca e O garanhão - Capítulo Dezesseis


Escrita por: AngelLaw

Notas do Autor


Sei que estou demorando muito para postar, mas vocês devem saber o quanto é difícil essa vida de estudante, ainda mais pra mim que estou em uma fase aonde tenho que fazer milhares e milhares de provas importantes.
Mas estou me esforçando para não deixar a fic em hiatus, ok meus amores?
Demorei bastante pra escrever esses capítulo, e espero que vocês gostem.
Boa leitura! ❤

Capítulo 16 - Capítulo Dezesseis


Fanfic / Fanfiction A moleca e O garanhão - Capítulo Dezesseis

Capítulo #16 -

POV Alícia -

Assim que a Maria Joaquina foi embora, fiquei pensando em onde eu havia me metido? Desde o começo da semana eu havia dito que não iria naquele baile, e como ela tinha conseguido me convencer tão fácil assim.

Ficar pensando não ia adiantar de nada e muito menos ia deixar que eu voltasse atrás na minha decisão. Então olhei o horário e vi que não faltava muito tempo para anoitecer e a hora do baile chegar. E eu, sendo a lerda que sou, teria que começar a me arrumar logo.

Tranquei a porta do meu quarto e me dirigi para o banheiro, afim de tomar um belo banho. Pude ouvir minha mãe bater na porta diversas vezes, gritar meu nome, e dizer para que eu abrisse a porta para que ela me ajudasse com cabelo, maquiagem e etc, mas não o fiz, queria me arrumar sozinha e mostrar que eu podia me virar sem precisar de suas ajudas. Sem contar que se eu permitisse que ela me arrumasse, eu acabaria igual uma palhaça, pois ela iria literalmente me rebocar.

De banho já tomado, e cabelos recém secados, me sentei em frente a minha penteadeira e rezei para que eu conseguisse fazer algo que prestasse. Eu nunca havia sido uma garota que ligava para esse tipo de coisa, tanto que eu me vestia totalmente mal antes, mas com o tempo fui vendo alguns tutoriais de maquiagem na internet e digamos que eu sabia pelo menos o básico.

Depois de um bom tempo, a maquiagem já estava pronta. Ela consistia em uma pele levemente feita, afinal não precisava passar muita coisa nela, um olho preto esfumado com muito rímel e lápis de olho, e um simples batom amarronzado nude. Nos cabelos passei apenas babyliss, até porque eu não saberia fazer um penteado e nem achava que tinha necessidade disso. Fiz cachos somente da metade do cabelo pra baixo, deixando ele com mais movimento e volume, e prendi a franja para trás formando um pequeno topete.

Confesso, eu estava me sentindo linda e muito orgulhosa de mim mesma por ter feito toda aquela produção sozinha.

Por fim, fui até o enorme pano preto que cobria e protegia a roupa que minha mãe havia alugado pra mim, a mesma que a Maria Joaquina havia trazido. Estava com um pouco de medo, afinal nunca se podia confiar cem por cento em dona Viviane, vai saber o que ela teria escolhido. Deixando os meus pensamentos de lado, puxei logo todo aquele tecido que me impedia de ver o que estava em baixo, e quase cai pra trás quando vi aquele maravilhoso vestido azul. Eu não sabia explicar o quão lindo ele era, só sei que de verdade, minha mãe tinha se superado na escolha desta vez. Era um vestido incrível!

Depois de muito admira-lo, fui logo me vestir, afinal o tempo estava passando muito rápido. Tive um pouco de dificuldade nesse ponto, afinal o vestido era longo e tinha diversos botões, mas felizmente consegui. Fui até a penteadeira de novo passar o meu perfume e conferir se estava tudo certo comigo. Aproveitei e coloquei um brinco prateado de argola, e uma pulseira que eu tinha a muito tempo e nunca havia usado. Estava pronta! E tão bonita como nunca havia estado antes.

