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História A Neve Que Cai Em Nossos Rostos - Capítulo 27 - A Viagem - Dia 2


Escrita por: lunapuccinelli

Capítulo 28 - Capítulo 27 - A Viagem - Dia 2


Fanfic / Fanfiction A Neve Que Cai Em Nossos Rostos - Capítulo 27 - A Viagem - Dia 2

Do meu lugar na mesa, eu procuro ele em todos os lugares da refeitório. Estou evitando andar por causa do acidente de ontem, o que me impede de sair por aí procurando Caio, não vejo ele desde de ontem e como só tive a "permissão" de Lice para sair da cabana agora no horário do almoço, significava que eu não tive a oportunidade de falar com o Caio e esclarecer algumas coisas sobre minha historia com Daniel.

-Então... eu estava pensando em comprar drogas com o seu pai e fugir com o meu namorado Cobra, o que você acha? - Ouço Alice dizer antes de dar uma mordida em seu X-Burguer.

-O que!? - Olho para ela espantada.

-Agora você me ouve - Ela coloca o sanduíche no prato e volta a falar - Eu to tentando falar com você mas parece que tudo o que eu falo entra por um ouvido e sai pelo o outro.

-Fala serio, eu tava prestando a atenção até agora - Lice levanta uma sobrancelha.

-Eu perguntei as horas, e você me passou o saleiro.

-Ta, desculpa é que eu preciso falar com o Caio - Me ajeito na cadeira.

-Novidade... - Lice volta a comer e eu a procurar Caio pelo refeitório.

Passo o olho pelas mesas, nada. Talvez ele esteja pegando comida... nada. Ouço o barulho da porta batendo e meu coração começa a bater rápido. Daniel e seus amigos entram com cara emburrada, acho que é por causa dos olhos roxos e no caso de Daniel um corte bem no meio do nariz fazia par com o olho. Alice olha para mim e depois para o grupo que acaba de chegar e fala baixinho: 

-Puta merda, o que aconteceu?

-Eu não sei, mas não tenho um bom pressentimento sobre isso.

-Quem teria?

-Você já acabou? - Digo me levantando.

-Ainda não, mas daqui apouco eu termino, vai na frente que eu te alcanço - Lendo meus pensamentos Lice já pensa que os meninos estão envolvidos, dou um aceno de cabeça e começo a andar o mais rápido que minhas pernas machucadas permitem.

Saio do refeitório entro em um corredor que me leva até a recepção, e lá onde encontro os quatro mosqueteiros rindo como se as mãos machucadas e os conjuntos de cortes na bochecha e no nariz fossem nada. Meu sangue começa a subir lentamente, no mesmo ritmo a raiva foi crescendo até eu sentir uma chama em meu coração e tudo o que eu ver ser vermelho, foi nesse momento que eu comecei a andar em direção a eles.

Aposto que foi o olhar de Bernardo com medo que fez o grupo olhar para mim enquanto eu me aproximava. Como Caio estava completamente de costas para mim não deu tempo para ele se virar e me olhar por isso que quando cheguei ao seu lado puxei o seu braço para fazê-lo ficar de frente para mim.

-Que merda você fez? - Disse olhando para seus machucados, colocando os dedos em seu queixo para poder ver melhor o estrago da briga com Daniel. Nunca tinha ouvido minha voz assim ela era firme e lenta.

-Você deveria ter visto os outros caras - Diogo disse com um tom de humor que logo desapareceu quando eu desviei o meu olhar para ele.

-Acredite. Eu vi.

-Bom, então acho melhor a gente ir - Bernardo diz empurrando Diogo.

Vendo eles atravessando o saguão da recepção e entrando no corredor que leva para o refeitório me deu tempo para respirar e me acalmar, então quando olhei para Caio já não estava com uma chama em meu coração.

-Melhor a gente cuidar disso - Aponto para o corte com o queixo e começo a andar.

No caminho não conversamos ele só me seguia enquanto eu me acalmava. Chegando em minha cabana eu abro a porta e a seguro para deixá-lo entrar mas ele hesita.

-Não tem ninguém por aqui, ta todo mundo comendo ou esquiando - Ele assente e dá um passo para dentro - senta ali no sofá, eu vou pegar gelo.

Vou para o meu quarto pego um kit de primeiros socorros que a enfermeira deixou quando veio me ver ontem e uma toalha de mão, no frigobar peguei gelo e coloquei na toalha. Quando sentei no sofá entreguei a toalha com gelo dentro e ele pois na mão esquerda, ele se virou para ficar de frente para mim e eu fiz o mesmo.

-O que aconteceu? - Perguntei limpando um corte em sua bochecha, existia bem mais preocupação do que raiva em minha raiva.

-Estávamos saindo do café no alto da montanha quando quando Daniel chegou, ele esbarrou em mim, no começo eu me obriguei a dar meia volta e voltar para a pista, mas aí ele fez um comentário sobre você e eu perdi a cabeça - soltei um suspiro, ele ainda não tinha olhado nos meus olhos - Você está muito brava?  

-Já me acalmei - ele olha nos meus olhos pela primeira vez - Eu estava preocupada com você, e quando te vi rindo com seus amigos eu fiquei muito brava porque além de você ter brigado você estava rindo e eu perdi a cabeça - Peguei um band-aid e coloquei no machucado.

-Depois dos monitores darem uma briga daquelas na gente - ele deu um sorriso pequeno - os caras vieram me perguntar  por que de eu ter explodido daquele jeito - eu parei de guardar as coisas no kit e olhei para ele - Eu não contei, eu só fiz uma piada por isso das risadas.

-Não, tudo bem - coloquei a mão em cima da dele (a não machucada) - é que eu ainda não contei para Lice e não quero que ela fique sabendo por outra pessoa - Fechei o kit e o deixei no chão, apoiei as costas no braço do sofá e coloquei minhas pernas no colo de Caio que tinha se apoiado no encosto do sofá.

-Suas pernas estão melhores? - Ele começa a acariciar minha perna.

-Normais até eu querer fazer alguma coisa além de andar - dou um sorrisinho- e sua mão?

-Já teve dias melhores...

-O que você acha que meu pai vai fazer com vocês quando verem os quatro com a mão machucada? - Imagino a cara de bravo de meu pai e começo a ter pena por Caio, vejo a cara dele e percebo que está pensando na mesma coisa.

-Quer saber? - Ele olha para mim.

-O que?

-Só estou preocupado com uma coisa no momento - Ele me olha de um jeito mais intenso e me puxa para o seu colo - Posso te beijar?

-Deve - Falo enquanto enrosco os meus dedos em seus cabelo.

Como eu senti falta dos beijos de Caio, ele sempre me beija como se não quisesse mais parar e eu adoro isso, com suas mãos em meus quadris, quando eu enfiei as minhas mãos por debaixo de sua camisa e encostei em seu abdômen e ele meio arfa meio geme e diz:

-Por que sua mão é sempre tão gelada? - Ele me deita no sofá.

-Por que você não esquenta? - Volto a beijá-lo.

Mas ele começa uma trilha de beijos da minha boca até o meu pescoço, quando ele volta a me beijar na boca percebo que não poderia estar mais feliz.



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