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História A Mulher que ela Ama Odiar - Testamento


Escrita por: QueenShipper

Notas do Autor


Boa leitura pra vocês
beijosss!!!!!

Capítulo 6 - Testamento


Fanfic / Fanfiction A Mulher que ela Ama Odiar - Testamento

Um dia fazia diferença. Dois dias faziam muito mais.

Dois dias haviam se passado, e Regina já tinha as emoções sob controle o bastante para se juntar à mãe atrás do balcão do bar à noite, servir cervejas e conversar com os fregueses. Quando o assunto era o tempo que passou na montanha com Emma Swan, ela permanecia irredutível. Preferia dar um rápido sorriso e mudar de assunto. Se isso não funcionava, Regina pas­sava a falar sobre como foi assistir à avalanche de dentro da gôndola, pouco antes de despencarem.

Isso costumava ser o bastante para calar os curiosos.

O bar de Cora não era grande. Tinha, porém, uma boa carta de vinhos, bons drinques e cervejas e uma excelente chef indiana chamada Jasmine, responsável pela cozinha.

Cora abriu o bar como um desafio, um projeto inapro­priado para tirar de sua cabeça o relacionamento igualmente inapropriado com um homem casado. Em algum momento no meio do caminho, o lugar se tornara o refugio e o conforto de Cora. Um lugar aconchegante onde ela podia manter a cabeça erguida e se tornar bem mais do que a amante de Swan.

Regina nunca vira Emma Swan no bar.

Até aquele dia.

Cora obviamente o tinha visto entrar, mas deixou que Regina o atendesse.

— Emma. O que posso lhe servir? — Regina era o retrato da edu­cação quando entregou o cardápio de drinques para a loira.

— Não estou aqui para tomar nada, Regina. — Pela raiva mal disfarçada na voz dela, Emma também não estava ali para socializar.

— Então me deixe refazer a frase — disse ela, sem alterar o tom de voz. — O que deseja?

— Isso não tem importância, não é verdade? Estou aqui para lhe dar isto. — Emma colocou um envelope sobre o balcão diante dela. — Meu pai citou-a no testamento. E sua mãe, também. Qualquer advogado saberá o que fazer para completar a trans­ferência. Por outro lado, se houver alguma coisa que você não entenda em relação aos documentos, quem sabe poderá então tentar retornar um dos meus telefonemas.

Emma cumprimentou Cora com um aceno de cabeça. E lan­çou mais um olhar abrasador para Regina.

Então, partiu.

Regina pegou o envelope, pensativa. Era pesado. A irritação de Emma acabou despertando sua curiosidade em relação ao conteúdo. Ela imaginara... Bem, elas jamais seriam amigas, mas Regina pensara que talvez pudessem ter um relacionamento mais amigável depois do que aconteceu na montanha.

Ao que parecia, estava errada.

Obviamente, alguma coisa aconteceu e mudou o humor da loira em relação a ela. Algo relacionado ao testamento do pai.

Regina deixou escapar um suspiro e se afastou para um canto da cozinha, onde pegou o maço de papéis que estava dentro do envelope. Na frente, havia uma carta dos advogados de Sr.Gold.

— O que Emma queria? — perguntou Cora, da porta, alguns minutos depois.

— Provavelmente me estrangular — respondeu Regina lenta­mente, enquanto folheava os papéis mais uma vez para se cer­tificar de que não tinha entendido mal.

— Ela disse que me deixou várias mensagens para que eu entrasse em contato com ela, mas meu telefone está com defeito. Não funciona direito desde a avalanche. Terei que comprar um novo. De qualquer modo, não é nada importante. Leram o testamento do Sr.Gold. Emma é a testamenteira. E parece que Gold me deixou uma casa em Boston e um apartamento em Auckland.

— Que homem tolo! — Mas Cora não parecia surpresa. — Eu lhe disse para não fazer isso.

—Você sabia?

— Eu sabia que ele queria fazer alguma coisa por você. Gold sabia que sua vida não era fácil, por causa do relaciona­mento dele comigo.

Regina fechou os olhos e balançou a cabeça.

— Pena que ele não pudesse legitimar o relacionamento com você — resmungou ela, ganhando um olhar severo de Jasmine. — Para que eu vou querer uma casa e um apartamento?

— Segurança financeira? — sugeriu Cora friamente. — A possibilidade de morar em outro lugar que não aquela casinha de cachorro em que você vive?

