História A Nascida-Trouxa II - Ele não te odeia

 Sabe o que é uma cena que não se ve todo dia? Draco Malfoy levando bronca! isso mesmo meus escravetes kkk enquanto eu, Fred, e Jorge riamos silenciosamente feito hienas, a doninha oxigenada levava um baita de um sermão de, agora, maravilho, Marcos Flint.

- COMO VOCE PODE SER TÃO BURRO, DRACO? SABE O POMO? ENTÃO...ESTAVA LITERALMENTE BEM EM CIMA DO SEU NARIZ E VOCE NÃO PERCEBEU, E AGORA VAMOS TER QUE ATURAR TER PERDIDO PRA AQUELE BANDO DE SANGUES RUINS E MESTIÇOS IMUNDOS!..- Isso foi só pouco do que o Flint berrava, mas não quero envergonhar muito o pobre Malfoy. Quando eles terminaram eu e os gemeos saímos correndo dali dando altas gargalhadas em direção a ala hospitalar

- Como voce tão burra, Alison? - Disse o Fred imitando o Flint e tentando parar de rir

- O pomo estava bem ao seu lado e agora vamos ter que aturar aqueles leões repugnantes! - Continuou o Fred e o time nos encarou com um perfeito ponto de interrogação na cara

- De-desculpas...mas é que eu sou uma lo-loira aguada que só sabe ser uma filhinha de pa-pai - Falei tentando fingir chorar, mas eu só sabia rir

- O que diabos voces estão fazendo? - Exclamou o Wood e nós nos olhamos e rimos lembrando da cara do Malfoy

- Acabamos de ver o Flint gritando com o Malfoy - Falou o Fred

- Algo sobre ter o pomo em cima da cabeça e não ver - Falou Jorge

- Mas o que é isso? - Perguntou a Madame Pomfrey. Notei que ela falava dos doces e bebidas que o pessoal trouxe pra comemorarmos

- Porcarias comestiveis? - Perguntei passando meu dedo no chantilly do bolo e lambendo

- Esse menino precisa de descanso, precisa fazer crescer trinta e tres ossos! FORA - Exclamou nos expulsando e batendo a porta nas nossas caras

***

 Era domingo de manhã, e nesse momento eu estava sentada ao lado da cama de um certo magrelo. Eu o observava dormir. Com a boca um pouco aberta e o cabelo mais bagunçado que o de costume. A respiração calma e a expressão serena em seu rosto. Dei um risadinha fraca e voltei a ler o meu livro. Mas senti um leve desconforto e me senti sendo observada. Olhei pro lado e meu olhar cruzou com as íris azuis de um certo moreno

- Bom dia - Falei sorridente e fechando o meu livro

- Bom dia! tá aqui a quanto tempo? - Perguntou colocando seus óculos

- Cheguei a um tempinho...e voce, já está melhor? - Perguntei me levantando e sentando na cama ao seu lado

- Acho que sim...pelo menos tem ossos no meu braço - Falou e eu apertei seu braço

- Tá razão...só ossos! - Falei rindo e ele revirou os olhos

- Melhor com eles do que sem! - Ele falou 

- Quero ver se a Mione ainda vai defender o Lockhart depois dessa - Falei e ele revirei os olhos

- E defendeu! disse que qualquer um pode se enganar - Ele falou e eu o olhei surpresa

- Pode deixar que eu a mato com as próprias mãos, ou só peço pro Lockhart usar a varinha - Falei e ele ri

- Se precisar só chamar! mas não posso falar nada...eu que devia empurrar o Malfoy da vassoura e não cair dela - Falou e eu ri

- O fazer de trouxa já basta! - Exclamei e ele riu. Ele pareceu se lembrar de algo e engoliu em seco

- Sobre o que quase aconteceu no quarto...- Ele começou e eu corei. Por sorte a Madame Pomfrey apareceu bem na hora com o café da manhã dele e começou a dobrar e esticar o braço dele

- Bom, tudo em ordem, quando terminar de comer pode ir - Falou e saiu. Ri baixo vendo ele comendo desastradamente seu migau com uma mão só

- A gente conversa depois, Potter - Falei dando um beijo na sua bochecha e saindo. Fui direto pro banheiro da Murta. Hermione e Rony estavam lá trabalhando na poção polissuco

***
 
 Estávamos saindo do banheiro quando eu escuto vozes e empurro o pessoal pra dentro de volta.

- O que foi? - Perguntou o Harry

- Shiiii! 

- Por que? - Perguntou a Mione

- Shiii!

