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História A Nereida - Capítulo 12:


Escrita por: GiullieneChan

Notas do Autor


Betado por Dhessika Gomes.

Capítulo 12 - Capítulo 12:


Atena caminhava com Shaka e o pequeno Kiki ao seu lado por estreitos corredores subterrâneos do Santuário. Ela tentou abrir uma porta, mas o tempo e a ferrugem tornaram a tarefa difícil. Com a ajuda do cavaleiro de virgem ela cedeu e chegaram a um salão parcialmente iluminado pela luz solar.

—Era aqui que Dionísio estava encerrado? -perguntou o menino.

—Sim. -Atena olhou na direção da luz. -Esse lugar estava esquecido.

—Mas alguém o encontrou. -Shaka observa a ânfora que continha o espírito de Dionísio e os restos do selo rasgados.

—Certamente essa pessoa não imaginava o que libertaria. Dionísio não tem anseios de destruir a humanidade ou conquistá-la, como os demais deuses. -Atena explicava. –Mas ele tem uma visão deturpada de diversão, não se importando em matar para isso. Sua loucura estava contaminando os homens, por onde passava seu cosmo obrigava irmãos, pais, amigos a se matarem com as próprias mãos e um rio de sangue surgia por seu caminho.

—Por isso o encerrou? -Shaka perguntou.

—Alguém precisava deter sua loucura. Preciso que me leve até Mu e Aiolos, para que eu possa selar novamente o espírito de meu irmão. -Atena pega a ânfora e olha carinhosamente para Kiki. -Posso contar com você?

—Sim! -respondeu rapidamente o menino, orgulhoso pela deusa lhe conferir essa missão.

—Irei com a senhorita. –Shaka se manifestou, solícito.

—Obrigada, Shaka.

 

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Aiolos não conseguia acreditar no que via. Mu caído de bruços no chão, imóvel. Enquanto Naru parecia em choque, ajoelhada ao seu lado, o rosto banhado em lágrimas, olhando para a mão manchada pelo sangue do cavaleiro de ouro.

—Mu... -foi a única coisa que Sagitário conseguiu balbuciar ante a cena, cerrando os punhos.

—Por que? -ela murmurou, chamando a atenção de Aiolos, a aura negra que a envolvia havia se dissipado não deixando nenhum vestígio mais do cosmos de Dionísio. -Seu...idiota...por que não se defendeu? O que tinha na cabeça? Você não pode ter caído tão fácil...

Aiolos sempre se julgou um homem sensato, que não se deixava influenciar por sentimentos negativos, que pudessem nublar seu discernimento. Jamais deixou que a raiva ou rancor dominassem sua mente e espírito.

Até agora. Até ver o desespero de Naru, e desejar vingar o amigo e acalmar a dor da jovem.

—BAKA!

As últimas palavras da mulher causaram espanto no cavaleiro de Sagitário.

— BAKA! BAKA! BAKA! BAKA! –ela dizia com raiva.

—Er... amazona? –Aiolos estende a mão, para acalmá-la.

—SEU IDIOTA! Não devia ter morrido ainda... IDIOTA! – Aiolos desiste de tentar consolá-la diante de seu rompante de fúria, enquanto Naru apoiava as mãos no chão, ao lado de Áries, deixando as lágrimas caírem. -Nem cheguei a te dizer o que sinto por você... não podia morrer sem saber que ... seu idiota... Você é uma vergonha por ter deixado que eu... que eu... eu te amo, seu baka alien hentai!

—Naru ... –Uma certa voz causa espanto na garota e em Sagitário. -O que você falou?

Ela abre os olhos em espanto, erguendo o rosto e fitando o de Mu que se erguia e sentava diante dela, dando um leve gemido ao tocar com a mão o local que ela o atingira.

—Seu...baka... -ela o fitou, como se não acreditasse.

—Acho que foi algo depois disso... –ele sorri e depois faz uma careta ao sentir dor no local ferido pela amazona.

—IDIOTA! -ela avança contra Mu, tentando desferir socos com os punhos fechados, extravasando todos os sentimentos conflitantes dentro dela, mas o cavaleiro segurava ambos os braços pelos punhos, contendo-a. -Você queria me matar de susto, de remorso?

