História A nerd e o popular - Dormir juntos?

S: casamento? - perguntei normalmente para Victor. Do que será que ele estava falando? Quem iria se casar? Espera, ele disse "Nath"? - CASAMENTO? - perguntei agora surpresa pois tinha entendido a situação.

Levantei e fiquei estática. Não, não pode ser. Casamento é uma coisa muita séria. Ela não iria tão longe assim... ou iria? Até que ponto Nath iria para poder ter um amor correspondido por Justin? Se é que podemos chamar oque ela sente pelo Justin de amor, não é.

Ela só deve estar querendo um marido inteligente o bastante para administrar os seus negócios, e bonito o suficiente para satisfazer seus desejos.

Tantas perguntas vieram a minha cabeça agora... Até que ponto Justin foi com Nath? Será que ela foi só uma namorada passageira igual as outras que Justin ja teve? Ou será que Justin realmente se apaixonou por ela? 

Nesse momento meu corpo de algum modo ficou fraco, meu coração estava se despedaçando. Porque tenho a sensação que dessa vez eu e Justin não vamos conseguir pular esse obstáculo? Porque eu sinto que dessa... não tem saída? 

Júl: Stacy! - Júlia gritou meu nome assim que eu não aguentei meu corpo e acabei caindo de joelhos no chão. 

Júlia se abaixou na intenção de ficar na minha frente. Ela segurou meu braço e eu levantei minha cabeça que até poucos segundos estava abaixada. A olhei e sorri.

S: não é verdade, né?! - perguntei e Júlia me olhou com um olhar vazio, como quem buscava uma resposta para um problema difícil.

Vi a porta ser aberta rapidamente e Justin entrar na minha casa. Ele estava ofegante, não tanto quanto Victor mas estava. Seus olhos caíram sobre mim que ainda estava no chão. Ele passou a mão pelo cabelo deslizando até a nuca.

Júlia se levantou e logo depois me ajudou. A casa estava em um completo silêncio, todos apenas se encaravam. A situação estava tão tensa que tenho certesa que Justin e Victor nem notaram a presença da minha mãe que parecia mais confusa que todos ali.

J: você... ta bem? - Justin perguntou olhando para mim, ainda parado em frente a porta ao lado de Victor. Eu e Júlia estavamos a poucos metros deles.

S: não. Pra falar a verdade... nem um pouco. Justin... - me faltava palavras. Eu nem sei por onde começar. 

J: Oque foi que o Victor disse? 

S: casamento... - minha voz saiu quase em um susurro.

Acho que agora era a hora de quebrar o espaço entre nós. Tínhamos que conversar cara a cara. Dito e feito. Andei e direção a ele e parei a poucos centímetros dele.

S: você vai mesmo...? 

J: não, não quero me casar com a Nath. Se é isso que está pensando. 

S: quando se trata da sua mãe, acho que isso não é uma opção. 

J: não é ela quem faz as opções aqui, nerd... - Justin diz isso com firmeza.

S: mas então... é verdade? - perguntei e ele me olhou confuso. - querem mesmo que vocês se casem? - ele assentiu e eu respirei fundo.

J: Stacy, olha...

S: Justin eu quero saber sobre a Nath. Eu tenho certeza que não te arranjariam um CASAMENTO com uma ex-namorada rápida sua! 

J: isso não tem importância.

S: me fala, Justin! Porque não me fala? 

J: eu ja disse, Stacy! NÃO TEM importância! 

S: tem sim, Justin! EU QUERO SABER QUEM ELA FOI PRA VOCÊ! E PRA VOCÊ NÃO QUERER ME CONTAR, FOI IMPORTANTE! 

J: PORRA, STACY! EU ME APAIXONEI! FELIZ? EU ERA COMPLETAMENTE APAIXONADO PELA NATH! ATÉ QUE UM DIA EU PEGUEI ELA NA CAMA COM OUTRO CARA! - Justin soltou as palavras e se virou de costas pra mim, acho que ele estava frustrado.

S: você ainda gosta dela? - todos que estavam na sala me olharam. - ainda gosta dela mas não consegue perdoar? 

J: você tem ideia do que está falando? - ele se virou novamente. - como eu poderia sentir alguma coisa por ela depois de te conhecer? 

Por alguns segundos ficamos apenas ali, se olhando. Justin consegue falar coisas muito lindas quando quer.

Ele conseque fazer meu coração disparar com no máximo duas frases.

Acho que eu não conseguiria falar mais nada. A única coisa que me restou foi demonstrar. 

