História A namorada do papai! ( FugaSaku , SasuSaku)Em revisão - Cheiro do vazio.

 O dia amanheceu bastante nublado, e sem luz, combinando perfeitamente com o dia fúnebre.

Fiquei na janela, relâmpagos iluminam uma ora ou outra o céu cinza, minha mente parece vaga e meu olhar sem qualquer brilho algum...

...Eu deveria chorar?

Uma brisa gelada passou por meu rosto, os fios soltos de meu longo cabelo voaram,e fecho os olhos e respiro fundo, solto todo ar dos pulmões faço isso por alguns segundos.

..Inspiração... Expiração.. preciso de ar..

—Sakura.. está na hora.—a voz de Shaya foi mansa assenti sem nem olhar para trás.—Eu sinto muito querida. —

Sinto muito... É isso que ouvirei daqui por diante?

— Eu sei.— sussurrei. Virei levemente o rosto e pude ve-la com o olhar triste e a cabeça baixa, deu meia volta e saiu.

Voltei a olhar para o céu.. sorri de leve..Um sorriso forçado que darei daqui em diante.. pois a dor é tamanha em meu peito.

Em passos lentos vou para fora de meu quarto.. o silêncio é perturbador mesmo vendo tantas pessoas reunidas, ao mesmo tempo parece que estou sozinha, olhei para , Fugaku, Sasuke, Ino, Naruto, Tsunade,Hinata, Shaya, Kiba, Sasori, Gaara, entre outros que preferir não procura com o olhar. Ino foi a primeira a vir me abraçar. Um abraço forte fazendo um leve carinho em meu cabelo, por fim a loira fungou.

—Sakura..Sempre estarei do seu lado.—

— Eu sei.—em seguida os outros me abraçam e por fim Sasuke.

—Não está sozinha.— disse o olhei e assenti.

— Vamos todos.— minha mãe disse com voz tão rouca, que tenho quase certeza que ela está segurando o choro para me mostrar o quanto é forte. Sinto o braço dela me envolver pela cintura e fomos para o carro..

Uma enorme fila de carros e motos seguem silenciosamente pelas ruas. A repórteres lá fora. Será que eles não percebem o quanto este momento é delicado para mim.?

—Não precisa falar nada querida.. —disse Tsunade me tirando dos devaneios, ao desce do carro, coloco o óculos escuros escondendo minhas olheiras e olhos inchados de chorar. Tsunade e minha mãe passam seus braço em volta do meu, ambas lado a lado, e Shaya vem logo atrás com um buquê de rosas.

Depois de andar pelos túmulos e um grande corredor com flores.. chegamos ao local onde está um cova e o caixão que meu pai estar.. droga não era para eu chorar.. prometi a meu pai que não choraria que me mostraria forte..Mais não consigo.

Respiro fundo.. e observo o gramado verde..E tem algumas árvores uma delas é de cerejeira que fica bem de frente o túmulo, apenas os galhos secos dão um pouco de sombra... uma lágrima escorreu, e com o dedo indicador enxugo. Depois de um texto fúnebre, eles descem o caixão devagar..E flores são jogadas..

Odeio enterro, odeio cerimônia fúnebre e odeio cemitério..

Esse é um lugar triste, onde carregam as pessoas que amamos para fundir com a terra e ser um dia esquecida. 

Tenho medo de um dia esquece do meu pai..

Os últimos dias depois daquela noite que Fugaku esteve lá, eu dormi com meu pai.. e toda manhã sentia os dedos dele acariciar meu cabelo, os dedos magros e pálidos..

Quando um dia infelizmente o que eu mais temia aconteceu.. mesmo sabendo que deveria estar preparada...Mais ninguém está preparado para perde a pessoa que ama, somos tão egoísta ao ponto de querer que a pessoa fique conosco, por mais que seja doloroso, mais temos de aceitar a morte.

O que fica agora são lembranças... De um pai que não foi presente em meu crescimento, que me balançava no balanço...E eu me sentia feliz por poucas horas tendo atenção dele. Que nos últimos momentos ele quis fazer diferente..E no último suspiro eu estava do seu lado. Sentindo os dedos que acariciavam meus cabelos aos poucos pararem de faze-lo.

Shaya me entregou uma rosa branca, as preferidas de meu pai. Caminhei poucos passos para mais perto e joguei... Enquanto a areia é jogada abaixo e pego um pouco daquela areia negra e úmida e joguei.

Um trovão rasgou o céu, e uma enorme chuva começa a cair, parece que o céu está chorando. E minhas lágrimas misturam com a chuva.. sinto minha roupa encharcando, Shaya tenta me proteger dos pingos que caem com o guarda chuva. Mais neguei.

— Quero fica um pouco só.— sem mais nada a dizer e respeitando meu espaço ela saiu.

