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História A moleca e O garanhão - Capítulo Treze


Escrita por: AngelLaw

Notas do Autor


Cheguei amores!
Sei que estou demorando muito para postar os capítulos, mas é que estou totalmente sem tempo de escrever. Espero que vocês me entendam, e não desistam da fanfic.
Ignorem qualquer erro que houver no capítulo, eu ainda irei revisar.

Capítulo 13 - Capítulo Treze


Capítulo #13 -

POV Alícia -

As semanas começaram a passar muito rápido. Eu e Paulo não nos falamos mais desde o ocorrido na minha casa. Nos víamos na escola, as vezes tínhamos uma breve troca de olhares. Minha amizade com Valéria e Marcelina continuava a mesma. Por mais que eu viesse me desentendendo com a Valéria várias vezes, tudo estava normal. Maria Joaquina havia se tornado outra pessoa. Muita simpática e gentil com todos. Nos falávamos de vez em quando, e eu me sentia bem perto dela.

Apesar de tantas mudanças, tudo estava bem calmo. Mas logo a calmaria acabou, quando o baile de primavera foi anunciado. Seria daqui a algumas semanas, e nele iríamos comemorar o último ano do colegial também. Com certeza todos ficaram completamente animados e mais ansiosos do que nunca. As meninas então, nem se fala, e eu até confesso ter sido contagiada pela alegria delas.

(Marcelina) - Preciso comprar um vestido, um sapato, bijuterias... Ai meu Deus! É coisa demais! - falou baixo no meio da aula de matemática.

(Valéria) - Sim, Marce! Vou me preocupar com o vestido primeiro. Vou começar a procurar um. Quanto mais brilhante, melhor!

- Eu nem estava me lembrando desses detalhes, mas vou falar com a minha mãe, com certeza ela vai me ajudar com isso. E qualquer vestido pra mim ta bom. - sussurrei.

(Suzana) - Meninas? Será que vocês se importam de dividir o assunto conosco? Queremos saber o que é mais interessante que a aula! - exclamou a professora.

Revirei os olhos e balancei a cabeça. Desde o terceiro ano eu não ia com a cara daquela mulher. Continuei escrevendo a lição em meu caderno, enquanto as meninas se resolviam com a professora. Minutos depois o sinal bateu, e fomos liberados para o intervalo. Deixei minhas amigas irem para o pátio sozinha, pois tinha que ir ao banheiro antes.

Quando já estava voltando para o pátio, esbarrei em alguém que eu não consegui identificar de primeira, mas ao ver quem era meu coração saltou de alegria.

- Oi Mário!

(Mário) - Alícia! Que bom que te encontrei. Precisava muito falar com você!

- Pode falar agora.

(Mário) - Lembra daquele passeio que tínhamos que combinar? Então, o que acha dele ser hoje depois da aula? É que eu preciso conversar com você sobre uma coisa e se demorar mais um pouco pode ser que não dê mais. - ele falou demonstrando um certo nervosismo.

- Por mim tudo bem. Depois da aula a gente se vê então. - respondi sorridente.

(Mário) - Beleza. Tchau Ali!

Dei um tchauzinho com a mão enquanto via ele caminhar para longe de mim. Fiquei parada no mesmo lugar sentindo minha barriga esfriar. O que será que ele queria tanto falar comigo? E será que tinha algo a ver com o baile? A ansiedade tomava conta de mim, eu já estava suando. Decidi procurar as meninas para me distrair. Me virei na direção do pátio, mas um garoto da minha sala chamado Marcelo, o qual eu nunca tive muito contato estava ali em minha frente impedindo minha passagem.

- Oi? Precisa de algo?

(Marcelo) - Queria falar com você. Está sabendo do baile né?

Balancei a cabeça afirmando e dei um sorriso sem mostrar os dentes. Eu não tinha nada contra o Marcelo, aliás ele era uma pessoa bem legal e inteligente, mas era estranho ver ele ali falando comigo, sendo que nunca tivemos contato nenhum, a não ser que fosse por causa de lição.

(Marcelo) - Bom, eu serei bem direto porque não gosto de enrolar. O que acha de ir ao baile comigo?

Por um segundo pensei que estivesse escutado errado. Como assim eu, Alícia Gusman, estava recebendo um convite para ir ao baile? Eu era a estranha desconhecida por todos. Quer dizer, talvez eu não fosse mais.

Eu já ia responder que não, pois na minha cabeça algo me dizia que eu iria receber outro pedido, mas algo me impediu de fazer isso.

(Paulo) - Óbvio que ela não vai no baile com você!

(Marcelo) - Por que? Ela vai com você por acaso?

Olhei pra cara do Guerra com muita fúria. O que ele pensava que estava fazendo?

- Que qui é isso Paulo?

(Paulo) - Eu apenas estou te poupando de dizer a esse ai que você não vai ao baile com ele.

- Eu vou no baile com quem eu quiser, você não tem nada a ver com isso. Ficou maluco? Me poupe! Vá cuidar da sua vida.

(Marcelo) - Eu vim aqui te convidar pra ir no baile, Alícia. Não pra presenciar um DR idiota. E ai? Preciso de uma resposta!

- Eu não quero merda nenhuma, certo? Tchau pra vocês dois!!