- Mas...- Disse o Rony mas eu o interrompi

- Dá pra fecharem as bocas, matracas? - Exclamei e eles murmuraram um "desculpa". Coloquei só a cabeça pra for pra espiar e arregalei os olhos

-  O que voce viu, Ali? - Perguntou a Mione

- Mas o que eles...? - Murmurei

- Eles quem? - Perguntou o Rony

- Ah? não ninguém...só...achei ter visto um monitor - Menti. eu sei muito bem o que eu vi. Só não sei como, mas vi

- Ótimo, vamos! - Falou o Harry

- Posso saber o que fazem aqui? - Dei um pulo ao ouvir a voz do professor Snape

- Nós...bem é que...- Tentei arrumar uma desculpa mas nada saía. Quase dei um pulo, novamente, quando senti quatro mãos nos meus ombros

- Pode deixar, professor, eles tão com a gente - Quando ouvi essa tive certeza que eram eles

- Então se encarreguem de levá-los ao Comunal da grifinória, antes que aprontem como sempre - Falou o Snape rispído e depois saiu

- Bom já livramos ele pra voces, obrigada e por nada - Falou saindo com o irmão

- Algum de voces conhecem eles? - Perguntou Mione

- Não - Falaram Rony e Harry juntos

- Eu...nunca os vi na vida - Menti. Eu os conheço, muito bem
- Bom, vamos antes que o Snape volte - Disse Mione e nós fomos pro Salão Comunal.

*** 

 No inicio de dezembro a professora Mcgonagall veio com a lista de quem ia passar o natal em Hogwarts. E quando vimos que o Malfoy ia ficar no natal, resolvemos nos escrever também. Bom na verdade só eles colocaram os nomes na lista. Minha presença era obrigatória nesse natal em casa. Por causa do assunto "Harry". Então eu não precisaria tomar a Poção Polissuco. Mas eu disse que ajudaria no que eles precisassem. 

- Eu não vou ajudar nisso! - Exclamei ao ouvir a ideia deles

- E o "Eu ajudarei no que voces precisarem"? estamos precisando - Disse o Rony

- Sabe o que precisamos? - Perguntou a Hermione com um sorriso de lado

- Deixa eu ver...consciencia?! voces querem assaltar o S-N-A-P-E, sabe o que é isso? - Exclamei e ela revirou os olhos

- Não!...É de uma diversão. Então um de nós pode entrar escondido na sala de Snape e tirar o que for preciso...no caso o que tiver a ficha mais limpa - Ela disse. Engraçado que ela olhou pra mim o tempo inteiro...O QUE?!

- Pode ir tirando o seu cavalinho da chuva se voce acha que eu vou entrar lá...e de onde eu tenho a ficha mais limpa? esqueceu os pontos que perdi ano passado? - Exclamei e ela revirou os olhos

- A sua ficha limpa é com o Snape! ele parece odiar menos voce...como se fosse uma sonserina que perde pontos mas mesmo assim é sonserina - Ela disse e eu bufei. Até que é verdade, ela não me odeia como os outros. Ou se odeia não demonstra tanto

- A resposta ainda é não - Falei

- Harry...- Ela pediu ajuda pra ele. Droga. Ela sabe que eu deixo me levar com ele

- Me deem 1 minuto a sós com ela - Ele disse e ela sorriu. Depois de ela e do Rony se afastarem ele se sentou do meu lado

- Não vai adiantar - Avisei 

- Sei disso...mas eu achava que voce faria isso por mim, já que a escola toda começou a achar que eu sou o herdeiro. Pensei que me ajudaria a provar pra eles - Ele falou com um sorriso triste. Maldito Harry Potter!

- Harry, eu...entro na sala do Snape - Falei suspirando derrotada

- Voce sabe que é maravilhosa, né? - Falou dando um beijo na minha bochecha

- Idiota - Falei rindo

- E então? - Perguntou Rony voltando com Hermione

- Qual o plano? - Harry perguntou e Hermione me olhou vitoriosa

- Vamos ter que causar bastante confusão pra distrair o Snape por um tempo enquanto ela pega o que for preciso - Disse Hermione e eu olhei pro Harry

- Ainda bem que temos a pessoa mais odiada dele pra fazer isso - Falei e eles riram. Menos Harry que me deu um leve empurrão

***

 Estávamos na aula do Snape. Eu corri contra o tempo pra terminar a minha poção Pra Fazer Inchar. Snape não elogiou tanto mas foi pro gasto, segundo ele. Eu só esperava o Harry começar a confusão pra sair dali. E Harry esperava a Mione mandar o sinal pra começar a confusão. E Mione esperava uma boa hora pra dá o sinal. Quando Snape foi caçoar da poção de Neville que Hermione mandou o sinal. E Harry se abaixou e deu um leve toque com a varinha no fogo Filibusteiro que Fred deu. Que quando começou a queimar ele mirou e atirou no ar, onde acabou caindo na poção de Goyle. Assim que Snape se virou eu saí correndo sem ninguém me ver. Quando cheguei na sala dele olhei todos os frascos. Sorte minha que eu reconheci os nomes, porque tinham mais de mil lá. Peguei as que precisaríamos e coloquei dentro de um pequeno saco, que eu enfeiticei pra ter mais espaço. Depois voltei correndo e entrei discretamente na sala.