Mais uma vez ouvi os gritos da minha mãe me chamando e dizendo que estava esperando para me levar até a escola. Com toda arrumação, nem notei que já estava exatamente no horário do baile. Rapidamente peguei a menor bolsa, e a mais bonita que eu tinha e coloquei algumas coisas dentro, vai que eu precisava de algo. E então, depois de dar mais uma conferida e ver que estava tudo exatamente perfeito, eu desci.

Quando eu havia acabado de passar pela escada, minha mãe apareceu boquiaberta.

(Viviane) - Minha filha... Você... Está linda! Maravilhosa! Como fez tudo isso sozinha?

- Ah mãe, eu não sou tão inútil assim, por favor né!

(Viviane) - Eu sei! Mas você está realmente incrível. Oh! Minha menina está crescendo. - e veio apertar minhas bochechas.

- Mãe!! Chega! Quer estragar a maquiagem que eu passei horas fazendo?

(Viviane) - E olha que sorte, ainda bem que suas unhas já estavam feitas não é mesmo?

Revirei os olhos e ri ao mesmo tempo. Se elas não estivessem feitas eu iria com elas feias mesmo, até porque a última coisa que eu ia pensar era nas unhas.

(Viviane) - Enfim, já podemos ir? O baile começava às oito da noite, e já são oito e quinze.

Apenas assenti para que fôssemos logo. Antes de sairmos de casa minha mãe ainda ficou tentando colocar no lugar alguns fios rebeldes do meu cabelo, e por incrível que pareça ela conseguiu deixar ele mais bonito do que já estava. Já no carro, a caminho da escola, eu estava mais nervosa do que nunca. Não entendi o porquê daquilo, apenas sentia minha barriga gelar o tempo inteiro. Ao mesmo tempo eu pensava: "será que o Paulo iria ao baile também?". Não que eu estivesse interessada ou coisa assim, mas... Ah! Eu me importava com ele.

Quando chegamos, minha mãe me deixou na porta da escola, logo depois de dar todas suas instruções, as quais ela sempre dava quando eu saia sozinha. O prédio da escola estava lindo, totalmente decorado. Na entrada, fui obrigada pelo fotógrafo a tirar algumas fotos que seriam enviadas para a minha casa depois, minha mãe iria adorar isso. E só depois de passar por essa etapa e andar por todos os corredores vazios da escola, que eu finalmente estava na imensa quadra, que eu nunca havia imaginado que caberia tantas pessoas.

Logo de cara encontrei Marcelina, Valéria e Margarida. Ambas estava completamente deslumbrantes. Recebi muitos elogios das mesmas, que alegavam que eu com certeza era uma das garotas mais bonitas da festa. Ficamos conversando por um belo tempo, nisso eu já havia tomado uns três copos de algo que eu nem sequer sabia o que era, mas meu corpo já estava bastante quente, diferente de antes. A festa estava bem legal e animada, o único problema é que eu estava totalmente inquieta e não conseguia ficar parada.

(Margarida) - Alícia, está esperando alguém?

- Não, por que?

(Marcelina) - Talvez seja porque você não para de olhar pra entrada e pra quadra. Como se estivesse esperando ou procurando alguém.

- Impressão de vocês, eu estou normal.

(Valéria) - Bem, eu vou pegar um bebida. Vocês querem?

Fizemos que não com a cabeça.

- E ai Marce? O Mário te chamou pra vir ao baile? - perguntei com um pouco de receio.

(Marcelina) - Sim, amiga. Parece que as coisas entre nós finalmente vão dar certo. Estou tão feliz!

- Ah. Fico feliz por você, Marce. - ficamos em silêncio por um tempo - Meninas eu vou dar uma volta. Até daqui a pouco.

Comecei a andar em direção ao banheiro. Quando cheguei na porta, dei de cara com Maria Joaquina, que estava linda usando um vestido verde. Ao me ver, sua expressão mudou de normal para animada.

