História A nerd e o popular - O acidente

Stacy pov's 

S: temos que deixar o Justin escolher... - disse mas Nath ja havia sumido da minha vista. - vadia. - sorri pelas minhas palavras.

Eu tenho confiança,  tenho sim! Tenho confiança de saber que Justin me escolheria se tivesse escolha... mas também tenho medo. Medo de ter muita confiança e acabar acontecendo uma coisa que eu não espero: Justin escolher Nath ou TER que escolher ela.

Perdi a fome com a situação. Só de saber que o Justin é essa pessoa por causa dela meu sangue ferve.

Me levantei e sai da lanchonete. Vi uma pessoa que fez meu coração gelar e meu corpo paralisar virando a esquina, seria ele?  Chaz...?

Parei de pensar e corri em direção ao "Chaz". Assim que virei a esquina ele ja tinha sumido.

S: que isso? Eu to em um filme por acaso? - falei para mim mesma.

Faz muito tempo que eu não vejo o Chaz. Ele perdeu a memória e ao invés de ficar ao lado dele tentando ajudar ele a se lembrar, eu fiquei flertando com o Bieber.

Eu sinto tanto a falta dele, faria qualquer coisa para ver ele novamente, até sairia do país se fosse preciso. Por muitos anos ele foi meu unico amigo, quase a vida toda. Mesmo arrumando novos amigos e se tornando de certo modo popular, ele não me abandonou. Devo muito a ele.

Tantas vezes tentei ligar para ele depois do acidente mas ai me lembrei que ele deve ter perdido o celular no acidente.

Melhor eu ir para casa, vou pegar meu celular e ligar para o Justin. Não vejo ele desde manhã, pra falar a verdade quando acordei ele ja não estava em casa. Deve ter saido assim que recebeu o e-mail dizendo que não teria aula por causa do feriado de amanhã.

Depois de poucos minutos ja estou em casa, afinal a lanchonete e do lado. Entro e pego o elevador.

Assim que toco a campainha a Júlia atende depressa com uma cara desesperada que logo vira uma cara de decepção.

S: uou! - disse entrando e fechando a porta que ela havia deixado aberta e ido se sentar com a minha mãe no balcão da cozinha.

Júl: an? Onde você estava? 

S: tudo bem que você não estava me esperando, mas pelo menos disfarçasse...

Júl: espera ai... você não sabe oque ta acontecendo? - disse me encarando.

S: aan... - fingi uma cara pensativa. - não. - brinquei mas elas não riram. - nossa.

H: filha, você não sabe mesmo? O Justin não te ligou?

S: não, gente. Eu não sei! - fui em direção a geladeira. - Da pra falar logo?! - abri a geladeira e peguei uma garrafa de água. - oque o Justin tem haver? Aquele idiota saiu cedo sem nem me avisar. - bati a porta da geladeira. - ai. 

H: o Justin está... - olhei para ela e ela parou de falar.

Júl: fala logo tia! 

S: fala logo mãe! - ela abaixou a cabeça e fechou os olhos.

H: PORQUE EU TENHO QUE FALAR PRA ELA QUE O JUSTIN DISSE QUE ESTÁ NO HOSPITAL? - abriu os olhos e me olhou assim que percebeu oque havia dito. 

S: que?? 

Júl: é... ele ligou pra gente hoje e ... Stacy? - Júlia me perguntou ja que estava olhando para o nada pensando no que fazer.

S: tenho que ir. - falei pegando meu celular e minha carteira e saindo.

Sai rápido de casa. Comecei a apertar i botão do elevador sem parar mas ele não vinha.

S: droga.

Olhei para o lado e vi a porta com a placa "escadas". Não pensei duas vezes e comecei a descer.

Droga! Droga! Oque aconteceu com ele? Porque ele está no hospital? Será que ele se machucou? Será que ele está doente? 

Peguei meu celular mas como coloquei de volta no bolso, afinal não iria conseguir fazer uma ligação descendo as escadas do jeito que eu estava descendo: correndo e pulando alguns degraus.

Finalmente cheguei ao térreo. Estava totalmente ofegando. Apoiei minhas mãos nos meus joelhos para respirar um pouco, coisa que eu quase não fiz nos últimos minutos.

Olhei para o lado e vi uma cena que me deixou indignada: o elevador se abrindo e a minha vizinha saindo dele.

E (ester): oi, Stacy! - disse sorrindo. Seu sorriso era maravilhoso, ela era linda por inteiro na verdade. Era um ano mais nova que eu e dava de dez a zero em mim.