Todos passam por mim tocando meu ombro, e fico com os olhos fixos no montoado de areia... E o gramado verde sendo colocado... E a lápide.. - Kizashi Haruno.-

Minhas pernas sinto fracas e não tenho domínio de conseguir ficar em pé. Deixo meus joelhos baterem no gramado..O cabelo molhado gruda em meu rosto. Abaixo todo corpo em cima do gramado onde meu pai foi enterrado.. olho para o céu sentindo meus olhos ofuscarem pela chuva.

—Pai.. sentirei saudades.—sussurrei.

Chorei, chorei muito, soluçando, cravando os dedos na terra negra, abaixo a cabeça sentindo um vazio e aperto em meu coração.

— Já chega minha filha...Seu pai não iria querer te ver assim.— Minha mãe me ajuda a levantar.

Vou andando para o carro.

Com o rosto encostado na janela fria e úmida pela chuva e fecho os olhos...

(...)

Eu estava lá... Desde o início de todo velório até o momento que a vi naquela situação.. foi triste, me dói ver Sakura assim.

Queria poder ir até ela..Tira-lá da chuva.. Abraça-la e dizer que estou aqui.. mais não.. todos precisam de seu espaço.

Fiquei apenas distante observando tudo. Todo clima triste no ar. Darei espaço a minha Sakura.. ela precisa disso. Esperarei que me procure quando estive pronta não forçarei a nada.

Mais ela vai saber que estarei sempre observando ela de longe, que estarei sempre do seu lado, para que sinta que não está só e que eu a amo. Dei a volta para ir embora quando vi sua mãe leva-lá para o carro. Fecho o guarda chuva e entro no meu.

Segui o carro todo percurso e quando enfim a vi entrar em casa sendo guiada pela mãe eu fiquei do outro lado da rua.

Por horas e horas..Até a anoitecer e a luz do quarto ser apagada. Ela está a salvo. Está em casa. Suspirei e pego meu telefone a imensa vontade de ligar falou mais alto.

~ Alô.?~

~ Sakura.. Só quero saber se está bem.~

~....~

~ Te darei todo tempo do mundo mais sempre estarei aqui quando você vir me procurar.~ Desligo.

Ligo o motor e antes de sai vejo a figura dela na janela.

Seus longo cabelos caem perfeitamente em seu corpo cheio de curvas, e a camisa transparente. Dou um pequeno sorriso e vou embora.

(...)

Um mês depois, a saudade parecia aumentar , sei que meu pai nunca foi tão presente quanto eu queria, mais era meu pai ,e quanto eu séria ruim em não sentir falta dele? Estaria mentindo se negasse que acordei várias vezes de madrugada e caminhei até seu escritório onde ele passava boa parte do tempo quando estava em casa. Mais está com as luzes apagadas, cortinas fechadas e o cheiro do vazio..

Respirei fundo tirando esses pensamentos de mim. Estacionei onde marquei de encontra Fugaku. Meu contato com ele esse último mês foi apenas por telefone, assim como Sasuke me ligou uma ou duas vezes, Ino sempre vinha dormi aqui, e passei semanas sem ir trabalhar fui proibida por Tsunade que alegou na tecla que eu precisava descansar, Kiba é quem está mais presente na minha vida, não, não estamos tendo nenhuma relação que não seja de bons amigos.

—Passou um mês tão rápido. Como está.?—despertei quando Fugaku sorriu ao falar.

—Um pouco melhor mais a vida segue tenho que fazer como ele pediu seguir minha vida e ser feliz.—

— Minha última conversa com Kizashi foi mais dolorosa do que pensei fomos muito amigos isso também está sendo difícil para mim. Se eu não tivesse sido tão idiota talvez percebe-se que ele precisava de ajuda.—

—É..Eu não tomei providências quando o via pálido tossindo muito. Ah Fugaku dói tanto. —ele me abraça e como senti a mês atrás seu abraço foi tão Paterno!

— Não podemos adiar mais nossa conversa.— assenti.

— Tem razão.—me afasto.

— Nós vamos terminar não é?— sorriu fraco e triste

—Parece que sim. Foi maravilhoso ter esse tempo com você. Mais talvez eu e você nunca dê certo Fugaku.. você e Mikoto tem uma família...— talvez isso tivesse meio óbvio de um tempo para cá que eu e Fugaku fosse algo impossível.

— Esses meses com você me ajudaram a ser um melhor homem obrigado Sakura. Saiba que pode sempre contar comigo.— assenti.

— Sim obrigada.—

— Sabe quando te vi com meu filho eu vi o quanto ele te ama talvez Sasuke não admita mas ele mudou muito quando você apareceu na vida dele. —

— Fugaku não..— tentei falar tomando fôlego.

— Escute não sei qual será suas decisões aparti daqui mais não irei julga-la em nenhum momento, aceitarei que seja feliz, e ensine meu filho a ser feliz, ele vai amadurecer conforme o tempo.—suspirei.

—Preciso passar um tempo sozinha. Pensa e focar em minha perfumaria.— sorri fraco ao falar.

— Seja feliz viva e não se importe se amanhã estaremos nos jornais.— ele riu eu sorri abracei novamente e no fim das contas talvez o amor de pai que eu sentia falta, achei no Uchiha e acabei confundido as coisas.

