História A nerd e o popular - Menino misterioso

O  garoto me deu uma carona mas em um momento me senti mal por estar na garupa do menino estranho que Justin tanto odeia, então bati de leve nas costas dele e pedi para ele parar. Ele parou em frente a uma sorveteria e eu desci. Ele desceu depois e parou a moto, tirou o capacete na mesma.

C: o que foi?

S: não sei, acho que me sinto mal de pegar carona com o garoto que o Justin odeia depois de “brigar” com ele. – fiz aspas com os dedos.

C: ele te mandou para fora da sua casa. E porque aspas? – me imitou.

S: porque digamos que a mãe do Justin não... – olhei para ele que me escutava atentamente e parei de falar. – acho que não deveria me abrir assim como um estranho, você não deve ser bom para o Justin te odiar.

C: você acha que vai se sentir mal se eu pagar um sorvete para você? – olhou para a sorveteria e eu pensei um pouco.

S: não sei...

C: eu posso te explicar porque o Justin me “odeia”. – fez aspas com os dedos me imitando e eu ri.

S: só um sorvete. – apontei para ele e ele levantou os braços em rendição e eu sai rumo a porta de entrada da sorveteria. – você não pode fazer nada comigo em uma sorveteria mesmo.

C: ainda não confia em mim? – virei para trás olhando para ele.

S: eu te conheci ontem! Vamos, temos que conversar. – voltei a andar e ele me seguiu.

Entramos na sorveteria e fomos em direção ao caixa. Caio acabou pedindo um Milk-shake de morango e eu peguei uma casquinha especial, que tinha sorvete, chocolate e alguns M&M’s. logo pegamos nossos sorvetes e fomos sentar em uma das mesinhas que tinham ali, sentamos um de frente para o outro e eu já comecei a saborear meu sorvete.

S: pode começar. – falei olhando para o meu sorvete e pegando uma colherada.

C: o que você quer saber exatamente?

S: primeiro, o que você e o Justin são ou eram?

C: somos primos e éramos quase irmãos, fazíamos tudo juntos, tudo.

S: até que...?

C: até que tivemos que correr um contra o outro.  – fiz uma cara confusa como se pedisse para ele continuar. – ele diz que eu roubei por isso ele perdeu. Mas na verdade ele apenas não consegue aceitar que pelo menos uma vez na vida dele, ele perdeu uma corrida. Desde então ele não fala mais comigo e se afastou completamente e... – ele ia começar a falar mas parou.

S: e...?

C: nada. – sorriu. – não é importante.

S: hum, ok. – continuei comendo meu sorvete mas sentia que ele estava me olhando.

Minutos depois terminei meu sorvete mas não sabia como me despedir do garoto misterioso. Ele estava quieto desde acabamos  nossa conversa, quieto e serio. Dava alguns sorrisos de vez em quando, só quando olhávamos um para o outro, nada mais que isso.  

Em um momento eu me levantei e ele me olhou, eu sorri e sai. Simplesmente sai andando e ele não me seguiu o que eu achei bom mas estranho. O que deixou ele tão balançado a ponto de se isolar totalmente do mundo.

Fui até o ponto de taxi que havia bem ao lado daquela sorveteria e sente enquanto não chegava nenhum. Coloquei a mão no bolso e só ai notei que eu ainda estava com as roupas do Justin. Sorte que aquela camiseta dele era um vestido em mi, acho que é a maior dele, lembrei também que coloquei a mão no bolso atrás do meu celular que provavelmente  esqueci na casa do Justin.

De longe avistei um táxi e dei sinal. Ele parou e eu entrei. Falei para onde queria ir e ele ligou o carro acelerando para longe daquela sorveteria.

Júlia pov’s

O Justin de repente sumiu enquanto eu estava acompanhando o Victor no carro. Será que ele fez isso para ficar a sós com a Stacy? Só pode.

Victor me trouxe para casa e eu, lógico, mandei ele entrar. Estamos sentados na sala, na verdade só ele por que eu estou em pé. Andando de um lado para o outro preocupada com a Stacy.

V: calma, ela ta com o Bieber.

Júl: isso é o que mais me preocupa. Por que ele queria ficar sozinho com ela? – não parei de andar.

V: quem disse que ele queria ficar sozinho com ela? – disse confuso.

Júl: ele abandonou a gente lá, Victor.

V: que? Para de andar! – parei e olhei para ele, vendo ele respirar fundo e me encarar. – foi eu que pedi. Eu queria ficar sozinho com você.

Júl: que?

V: não sei por que você ta agindo como se nada tivesse acontecido naquela festa. – não sei por que mas um arrepio percorreu meu corpo e eu não conseguia encarar ele, então me virei de costas.

Júl: nada aconteceu.

V: nada aconteceu ou você queria que nada tivesse acontecido? Olha pra mim, Júlia.

Júl: eu não posso ficar com você. NADA ACONTECEU. – senti meu corpo ser virado com certa brutalidade e era Victor me segurando e me olhando bem de perto.

V: por que? Me dê uma resposta concreta e eu te deixo em paz!

Júl: eu... eu... – DIN DOM (barulho da campainha), dei graças a deus por ouvir o toque da campainha.

Me soltei de Victor e corri para atender a porta. Abri a mesma e me deparei com uma Stacy acabada, literalmente acabada. Dei espaço para ela entrar e ela não disse uma palavra. Só foi direto para o seu quarto, como uma zumbi.