S: tchau, Te! - continuei correndo sem nem dar tempo para ela me responder.

Parei no ponto de taxi em frente ao meu prédio e parei na ponta da calçada quase na rua. Cadê os táxis?? 

Finalmente parei para pensar: em qual hospital o Justin está? 

S: Droga, Stacy! Aonde você vai? 

Peguei meu celular e disquei o número do Justin. 1... 2... 3...4... 5 chamadas e ele finalmente atende.

~ligação on~

-Stacy? 

-EM QUAL HOSPITAL VOCÊ ESTÁ, IDIOTA?!

-eu to no... espera... como você...?

-sabendo, Justin! Agora FALA!

-eu to no ********** (Aut: nome do hospital ta gente! Eu não tenho criatividade para essas coisas)

~ligação off~

Sim, eu desliguei! Só queria saber o nome do hospital. O resto eu grito quando eu chegar... quero dizer, pergunto quando eu chegar.

Finalmente avistei um táxi e dei sinal. Ele logo parou e eu ja abri a porta entrando tão rápido que o motorista até se assustou.

S: me leva para o hospital ******..... agora!

Justin pov's

Ja faz uns 20 minutos que eu cheguei no hospital logo atrás da ambulância que levava a Nath. Ela estava inconsciente ainda quando entro na ambulância e quando chegou no hospital. Parece que ela entrou em uma cirurgia porque rompeu algum ligamento no pé.

Foi uma coisa muito louca. Só de pensar que a culpa foi minha, que se eu não tivesse chamado ela, ela não teria atravessado a rua de volta e sido atropelada por uma moto.

A Nath só faz merda desde quando a conheci, ela só faz merda. Ela atrapalhou minha vida desde quando descobriu que morávamos na mesma cidade, mas eu nunca teria desejado isso a ela. Não porque passamos momentos felizes juntos, afinal foi tudo uma farsa, mas eu só desejaria um atropelamento para o meu pior inimigo.

Meus pensamentos foram interrompidos pelo meu telefone tocando. Olhei na tela e era a Stacy.

Claro que cedo ou tarde ela me ligaria, assim que recebi o e-mail da escola eu pensei que aquela era a minha chance de conversar com a Nath em um ambiente fora da escola. Se tivessemos conversado sobre isso na escola com certeza ela teria feito um alarde para que todos a nossa volta soubessem quem estávamos falando sobre casamento.

Droga, já era a quinta vez que meu telefone chamava.

~ligação on~

-Stacy?

-EM QUAL HOSPITAL VOCÊ ESTÁ, IDIOTA?!

-eu to no... espera...como você...?

-sabendo, Justin! Agora FALA!

-eu to no **********

~ligação off~ 

Sim, ela desligou na minha cara. Agora como ela sabe que eu estou no hospital? 

Ah, claro! Esqueci que hoje quando a Júlia me ligou perguntando se eu estava com a Stacy eu disse que estava no hospital porque a Nath havia sofrido um acidente bem na minha frente.

Vou tirar isso a limpo e ver se eu estou certo.

~ligação on~ 

-alô??? Você ta com a Stacy???

-não. Ela acabou de me ligar perguntando aonde eu estava.... brava.

-brava? Ai...

-que foi? Oque você disse pra ela? 

-oque eu não disse, né.

-como assim? 

-a única coisa que falamos antes dela sair daqui igual ao Flash foi que você estava no hospital, não falamos "com quem" ou "porquê" você estava ai.

-droga, ela deve achar que eu estou machucado... tenho que desligar.

~ligacao off~ 

Desliguei assim que avistei o médico que me avisou sobre a cirurgia.

D (doutor): Acompanhantes da Srta... - olhou seus papéis. - Nathalia Gomes? - disse assim que chegou na sala de espera.

J: aqui. - disse me levantando e ele veio até mim.

D:  então, Senhor...

J: Bieber.

D: sua namorada se acidentou feio. Você deve saber da cirurgia que fizemos. Agora ela se encontra em um quarto ainda inconsciente, oque nos preocupa.

J: ela não é...

D: enfim... - ele me cortou, oque me fez fechar a cara. - ela fraturou uma costela, rompeu um ligamento no pé direito, teve um corte profundo no braço esquerdo, além dos outros cortes e hematomas espalhados por todo corpo.

J: porque ela estar inconsciente te preocupa?

D: pois mesmo com todos esses hematomas pelo corpo, seus batimentos, sua pressão, temperatura e fluxo sanguíneo estão normais. Não identificamos a causa dela estar incosciente.