—C-Calma!

—Eu achei que tinha te matado!

Naru se solta e o abraça tão rápido que o cavaleiro nem teve tempo de formular uma nova reação. Demorou alguns segundos antes que ele a abraçasse forte, sentindo que os últimos acontecimentos a abalara mais do que imaginava.

—Deveria saber que não morreria tão facilmente com um golpe desses. Acalme-se, por favor.

—Eu...

Ele gentilmente a afasta, fitando seu rosto e dando-lhe um sorriso tentando transmitir segurança a ela.

—Há algumas horas enfrentei Shaka. Estava nas mesmas condições que você, dominado por aquele insano, mas ele conseguiu quebrar o controle. Mas claro... -O ariano sorriu ainda mais. -Foi ele quem me acertou. Imaginei que iria funcionar com você algo parecido.

Naru sorri e ia responder algo, mas calou-se surpresa com o fato de Aiolos ter dado um soco na cabeça do amigo.

—Seu gesto foi muito... imprudente! -falou Aiolos, olhando mortalmente para o amigo. –Cheguei a pensar que tinha realmente morrido, Mu.

—A-Aiolos... desculpe se te enganei. –esfregando a cabeça dolorida e sentindo o cosmo dele alterado e o olhar furioso do amigo. -Er... Está bravo?

—Nem um pouco. Por que ficaria bravo de ver você arriscar a vida dessa maneira? –desferindo outro soco na cabeça do ariano que se encolheu com a dor. -Vamos!

—Foi pouco o que ele fez. -disse Naru, ainda aborrecida com o Mu, e ver que ele sorria tranquilamente a deixou mais furiosa ainda. -Não é brincadeira! Por que está rindo assim?

—Porque eu também sinto algo por você...

Naru fica corada com as palavras dele.

—E eu ouvi o que disse sobre o que sentia por mim...

—E-espera! Você se enganou! Não era para você ter ouvido nada! Eu achava que você tinha morrido quando disse aquilo! -falava nervosa agitando os braços, enquanto o Mu apenas mantinha o sorriso sereno no rosto.

De repente o mesmo sorriso se desfez ao sentir o cosmo daquele que começou todos aqueles problemas.

—Vamos falar melhor sobre isso depois. -ele se ergue, pegando a mão dela para ajudá-la a fazer o mesmo. –Naru, aquela mulher ao lado de Dionísio é...

—Eu sei quem é ela.

—Então sabe que não precisa vir conosco se não quiser.

—Eu vou.

—Mas...

—Eu preciso ir. Ela não sabe, mas precisa de mim. Eu preciso ajudá-la.

Mu fitou o rosto da jovem. Apesar da aparência frágil, não podia esquecer que aquela garota era uma amazona de Atena. Alguém que enfrentou adversidades e apostou a própria vida para conseguir uma armadura e servir a deusa da Justiça. Não era apenas uma garota frágil e teimosa que aprendera a amar. Era uma mulher determinada também.

—Está bem. Vamos.

 

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Com um gesto, Dionísio afasta a imagem dos cavaleiros do espelho das águas e sorri aparentando estar despreocupado. Em seguida observa o ar contrariado de sua serva e estende a mão acariciando seu rosto.

—Ora, minha cara Nadeshiko. Aprenda a perder em um jogo.

—Desejava mesmo que ela o matasse. - falou mostrando-se aborrecida.

—Quem poderia imaginar que ele se arriscasse assim por uma mulher? Seria esse o amor dos mortais que minha irmãzinha tanto defende?

Nadeshiko nada responde. Dionísio sorriu, sentindo a proximidade dos cosmos dos cavaleiros.

—Vamos recepcionar nossos convidados, minha cara.

Passos metálicos ecoavam pelo corredor e logo das sombras surgiram os cavaleiros de ouro, seguidos por Naru. Os três pararam diante do deus que apenas os olhava sorrindo, como se estivesse se divertindo com toda a situação.

—Bem vindos, cavaleiros. -dizia o deus batendo palmas. -Foi esse um dia memorável não acham? As lutas foram emocionantes!