(Maria J.) - Uau! Você está maravilhosa. Que ótimo que você veio mesmo!!! Aliás, eu estava te procurando.

- Você também está linda. E sério? O que foi?

(Maria J.) - Sabe os banquinhos do estacionamento? - assenti - Então, parece que tem alguém lá que gostaria muito de te ver.

Fiz uma cara confusa, que fez ela dar risada.

(Maria J.) - Eu to falando sério, Alícia! Se eu fosse você iria lá agora mesmo. E repito, você está maravilhosa. Bye!

Então ela saiu do corredor do banheiro cantando a música que havia começado a tocar. Fiquei pensando se eu iria até o estacionamento mesmo, ou se isso era algo que estava tramando contra mim. Decidi ir logo, afinal não era possível que Maria Joaquina agora, mudada do jeito que estava, fosse fazer algo de ruim pra alguém.

Cheguei lá e tive que forçar um pouco a vista para enxergar algo no meio do breu, mas com a ajuda de algumas lâmpadas que iluminavam o local, consegui avistar uma pessoa sentada em um dos bancos. Me aproximei e quando a pessoa se virou na minha direção, vi que era o Paulo, e ele estava... Chorando.

- Paulo? O que aconteceu? - me sentei ao seu lado e comecei a passar minha mão em suas costas.

(Paulo) - Eu sou um lixo. - sussurrou e bebeu o líquido que estava no copo em que ele segurava.

- Não diga isso! O que foi? Brigou com seu pai como de costume?

(Paulo) - Não, podia ser isso pelo menos.

- Então o que é criatura?? - perguntei totalmente preocupada.

Ele me olhou por alguns segundos e logo depois começaram-se a brotar mais lágrimas de seus olhos. Eu estava ficando meio desesperada por não saber o que fazer, até porque eu nunca tinha visto ele dessa forma.

(Paulo) - Sabe o que é, Alícia? A verdade é que eu sou um tremendo covarde. Demorei tempo demais pra aceitar isso, mas eu gosto de você, e não, não é desse jeito que você está pensando. Sei que somos amigos, e eu gosto de você dessa forma, mas a verdade é que eu te amo e... Ah! Eu estou praticamente te perdendo pra qualquer outra pessoa por medo de expressar o que eu sinto. - a cada palavra que ele falava mais lágrimas saiam de seus olhos.

- Você está bêbado, Paulo? - perguntei em um sussurro.

(Paulo) - Talvez eu esteja. Mas tudo que to falando aqui é sério, não quero que pense que estou só zuando com a sua cara. Eu me sinto tão otário, principalmente pelo fato de nem sequer ter te chamado pra vir ao baile.

- Mas oras, já que esse é o problema, eu posso resolver. - então eu me levantei do banco e sorri pra ele, tentando não demonstrar meu nervosismo com tudo aquilo - Paulo Guerra, quer ir ao baile comigo?

(Paulo) - Não seria eu que teria que fazer essa pergunta? - ele se levantou do banco também e só ai eu percebi o quão bem vestido ele estava com aquele terno.

- Século vinte e um, meu amor. Mulheres também podem tomar essas atitudes.

Então pela primeira vez na noite ele sorriu. Pegou em minha mão e a beijou. Fiquei totalmente derretida com o ato, mas não tive tempo de falar nada pois logo meu braço estava entrelaçado no dele e estávamos caminhando calmamente para a quadra. Quando chegamos lá, a maior parte dos casais estavam indo correndo para o meio da pista dançar uma música calma e um pouco bizarra ao meu ver. Com certeza aquela devia ser a hora que as pessoas mais gostavam por simplesmente poderem ficar grudadas em seus companheiras durante três minutos de música. Mas eu não era igual a todo eles.

(Paulo) - Parece que chegamos na hora certa. Aceita dançar comigo, Gusman?

- Você deve saber o quanto eu acho isso bizarro, não faço questão.