- Se um dia eu descobrir quem jogou isso, irei garantir que a pessoa seja expulsa - Ele disse. Notei que ele falou olhando diretamente pro Harry. E depois de no mínimo dez minutos a sineta tocou, pro fim da aula. Fomos correndo pro banheiro da Murta

- Ele sabia, de alguma forma ele sabia que havia sido eu - Disse Harry. Olhei rápido pra ele enquanto colocava Pó Bicorn Chifre no caldeirão

- Achei que tivesse sido a última a perceber isso - Falei

- Eu não percebi, eu senti - Ele falou

- Besteira, e além do mais como ele poderia provar isso? - Perguntou Rony

- Vindo de Snape? uma maldade, certeza - Disse Harry

- Eu tenho boas noticias...ela ficará pronta em duas semanas - Disse Hermione sorrindo

- Ainda bem, não podemos perder tempo...voces já sabem de quem vão pegar o cabelo? - Perguntei

- Como é? - Exclamou Rony e eu e Mione rimos

- Os fios de cabelos das pessoas em quem vão se transformar - Informei e voltei minha atenção pra poção

- Ainda não, mas temos que fazer isso antes que a poção esteja pronta - Disse Hermione

- Me deixem informada do que acontece aqui enquanto eu estiver no mundo trouxa, ok? os vizinhos já devem, precisam, ter se acostumado com as corujas - Falei 

*** 

 Já tinha se passado uma semana. A poção estava quase pronta, só faltava os fios de cabelo. Mas resolvemos deixar isso por último. Eu queria me distrair um pouco, já que ficávamos pensando o tempo todo nessa poção. Desliguei os pensamentos quando vi uma aglomeração de alunos em torno de um pergaminho no saguão de entrada. Dino e Simas que estavam entre eles, nos chamaram até lá animados.

- Não me digam que vai ter uma peça sobre "Minha grande jornada em busca do gel de cabelo e da pasta de dente" por Gilderoy Lockhart - Brinquei e eles riram

- Vira essa pra lá, Alison, só de pensar nisso fico com calafrios - Disse Dino fazendo o sinal da cruz

- Vão reabrir o clube de duelos, a primeira aula é hoje á noite! - Disse Simas

- Sério? que demais! - Exclamei indo até o aviso pra ler melhor. Era disso que eu precisava pra me distrair

- Que? voce acha que o monstro da camara secreta sabe duelar? - Perguntou o Rony

- Isso seria engraçado, vai? - Perguntei rindo

- Depois vemos isso, vamos logo eu to com fome - Disse Rony agarrando meu braço e me arrastando. Ele só me soltou quando chegamos na porta do Salão Principal

- Come devagar, Ronald - Disse a Hermione fazendo careta

- Nem reclama, Mione, pelo menos ele não tá falando de boca cheia de novo - Falei rindo e o Rony me mandou língua

- Já informaram seus pais sobre a Gina, Rony? parece que depois do ataque do Colin ela ficou mais assustada - Disse Harry

- Também, né? Fred e Jorge ficam se revezando pra assustar ela pelas costas! - Exclamei. Posso não ser tão amiga da Gina, mas eu comecei a me preocupar com ela depois desse ataque. Não era só ela, os primeiristas agora andavam em grupos pra não arriscar serem atacados

- Percy ameaçou contar pra mamãe dos pesadelos que Gina tem tido, e eles pararam de fazer isso - Disse Rony

- Acho que ela ficou assim, porque o Colin sentava do lado dela nas aulas, eles eram amigos - Disse Hermione

- O clube de duelos poderia vir acalhar, não acham? - Disse Rony

- Eu já tinha topado - Falei e dei uma garfada no meu frango

- Pode ser legal - Disse Harry

- Mione?..- Perguntei

- Ok - Ela falou

***

 Quando deu oito da noite nós fomos correndo pro Salão Principal. Quando chegamos lá as mesas tinham virado um só palco que ficava no meio. E todos já estavam com a varinha na mão.

