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História A Nereida - Capítulo 11:


Escrita por: GiullieneChan

Notas do Autor


Betado por Ray César.

Capítulo 11 - Capítulo 11:


No salão principal do Templo.

—Está se divertindo, meu senhor?

Nadeshiko perguntava agarrada ao braço de Dionísio, como uma amante ávida para agradar ao amado, mas o tom de voz lânguido e sensual não escondia as suas reais intenções, a de ver sua filha matar o cavaleiro.

—Sim. Há tempos que não via embates tão interessantes. –Ele suspira olhando a taça de vinho vazia por um instante. -Acha que minha querida irmã Athena está aborrecida comigo por minhas “brincadeiras”?

—Certamente. Ela não desfruta do senso de humor dos deuses. -Dizia a mulher enchendo a taça do deus. -Ela não entende que nós humanos somos o que os deuses desejarem.

—Essa posição nunca a revoltou, Nadeshiko? A de servidão? -perguntou tocando a face da mulher. -E nem a ideia de sua filha ser minha serva pela eternidade?

—Meu senhor... –ela pega na mão de Dionísio sorrindo, e esfrega a face nela como se fosse um ato de carinho. -Sou eternamente grata pela nova vida me ofereceu. Desejo apenas compartilha-la com minha filha. Que mãe não quer o melhor para seus filhos? Uma vida de servidão... mas uma vida eterna e jovem.

—Sim, será muito interessante ter Naru como a primeira de uma nova geração de Bacantes ao meu lado. –Dionísio sentia a falsidade nas palavras da sua serva, mas não julgou importante dar a atenção, a divindade observa com maior interesse o espelho das águas e a luta que estava se iniciando.

 

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Do lado de fora.

—ATOMIC THUNDERBOLT!!!

Centenas de finos raios de luz, concentrados na forma de uma rajada reluzente, tal qual um trovão, cortam o ar e golpeiam os corpos de Ino e Ágave. Elas são jogadas a metros de distância e acertam as ruínas de um dos pequenos templos adjacentes ao maior. Aiolos com o punho estendido observa a nuvem de poeira levantadas após seu golpe espairecer antes de relaxar, acreditando que havia derrotado as duas Bacantes.

—Preciso ajudar Mu agora.

Ele virou-se mas parou ao sentir um cosmo intenso elevar-se vindo do local onde as mulheres haviam sido jogadas. Ágave apareceu de dentro da nuvem de poeira, reunindo um poderoso cosmo entre suas mãos. Mas o rosto pálido envolvido pelas mechas douradas e a respiração ofegante da mulher era o que havia lhe chamado atenção.

Aiolos notara que um ferimento estava aberto no abdômen da jovem, provavelmente provocado pelo impacto contra as rochas e dele sangue jorrava em abundância.

—Ágave, pare! Se disparar esse golpe com esse ferimento poderá morrer!

—O que for necessário para te destruir! -as energias envolvem suas mãos como se fossem garras. -O que for necessário para te matar e agradar meu senhor!

—Vocês são loucas! –Aiolos estreita o olhar.

—Loucas? -Ágave começa a gargalhar insana. -Sim! A loucura só cessará com a morte do meu oponente, ou com a minha!

—Não está lutando por uma causa ou para defender alguém. Vale a pena morrer por esse motivo fútil?

—Acha que me importo com motivos? -Ela passa a língua pelo lábio ferido, provando o próprio sangue. -Só quero saber que sabor tem o seu sangue, cavaleiro.

Nesse instante, Ino reaparecia se apoiando nas rochas destruídas, ferida e observando de longe o que sua irmã mais velha faria.

—Ágave!

O pedido da irmã mais nova se perde no momento em que Ágave avança contra Aioros, com a fúria de um animal selvagem estampado na face.

—Bloody Claws!!

—Isso tudo é sem sentido. -murmura Aiolos antes de disparar seu golpe para se defender. -Atomic Thunderbolt!!!

