História A new generation of demigods - Armas

- Você tem que saber ao menos segurar uma espada, Larissa! - Me ralhou Cibelle pela terceira vez. 

- Eu já disse que isso é inútil, eles não lutam com armas como a nossa, um combate direto seria inútil. Temos que usar as mesmas armas que eles!

- Do que você está falando?

- Já usou uma calibre 38?

- Você ficou maluca?!

- Você não entende, Cibelle. Se não apelarmos para o jeito deles, perderemos essa guerra, e o pior: morreremos. Podemos lutar do nosso jeito, mas precisamos ter um plano B. 

Ela suspirou. 

- Tudo bem. Mas isso será em último plano, está bem? Não queremos matar pessoas inocentes. Muitas pessoas ali estão lutando contra a sua própria vontade. Eles não criaram soldados, criaram robôs, e isso é repugnante. 

- Eu sei. Vamos, precisamos equipar os outros. 

- Mas espera.. como vamos conseguir essas armas?

Eu sorri diabolicamente para ela. Ela entendeu na mesma hora.

- Você é maluca, Larissa. Gosto disso.

***

- O plano é o seguinte: Nós entraremos lá e roubaremos o máximo de armamento possível. Precisaremos dessas armas para últimos casos, vale lembrar. Não somos como eles. Não queremos matar ninguém, queremos salvar. - Eu disse. Cibelle tinha me deixado no comando, e eu não posso negar, estava adorando a liderança. 

- Isso é uma missão suicida, sabe disso, não é? - Disse Guilherme. 

- Sim, eu sei. Mas se não vencermos essa guerra, iremos morrer do mesmo jeito. 

- Ótimo incentivo. - Ironizou Ryan. 

- É o seguinte: Não estou obrigando-os a ir, se não quiserem lutar, tudo bem. Eu vou sozinha. - Eu disse, pegando minhas armas e saindo. 

Quando olhei para trás, todos estavam me seguindo, e preparando as armas. Sorri. Eles jamais me deixariam na mão. Talvez Guilherme. Talvez nem ele. 

Nos despedimos de Quíron, e quando estávamos saindo, Khevin e Júlia vieram correndo atrás de nós. 

- Vocês acharam que iriamos perder a diversão? 

- Isso não é uma diversão, Filho de Hades. É uma missão. Coloque-se em seu lugar - Eu disse, rispidamente. 

- Alguém está de mau humor hoje. - Ele disse, sorrindo. 

Nós fomos a pé, não podíamos usar nada mágico, pois não sabíamos o que os humanos estavam fazendo, ou se podiam rastrear a magia dos deuses. 

Quando finalmente chegamos ao local, eu senti o nervosismo de todos. Da última vez que estivemos ali, não terminara nada bem. Mas eu tinha fé de que iríamos vencer essa batalha. 

Mãe, nos ajude, por favor. 

- Bom, está na hora de entrarmos. O prédio é grande, então fiquem á espreita. Não se separem de suas duplas. Se precisarem de ajuda, sabem o que fazer. Pegaremos o máximo possível e daremos o fora. Todos de acordo? 

Todos assentiram. 

Khevin ficou com a Cibelle, Adrean com a Júlia, e Guilherme ficou comigo e Ryan. Nós entramos primeiro, e como da primeira vez, não fomos barrados.  Os outros tinham ido para outros lados, para procurarem em outros lugares. 

Quando estávamos subindo as escadas, tudo aconteceu. Tiros vieram por todos os lados. 

- Abaixem-se! - Eu gritei, exasperada. 

Corremos para o outro corredor e mais soldados de preto nos esperavam. 

- Rendam-se ou serão mortos! - Ele gritou, apontando a arma para mim. 

Lancei uma flecha que acertou bem no seu coração. 

- LARISSA! - Ryan gritou. 

- Vamos logo. - Eu disse, sem prestar atenção em sua indignação. 

- Os outros devem precisar de nossa ajuda! - Disse Guilherme, me puxando. Me soltei dele educadamente. Só que não. 

- Se eles precisarem, chamarão. Temos que encontrar as armas, venham, antes que cheguem até nós novamente. 

Nós fomos mais para cima, porém fomos interceptados por mais deles. Guilherme estava em uma luta direta com dois deles, e Ryan trocava tiros com a arma que tinha roubado do homem  que eu matei. Mas eu segui em frente, procurando por qualquer sala. Finalmente encontrei uma porta com um símbolo de caveira. Entrei na sala e me assustei com o que vi. 

Eles estavam transportando armas ilegalmente! 

Mas não era tempo deu me preocupar com isso. Peguei minha bolsa mágica da qual ganhei de Quíron, e coloquei ali quantas armas eu pude. Não daria para todos, mas tinha que ser o suficiente. Peguei as balas dentro de outro saco e guardei tudo dentro da bolsa. 

Eu sai da sala sem ninguém me ver, e fui ajudar aos outros. Peguei o walkie talkie e me comuniquei com os outros.

- Saiam do departamento. Estou com as armas. SAIAM TODOS! 

- Guilherme, Ryan, vão! - Joguei a bolsa para Ryan e mandei ele correr. 

Graças aos deuses ele me obedeceu. 

Desde o início eu sabia que não conseguiria sair daqui, por isso mandei todos fugirem sem mim. 

Quando vi que todos estavam fora dali, eu comecei uma luta direta com eles. Mas eles eram mais de vinte, e eu, apenas uma. Um cara me deu um soco e eu cai no chão, sem saber o que fazer. Minha arma estava longe de mim e minha visão estava farta. Escutei alguns passos lentos, e quando vi estavam todos ali. 

- Saiam! - Falei, bem baixinho, já que minha voz estava falhando. 

- Não vamos deixar você. Galera, avançar! - Gritou Cibelle. 

E então eu não vi mais nada, pois o cansaço me dominou, e eu acho que desmaiei..