(Paulo) - Nem eu, você sabe que eu também não gosto dessas coisas. Mas vamos lá, quero ver a cara de todas as pessoas quando me verem dançando com a garota mais linda desse baile.

Somente dei risada e peguei em seu braço, fomos parar no meio da pista e começamos a dançar. Aquele lentidão me dava um pouco de tontura, ainda mais porque ficar rodando enquanto várias luzinhas brilhantes circulam por você, não é muito legal.

De longe pude ver Maria Joaquina, junto de Cirilo piscando pra mim e fazendo um sinal de positivo com a mão. Logo em seguida Marcelina, que estava ao lado dos dois junto de Mário, fez a mesma coisa e eu só soube dar risada.

(Paulo) - Do que tanto ri? - sussurrou.

- Nada demais. Só estou feliz. - respondi, ele sorriu e senti minhas bochechas queimarem. Aquela era a primeira vez que isso acontecia enquanto eu estava perto dele, e senti meu peito se agitar com aquele sorriso dele, que a propósito era muito bonito.

(Paulo) - Não sei se já te disse isso, mas você fica linda com as bochechas vermelhas de vergonha. E acredite, você é a única pessoa que fica bonita assim.

Escondi meu rosto em seu ombro. Por que eu estava daquele jeito? Aquilo era ridículo.

(Paulo) - Aliás, você incrível hoje. Não estava brincando quando disse que você é a garota mais linda do baile. E olha só que mudança, se fosse a Alícia de antes, estaria usando provavelmente um moletom, mas você agora está usando até salto, que progresso.

- Quem disse que estou usando salto? - perguntei e ele fez uma cara confusa - Paulo, eu mudei mas nem tanto né. Óbvio que eu não iria usar aquelas coisas ruins que machucam o pé, eu ainda sou eu! - então levantei um pouco do meu vestido e revelei meus tão amados all star.

(Paulo) - Não acredito! Mano, só você mesmo. Por isso que eu te amo, garota!

Sorri com aquele comentário, e senti uma imensa felicidade tomar conta do meu peito. Mas logo minhas mãos estavam suando, e meu coração batia a mil por hora.

- Eu... Preciso ir ao banheiro!

Então rapidamente me dirigi até o banheiro, sem me importar com o fato de a música não ter acabado ainda. Eu precisava controlar as minhas reações e ver o que eu realmente estava sentindo. Por sorte o banheiro estava completamente vazio, afinal todos estavam dançando. Aproveitei essa situação para me olhar no espelho e conversar comigo mesma.

- O que está acontecendo com você, Alícia? Porque está agindo dessa forma?Ele é só seu amigo, não pode se apaixonar!

No mesmo segundo a porta do banheiro se abriu e por ela várias garotas passaram soltando risadinhas idiotas. Provavelmente a dança havia acabado, e o meu momento reflexivo também. Sai daquele lugar infestado de garotas estéricas e felizes, afim de encontrar a Valéria, precisava falar com ela. Mas ao invés disso, encontrei um Jorge totalmente desesperado.

(Jorge) - Precisa te achar! Vem comigo! O Paulo precisa de ajuda!

- O que aconteceu? Ta ficando maluco, Jorge?

(Jorge) - Alícia! Não diz nada, apenas vem comigo. Depois eu te explico tudo.

Sua mão agarrou a minha e ele começou a me arrastar em direção ao estacionamento. Eu não estava entendendo praticamente nada, mas assim que chegamos ao nosso destino e eu dei de cara com Paulo caído no chão com a boca e o nariz jorrando sangue, foi ai que eu percebi que a coisa era seria. E sem pensar duas vezes, a única coisa que eu soube fazer foi gritar

 - Paulooooooooo!!!


Notas Finais


Gostaria muito de agradecer todos vocês pelos comentários, pelos favoritos, por tudo, de verdade! Eu só tenho motivação a escrever por causa de vocês, e com toda certeza todos moram em meu coração, seus lindoooos. Até mais! 💜💜


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