Depois de me despedir sai de lá. Fui andando mesmo depois mando um motorista busca meu carro.

 Começou uma garoa fina em minutos foi aumentando, vou andando em passos lentos e de repente minhas lágrimas misturam com a chuva minha visão fica embaçada, com um pouco de dificuldade vejo algo e ao aproximar percebo ser um banco, sentei e me abraço forte sentando no banco da praça abraçada e encolhida , sentindo apenas a chuva aos poucos ficar mais forte.

Os pingos chegam a doer quando batem em meu ombro nu. Fico chorando encharcada e tremendo de frio.

Está tudo tão estranho.

Na rua escura vejo o farol de um carro aproximar, o carro para de frente a mim deixando minha visão mais ofuscada pelo farol, alguém saiu, vem em minha direção, a forma de homem chegou com o guarda chuva mais perto.

— Sakura..— eu conheço a voz levantei a cabeça para ver a pessoa com um guarda chuva me protegendo agora e os olhos de Sasuke encontram os meus e sorri.

— Sasuke..— ele estendeu a mão não disse mais nada segurei em sua mão. Foi como a salvação em meio a escuridão. Entrei no carro e o aquecedor ligado fez eu sorri aliviada, ele me dá seu casaco e me encosto na janela fechando os olhos.

(...)

Resolvi dá uma volta fica em casa é um tormento, sempre vem a imagem dela a minha frente, meu pensamento sempre é na Sakura, e inúmeras perguntas em mente, será que ela pensa em mim? Como Sakura está? Para evitar esses pensamentos pego o carro e dirijo sem direção certa, enquanto vou devagar pelas ruas escuras e a chuva que aos poucos aumenta. 

Ouço a música heavy apenas baixo para refletir.

Suspirei... Acho que dei tempo demais..o que fazer pra Sakura querer algo comigo? Ela não me liga, até parece que eu nunca existi em sua vida. Que tudo que vivemos foi esquecido...

Vejo uma pessoa deitada, no início pensei ser um mendigo sei lá, mais quando o farol iluminou melhor na pessoa, parei o carro de imediato para tentar ver melhor e ter certeza que não foi miragem. Sim, são cabelos rosas molhados.

Pego o guarda chuva no banco traseiro e vou até ela.

Doeu meu coração ver a rosada assim. Queria estar sempre com ela nesse momento ruim. Mais por mais que tente ela sempre me afasta.

A levo para casa nos braços e Shaya e Ino estavam na sala e preocupadas.

— Obrigado senhor Uchiha.— Shaya agradeceu quando coloco Sakura no quarto. Vou descendo as escadas e sinto uma mão segura meu braço.

— Sasuke.— Ino falou, seu rosto ainda está de semblante preocupado.— sou amiga dá Sakura a muitos anos, sei até o que ela é capaz de pensar. Mais por favor não magoe ela. Desde o início sempre apoiei vocês dois disso eu nunca deixe em segredo.—ela sorriu por fim, e fiquei de cenho franzido.

— Não quero faze-la sofrer. Quero cuidar da Sakura.—

— Eu sei. —sorriu.— Direi a ela que você a trouxe. — neguei com a cabeça.

— Vou fica aqui até darem um banho quente nela. Quero fica com a Sakura está noite.— falei sério a encarando.

— Tudo bem, eu iria dormi aqui mais se garante que vai cuida dá minha amiga.— sorri de leve.— obrigada Sasuke.— Ino deu um largo sorriso.— Desde o início eu sentia que séria você...— ela não completou e riu.— Desculpa. — foi até o quarto provavelmente ajuda a arrumar Sakura.

Fico na sala sentado no sofá esperando.

Quarenta minutos, foram os mais demorados e irritantes, quarenta minutos dá minha vida, e finalmente Ino foi embora e Shaya disse que eu poderia subir até ofereceu uma sopa quente mais neguei quero apenas cuida da minha amada.

Ao entrar no quarto vejo ela com o rosto angelical dormindo, o edredom cobre pouco abaixo de sua boca, o cabelo esparramado no travesseiro, eu sorri pois é até engraçado vê lá assim. Devagar subo na cama com cautela para não acorda-la.

Puxo o edredom para cobri pouco mais de minha cintura e ela acomoda o rosto em meu peitoral,e o braço em volta dá minha cintura, e tem um leve sorriso em seus lábios, aliso seu cabelo com carinho.

 Deus, como não amar essa mulher?

Abraço ela um pouco mais forte dando mais de meu calor humano, fico até tarde muito tarde de olhos abertos contemplando sua beleza e fazendo cafuné enquanto uma vez ou outra a rosada se remexia me abraçando mais forte e aninhando sua perna em volta das minhas, seu pé junto do meu, o dela estava gelado e fiz questão de fica junto a ela toda noite para esquenta- la.

— Sakura você é minha, e estarei aqui, sempre estarei...—