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História A moleca e O garanhão - Capítulo Dezessete


Escrita por: AngelLaw

Notas do Autor


Demorei muito, sei disso. Mas por sorte, finalmente estou conseguindo postar.
Espero que entendam o quanto é difícil administrar uma vida escolar, com uma vida social e tudo mais.
Mas pouco a pouco as coisas vão indo, e eu juro que mesmo não tendo muito tempo, não irei abandonar vocês.
Obrigada por tudo, amores. 💙

Capítulo 17 - Capítulo Dezessete


Capítulo #17 -

POV Paulo -

Meus olhos se abriam pouco a pouco, enquanto eu despertava de um sono muito pesado. Quando já estavam totalmente abertos, tentei me levantar da cama, mas algo me impediu. Havia um fio ligado a minha veia do braço direito! Foi só ai então que me dei conta. Eu não estava simplesmente dormindo no meu quarto. Estava em um quarto de hospital, me recuperando de um recém desmaio.

Pouco a pouco todas as informações foram se passando pela minha cabeça e eu comecei a me lembrar do que tinha ocorrido para que eu fosse parar ai.

Depois que Alícia me deixou na pista de dança e foi para o banheiro, a música acabou e logo Jorge veio ao meu encontro. Ficamos conversando por alguns minutos, até que a Margarida apareceu e pediu que Ele fosse pegar o casaco dela em seu carro. Me ofereci para ir com ele, afinal estava precisando de ar e aquele ginásio estava cheio demais. Ao chegar no estacionamento, Jorge foi até seu carro e fez o que tinha que fazer. Em meio a toda aquela escuridão do local, fui atravessar para voltar ao prédio principal, mas acabei nem me dando conta de que vinha um carro em uma velocidade maior que a permitida, e antes que eu pudesse correr, cai e obviamente desacordei.

Sai de meus pensamentos ao sentir pequenos dedos apertarem minha mão. Foi só ai que notei que até o então alguém segurava minha mão direita. Me estiquei um pouco e pude observar Alícia com apenas a cabeça repousada na cama, ao meu lado. Estava tão linda dormindo. Provavelmente ela teria ficado ali acordada ao meu lado o tempo inteiro, mas o cansaço a venceu. Apertei sua mão com um pouco de força, assim como ela tinha feito antes e logo seus olhos se abriram. Ela me olhou de um jeito engraçado e sem pensar duas vezes se pôs de pé e veio para mais perto de mim demonstrando um certo desespero.

(Alícia) - Ah meu Deus! Ainda bem que acordou. Você está bem? Precisa que eu chame alguém?

- Estou ótimo. Na verdade estou com um pouco de dor, mas vai passar.

(Alícia) - Eu estou tão preocupada. Jorge me contou o que aconteceu. Você é louco! Onde já se viu atravessar sem olhar para os lados?

Era tão engraçado vê-lá querendo brigar comigo. Parecia até minha mãe.

- Relaxa, docinho. Foi só mais uma das minhas aventuras. Vai ficar tudo bem. Aliás, já está! Quando vou poder ir embora? Estamos aqui a quanto tempo?

(Alícia) - Desde às 00h00, e agora são 04h20 da manhã. E nem ouse dizer que foi só uma aventura, não faça piadas com isso!!!! O médico disse que poderia ter acontecido algo muito mais grave. Você bateu a cabeça no chão e quase que o pior não aconteceu. Resumindo: você poderia ter morrido. E ao invés de agradecer aos céus por estar bem, você fica ai brincando.

A cada minutos que se passava, Alícia ficava mais nervosa e desesperada.

- Alícia, olha aqui! Calma, eu estou bem e isso que importa. Não aconteceu nada de ruim. Relaxa, tudo isso é medo de me perder?

Automaticamente suas bochechas ficaram vermelhas e ela soltou minha mão. Virou-se de costas e pude ver que sua respiração ficou mais ofegante. Segundos depois ela virou em minha direção novamente e deu um sorriso envergonhado.

(Alícia) - É... sim! Agora que eu me acostumei a te ter sempre do meu lado, é completamente difícil imaginar minha vida sem você.

Sorri com aquele comentário. Aquela garota era definitivamente perfeita. Comecei a observa-lá detalhadamente. Seus cabelos estavam um pouco bagunçados e os cachos armados, assim como sua franja não estava mais presa. Sua maquiagem estava pela metade, restando apenas alguns poucos brilhos pretos pelos olhos. Seu vestido azul, que havia ficado tão lindo nela, se encontrava todo amassado no comprimento, e a parte de cima estava coberta por um casaco preto, que analisando bem, fazia parte do meu terno. Resumindo: estava ainda mais linda do que o normal.

(Alícia) - O que foi? - perguntou.

- Nada. Só estou aqui pensando.

