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História A morte de Eliza - Capítulo Um


Escrita por: MarciRocha

Notas do Autor


Na companhia de assasinos

Livro 01

Capítulo 2 - Capítulo Um


Eliza

Em algum lugar do México.

Já faz nove anos desde que vi um americano aqui pela última vez. Nove anos. Eu estava começando a achar que Javier havia matado todos.

— Quem é ela? — pergunta minha única amiga, Octavia, ficando mais à vista. — Como você sabe que ela é americana?

Levo o dedo indicador aos lábios e Octavia cochicha mais baixo, sabendo tão bem quanto eu que Javier — ou aquela irmã medonha dele — vai ouvir e nos punir por bisbilhotar. Sempre paranoicos. Sempre pensando o pior. Sempre tratando tudo com cautela e armas, e têm motivos para isso. Esse é o estilo de uma vida cheia de drogas, assassinato e escravidão.

Olho pela fresta da porta, observando a mulher branca, alta e magra que parece ter nascido incapaz de sorrir.

— Sei lá — murmuro. — Só sei que ela é.

Octavia estreita os olhos como se isso pudesse ajudá-la a ouvir melhor. Sinto o calor de seu hálito aquecendo a pele do meu pescoço quando ela aperta o corpo no meu. Observamos a mulher da penumbra do quartinho que dividimos desde que a trouxeram para cá, há um ano.

Uma porta. Uma janela. Uma cama. Quatro paredes imundas e uma estante com uns poucos livros em inglês, que já reli mais vezes do que posso contar. Mas não estamos trancadas, nunca estivemos. Javier sabe que, se tentarmos escapar, não chegaremos longe. Nem sei em que parte do México estou. Mas sei que, seja onde for, não seria fácil, para uma garota como eu, voltar para os Estados Unidos sozinha. Assim que eu sair por aquela porta e seguir por aquela estrada escura e poeirenta, terei escolhido o suicídio como caminho.

A americana, que usa uma jaqueta preta por cima de roupas pretas, está sentada na cadeira da sala de estar, com as costas eretas e o olhar experiente captando cada movimento no ambiente. Mas ninguém além de mim parece perceber isso. Algo me diz que, embora Octavia e eu estejamos completamente escondidas no nosso quarto, em um corredor escuro que mal nos permite enxergar a sala de estar, aquela mulher sabe que estamos espiando. El sabe tudo o que está acontecendo ao redor: um dos homens de Javier de pé no umbral do corredor em frente, com a arma escondida e a postos. Os seis homens à espera do lado de fora. Os outros dois logo atrás dela, com rifles grudados às mãos. Esses dois não tiram os olhos das costas da americana, mas acho que ela, mesmo sem olhá-los, os vê melhor do que os homens a veem. E há também as presenças mais óbvias na sala: Javier, um perigoso chefão do tráfico mexicano, sentado bem em frente a americana. Sorrindo, confiante e completamente sem medo. E a irmã de Javier, em seu vestido vulgar de sempre, tão curto que nem precisa se curvar para que todos na sala vejam que ela está sem calcinha. Ela quer a americana. Quer qualquer um de quem possa abusar sexualmente, mas essa mulher... Há mais obsessão nos olhos dela quando a encara. E a americano também sabe disso.

— Eu só concordei em me encontrar com você — diz a americana, em espanhol fluente —porque me garantiram que você não me faria perder meu tempo. — Ela olha para a irmã de Javier rapidamente. Ela passa a língua pelos lábios. A americana não se altera. — Só faço negócios com você. Livre-se da piranha, ou não temos o que conversar. — Sua expressão imóvel nunca vacila.

A irmã de Javier, Rebecca, parece ter levado um tapa na cara. Ela abre a boca para falar, mas Javier a silencia apenas com o olhar e faz um movimento rápido de cabeça, exigindo que ela se retire. Ela obedece, mas, como de costume, não sem uma enxurrada de palavrões que a seguem porta afora.

