História A New Love of Carosella - Motorcycle Ride

Paola

      Seguro sua mão com força, deixando que ele me levasse. Subo na moto, logo depois, Henrique também. Entrelaço meus braços em sua cintura, encosto minha cabeça em seu ombro, deixando algumas lágrimas caírem. As enxugo e respiro fundo buscando me acalmar.

-- Podemos ir agora? -- Henrique pergunta, já dando batida na moto.

-- Sim. -- Me seguro mais forte a ele.

      Em fim, partimos. Henrique ia bem devagar, tomando cuidado em cada curva que dava com a moto. Eu permanecia com minha cabeça em seu ombro. Já estava mais calma e as lágrimas pararam. Meu pulso ainda doía muito, mas estava tentando não pensar nele. O vento em meus cabelos e o cheiro de Henrique estavam ajudando a relaxar.

(...)

      Depois de meia hora, Henrique para perto de um lago. Desço da moto logo depois de Henrique. Olho em minha volta e não vi ninguém.

-- Que lugar é esse? – Pergunto a ele.

-- Um lugar onde eu gosto de vir com meus filhos. – Ele segura minha mão.

-- É lindo. – Olho por toda minha volta. Inspiro fundo o cheiro das árvores. Não consigo deixar de sorrir nesse lugar tão lindo e calmo.

-- É, achei mesmo que você ia gostar. – Henrique aperta mais minha mão, começado a me guiar.

-- Onde vamos ficar? – Pergunto, soltando sua mão e segurando forte seu braço.

-- Vai ver.

        Henrique me levou para uma área mais perto do lago, nos dando uma bela visão dele. Uma grande coberta no chão e uma cestinha chamaram minha atenção.

-- O que é isso?

-- Eu fiz para você. Eu tava aqui quando você me ligou. – Ele se senta no chão. – Queria passar um tempinho com você. Então, você gostou?

-- Eu adorei, Henri. Obrigada. – Dou um largo sorriso. Sento-me junto a ele.

-- De nada, meu amor. – Ele passa a mão suavemente em meu rosto. Não consigo deixar de sorrir com a forma com que ele me chamou. – Quer vinho ou champagne? Eu trouxe os dois. – Henrique pergunta, revirando a pequena cesta que tinha.

-- Quero vinho.

-- Ótimo. Você tá bem? É que eu nunca te vi chorando daquele jeito.

-- E- Eu tô bem. – Tento fazê-lo acreditar. Eu não estava bem, não completamente. Meu pulso ainda doía muito, e toda vez que me lembrava de Jason, surgia vontade de chorar.

-- Que bom. Não gosto de te ver chorar. Isso me machuca. – Ele me entrega uma taça de vinho.

-- Obrigada, corazón. – Pego a taça e no mesmo momento seguro sua mão.

-- Vamos fazer um brinde?

-- Claro. – Pego minha taça e a coloco na altura da dele.

-- Não sei se eu já deixei claro, mas agora somos “Namorados”. – Ele destaca a última palavra.    – E eu quero muito que a gente dê certo. Eu sei que vou dar tudo de mim todos os dias, tudo para te fazer feliz. -- Ele conclui. Fico observando-o e uma lágrima escorre de meu olho.

-- Também quero que a gente dê certo. Muito. – Chocamos nossas taças. Enxugo meu rosto. Agora tinha uma resposta melhor para dar a Jason quando me perguntou o que Henrique tem que Jason não tem. Jason nunca vai chagar aos pés do que Henrique é para mim. Jason nunca vai ser tão atencioso como Henrique é comigo. Nunca vai ser tão romântico e tão forte ao mesmo tempo ao ponto de me sentir protegida e amada cada vez mais.