— É uma casinha de cachorro muito bonitinha — resmungou Regina, novamente. — E tem mais. Lá, eu pago o aluguel. Abro meu próprio caminho, mamãe. Você sabe disso. Você me en­sinou isso.

— Eu sei — disse Cora. — E disse isso ao Gold. Mas o ho­mem colocou na cabeça que precisava recompensá-la.

— Sei... Bem, ele também lhe deixou alguma coisa — disse Regina. — E pode ter certeza de que o homem realmente estava querendo recompensá-la. Talvez estivesse planejando com­prar a entrada dele no paraíso.

Cora descruzou os braços e levantou o queixo, com os olhos castanhos flamejando.

— Gold não me deixou nada. Eu não queria nada. Nós con­cordamos com isso.

— Parece que ele mudou de ideia. Gold lhe deixou uma carteira de ações no valor de 16 milhões. — Regina voltou a guar­dar os papéis no envelope e colocou-o nas mãos da mãe, e se encaminhou de volta para o bar. — Não em dólares. Em libras.

O escritório de Emma na Swan Holdings era funcional, mas ti­nha uma bela vista e todo o necessário para que os visitantes sentissem que estavam lidando com alguém importante. O modo intempestivo como sua irmã, Elsa, entrara na sala dela, com apenas uma rápida batida na porta, não era surpresa para ninguém, menos ainda para Emma. Mas ela ficou surpresa ao vê-la começar a falar sobre as determinações do pai deles em seu testamento. Elsa costumava ser muito mais discreta que isso.

— Você realmente quer contestar o testamento do nosso pai? Perguntou Emma, quando ela finalmente parou de falar. — Por­que posso lhe assegurar Elsa, que o documento é incontes­tável. Papai não era estúpido, apenas voluntarioso.

Mas Elsa não se acalmou. Em vez disso, voltou os olhos trágicos para Emma e recomeçou a atacar Cora e Regina Mills, culminando com uma declaração de que não conseguia supor­tar pensar no quanto as duas vagabundas provavelmente ha­viam extorquido do pai delas ao longo dos anos.

Emma que passara os últimos dois dias descobrindo exa­tamente o quanto Cora Mills não extorquira Gold Swan, percebeu que estava na hora de compartilhar algumas informa­ções com a irmã, ainda que ela não fosse gostar muito.

— Elas não tiraram nada dele, Elsa. Nada que eu possa ver. Você mesma pode checar os demonstrativos financeiros, se quiser. Meu palpite é de que, cada vez que Gold queria dar um presente a Cora Mills e ela recusava, ele acrescentava mais algumas ações ao fundo que começou para ela 12 anos atrás. Cora Mills simplesmente na sabia.

— Oh, com certeza ela sabia. — Elsa parecia um belo dra­gão pronto para atacar.    — Emma, ela sabia.

— Como quiser. — Emma não gastaria seu fôlego tentando convencer a irmã do contrário. Não lhe importava o que a irmã, ou qualquer outra pessoa, pensava.

— Escute Elsa. Para começar, esse dinheiro nunca foi parte da estrutura da empresa. Sempre esteve separado.

— Você não vai dar esse dinheiro a elas — falou Elsa, determinada.

— Na verdade, eu já dei. E antes que recomece a falar como louca tenho algumas sugestões para lhe dar. Pare de ficar tão obcecada com as Mills. Pare de idolatrar um pai que nunca mereceu isso e comece a pensar se quer assumir a diretoria que lhe ofereci, em Sydney. Você seria ótima para o cargo, e lhe fa­ria bem se afastar deste lugar e das lembranças que ele lhe traz. Não é saudável. Você está se tornando uma cópia de nossa mãe.

— Oh, estou mesmo? — retorquiu ela. — E desde quando você se tornou essa santa? Sempre odiou o que Cora Mills fez à nossa família, Emma. Sei disso.

— Talvez ela tenha sido apenas um catalisador. Talvez nós mesmos tenhamos criado uma família cheia de falhas. E talvez seja a hora de pararmos. — Emma respirou fundo e encarou a irmã, avaliando-a. Elsa tinha 25 anos e, até onde Emma sabia, nunca havia tido um relacionamento sério. Formou-se com louvores em administração e, depois, em psicologia. E, por culpa das atitudes do pai, acabou se transformando em uma mulher emocionalmente perturbada, com um ódio profundo por tudo o que dizia respeito às Mills. Essa era mais uma das razões para Gold Swan arder nas profundezas do inferno.

— August Booth está querendo ser transferido de volta da Aus­trália. Ele me seria útil aqui. E você poderia me ser útil lá. O que devo dizer a ele?