Javier dá um sorrisinho para a americana e leva uma caneca de café aos lábios. Depois de tomar um gole, diz:

— Minha oferta é de 3 milhões, americana. — Ele descansa a caneca na mesa entre eles e se recosta displicentemente na cadeira, com as pernas cruzadas. — Pelo que sei, seu preço é de 2 milhões? — Javier empina o queixo, procurando na americana um sinal de reconhecimento por sua oferta generosa.

A americana não dá sinal nenhum.

— Ainda não sei como você consegue entender tão fácil o que eles dizem — murmura Octavia.

Quero pedir que ela fique em silêncio para ouvir tudo o que Javier e a americana dizem, mas não peço.

— Depois de anos vivendo no meio de gente que só fala espanhol, você aprende — digo,mas sem tirar os olhos deles. — Com o tempo, você também vai ficar fluente como eu.

Sinto o corpo de Octavia ficar tenso. Ela quer voltar para casa tanto quanto eu queria quando fui trazida para cá, com 14 anos. Mas ela sabe, tão bem quanto eu sabia, que talvez fique aqui para sempre, e o peso dessa realidade é o que acaba por fazê-la se calar de novo.

— O único motivo de um homem como você — começa a americana — oferecer mais do que o preço normal seria para garantir algum controle sobre mim. — Ela solta um pequeno suspiro aborrecida e se recosta na cadeira, tirando as mãos dos joelhos. — Ou isso, ou você está desesperado, o que me leva a crer que meu alvo, aquele que você quer que eu mate, me pagaria mais para matar você.

O sorriso confiante de Javier desaparece. Ele engole em seco e endireita as costas, pouco à vontade, mas tenta conservar um pouco de autoconfiança na situação. Até onde ele sabe, a americana pode estar aqui, agora, exatamente para fazer isso.

— Meus motivos não importam — diz Javier.

Ele toma mais um gole de café para disfarçar seu desconforto.

— Tem razão — responde a mulher, muito calmamente. — Só o que importa aqui é você mandar Guillermo, lá atrás, baixar a arma que está apontando para mim, e, se ele não fizer isso em três segundos, vai morrer.

Javier e um dos homens em pé atrás da americana trocam olhares. Mas três segundos passam rápido demais, e eu ouço um tiro quase silencioso estalar, e um pop! quando um esguicho de sangue atinge o outro homem ao lado dele. “Guillermo” cai ao chão, morto.

Ninguém, nem mesmo eu, entende como a americana deu aquele tiro. Ela sequer se mexeu. O homem ao lado do morto fica imóvel, seus olhos negros arregalados por baixo do cabelo preto e oleoso. Javier aperta os lábios e engole em seco de novo, tendo cada vez mais dificuldade para disfarçar seu desconforto a cada segundo inquietante que passa. Ele tem muitos homens contra a americana, mas é óbvio que não quer vê-la morta. Não agora. Ele ergue a mão para mandar que os outros baixem as armas. 

A americana tira a mão de dentro da jaqueta e apoia a arma na perna, para que todos vejam. Seu dedo continua no gatilho. Javier lança um olhar nervoso para a arma.

Octavia está afundando as unhas em minhas costelas. Cuidadosamente, eu afasto suas mãos e sinto seu corpo relaxar quando ela percebe o que está fazendo. Sua respiração é ofegante. Eu passo o braço por seu ombro e a puxo para meu peito. Ela não está acostumada a ver gente morrendo. Ainda não. Mas um dia vai se acostumar. Coloco a mão em sua cabeça e beijo seus cabelos para acalmá-la.

Javier acena com dois dedos.

— Limpe essa sujeira — diz para o outro homem atrás da americana. Ele parece mais do que satisfeito em obedecer, querendo evitar um fim como o do colega. Todos os olhares na sala estão na americana. Não que não estivessem antes, mas agora estão mais óbvios, muito mais atentos.

— Já provou o que queria — diz Javier.

— Eu não estava tentando provar nada — corrige a americana.