(Alícia) - Que seja. Vou sair e deixar o senhor Roberto vir te ver. Ele queria muito ficar aqui do seu lado, mas eu fiz tanta questão que ele acabou deixando eu ficar no lugar dele. Coitado, deve estar até agora lá fora esperando pra te ver.

- Meu pai está aqui? Vish, já imagino a bronca que ele vai me dar e

(Alícia) - Ai Paulo. Você fala como se seu pai fosse um monstro. Não é assim! Bom, vou indo. Até mais!

Então ela deu um beijo em minha testa, pegou sua bolsa e antes que saísse, puxei seu braço.

- Promete que vai vir me ver de novo assim que der?

(Alícia) - Você poderá ir embora assim que o dia amanhecer, provavelmente. Vou na sua casa durante a tarde, prometo!

Assenti e então ela saiu. Segundos depois meu pai entrou no quarto com sua tradicional cara de bravo. Suspirei imaginando o quanto eu ia ter que escutar, mas do nada ele riu.

(Roberto) - Ela é maluca, não acha?

- Sim, com certeza. Ela já foi? Quem estava aí?

(Roberto) - Sim, foi. A mãe dela, que é outra maluca, veio busca-lá. Acabaram de ir. Jorge, Marcelina estão aí também. Margarida foi embora a pouco tempo, não aguentou esperar.

- Entendi.

Ficamos em meio a um silêncio um tanto quanto constrangedor. Meio sem jeito, meu pai veio até mim e apertou minha mão, em seguida balançou meu cabelo.

(Roberto) - Quando Alícia me ligou desesperada eu quis te matar, já estava até pensando em como ia fazer isso. Mas sabe, eu era muito pior quando tinha sua idade, minha mãe sofria com as coisas que eu aprontava. Então decidi não te dar nenhuma punição, até porque você já é maior de idade e sabe muito bem lidar com seus atos. Pode fazer o que quiser, eu não teria mais nada a ver. Só não invente de colocar sua vida em risco, só tenho você.

- Relaxa senhor Roberto. Eu não farei isso.

(Roberto) - Me chame de pai, certo?

Concordei com a cabeça, mesmo não tendo muita certeza daquilo. Era complicado chamar meu pai de pai, até porque devido a nossa péssima relação eu acabava chamando-o sempre por seu nome. Mas eu faria esse esforço.

(Roberto) - E ai, você e a mocinha já estão namorando?

- Que nada. Pelo visto isso vai demorar pra acontecer. Por que?

(Roberto) - Ah, ela estava tão desesperada, tão preocupada com você. Quase voou em cima de mim quando eu disse que ficaria aqui com você. E durante a madrugada, espiei um pouco pela brecha da porta e na maioria das vezes ela estava conversando com você, como se estivesse ouvindo ela, e te olhava de um jeito apaixonado. Daquele jeito que as mulheres costumam ficar, sabe?

Suspirei tentando imaginar o que ela estaria falando pra mim enquanto eu dormia. Daria tudo para saber aquilo. E meu coração batia de forma descompassada só de pensar que Alícia Gusman poderia estar apaixonada por mim. Apaixonado por ela eu já era, óbvio.

 

***

POV Alícia -

Depois que sai do quarto de hospital, fui embora meio a contra gosto. Se não fosse minha mãe, eu teria ficado lá muito mais tempo. Acordei às 11 horas, com o rosto todo borrado de maquiagem, o cabelo então, um verdadeiro desastre. Logo fui tomar um banho e me arrumar, pois tinha que ir até a casa do Paulo. Tinha prometido a ele. Mas antes de qualquer coisa, achei melhor ver se ele já estava em casa mesmo.

~ SMS ON ~

[Eu]: Já está em casa?

[Guerra]: Sim docinho. Cheguei mais cedo do que eu pensava. Vai vir aqui?

[Eu]: Vou. Logo estou ai. Bjs

~ SMS OFF ~

Rapidamente sai do quarto e desci as escadas. Encontrei minha mãe arrumando a mesa do almoço.

- Mãe, vou sair. Tchau!

(Viviane) - Não! Você só vai na casa do Paulo depois que almoçar, e nem adianta reclamar. Vem logo.

Revirei os olhos mas não ousei debater com ela. Se eu fizesse isso provavelmente demoraria mais. Me sentei na mesa e fiquei esperando até que o almoço fosse servido. Comi o mais rápido que pude, pois de verdade eu queria muito ver o Guerra. Escovei os dentes rapidamente e aí sim, eu sai.

Com a companhia do meu skate, cheguei em sua casa rapidinho e comecei a tocar a campanha como uma louca. Quando Paulo finalmente me atendeu, pulei em seu colo sem pensar duas vezes.

- Você está bem??

(Paulo) - Estou sim. Ah, os meninos e a Maria Joaquina estão aqui, espero que não se importe. O esperado era ficar só eu e você, mas eles vieram de surpresa.

- Tudo bem, eu não ligo.