Então sai andando rapidamente daquele lugar, antes que eu não falasse mais por mim e desse um tapa na cara do primeiro que aparecesse.

***

A aula havia acabado a alguns minutos atrás e eu esperava pelo Mário do lado de fora da escola. Marcelina insistiu para ficar esperando ele junto comigo, mas achei melhor que ela fosse embora e me deixasse esperando sozinha, assim o meu nervosismo talvez seria menor.

Eu estalava os dedos a cada cinco segundos, e já estava ficando incomodada com a tremenda demora do Ayala. Decidi tentar me acalmar um pouco, até porque não tinha motivo nenhum para que eu ficasse nervosa. Sem contar que eu não podia criar nenhuma expectativa, talvez não fosse acontecer nada e eu ia acabar me chateando.

(Mário) - Vamos? - disse surgindo do nada e me tirando completamente de meus pensamentos.

- Ah, vamos claro!

Saímos andando juntos em direção a sorveteria (que foi o lugar que combinamos durante a aula), que ficava no final da rua da escola. Enquanto íamos, falávamos sobre assuntos aleatórios e eu até tinha esquecido do meu nervosismo. Chegamos na sorveteria e nos sentamos em uma das mesinhas que ficava na calçada e depois de ter pego nossos sorvetes, ele começou a falar.

(Mário) - Você deve estar muito ansiosa pra saber o que eu quero com você né?

- Ansiosa é pouco. Eu to quase arrancando cada fio de cabelo meu tentando adivinhar o que você quer falar.

(Mário) - Ai Alícia, você é sempre tão engraçada, as outras meninas podiam ser descontraída assim como você. E sabe, eu gosto muito de você. - ele ria, olhava em meus olhos e pegava na minha mão ao mesmo tempo em que falava.

- É, é... Eu também gosto muito de você, Mário! Aliás, eu gosto muito mesmo. - respondi envergonhada.

Notei que seu rosto tomou uma coloração bastante vermelha, e ele pareceu se assustar um pouco com o que eu havia dito, mas logo ele sorriu e eu fiquei mais calma.

(Mário) - Sabe de uma coisa? Você é incrível. Eu sei que posso sempre contar com você, assim como sei que você aceitaria qualquer coisa que eu pedisse, certo?

- Depende da coisa...

Automaticamente ele pegou em minha mão de novo, e estava mais do que nítido a minha situação com aquilo tudo. Meus olhos provavelmente brilhavam, e eu não conseguia conter o sorriso. E assim como as bochechas dele estavam vermelhas, eu sentia as minhas pegarem fogo.

(Mário) - Todo mundo está sabendo do baile e tal, com certeza você também. Então eu queria saber - fez uma pausa para dar aquele suspense idiota.

Meu Deus! Eu ia surtar.

(Mário) - Eu queria saber se você não me ajudaria a convencer a Marcelina a ir no baile comigo.

Meu sorriso se desfez na hora. Puxei minha mão da sua com cuidado e minha expressão facial com certeza se tornou na pior possível. Como assim ele tinha feito todo esse show para me pedir isso? Mesmo depois de eu ter deixado na cara que gostava dele.

(Mário) - Olha, eu já sei que você sente algo por mim, mas sei também que é algo totalmente passageiro, assim como sei que você nunca deve ter criado esperanças com isso. Então não iria te afetar em nada me ajudar nisso. Até porque eu só te vejo como amiga e nunca iria querer nada a mais com você. A Marcelina é uma menina um pouco difícil, e desde o dia em que a gente discutiu por causa de um trabalho escolar, ela ficou meio distante de mim, e como ela é sua amiga, quem sabe você não faça ela gostar de mim de novo.

A cada palavra que saia de sua boca, era um pedaço do meu coração sendo quebrado. Eu nunca havia ficado daquela forma. Talvez eu gostasse realmente muito dele, porque eu estava muito magoada. Era quase impossível eu dizer alguma coisa, por mais que tentasse minha voz não saia. Eu estava pasma, sem reação, apenas sentindo a dor que suas palavras me causavam.

Sem pensar duas vezes eu me levantei da cadeira e dei as costas para Mário. Mas logo em seguida me veio na cabeça uma ideia ótima. Me virei em sua direção novamente, observei sua cara preocupada e levemente confusa. Peguei o meu pote de sorvete com a mão esquerda e sem dó nem piedade atirei na cara dele, atraindo a atenção de todos que estavam ao nosso redor. Feito isso, arrumei minha mochila no ombro e sai andando sem olhar para trás.

As lágrimas que eu estava segurando até o então, começaram a jorrar dos meus olhos como uma cachoeira. Aos poucos eu fui caindo no chão e quando já estava totalmente jogada no canto da calçada, ouvi uma voz que entre toda aquela minha tristeza, me fez abrir um mínimo sorriso.

(Paulo) - A calçada com certeza não é um bom lugar para se ficar depois de tudo que aconteceu. - ele sorriu e estendeu a mão para mim - Vem, vou te levar pra casa.

Inclinei minha cabeça mais pra cima para poder observá-lo.

- O que pretende fazer comigo? Vai me xingar e dizer o quão idiota eu sou?

 (Paulo) - Não. Eu vou cuidar de você!


Notas Finais


Até mais babys ❣


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