As energias liberadas se chocam, obrigando Ino a virar o rosto pelo clarão que o golpe produzira. Em seguida o corpo de Ágave cai a poucos metros dela, sem mais forças para se erguer. Ino vacilante consegue chegar até ela e estende a mão tocando a face da irmã, que tenta balbuciar alguma coisa.

—Que... lindo... esse golpe...

—Á-Ágave?

A mulher sorri, pouco antes de cuspir sangue seguido de um gemido de dor escapasse por seus lábios e em seguida para de se me mexer, os olhos abertos sem vida, fitando o nada.

Ino estende a mão e fecha os olhos da irmã. Houve um silêncio perturbador no ar. Em seguida, Ino volta seu olhar para Aiolos. Um olhar cheio de ódio. Ódio que se refletiu em seu cosmo, envolvendo por completo seu corpo, e então investiu furiosamente contra ele.

—Malditos sejam... MALDITOS SEJAM!!!!

—Ino!!! -Mal deu tempo de se defender com os braços a frente de seu corpo, o golpe concentrado no punho de Ino o empurrara para trás. –Por que não se dá por vencida e pare antes que morra?!

—Que me importa morrer agora? Minhas irmãs se foram, não tenho porque continuar vivendo!!! -se preparava para desferir outro golpe, mas tem seu pulso firmemente preso pela mão poderosa do cavaleiro. -Como ousa..?

—JÁ CHEGA DESSA LOUCURA! -vociferou, o tom de voz tão raivoso que assustou até mesmo a Bacante, cujo cosmo abrandou-se, afinal a garota diante dele dominada pela dor, não aparentava ser mais do que uma menina. -Já... chega...Está assim porque sentiu que pelo o destino de suas irmãs, mas acha que tentar se matar era o que elas iriam querer?

—Elas iriam querer que eu as vingassem!

Aiolos percebe que não havia mais o espírito de luta na Bacante.

—Eu vou me vingar... -ela murmurava em meio as lágrimas, então quando o cavaleiro solta seu pulso a jovem se deixa cair ajoelhada no chão, se sentindo derrotada e segue seu caminho para dentro do templo. -Jamais vou perdoar os cavaleiros pelo o que fizeram com minhas irmãs!!!

—Não pedirei seu perdão. -Aiolos responde sem lhe virar-se. -Se eu estivesse em seu lugar, também não me perdoaria.

E seguiu seu caminho para dentro do templo, sem olhar para trás.

 

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No salão principal.

—O cosmo de Ágave se apagou. -Dionísio comenta, olhando seriamente para o espelho nas águas e para o combate que se desenrolava diante dele, depois dá um suspiro desanimado. -Que decepção. Acreditava que ela ao menos vencessem um cavaleiro. Subestimei os servos de minha irmãzinha.

—Lamento que isso tenha ocorrido, meu senhor.

—Não precisa se preocupar, minha cara Nadeshiko. -ele dá os ombros, depositando a taça sobre um móvel e se levantando. -Vamos nos preparar para receber os cavaleiros, minha querida?

—Mas... não acredita que minha filha vencerá a luta, meu senhor? -ela faz uma expressão desolada.

—Você me conhece, querida. Gosto de estar pronto para qualquer eventualidade. –a divindade sorri. -Sua filha possui um cosmo maravilhoso, e agora envolvido pelo meu poder, tornou-se reluzente! Certamente com o tempo atingiria o mesmo nível de força de um cavaleiro de ouro.

—Eu lhe disse que ela era especial. -Nadeshiko sorri.

—Sim, de certo ela é. –Dionísio sorri.

—Minha filha será o belo instrumento de nossa vingança, meu senhor. –Nadeshiko se levanta e o abraça por trás, envolvendo seus braços pelo pescoço do deus. –Vê como ela baila maravilhosamente ao executar seus golpes?

—Sim. O cavaleiro de Áries irá encontrar uma linda morte nos braços de sua amada.

—Amada? –Nadeshiko ergue o corpo, a informação a incomodou. –Ele a ama?

—Aparentemente sim. –ele riu, bebendo outro gole de sua taça. –Ah, esse sentimento tão ingênuo que minha doce irmã tanto defende. Como os humanos são tolos por causa dele.