— Você quer que eu vá embora — disse Elsa, encarando-a com os olhos azuis furiosos. — Por quê?

— Quero que seja feliz — respondeu Emma com a voz baixa. — Isso é assim tão errado?

— Você está diferente — retrucou-a. — Desde o acidente na montanha. Está mais pensativa, trabalhando mais do que nun­ca. O que aconteceu lá Emma?

—Nada que você quisesse saber.

— Mas eu quero saber.

— Vi a natureza mover a montanha. Percebi minha própria insignificância. E vi uma mulher se recusar a desistir de mim e de si mesma. Eu sobrevivi. O que mais você gostaria de saber?

— Ela foi corajosa? — perguntou Elsa, irritada.

— Ela tem nome, Elsa. E já foi sua melhor amiga, um dia. E, sim, Regina foi corajosa, determinada, irritante, engenhosa e, quando voltamos para Storybrook, a atenção da imprensa a deixou aterrorizada, porque Regina achou que eu fosse jogá-la aos leões. — Emma jogou a caneta sobre a mesa. — Você tem idéia do quanto eu me senti pequena nesse momento? Como me senti furiosa com ela por imaginar que eu seria capaz de uma coisa dessas? Regina não confia em ninguém, Elsa. Não permite que ninguém se aproxime.

Elsa mordeu o lábio, — Eu tive que romper aquela amizade, Emma. A situação...

— Eu sei. — A precaução lutava contra a necessidade de dizer a verdade.

— Quero ver Regina de novo, El.

— Para quê?

— Talvez eu queira me aproximar dela.

A partir daí, a conversa piorou.

Elsa não concordou em ser transferida para Sydney. E teve um ataque de raiva em relação ao interesse da irmã por Regina Mills. Pouco antes de sair tempestuosamente da sala, ela disse a Emma que, se ainda lhe restasse um mínimo de conside­ração pela família, ela deveria levar duas loiras para a cama e ligar para ela, Elsa, depois que estivesse com a libido sob controle e com o cérebro de volta à cabeça.

Ruby Lucas, a segunda no comando da empresa, entrou no escritório de Emma pouco depois da saída tempestuo­sa de Elsa. Ruby também não se incomodou de bater e fechou a porta atrás de si.

— Problemas? — perguntou, acomodando-se em uma cadeira.

— E desde quando Elsa não foi um problema?- resmun­gou Emma. — É mimada e temperamental. Meu pai foi indulgen­te demais com minha irmã. Será que ela realmente espera que eu faça o mesmo?

Ruby ergueu uma sobrancelha.

— Sim. Falando nisso, se vocês estiverem planejando mais discussões aos gritos, sugiro que façam isso com um pouco mais de privacidade. As paredes são finas, Emma. Nesse mo­mento já está correndo um bolão de apostas para saber quem serão as duas loiras. E há outra corrente apostando em uma morena.

— Em qual das duas possibilidades você apostou?

— Preciso de mais informações antes de me comprometer. Por que acha que estou aqui?

— Estava esperando que você tivesse as últimas estimativas sobre a limpeza na estação de esqui.

— Eu lhe mandei isso há cinco minutos, sua déspota. Che­que seus e-mails.

Emma checou e lá estava. Ela abriu o arquivo e praguejou.

— Somos amigas há muitos anos, Emma — disse Ruby, e Emma estreitou os olhos. Nos seis anos em que trabalhavam juntas e nos cinco anos de universidade antes disso, Ruby jamais usara o argumento da amizade dela. — Não costumo questionar seu julgamento.

— Pode ir direto ao ponto — disse Emma.

— Está certo, farei isso. Sinceramente, não me importo com quem levará para a cama. Nunca assediou ninguém que traba­lhasse para você e o que faz ou deixa de fazer com as mulheres nunca teve nenhum impacto sobre a Swan Holdings. Serve ape­nas como alimento para fofocas.

— Isso deveria me tranquilizar de algum modo?

— Estou só lhe dando minha opinião.

— Continue.

— Está bem. Elsa e Ingrid não serão capazes de jun­tar votos para destituí-la de seu cargo, Emma, mas você ainda precisa da cooperação delas. E se acha que pode se envolver com uma Mills e não enlouquecer sua irmã e sua mãe deve pensar melhor. Foi assim que as duas perderam Gold. E elas não vão aceitar tranquilamente perder você também. Vão lutar contra isso com todas as armas que tiverem.

— Meu pai conseguiu garantir a cooperação das duas.

— Você não é seu pai.


Notas Finais


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