Javier faz um gesto com a cabeça, concordando.

— Três milhões de dólares americanos — diz Javier. — Aceita a oferta?

É óbvio que a americana fez mais do que obrigar Javier a baixar a bola. O traficante pode não estar correndo de medo nem se encolhendo em um canto, mas está claro que foi posto no seu lugar. E não é fácil fazer isso. Eu me preocupo com o que Javier possa fazer em retaliação, quando surgir uma oportunidade. Isso só me preocupa porque preciso dessa americana para sair daqui.

— O que eles estão dizendo? — pergunta Octavia, frustrada por ainda estar longe de decifrar qualquer coisa que é falada neste lugar.

Não respondo, mas aperto seu ombro, para indicar que preciso que ela pare de falar.

— Três e meio é meu preço — diz a americano.

Javier fica surpreso, e acho que percebo suas narinas se alargando. Ele não está acostumado a ficar por baixo.

— Mas você disse...

— O preço aumentou — diz a americana, apoiando as costas na cadeira de novo e batendo de leve com o cabo da arma na calça preta. Ela não dá mais nenhuma explicação, nem precisa.

Javier já parece aceitar.

Javier balança a cabeça.

— Sí. Sí. Três milhões e meio. Você pode fazer o serviço em uma semana?

A americana fica de pé, seus cabelos castanhos caindo sobre a jaqueta. Ela é alta e intimida com seu jeito.

Eu afasto Octavia e fecho a porta com cuidado.

— O que você está fazendo? — pergunta ela enquanto corro para o velho gaveteiro onde estão todas as nossas roupas.

— A gente vai embora — digo, enfiando tudo o que posso em uma fronha. — Calce seus sapatos.

— Quê?

— O., a gente não tem tempo para discutir. Calce os sapatos. A gente pode sair daqui com a americana.

Eu encho a fronha até a metade e vou ajudá-la, já que ela demora a entender exatamente o que está acontecendo. Então a puxo pelo braço e a faço se sentar na cama.

— Eu ajudo — digo, me ajoelhando na frente dela e começando a enfiar seus pés descalços nos sapatos.

Mas ela me faz parar.

— Não... Eliza, e-eu não posso ir.

Eu solto um longo suspiro. Não temos tempo para isso, mas preciso arranjar tempo para convencê-la de que precisa ir embora comigo. Eu a olho nos olhos.

— A gente vai ficar bem. A gente pode sair daqui. O., ela é a primeira americana que vejo em anos. É nossa única chance.

— Ela é uma assassina.

— Você está cercada de assassinos. Agora venha!

— Não! Estou com medo!

Eu fico de pé bruscamente e cubro sua boca com a mão.

— Shhh! O., por favor, me escute...

Ela cobre meus dedos com os seus e afasta minha mão de sua boca.

Lágrimas correm de seus olhos, e ela balança a cabeça rapidamente.

— Eu não vou. Vamos ser pegas e Javier vai bater na gente. Ou pior, Rebecca vai torturar e matar a gente. Vou ficar aqui.

Sei que não vou conseguir fazê-la mudar de ideia. Ela está com aquele olhar. Aquele que mostra que ela foi domada e que provavelmente continuará assim para sempre. Eu ponho as mãos em seus ombros e olho para ela.

— Entre debaixo das cobertas e finja que está dormindo — digo. — Fique assim até alguém vir aqui e achar você. Se descobrirem que você sabia que eu ia fugir e não contou para ninguém, vão matar você.

Octavia balança a cabeça com um movimento brusco e nervoso.

— Eu vou voltar para buscar você. — Eu a sacudo pelos ombros, esperando que acredite em mim. — Prometo. A primeira coisa que vou fazer quando passar a fronteira vai ser procurar a polícia.

— Mas como você vai me achar? — Lágrimas embargam sua voz.

— Não sei — admito. — Mas a americana vai saber. Ela vai me ajudar.