 

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Enquanto isso dentro do Templo...

—VÓRTICE AQUÁTICO!!!

O golpe fora recebido por Mu diretamente em seu rosto, na forma de um chute certeiro, que o arremessara vários metros para trás. O cavaleiro poderia ter se defendido facilmente deste golpe com seu Cristal Wall, assim como todos os golpes que precedera este, mas o receio de feri-la gravemente era maior que o seu instinto de sobrevivência.

O olhar frio, o sorriso sádico estampado em seu belo rosto, de nada lembravam a jovem que conhecera, de temperamento intempestivo, mas sorriso gentil. Mas, mesmo assim, Mu queria devolvê-la à razão.

—Naru, pare! Essa não é você! Você é uma amazona que jurou lealdade ao Santuário e à Atena!

—Não diga bobagens, cavaleiro. Sou uma Bacante a serviço do grande Dionísio!

Dizendo isso ela novamente salta, com o corpo envolvido pelo cosmo maculado do deus do vinho e ataca-o com chutes sequenciados de seu Vórtice Aquático, sem dar trégua entre um ataque e outro. Nesse interim, Mu se defendia como podia. E por uma fração de milésimos de segundos os olhos treinados e atentos do cavaleiro notam que a indumentária que Naru usava estava começando a trincar.

Ela salta para trás e eleva o cosmo, e o cavaleiro sentia que o corpo dela não aguentaria por muito tempo aquela situação, que entraria em colapso a qualquer momento.

—Seu corpo não aguentará muito tempo toda essa cosmo energia. Não está preparada para isso! Olhe para a sua armadura, ela está se deteriorando! Se continuar assim, irá morrer!

—Morrer por meu mestre seria uma honra! –ao dizer isso, Naru volta a atacar, desta vez reunindo sua Cosmo energia entre na palma da mão. –TROVÃO DE ÁGUA!

—Maldição!

Mu desvia da energia Cósmica que resvala em seu rosto e ao atingir a parede atrás de si, ela é reduzida a poeira e escombros após uma grande explosão.

—PARE, NARU!

Mas o apelo do cavaleiro parece não ter efeito algum sobre a jovem. Lembrou-se então da luta recente no Santuário, onde os cavaleiros lutaram entre si quando estavam sob o domínio de Dionísio. Mas ele não desejava usar o seu poder para despertar Naru. Um golpe poderia matá-la e desconfiava que era exatamente isso que o inimigo esperava, mas se não agisse logo...

Então o cavaleiro de Áries cerra os olhos, ciente do que deveria fazer. Estava ali não apenas para punir o deus do vinho por seus atos impensados contra Atena e seus amigos, queria salvar a amazona diante dele. Não suportaria se ela morresse diante dele, ou por sua causa.

Ele a fitou novamente, dou um sorriso sereno e murmurou:

—Não hesite, então...

A mulher avança sobre ele com a mão em forma de garras concentrando seu poder, no mesmo instante, atendendo ao desejo do cavaleiro, a armadura dourada abandonava seu corpo deixando-o desprotegido. E ele baixa a guarda, mostrando claramente que não tinha a intenção de se defender do golpe que receberia.

No mesmo instante em que as garras atingem o peito de Mu ferindo-o quando os dedos penetravam na carne, Aiolos aparecia a tempo para testemunhar a cena. Ele não conseguia esconder a surpresa e o terror ao ver Naru retirar a mão, fazendo com que o sangue do cavaleiro de Áries respingasse no ar, sujando seu rosto com isso.

Ele estende a mão, tocando gentilmente a face da Amazona e dando um débil sorriso.

—Por favor... acorde... –caindo em seguida aos seus pés.

A amazona parecia em choque com o que acabara de fazer, mesmo com o corpo envolvido com aquele cosmo estranho foi possível ver sua face o horror diante do corpo caído do cavaleiro de Áries. Lágrimas inundavam os olhos da mulher, que os cerrava com força, ajoelhando-se ao lado do corpo inerte de Mu e em seguida soltava um grito amargurado que percorreu todos os salões do Templo.

 

Continua...



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