-- Vem cá. – Henrique coloca as duas mãos em minha cintura e me puxa para perto. Juntamos nossos lábios em um beijo molhado e cheio de amor. nos beijávamos com ternura, esquecendo o mundo ao nosso redor. Decido aprofundar mais nosso beijo, abrindo mais a boca para lhe dar mais espaço. Henrique aprofunda mais o beijo e não consigo conter um gemido. Henrique tira a taça de vinhos das minhas mãos para me puxar para seu colo. Entrelaço minhas pernas em sua cintura e minhas mãos em sua nuca, fixando minhas unhas neste local. Nosso beijo estava desesperado e movíamos nossas bocas em completa sintonia. Os sons de nossos lábios se mexendo misturavam-se com os gemidos, tornando nosso beijo cada vez mais apaixonado. Tivemos que nos separar pela falta de ar.

-- Eu não tenho dúvidas de que te amo. – Henrique diz ofegante, alisando minhas costas. – Eu te amo, Paola. – Ele repete.

   Nesse momento, o ar novamente me falta.

-- Eu também amo você. – Retribuo. O abraço com força, entrelaçando meus braços ao redor de sua cabeça, deitando minha cabeça em seu ombro. – Eu te amo. – Sussurro próximo ao seu ouvido. Henrique me aperta mais em seu colo. Fecho meus olhos, aproveitando o aperto do homem que amava.

(...)

        Depois de muitos beijos e palavras carinhosas que dissemos um para o outro, Henrique nos serviu mais umas taças de vinho e alguns sanduíches que ele levou. Ficamos deitados um pertinho do outro, observando a bela paisagem do lago, segurando a mão um do outro, aproveitando ao máximo nosso dia juntos. Desde que conheci Henrique, ele já fez mais coisas românticas para mim do que Jason. Não que Jason tenha sido um mau namorado, ele só não me dava a atenção que eu queria.

(...)

     Observamos o pôr do sol juntos com esse dia incrível que eu tive ao lado da pessoa que amava. Depois Henrique me levou para o Sal, jantamos e dividimos um pedaço de torta de chocolate juntos. Passamos a noite toda conversando. Estávamos só eu e ele, como eu gostava, sentados em um sofá, abraçados. Algumas vezes trocamos alguns beijos rápidos, mas cheios de amor e desejo.

     Depois de muitas conversas aleatórias, Henrique me levou para casa. Confesso que fiquei triste de ter que voltar. Queria ficar para sempre do lado dele, só eu e ele, sem ninguém para nos interromper. Mas o que me conformou foi que mais momentos como esse estariam por vir. Sei que se eu ficar ao lado de Henrique terei muitos momentos assim, sempre felizes e inesquecíveis.

     Chegamos em casa e Henrique desce da moto comigo. Caminho com ele até meu quarto, que agora provavelmente seria nosso quarto.

-- Vou ver como está Fran. -- Digo já quase saindo do quarto.

-- Deixa que eu vou. Você tá muito cansada. -- Ele falou, puxando-me pela cintura.

-- Tá bem. Obrigada. -- Dou um beijo rápido em sua bochecha e vejo Henrique sair do quarto. Vou para o banheiro me trocar com uma roupa mais confortável e lavo meu rosto para retirar toda maquiagem que costumo usar durante o dia. Retiro o lenço do meu pulso para ver como ele estava. Eu me assusto ao ver que ele estava todo inchado e vermelho, algumas partes mais vermelhas do que outra. Coloco meu pulso de baixo da torneira deixando que a água fria caísse sobre ele. Reclamo da dor ao sentir a água em contato com minha pele machucada.

-- O que é isso? -- Sou surpreendida por Henrique, que estava parado atrás de mim. Viro-me para ele.

-- Nada. -- Rapidamente tento esconder meu pulso atrás de mim.

-- O que tá escondendo. -- Ele se aproxima de mim e tenta pegar meu braço, mas o impeço, me afastando dele.

-- Não é nada, Henrique. -- Saí do banheiro com pressa. Henrique logo me seguiu.

-- Paola, espera! -- Ele me segura, entrelaçando seu braço em minha cintura. -- Não vamos começar uma relação mentindo. Por favor, me conta o que ouve. -- Ele me vira para olhá-lo. Fico encarando-o sem saber o que dizer, sem saber como ele agiria se soubesse a verdade.

Continua...