Quebrei o pequeno espaço que ainda havia entre nós e o abracei. Não foi o mesmo abraço de hoje cedo, não, foi um abraço forte. Abracei ele como se fosse um último abraço, aquele que damos quando não vamos mais poder abraçar a pessoa, mas também como se fosse o primeiro, aquele que damos quando encontramos alguém que não vemos a tempos. Foi simplesmente ótimo.

...

Estamos todos na sala, Victor e Júlia estão sentados no sofá de dois lugares, Justin está no de quatro e eu estou deitada no tapete em frente ao sofá que Justin está sentado.

Minha mãe está na cozinha fazendo alguma coisa para comermos. Ela ainda não teve chance de conversar com Justin diretamente. Como mãe e genro, não que eu e Justin estejamos namorando mas... bom... é complicado. 

V: você vai pra sua casa? - Victor perguntou para Justin.

J: não sei oque eu vou fazer, não posso ir. 

Júl: dorme aqui. - Júlia disse e olhamos para ela. 

S: claro. Tirando a minha suíte e a suíte dos meus pais ainda tem dois quartos de hóspedes.

Júl: hum.. não tem.

S: claro que tem! Você está usando um e sobra um.

H: pedi para o Victor dormir aqui porque está tarde. - minha mãe disse chegando com batata-frita e refrigerante.

J: não tem problema, eu durmo em um hotel...

Júl: não é necessário Justin! Stacy... - olhei para ela. - você não tem uma cama de casal? Dorme com ele, não vai ser novidade... - ela disse e logo em seguida piscou para a minha mãe. Aaah essas duas! 

...

S: tranca a porta, Bieber. - falei enquanto arrumava a cama. 

J: porque? 

S: sempre trancamos as portas dos quartos de noite...

J: ah, ta. - disse e trancou.

S: eu vou colocar meu pijama. Pode deitar se quiser.

Peguej meu pijama no armário, que era um shorts listrado preto e branco e uma regata com desenho de vaquinha. Meu pijama preferido. Fui para o banheiro me vestir.

É impressão minha ou o Justin parece mais desconfortável que eu? Acho que ele está assim porque não vai poder dormir em um quarto só dele, confortável sozinho em uma cama de casal.

Desculpa, Jus. Aguenta essa só dessa vez.

Assim que coloquei meu pijama abri a porta do banheiro. Me deparei com uma cena maravilhosa: Justin deitado na minha cama apenas com a calça de moletom.

Não tenho certeza se demonstrei alguma coisa, só sei que no mesmo instante eu disfarcei.

J: oque você ta fazendo no chão? - droga! Eu ja vi coisas piores do que um abdômen definido!

S: an? Ah... nada... perdi um brinco. - levantei e sorri disfarçando. - está meio frio, acho que vou trocar o pijama. 

J: porque? Esse cobertor parece bem quente... - ele disse colocando os braços na nuca.

Justin pov's 

Não sei porque estou desconfortável. Não é novidade pra mim dormir com uma garota. Isso que vamos só dormir, as garotas que dormiam comigo "sofriam" coisas piores e as vezes nem dormiamos juntos.

Eu tirei a camisa ficando apenas com a calça moletom, normalmente durmo só de cueca... mas é a primeira vez que durmo na casa da Stacy.

A porta do banheiro se abriu e Stacy apareceu com um pijama perfeito! Não evitei de sorrir malicioso, aquele pijama estava marcando perfeitamente todas as suas curvas.

Assim que seus olhos caíram sobre mim ela se jogou no chão. Achei meio estranho. 

J: oque você ta fazendo no chão? 

S: an? Ah... nada... perdi um brinco. - ela disse se levantando. - está meio frio, acho que vou trocar o pijama. 

Ainda queria passar mais tempo olhando para a Stacy naquele pijama, não iria olhar demais para evitar algum acidente, mas ela não iria tirar.

J: porque? Esse cobertor parece bem quente... 

S: é, verdade. - sorriu meiga.

Eu estava do lado direito da cama. Então Stacy veio se deitar do meu lado. Assim que ela se deitou ela se cobriu com o cobertor. A cama era grande mas estavamos bem perto.

S: ta frio! Se cobre. - falou jogando cobertor em mim.

J: não gosto de me cobrir...

S: não? 

J: não.

S: então eu te esquento... - logo após dizer isso, Stacy se virou para mim e chegou mais para o meu lado, colocou os braços pelo me abdômen me abraçando. Depois de um tempo ela jogou uma de suas pernas nuas em cima de mim.

J: Stacy... não provoca...

S: eu sei, isso é um veneno pra mim também. Nem podemos fazer nada. 

J: está triste? - disse em tom de deboche.

S: não é pra tanto, né. Você é o sonho de consumo de qualquer uma, mas posso esperar.

J: certo, certo.