—Dionísio. -Aiolos começou a falar. –Você está ciente do que fala?

—Mas é claro! Em toda a minha vida nunca havia visto um cavaleiro de ouro lutar. Vi as lutas no santuário, contra Hades. Emocionante! Queria ver mais. E quem sabe, dar uma lição a minha irmã sobre respeitar a sua família.

—O que disse?

—Uma pessoa que coloca terceiros acima da própria família, não merece castigo? Atena não titubeou em nenhum momento quando ergueu Nike contra sua família para que? Pelos humanos! -o tom divertido que ostentava em sua voz se alterava para o rancor e a raiva. -Eu a amava, sabiam? Minha querida irmãzinha... Ela era como uma brisa refrescante em um dia quente de verão no Olimpo. Eu amava minha irmã Atena. E ela me amava? Como ela mostrou que me amava? A mim, seu irmão mais novo? Trancou-me em uma ânfora por séculos!!!

Ao dizer essas palavras carregadas de ódio, seu cosmo se alterava, chegando a obrigar Nadeshiko a recuar alguns passos pela pressão que ele causava. Os três cavaleiros se colocavam em alerta.

—Por quê? Por que minha irmã ama mais vocês, humanos sujos, falhos, corruptos do que a mim?

De repente o cosmo dele se acalma e Dionísio suspirava, fitando os três.

—Cansei dessa brincadeira. Vão embora.

—O que? O que disse? -Aiolos e Mu o indagaram.

Dionísio estende a mão desferindo seu cosmos contra os três. Por instinto Mu salta para trás, levando Naru e a protegendo com seu corpo, enquanto Aiolos recebia toda a intensidade do golpe disparado pelo Deus, o jogando para trás. Seu corpo atingiu a parede de pedras que cede e cai sobre seu corpo.

—Aiolos!

—Mandei que fossem embora.

—Você ataca meus amigos, o Santuário... me obriga a levantar minha mão contra Atena e acha mesmo que pode sair daqui sem receber uma punição? -Mu estava em seu limite. Ele que sempre controlava seus instintos e raiva, estava cedendo a sua indignação naquele instante. -Não, Dionísio. Você vai ser punido por seus crimes.

—E você quem vai me punir? -o deus ergueu uma sobrancelha, achando engraçado o comentário do cavaleiro. -É apenas um reles mortal!

Dionísio sorri diante das palavras do cavaleiro, e ergue o braço fazendo com que seu cosmo exploda novamente, lançando-o contra Mu, mas ao contrário da primeira vez, o seu intento não se concretiza ao esbarrar em uma Muralha de Cristal erguida pelo poder de Mu.

—Interessante. Uma técnica defensiva interessante! -A divindade comenta, demonstrando um pouco de admiração. -Mas, não confie nela para deter alguém que lhe é superior.

—Estou dando uma chance a você para se arrepender de seus pecados, Dionísio.

—O que disse? –o deus dos vinhos surpreende-se.

—Que audácia falando dessa maneira com meu senhor! Ele... -Nadeshiko se pronuncia mas logo se surpreende. -Mas o que... que cosmo é esse?

—Ah, interessante. E se eu não me arrepender? Acha que pode superar o cosmo de um deus, pequeno cavaleiro? Quanta arrogância!

O cosmo de Mu começa a elevar-se, sua expressão estava séria, que surpreendeu a todos ali pela força que emanava. Até mesmo Naru não conteve sua admiração diante do ariano. Nesse instante, Aiolos se erguia tirando a poeira de seus ombros e para diante da cena de combate que se desenrolava à sua frente, e decidiu que não deveria interferir.

—Sim, eu sempre irei superar o cosmo de um deus se ele ousar ferir meus amigos, a minha deusa. -Respondeu Mu com calma, mas era nítida a determinação e ira em sua voz, o cosmo se eleva e atrás dele a imagem dourada do Carneiro aparece, símbolo de sua constelação. -E acima de tudo... farei com que se arrependa de ter ferido a Naru.

—A arrogância humana nunca deixa de me surpreender.

O ariano cruza os braços diante de si, antes de abri-los novamente. As mãos brilhando com a força de seu poderoso cosmo.

