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História A Noite Escura da Alma. - Fragmentos de uma Alma.


Escrita por: Sonia_Dell

Notas do Autor


☆☆☆

Peço desculpas pelo demora, problemas pessoais estão me deixando com tempo reduzido mas não vou abandona-la podem ficar tranquilos!

Espero que gostem, boa leitura.

Bjks Mil
Sônia Dell.

☆☆☆

Capítulo 15 - Fragmentos de uma Alma.


Fanfic / Fanfiction A Noite Escura da Alma. - Fragmentos de uma Alma.

       

     O entardecer tomou por completo todo o quarto que antes a obscura luz noturna ocupava, meu olhar estava disperso a observar o ambiente ao meu redor sem compreender o que acontecia, comecei a empreender passos vagarosos em direção do meu corpo inerte no chão, abaixei-me ao seu lado sem o tocar, tentei mas foi em vão retornar ao seu interior por mais que me  concentra-se não conseguia, a logica básica era que minha presença era requisitada naquele espaço tempo.
                  Um barulho de trinco de porta sendo aberto fez-me sair de meus pensamentos fazendo-me direcionar meu olhar em direção  do mesmo, uma mulher de logos cabelos negros e ondulados, pele clara usando um vestido de tonalidade escura entrou rapidamente no cômodo através da porta que dava acesso a biblioteca, a apressada mulher seguiu em direção ao outro lado do quarto parando próximo a um baú de tampo abaulado... , levantei-me caminhando para mais próximo e percebi que sua aura estava apreensiva e temerosa, mantendo distância somente a observei.
                   A mulher abaixou-se em frente do baú abrindo-o e remexeu seu interior como se procura-se algo, parou de repente, levou sua mão em direção a um bolso que ficava entre as dobras do tecido de seu vestido retirando um envelope e depositando dentro do baú, arrumou os pertences fechando-o, com as mãos ainda sobre o mesmo aparentemente mergulhada em pensamentos ao que sobressaltando-se voltou seu rosto em minha direção encarando-me, um calafrio percorreu meu corpo transformando-se em pensamento, "Ela pode me ver?".
                A mulher levantou-se sem desviar seu olhar de minha direção levando sua mão ao seu peito como se tenta-se acalmar seu coração, começou a caminhar ao meu encontro... , em reflexo elevei minhas mãos para tentar impedi-la mas surpresa senti ela passar através de meu corpo, abaixando-me ainda a sentir pulsos elétricos percorrer-me aleatoriamente causando-me formigamento e desconforto pelo corpo, me virei ainda pasma seguindo seu percurso com o olhar perdendo-me  em pensamentos, "Ela não estava olhando pra mim? Mas tinha certeza que... seus olhos estavam fixos nos meus!".
               Abrindo a porta balcão e seguindo para a sacada a misteriosa mulher debruçou-se sobre o peitoril a mirar a estrada além dos portões... , fiquei parada próxima  a porta a observar suas ações ao qual uma cacofonia de vozes me chamou a atenção, segui adiante debruçando-me também no para peito e o que vi fez-me ficar assustada, pessoas à frente da mansão ostentavam tochas que iluminavam o ambiente já tomado pela noite, olhei para o lado e vi na face da mulher um expressão apática como se tudo aquilo já fosse  esperado.
               Vozes exasperadas vindo do interior da mansão chegaram aos meus ouvidos fazendo-me voltar minha atenção para o interior do aposento, andei alguns passos aproximando-me da porta de vidro, de repente a porta do quarto foi aberta de rompante e por ela entrou uma outra mulher vestida com roupas comumente usadas pela criadagem, logo atrás dela homens vestidos com túnicas episcopais de tom escuro a acompanhavam, desviei minha atenção para a mulher que aparentemente não demonstrava reação alguma ao que acontecia a sua frente que com voz firme falou.