- Quem voces acham que vai ser nosso professor? - Perguntou Hermione

- Não sei, mas que não seja o...- Harry terminou com um gemido. Olhei pro lado e vi o Lockhart subindo no palco acompanhado do Snape

- Aproximem-se! estão me vendo? estão me ouvindo? ótimo! o professor Dumbledore me deu a autorização para começar o clube de duelos, para treiná-los a defender-se, como muitas vezes eu já precisei, caso queiram mais detalhes , só ler os livros que eu publiquei. Ah e apresento a voces o meu assistente, professor Snape! ele me disse que sabe sobre duelos e aceitou me ajudar, mas não se preocupem que voces ainda vão ter o professor de poções de voces, mesmo depois de eu o derrotar - Disse Lockhart dando um grande sorriso. Mas não sei como ele não saiu correndo depois do olhar que Snape o mandou

- Apostam quanto que depois dessa o Snape vai acabar com a raça dele? - Sussurei pro pessoal e eles concordaram

- Mas seria melhor se os dois acabassem um com outro - Cochichou Rony no nosso ouvido e eu ri. Depois os dois começaram a demonstrar como se fazia a reverencia e sobre a posição de combate normal 

- Quando contarmos até tres, lançaremos os primeiros feitiços, mas não se preocupem, ninguém aqui pretende matar, claro - Disse Lockhart

- Eu não teria tanta certeza disso - Sussurrou Harry olhando pro Snape.

- 1...2...3 

- Expelliarmus! - Só vi um lampejo vermelho sair da varinha do Snape e o Lockhart ser lançado pro fundo do palco, quase colidindo com a parede

- Será que ele se machucou? - Perguntou Hermione tentando ve-lo

- Quem se importa? - Disseram Rony e Harry juntos. Logo o Lockhart se levantou cambaleando. Depois do olhar assassino de Snape, Lockhart achou melhor nos separar em pares pra duelar.

- Acho que está na hora de separar a equipe dos sonhos...Weasley voce luta com o Finnigan. Potter...- Disse Snape. Harry se virou pra mim - Acho que não...sr Malfoy, venha cá. Vamos ver o que o senhor faz com o famoso Potter. e voce sra Newman, pode fazer com a sra Greengrass. Granger vá com a sra Bulstrode - Disse Snape. Murmurei um "boa sorte" pra Mione e pro Harry, e fui correndo até a Tori

- Ele não te odeia...como? - Perguntou a Tori. Fizemos a reverencia

- Ele me odeia, só que não demonstra...expelliarmus! - Falei e a desarmei. Depois devolvi sua varinha

- A Pansy tava livre e eu tinha par, Ali...expelliarmus! - Ela falou me desarmando. Arregalei os olhos

- Então por que ele me trata diferente? - Perguntei e ela deu de ombros. Depois devolveu minha varinha

- Não sei, mas temos que descobrir...expelliarmus! - Ela falou e devolveu minha varinha

- Nem que demore anos...expelliarmus! - Falei e devolvi sua varinha

- Er...Ali? - Ela falou rindo de algo que estava atrás de mim. Me virei e vi um Draco morrendo de rir e um Harry dançando sem parar

- PAREM! PAREM! - Berrou o Lockhart. Comecei a rir

- FINITE INCANTATEM! - Gritou Snape fazendo Harry parar de dançar e Draco parar de rir. Olhei ao redor. Neville e Justino estavam caídos no chão, ofegantes. Rony segurava Simas que estava mais branco que papel, enquanto pedia desculpas pelo o que a varinha quebrada fez. Hermione e Emília ainda lutavam, só que fisícamente, as varinhas delas estavam no chão. Ergui minha varinha pra Bulstrode quando ela deu uma chave de braço na cabeça da Hermione. Bulstrode foi soltando a Hermione, que correu choramingando de dor

- Algo me diz que fomos uma das melhores - Disse Tori e eu assenti

- Acho que é melhor ensinar pra voces como se bloqueia. Vamos chamar um par voluntário...Longbottom e Finch-Fletchley - Disse Lockhart

- Acho melhor não...Longbottom causa uma devastação até com o feitiço mais simples...assm íamos ter que mandar as sombras do Finch-Fletchley em uma caixa de fósforo pra ala hospitalar...que tal, Malfoy e Potter? - Disse Snape. Vi pelo canto do olho o rosto de Neville ficar rosado

- Ótima ideia. Venham.......agora, Harry, quando Draco apontar a varinha, voce faz isso - Ele disse e acabou derrubando a varinha

- Professor, o senhor podia mostrar outra vez pra mim como se bloqueia? - Perguntou Harry

- Apenas faça o que eu fiz - Disse Lockhart. Isso, faça isso e volte direto pra ala hospitalar

- O que, deixar a varinha cair?! - Exclamou Harry

- 1...2...3!

- Serpensortia! - Saindo da varinha de Draco, se materializou uma cobra comprida. Os alunos gritaram começando a correr. Lockhart tentou resolver mas só piorou. Quando a cobra se virou na direção de Justino pronta pra atacar. Harry começou a falar um monte de coisa que ninguém entendia. O que espantou todo mundo. Se as pessoas não achavam que ele era o herdeiro de Slyntherin, agora acham.