Não há esperança em seu olhar. Ela não acredita nem por um segundo que meu plano maluco vai funcionar. Eu provavelmente também não teria acreditado nove anos atrás, mas o desespero nos leva a fazer loucuras. O rosto de Octavia fica tenso e ela enxuga as lágrimas. É como se soubesse que esta é a última vez que vai me ver.

Beijo com força sua testa.

— Eu vou voltar para buscar você.

Ela balança a cabeça devagar e eu atravesso o quarto minúsculo com a fronha jogada por cima do ombro.

— Entre debaixo das cobertas — sussurro para ela ao abrir a janela.

Enquanto Octavia se esconde debaixo do cobertor, saio pela janela para o ar morno de outubro. Eu me agacho atrás da casa, contorno pela lateral e passo pelo buraco na cerca do lado sul da fortaleza. Javier tem capangas por toda parte, mas eu sempre os achei bem tapados e deficientes no quesito evitar-fugas-da-fortaleza, porque raramente alguém tenta fugir. Na maior parte do tempo, os vigias ficam em rodinhas, conversando, fumando e fazendo gestos obscenos para as outras garotas aprisionadas aqui. O que está na porta do arsenal é o mesmo que tentou me estuprar há seis semanas. Javier só não o matou porque eles são irmãos.

Mas, irmão ou não, agora ele é um homem castrado.

Ziguezagueando entre pequenas construções, eu me aproximo da floresta e paro nas sombras projetadas pela casa ali perto. Eu me endireito, apoio as costas na parede e dou a volta cuidadosamente até a frente, onde a cerca de arame farpado de 3,5 metros de altura começa, no portão principal. Forasteiros sempre precisam parar o carro do lado de fora e são acompanhados a pé para dentro da fortaleza.

Com a americana, não teriam permitido nada diferente. Tenho certeza disso. Espero estar certa.

Um grande feixe de luz do poste cobre o espaço a partir de onde estou até a área do portão, que é aonde preciso chegar. Há um vigia ali, mas é mais novo e acho que dou conta dele. Tive muito tempo para planejar tudo isso. Minha adolescência inteira. Roubei uma arma do quarto de Izel, ano passado, e a mantive escondida desde então sob uma tábua do assoalho no quarto onde durmo com Octavia. Assim que vi a americana entrar na casa, levantei a tábua, peguei a arma e a enfiei na parte de trás do short. Eu sabia que iria precisar dela hoje à noite.

Inspiro fundo e corro pelo espaço aberto iluminado, torcendo para que ninguém me veja.

Corro a passos duros, rápidos, com a fronha batendo em minhas costas. Aperto tanto a arma que os ossos dos dedos doem. Consigo chegar à cerca e dou um suspiro de alívio quando encontro outra sombra para me esconder. Vultos se movem a distância, saindo da casa de onde acabo de vir. Sinto enjoo e poderia até vomitar se não soubesse que tenho coisas mais importantes para fazer, e rápido. Meu coração bate descontrolado. Avisto o vigia à minha frente, perto do portão, encostado a uma árvore. A brasa de um cigarro ilumina seu rosto acobreado e escurece quando ele afasta o filtro dos lábios. A silhueta de seu rifle dá a impressão de que sua arma está jogada por cima do ombro. Por sorte, não está em punho.

Ando rapidamente ao longo da cerca, tentando ficar escondida na sombra das árvores do outro lado. Meus chinelos gastos se movem na areia macia sem fazer nenhum ruído. O vigia está tão perto que sinto o fedor de seu corpo e vejo o brilho oleoso de seu cabelo imundo.

Eu me esgueiro para mais perto, torcendo para que meu movimento não chame sua atenção.

Estou bem atrás dele agora, quase me mijando de medo. Minhas pernas tremem e minha garganta se fechou a tal ponto que quase não consigo respirar. Com cuidado, e o mais silenciosamente possível, levanto a arma e bato com a coronha na cabeça dele com toda  aforça. Um whack! barulhento e um crunch! reviram meu estômago. Ele desaba, inconsciente, e o cigarro aceso cai na areia, perto de seus joelhos. Pego a arma dele, precisando praticamente arrancá-la de seu braço por causa do peso do corpo, e depois corro pelo portão entreaberto para fora da fortaleza.