               "- Pensei que não viriam mais... pelo jeito somente estava esperando seu senhor se ausentar para chama-los Janet!? " Com passos calmos a mulher de cabelos ondulados adentrou no quarto com olhar altivo sobre aquela que guiava os demais.
               "- Estão vendo... ela por ser uma bruxa já sabia de tudo e ainda está a nos ameaçar!" A voz da criada estava trêmula mas firme em suas acusações com o dedo apontado para a mulher a sua frente.
               Janet foi afastada por um outro criado que a acompanhava dando passagem aos homens de túnica que avançaram sobre a mulher fazendo-a se ajoelhar, pela porta calmamente entrou um homem vestido com uma indumentária clerical vermelha que com olhar austero e soberbo fitou a jovem ajoelhada a sua frente, Janet se exaltando dirigiu a palavra para o clérigo.
               "- Ela deve ser punida, com sua bruxaria ela enfeitiçou o meu senhor fazendo-o ficar..." Com somente um aceno de mão do homem de vermelho o exbravejamento da criada foi sessado por um dos homens de túnica que cobriu-lhe a boca com a mão, afastando-a do seu superior.
              "- Levem-na, e assegurem que eu não seja mais interrompido, de nada mais me serve sua presença irritante aqui." Sem se virar falou e sua vontade foi atendida pelos demais sem o menor pestanejar.
               Já dentro do quarto e angustiada a observar o que acontecia sentindo-me incapaz e sem poder intervir vi que a criada foi arrastada para fora do quarto sem ao menos se defender das injurias dirigidas a si.
               O clérigo com alguns passos aproximou-se da mulher ajoelhada a fitando-a de cima.
               "- Qual seu nome Bruxa?"
               "- . . . " A mulher somente elevou seu olhar.
               "- Se não falar será pior para você, temos métodos para saber o que queremos!"
               "- Sabe muito bem qual é o meu nome Bispo, ou acha que não me recordo das vezes que veio a está casa com pretexto de visita e ficou a me observar de longe, não sou ingênua como aqueles que te seguem cegamente como cães obedientes!"
               "- Além de praticar feitiçaria tem a língua afiada sem temer as consequências que elas podem ocasionar... me pergunto se achas  que tanta coragem em suas palavras me fará temer-te e retroceder na minha decisão já tomada a seu respeito!?"
               "- Sei o que me aguarda e também sei do que vocês são capazes de fazer a uma pessoa para somente obter uma confissão que os agrade em nome de um Deus que com certeza reprovaria as barbaridades que vocês cometem em seu nome!"
               "- Hmm... Moira, sabes que posso abandar sua pena até mesmo solta-la se eu assim desejar...", abaixando-se ficou frente a mulher encarando-a. "- Basta você me falar aonde as outra bruxas se escondem!"
               Vi que a mulher cerrou o cenho deixando aparecer em sua face a fúria que antes estava em seu interior, aproximou-se do clérigo ainda a mira-lo fixamente.
               "- Vai pro inferno!" Sua voz saiu exacerbada, fazendo-o a encarar com olhos arregalados e surpresos, ainda não satisfeita a mulher cuspiu-lhe na cara deixando transparecer o nojo que sentia pelo homem a sua frente.
               Passando a mão no rosto mirou a mulher com fúria, abruptamente o Bispo desferiu  um tapa na face de Moira que a fez vir ao chão a cuspir um pouco de sangue ficando com a marca do anel do homem em seu rosto, de forma soberba esticou a mão para um de seus subordinados a espera de um lenço que o mesmo não se demorou em sentir ser depositado sobre a mão espalmada.
               "- Tirem-na da minha frente e a preparem!" , falou a um homem de túnica negra que estava ao seu lado enquanto limpava o rosto. "- Quero ver ela demostrar tanta coragem quando a chamas começarem a consumi-lhe a carne!"