Sorri pra ele e logo em seguida entrei. Caminhei até a sala e encontrei Jaime, Cirilo e Daniel sentados em um dos sofás, enquanto Maria Joaquina estava sentada no outro. Me sentei ao lado dela depois de ter cumprimentado todo mundo. Paulo se sentou na poltrona.

(Maria J.) - Que bom que você chegou. Confesso que não é muito legal ficar aqui ouvindo o papo do garotos. - cochichou.

- Do que eles estão falando?

(Maria J.) - Do que aconteceu no baile depois que vocês foram para o hospital. Aliás, você já está mais calma? Me disseram que você estava tão preocupada que até assustava.

- Sim, já passou. Eu só fiquei bastante assustada mesmo.

(Jaime) - Vocês duas sendo amigas é algo bem estranho. E podem compartilhar o assunto de vocês com a gente.

- Por que você não vai procurar a Valéria, gorducho?

Ele revirou os olhos e todos nós rimos. Em seguida eles continuaram com o papo deles e Maria Joaquina continuou a falar comigo.

(Maria J.) - Alícia, pelo que se parece o Paulo gosta muito de você. Até parece estar apaixonado. Mas e você, o que sente por ele?

- Isso é difícil de responder. Eu não sei bem, na verdade eu sei que sinto algo, mas não sei ainda se estou apaixonada. E Majo, não é um problema para você falar sobre os meus sentimentos pelos seu ex?

(Maria J.) - Claro que não, Gusman. Nosso relacionamento foi algo tão vazio, pensando bem nenhum de nós amou de verdade. Ele precisa seguir em frente, precisa de alguém que o ame mesmo, e eu ficaria muito feliz se esse alguém fosse você. Aliás, fiquei sabendo que vocês ficaram algumas vezes, e o que vocês tem? São ficantes?

- É complicado, eu já disse. Não sei de mais nada, sabe? - respondi cabisbaixa.

(Maria J.) - Tudo bem, a gente descobre agora - ela respondeu e logo em seguida se dirigiu ao Paulo - O que você e a Alícia tem, Paulo?

Automaticamente minhas bochechas começaram a queimar e eu não sabia onde enfiar a minha cara. Coloquei as duas mãos no rosto tentando esconder a minha reação com aquilo. Eu ia matar a Maria Joaquina!

Ficamos em total silêncio por um tempo, óbvio que ele não ia saber o que responder, nós nunca tínhamos falado sobre aquele assunto.

(Daniel) - Perai, e desde quando eles devem ter alguma coisa? - perguntou ingênuo.

(Cirilo) - Deixa de ser idiota, Dan. E gente, que clima tenso é esse? Foi uma pergunta normal, de boa.

(Maria J.) - Não Cirilinho. Isso é algo sério. Acho que Paulo e Alícia precisam conversar muito ainda para tomarem uma decisão na vida deles.

- Maria Joaquina! Para com isso.

(Paulo) - Não, Alícia. Ela tem razão, a gente precisa conversar.

Decidi não discordar. Maria Joaquina fez um sinal de positivo com o dedo para ele e logo começou a puxar todos os meninos para fora de casa. Num piscar de olhar só havia na sala eu e Paulo.

- Ela é louca. Não se sinta pressionado a conversar algo que você não quiser.

Ele saiu da poltrona e veio se sentar ao meu lado no sofá. Pegou minha mão direita e comecei a aperta-lá levemente enquanto falava.

(Paulo) - Eu me pergunto direto o que nós dois temos, e sei que a resposta disso é que não temos nada. Mas eu queria muito ter algo com você, porque, se ainda não ficou claro, eu vou esclarecer agora. Alícia, desde muito tempo eu gosto de você, achava que isso ia passar logo, mas não. Você mexe comigo de uma forma que tenho certeza que ninguém nunca fará do mesmo jeito, eu... te amo!

- Paulo, eu..eu... não estava esperando por isso.

(Paulo) - Eu também não esperava que fosse me declarar para você assim, do nada, no meio da minha sala sem ter planejado nada. Mas acho que assim foi melhor. Eu não aguentava mais guardar isso pra mim.

- Eu... - meus olhos estavam cheios de lágrimas, meu corpo tremia e eu nem sequer sabia o que dizer a ele - Você é muito especial pra mim e todos sabem disso. Aliás, eu sei que sinto algo muito forte por você, só não sei ainda ao certo o que seria.

(Paulo) - Acho que poderíamos descobrir isso juntos. Eu posso te ajudar se quiser.

- Mas como faríamos isso?

Ele pareceu pensar muito antes de falar. Apertou minha mão ainda mais forte e depois olhando no fundo dos meus olhos sorriu. Parecia ter total certeza do que falaria a seguir

 (Paulo) - Nós podemos fazer isso se você... se você aceitar namorar comigo - balançou a cabeça em negativa e formulou melhor a frase - Alícia Gusman, você quer ser a minha namorada?


Notas Finais


Opa opa opa


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