—EXTINÇÃO ESTELAR!!!

Dionísio ergue a mão, se defendendo do ataque de Mu com um sorriso.

—Não se sinta mal por não conseguir me acertar, cavaleiro de Atena. Afinal, sou um deus. Perder essa luta não significaria verdadeiramente uma derrota, mas um fato. Um humano não pode se gabar de superar um deus. Está vomitando sacrilégios, humano.

—Não me importa o que ache. Já ouvi esse discurso prepotente de divindades superiores a você, Dionísio. Há séculos os homens vem enfrentando os deuses, parece uma luta desigual, mas temos algo que nos impulsiona sempre a não baixar a cabeça para seres como você. -Dizia o cavaleiro, sem diminuir a intensidade de seu ataque, continuando a lançar seu cosmo contra o deus. -Temos o nosso Cosmo!

Nesse instante seu cosmo parece explodir.

—O que?

Dionísio sente a pressão o cosmo de Mu aumentando e se surpreende. Naru nunca antes em sua vida havia testemunhado uma luta de um cavaleiro de ouro, já ouvira falar histórias de seu enorme poder de seus cosmos, capaz de realizar feitos extraordinários. Mas testemunhar com seus próprios olhos e sentidos era algo que jamais iria esquecer. E tão pouco Dionísio.

—É... incrível...

A explosão de Cosmo do golpe do cavaleiro repele Dionísio, fazendo-o recuar, forçando seu copo a ser arrastado para trás poucos instantes de ser lançado contra a parede atrás de si. O deus se ergue, parecendo surpreso com o que houve, sentindo na pele chamuscada algo que há tempos não sentia. Dor... e medo.

—C-como ousa? Um reles mortal chegou a atingir um deus? Isso é imperdoável! Quem você pensa que é?

—Eu sou um cavaleiro de ouro de Atena. Eu sou Mu de Áries. –novamente concentrava seu cosmo na palma de sua mão, olhando fixamente para o deus do vinho. Era um olhar frio, onde escondia uma fúria assustadora. -Revolução Estelar!!!

No instante seguinte, uma nova explosão preenche o espaço quando a partir de seu Cosmo vários feixes de luzes aparecem e atacam simultaneamente Dionísio. A visão que Naru tem é de incontáveis estrelas caindo sobre a divindade, acertando-o e jogando-o ruidosamente contra a parede, destruindo-a e lançando-o para o interior escuro do templo. Como reflexo do golpe, parte da parede e teto cedem caindo sobre a divindade.

E em seguida o silêncio e a poeira imperavam. Naru chegava a pensar se era possível todos ouvirem as batidas aceleradas de seu coração, e se ele iria se acalmar depois de tudo o que presenciara. Então, ela se deu conta que Nadeshiko parecia em choque, olhando para a parede que desabou.

A amazona de Dorado dá um passo na direção da mãe, mas para quando a ouve começar a rir. Parecia de início um som débil, quase inaudível. Em seguida, a japonesa começa a gargalhar de modo descontrolado, fazendo os presentes questionarem a sanidade dela. De repente ela para de rir e olha para os três. O rosto dela parecia inumano.

—Ele se zangou...

Houve uma explosão logo após as palavras de Nadeshiko, que abalou toda a estrutura do templo, fazendo com que parte do teto desabasse. Agindo por instinto, Mu abraça Naru e se teletransportam momentos antes de uma enorme rocha que se desprendia do telhado cair sobre o local onde ela estava surgindo em seguida ao lado de Aiolos. Em meio aos escombros, Dionísio aparecia, ameaçador.

Os cavaleiros de ouro e a amazona se preparavam para o pior. Foi quando sentiram o suave, mas poderoso Cosmo de Atena, invadir o local. A presença da deusa acompanhada por Nike em sua mão direita, Kiki e Shaka, tão serena em meio aquele caos, fez Dionísio refrear sua ira e a fitar em silêncio.

—Irmã, quanta honra!

—Dionísio...

Ele sorri e em seguida, lança sobre a deusa da Justiça seu cosmo enfurecido.

 

Continua...



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