   Um desespero em meu ser aflorou após ouvir que a mulher iria ser queimada viva, não conseguia pensar logicamente e em  meu amago só queria avançar em direção dos homens que levavam forçadamente a mulher para fora do aposento para tentar impedidos, a passos rápidos comecei a me aproximar ao que meus olhos cruzaram com os dela que por segundos apenas fixaram-se fazendo meu corpo congelar ao ouvir uma voz em minha mente.
               " Não... somente observe!"
               Ainda estática, vi Moira ser arrastada pra fora do quarto, desviei meu olhar para o Clérigo que se virando também seguiu para saída do cômodo seguido pelos homens de túnica negra, senti minhas pernas fraquejarem fazendo-me cair de joelhos, levando minhas mãos ao rosto tentei acalmar minha alma que estava temerosa e praticamente se desfazendo com tudo que acontecia, elevei meu rosto fixando meus olhos ao alto respirando fundo fechei-os apertando com força fazendo escorrer pelo canto as lágrimas que tentava em vão segurar.
               Gritos de ordem vindos do lado de fora fizeram minha atenção despertar, levantei-me custosamente dirigindo-me a sacada e assim que me debrucei pude ver uma pira sendo erguida ao lado da mansão por pessoas vestidas como camponeses, dei um passo atrás virando-me rapidamente seguindo em direção da porta de saída do quarto, antes de atravessa-la parei com a angústia que novamente tomou-me à alma.
                " O que eu posso fazer além de somente observar... sinto-me inútil! Porque ainda estou aqui?"

    Ponderei por alguns segundos... sem obter uma resposta pessoal satisfatória, sem alternativa e contrariada por assim dizer não tive outra saída a não ser prosseguir com as expiações dos fatos.

   Olhei para os dois lados do corredor antes de sair do quarto constatando que não avia ninguém no andar superior além de mim, com passos temerosos segui em direção da escada sabia que ninguém podia me ver mas... acabava por de vez em outra esquecendo-me deste fato, pude ouvir vozes altas ecoarem pelo corredor que se estendia do meu lado direito fazendo-me assustar e me esconder rápido  atrás da mureta que servia como corrimão da escadaria que dá acesso ao sótão, " O que é  que eu to fazendo... eles não podem me ver!", pensei me penalizando por ter agido assim, levantei-me para saber quem era os donos daquelas vozes, virando-me pude ver claramente os dois homens que parados conversavam antes de descer as escadas.
               O Bispo agora com voz mais baixa falava com seu acompanhante que pelas vestimentas aparentava ser um cônego local, o foco da conversa era referente ao dono da propriedade, saindo do local aonde me encontrava fui em direção deles me aproximando lentamente.
               "- Conversei com a serviçal e ela me disse que o seu senhor foi a província vizinha para tratar de negócios, se ausentando durante todo o dia, mas com provável retorno ao anoitecer." Comunicou o cônego ao seu superior com voz um pouco trêmula sem amenos encara-lo diretamente.
                 "- . . . " O Bispo apenas fechou seus olhos a pensar sobre o que acabara de ouvir.
               "- Mas pode ficar tranquilo Vossa Excelência Reverendíssima, coloquei homens de minha confiança ao longo da estrada para caso ele retorne seja impedido de ..." Fora interrompido sem amenos terminar seu raciocínio.
               "- Não... deixe-o vir, quero que ele veja como são tratados todos aqueles que se atrevem a confrontar a autoridade da Igreja! " O Bispo fez-se audível com um tom frio na voz e olhos franzidos, voltou seu corpo novamente em direção da escada a descer os primeiros degraus.
                 "- Vou transmitir suas ordens imediatamente!"  Falou a acompanhar o seu superior que estava um pouco a frente.
               De repente um jovem ofegante subiu rapidamente as escadas ficando frente a frente com o Bispo, fazendo uma reverência em respeito falou.
               "- Senhor ela já está pronta."
               "- . . . " O Bispo Somente assentiu com a cabeça.
           "- Avisem a todos para ficarem preparados e atentos e diga para Remi avisar os outros da estrada para esquecerem as ordens anteriores." O Cônego falou e sinalizou ao jovem para sair da frente e fazer cumprir a suas ordens o mais rápido possível.

