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História A Mulher que ela Ama Odiar - Desenhos


Escrita por: QueenShipper

Notas do Autor


Demorei mas voltei kk

Capítulo 16 - Desenhos


Fanfic / Fanfiction A Mulher que ela Ama Odiar - Desenhos

Os lábios cerrados de Ingrid ficaram muito pálidos, mas Elsa ainda não terminara.

— Por que não pode deixar o passado para trás? — sussurrou Elsa. — Por que tem sempre que se fazer de vítima? Papai está morto. Será que não consegue olhar além de suas mágoas e ver o estrago que está causando?

— Elsa, aqui não — murmurou Emma.

— Por que não, aqui? Ela trouxe esta conversa para cá. Toda a roupa suja da família, toda a amargura e o desejo de vingan­ça que carrega na alma. Eu escutei você e Emma durante todo o fim de semana. Agora é hora de me escutarem. Emma, você tem todo o meu apoio no que se refere ao modo como dirige a empresa. Entre nós duas, detemos 60 por cento dos votos, por­tanto acredito que isso encerra a moção de censura. Mamãe sinto muito se encara isto como uma traição, mas o que você está fazendo aqui é errado. Errado para a empresa. Injusto com Emma. E injusto comigo. Deixe o passado para trás. Ou saia de nossas vidas. Agora... Vamos em frente.

Elsa pegou o plano estratégico e ergueu-o para que to­dos vissem.

— Estão todos prontos para discutir o plano de recuperação da empresa? Eu gostaria muito de sair daqui até as 17h.

Regina recebeu a mensagem de Emma na segunda de manhã, ouviu duas vezes e passou o dia em um frenesi criativo que não acabou quando ela chegou em casa. Precisava despejar seus sentimentos no papel, precisava desenhar para compreendê-los. Então seria capaz de retomar o telefonema de Emma e saber o que dizer. Era assim que as coisas sempre haviam fun­cionado para Regina.

Uma garota frágil, usando jeans rasgados e uma camise­ta velha, descalça deitada de barriga para baixo sobre o pico gelado de uma montanha, com uma das mãos estendida na direção de uma guerreira que escalava a montanha. Ela usava calças coladas ao corpo e um cinto de onde pendiam várias espadas e martelos de batalha.

As costas da guerreiro eram um estudo de força e beleza, e ela estava quase ao alcance da mão esticada em sua direção. Uma tempestade redemoinhava ao redor deles, e as cores do­minantes eram o negro, os azuis e os cinzas ameaçadores. Regina batizou o desenho de “Confiança”.

A garota frágil abraçada a guerreira, seu rosto cintilando de alegria e paixão. Esse era “Descoberta”.

A mesma garota sentada no topo da montanha gelada, a cabeça apoiada nos joelhos e as mãos na cabeça, enquanto a seu redor demônios pareciam cavalgar no vento. A guerreira lutava contra eles com todas ás suas forças, seu rosto era uma máscara rígida de determinação. Regina detestou esse desenho porque a garota parecia covarde. Ela o deixou de lado e re­começou. Porém por mais que tentasse, sempre desenhava a guerreira firme, enquanto a garota parecia se recusar a ficar ao lado dela contra os inimigos.

Regina começou de novo, em uma nova série em que a guer­reira tinha duas mulheres a seu lado e a garota tentava se juntar a elas, mas as mulheres não a aceitavam e a garota fugia.

Também detestou essa. “Covarde” foi como a chamou.

Em algum momento durante a noite, ela esboçou uma série de desenhos de amantes absolutamente perdidas em si mes­mas, uma composição de traços e sombras tão belas que Regina começou a chorar. Esse ela chamou de “Amor”, e viveu cada traço.

Regina prendeu os desenhos nas paredes da sala, todos eles, mesmo os que não estavam terminados. E procurou colocá-los em algum tipo de ordem. Então tentou desenhar um final para aquilo tudo. Finalmente colocou no papel a guer­reira triunfante, de costas, assim ela não teria que desenhar seu rosto.

A garota não aparecia na cena.

Regina acabara com todo um bloco de desenho e com vários lápis.

Mas as lágrimas continuavam a escorrer por seu rosto.

Ela começou de novo. Dessa vez desenhou um salão cheio de pessoas bonitas, com a garota frágil entre elas. Não esta­va sozinha. A guerreira estava a seu lado, usando um terninho e olhando para a garota com orgulho. Ela sorriu para ela com prazer, e seu coração estava cheio de amor. As cores no papel iam ficando mais ricas conforme Regina trabalhava. A confiança entre a guerreira e a garota era evidente.

Regina gostou desse.

Ela pegou um copo de água, sentou-se no sofá e ficou um longo tempo olhando para esse último desenho.

Poderia ter feito aquilo. Apesar dos problemas, uma parte da noite de sábado funcionou. Com o tempo e com o apoio de Emma, ela poderia ter frequentado aquele mundo quando fosse preciso. A esse desenho ela deu o nome de “Compro­metimento”. Era um pequeno preço a pagar em nome do “Amor”.

O que teria acontecido naquela manhã com a guerreira dela? Teria conseguido vencer a luta com a mãe pelo controle da empresa?

Regina olhou com firmeza para a última imagem que pren­dera na parede, a “Vitória da Guerreira”. Queria tanto fazer parte daquela imagem. Queria tanto ter conquistado o direito de estar ao lado dela.

Mas não lutara, preferiu fugir.

Foi covarde e tola.

Regina fechou os olhos. “Estou disposta a ouvir agora”, dis­sera Emma na mensagem que ela ainda não havia retomado. “Se você tiver mais alguma coisa a dizer... estou ouvindo.”

Ela pegou uma nova folha de papel e recomeçou a desenhar.


Notas Finais


Estamos na reta final .......


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