J: certo. E eu posso...?

D: sim, vamos autorizar sua entrada pois os familiares ainda não chegaram. Agora se me da licença. - ele disse após me cortar de novo e foi embora.

J: ... ir embora. - bufei e fui até a recepção saber o quarto da Nath.

S: JUSTIN! - me virei vendo a Stacy gritando assim que entrou no hospital, então ele me viu. - JUSTIN? - veio em minha direção e me deu um soco no ombro esquerdo.

J: ai! - disse e ela levantou o punho novamente para me dar outro soco e eu segurei seu pulso. - calma!

S: OQUE VC TA FAZENDO AQUI? VOCÊ NEM ESTÁ MACHUCANDO!

J: mas assim... - olhei para sua mão fechada que eu estava segurando. - vou ficar.

S: é essa a minha intenção! Oque você ta fazendo aqui? Quer me matar de susto? - me metralhou com perguntas e soltou seu pulso da minha mão com força.

J: a Júlia te explicou errado. - falei colocando as mãos no bolso. - a Nath sofreu um acidente por minha causa, por isso estou aqui.

S: como assim por sua causa? - falou mais calma.

J: ela estava de um lado da rua e eu estava do outro, eu chamei ela quando a rua estava em movimento e uma moto acertou ela.

S: não foi sua culpa idiota! Foi culpa dela que atravassou sem nem olhar para os lados. A mãe dela não ensinou isso pra ela não? - falou a última frase para si. - como ela esta? 

J: ela fraturou uma costela, teve um corte profundo no braço e rompeu um ligamento do pé. E pelo que o médico disse... ela ta toda ferrada.

S: onde aconteceu? 

J: perto daquela sua lanchonete preferida. - disse e ele por alguns segundos arregalou os olhos e coçou a cabeça. - que foi?

S: an? ... nada.

J: não foi isso que pareceu.

En: com licença. - eu e Stacy olhamos para a enfermeira. - a Srta. Gomes acordou.

S: eu vou ver ela! - disse determinada.

J: nós vamos. - disse meio que corrigindo a frase da Stacy que me olhou com cara de poucos amigos.

S: não vou fazer nada com ela Justin, relaxa.

En: sinto muito, senhor. Você tem que assinar alguns papéis antes. E você Srta. É o último quarto a direita. - Stacy assentiu e foi em direção ao corredor. - por aqui, senhor. - ela foi em direção a recepção e eu a segui.

Stacy pov's

Segui em direção ao quarto da Nath. Assim que entrei sem bater na porta ja me deparei com Nath implicando com uma das enfermeiras.

N: eu disse que eu quero gelatina de morango!

En: senhorita, a gelatina de limão foi receitada pelo médico.

N: eu não estou nem ai!

En: por favor,  senhorita. Vai fazer bem a você.

N: eu quero o médico aqui! AGORA! - ela gritou que até assustou a enfermeira que parecia ser nova.

Ela passou por mim com a cabeça abaixada. Nath finalmente me notou ali e em seus labios cortados e meio ressecados surgiu um sorriso, com a mesma ironia de sempre.

N: ora, ora. Veio me ver, San? - essa louca cada hora me chama de um jeito.

S: nem morta. Mas eu tinha que te ver antes do Justin. 

N: o Justin veio? - ela perguntou surpresa e feliz.

S: ele se sente culpado pelo que aconteceu com você.

N: jura? - ela riu. - acho que vou poder me aproveitar um pouco disso.

S:  sua vadia maluca... - disse me aproximando com a mão levantada pronta para piorar aquele rostinho dela até que ela começou a se contorcer e eu me assustei.

N: ai, ai, ta doendo! - olhou para mim pelo canto dos olhos e sorriu.

J: Stacy! Você disse que não ia fazer nada.

S: eu não fiz! Essa garota é louca!

N: Justin... água. - ela disse e o Justin logo pegou o copo de agua no criado-mudo ao lado da cama e entregou para ela.

Ela parou de se contorcer e se ajeitou na cama ainda com a mão em cima da costela, provavelmente a costela fraturada.

J: sinto muito, Nath.

N: relaxa, Jus. Eu estou bem. - disse fazendo uma cara de dor.

S: maluca. - disse olhando para janela.

J: Stacy.

N: não tem problema. Stacy nunca foi com a minha cara e nunca vai ser. Percebi isso na nossa conversa de hoje.

J: conversa? - olhou para Nath depois para mim.

"Vadia", Pensei