História A natureza e eu - O começo

Estou na minha varanda, a olhar para as estrelas. É uma sensação muito boa, o meu coraçao fica relaxado e nao penso em mais nada, durante algum tempo.
E fica especial quando eu posso ouvir musicas bastante sentimentais, onde as vozes ressoam ate ao fundo do meu cerebro, vozes lindas e que me atingem diretamente no coraçao. Posso nao saber o significado do que dissem, pode ser ate a lingua esta do outro lado do mundo, mas n deixa de ser agradavel.
Ouvi muito sobre essa terra e ela fascinou me, em varios pontos, seja a cultura, seja a lingua, seja o dever, seja a educaçao ou a religiao, nao pude aguentar sem gostar dela.
Essa terra é chamada de Japao.
E para alguem que vive em Portugal é bem difícil de la chegar.
O meu sonho é ir para la, nao porque sim, ou porque é o sonho de uma criança, que dissem que nunca se vai realizar, eu quero acreditar que posso fazer tudo o que eu desejar se tiver empenho e coragem para o fazer.
Começo desde ja por disser que sou uma simples moça sonhadora, de cabelo castanho com alguns poucos cabelos loiros acastanhados que brilham quando o sol abrazador esta a incidir sobre eles. Olhos castanhos tambem um pouco esverilhos, pele branca, MUITO baixinha considerando a minha idade, que apesar de todos ao meu redor disserem que sou 2 anos mais nova, estao enganados, ja vou pro 12 ano, isto ja nao é brincadeira.
Cada ano que passa, é mais um passo para a vida adulta e para a responsabilidade, mas tenho de ultrapassar isso. Nao quero ficar presa a nada: ao meu passado, as pessoas por quem nao me importo mais, aos deveres que me sao impostos, aos ideiais que me tentam obrigar a seguir e que eu nao quero saber. Quero olhar para o presente e pro futuro como dois aliados, para conseguir chegar a felicidade, e ter a minha propria maneira de pensar, diferentes da de todas as outras pessoas.
E para isso tenho de sair do ninho, tenho de sair da minha zona de conforto e dar o meu melhor para seguir em frente, um passo de cada vez.
O mais ironico em todo isto é que eu estou a falar comigo propria, enquanto faço comanhia ao meu avô na varanda a apanhar ar fresco neste horrivel verao. É de noite, aproveito para ver as estrelas cintilantes na no céu muito escuro. Hoje voltei a nao conseguir identificar constelaçoes, o telhado da casa dos meus avô tapa um pouco o céu estrelado, tenho de me sentar noutro sitio para próxima, penso.
Nisto o meu avô, diz de repente.
- entao ana vamos embora??
Eu que pensava que ele ja estava a dormir e ia aproveitar a oportunidade para poder ficara la mais tempo.
- nao vó, mais um pouquinho - digo para ele, e ele vira se para o outro lado em silêncio.
Eu normalmente nao posso vir para a varanda porque a minha familia pensa que vou cair daqui de cima, o que é estúpido. Nem posso abrir a janela do meu quarto, uma janela com varanda, porque pensam que vou cair. Tenho uma familia supersticiosa e muito preocupada, nao posso sair para lado nenhum. E quando saiu, passado uma semana peço para sair outra vez e chateam me a cabeça porque como ja tinha saido na semana passada, nao vale a pena estar a sair novamente.
Portanto tou presa em casa, sem liberdade para sair.
Sou tao triste.
- ana vamos la dormir.
Eu concordei inclinando a cabeça para frente. Estou com algum sono, gosto de acorda tarde e deitar tarde, so "funciou no", por assim disser, a tarde e a noite.
Levantei me da cadeira, disse boa noite para o vó e subi as escadas, eu dormo no 2 andar, vivo numa vivenda de 3 andares.
Ponho o telemovel e os fones na mesa cabeçeira e amando me para a cima da minha cama, e começo a ajeitar me para adormecer.
Espero que o dia de amanhã corra melhor que o de hoje, quase estoriquei viva.
Bom, hora de dormir
zzZ