Como eu esperava, só há um veículo estacionado: um carro esporte preto, provavelmente o objeto mais destoante nesta área em um raio de quilômetros. É um carro urbano e caro, com rodas reluzentes e personalidade.

Só falta um obstáculo. Mas, ao ver o carro, minha esperança de que o americano tenha deixado as portas destrancadas diminui. Certamente ele não faria isso em um lugar como este.

Coloco a mão na maçaneta da porta traseira do lado do passageiro e prendo a respiração. A porta se abre. Não tenho tempo para ficar aliviada, pois ouço vozes vindo do portão e vejo de relance um vulto se aproximando. Eu rastejo para o assoalho do carro e bato a porta depressa,

antes que as pessoas estejam perto o suficiente para ouvi-la se fechando.

Ai, não... a luz interna.

Cerro os dentes vendo a luz se apagando acima de mim, tão devagar que é uma tortura, até que finalmente ela some e me deixa na escuridão. Depois de enfiar a fronha debaixo do banco do motorista, tento esconder o rifle roubado atrás do banco, entre o assento e a porta. Isso me deixa tempo suficiente para deitar meu corpo pequeno, colando-o o máximo possível ao assoalho. Abraço meus joelhos, que estão apertados contra o peito, e curvo as costas, mantendo essa posição desconfortável. 

As vozes desaparecem e só o que resta é o som de um par de pernas se aproximando do carro. O porta-malas se abre e segundos depois se fecha de novo.

Prendo a respiração quando a porta do motorista se abre e a luz interna se acende outra vez. A americana fecha a porta atrás de si e sinto o carro balançar quando ela se ajeita no banco do motorista. Um. Dois. Três. Quatro. Cinco. Seis. Finalmente, a luz se apaga. Ouço a chave sendo enfiada na ignição e o motor ganhando vida.

Por que não estamos andando? Por que estamos parados aqui? Talvez ela esteja lendo algo.

E então ela diz em voz alta, em espanhol:

— Loção de manteiga de cacau. Hálito quente. Suor.

Meu cérebro leva um momento para registrar o significado de suas estranhas palavras e perceber que ela está falando comigo, na verdade.

Eu me levanto rápido de trás do banco e engatilho a arma, apertando o cano contra a nuca dela.

— Dirija — digo em inglês, as mãos tremendo, segurando a arma no lugar. Nunca matei ninguém e nem quero, mas não vou voltar para aquela fortaleza.

A americana levanta as mãos devagar. O brilho de seu grosso relógio de ouro me chama a atenção, mas não deixo que me distraia. Sem mais uma palavra, ela coloca uma das mãos no volante e a outra na marcha, pondo o carro em modo de partida.

— Você é americana — diz ela calmamente, mas detecto um traço ínfimo de interesse em sua voz.

— Sim, sou americana, agora dirija, por favor.

Ainda apontando a arma para sua cabeça, eu me sento no banco de trás e a afasto de seu alcance. Eu a pego me olhando pelo retrovisor, mas o interior do carro está muito escuro, apenas com luzes fracas no painel, então só consigo ver seus olhos por um breve momento quando eles passam por mim.

Finalmente, o carro começa a andar e ela põe as mãos no volante. Ela está calmo e cautelosa, mas tenho a sensação de que não está nem um pouco preocupada comigo ou com o que eu sou capaz de fazer. Isso me dá medo. Acho que eu preferiria que ela implorasse por sua vida, gaguejasse súplicas, prometesse o mundo. Mas ela parece tão perigosa e desinteressada quanto parecia dentro da casa, quando meteu uma bala na cabeça daquele capanga que chamou tão displicentemente de Guillermo.


Notas Finais


Não aguentei esperar até de noite kkkk o primeiro capítulo, beijos Clexazinhas até o próximo ❤


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