   Levei minha mão ao meu peito sentindo-o apertado em uma angústia desmedida, a alguns passos atrás comecei a acompanha-los conforme desciam as escadas, a cada passo empreendido sobre os degraus observava atentamente o ambiente ao meu redor que já me era familiar diferenciando-se um pouco da minhas lembranças pelos ressaltados quadros que jaziam pendurados, ao que um me chamou a atenção fazendo-me aproximar para observá-lo melhor, quando meus olhos pousaram sobre a pintura minha atenção fora direcionada para o pendente que a mulher tinha em seu pescoço, instintivamente meus dígitos tocaram o pingente que tinha comigo, em seguida olhei fixamente a face da jovem me dando conta que se tratava da mesma que estava sendo julgada e me recordei do quadro encoberto por panos no sótão, as pontas antes soltas agora estavam de conectando elucidando partes desta história que antes estavam obscuras a mim.
               Quando dei por mim os clérigos já estava no hall próximo da porta de saída, apressadamente desci as escadas estacando no lugar ao ouvir as portas do salão serem abertas e a cacofonia de vozes exasperadas a pronunciar despautério tomarem meus ouvidos, próximo do sopé da escada podia ver sendo conduzida com total desleixo a mulher que antes vestida com trajes elegantes agora só ostentava por sobre a pele um vestido simples e longo de algodão branco, pude notar em seu rosto alguns hematomas e marcas vermelhas por sobre sua pele que teimava em aparecer sob o tecido conforme era conduzida até à porta de entrada.

 A passos rápidos comecei a caminhar entre os integrantes do cortejo tentando a todo custo não encostar neles, não que isso faria alguma diferença já que eles passavam por mim se assim eu permite-se, só  que quando isso acontecia sentia-me estranha como se parte de mim fosse levada junta com a pessoa deixando-me tonta e enfraquecida. Ao ouvir um grito de ordem logo atrás de mim de descuidei ao que senti meu corpo ser transpassado por três pessoas seguidamente fazendo-me cair ao chão, uma fraqueza repentina juntamente com um formigamento por todo o corpo me tomou, minha vista ficou nublada quase que a escurecer sentia ainda algumas pessoas tocarem em mim causando-me mais estafa, " Se continuar assim eu vou desmaiar" , com este pensamento fechei meus olhos concentrando-me para permanecer consciente, aos poucos a cacofonia foi diminuindo e com esforço elevei meu olhar em direção da porta e pude constatar que todos praticamente já estavam lá fora.

   Com o corpo tremendo esforcei-me a me levantar e segui tropeçando até à porta, caminhei próxima a parede me escorando para não cair até chegar mais perto da onde a mulher estava, após encontrar um canto ermo pus-me a  observar atrás de uns fardos de lenha e feno a pira e o Bispo que estava sobre um tablado, as pessoas estavam atrás deste a contemplar a barbárie anunciada.
               "- Hoje á Santa inquisição após julgar esta mulher aqui presente decidiu que a mesma e culpada por heresia..." , um frisson entre os ouvintes fez com que o discurso do cônego fosse interrompido, após elevar o braço fazendo com que o burburinho sessasse deu continuidade.
               "- Sendo assim sua condenação é a morte na fogueira para purificar-se de seus pecados. " Ao término de seu deplorável discurso o cônego deu a ordem e  a mulher foi levada para o alto da pira e amarrada em um tronco central, seu corpo fora todo imobilizado pelas cordas fazendo-a ficar de frente a aquele que a condenará a morte , o Bispo a olhava com desprezo e desdém.
                  Descendo do tablado com passos calmos o Bispo subiu na pira aproximando-se da mulher sem desviar o olhar, falou.
            "- Ainda tem uma chance, eu posso acabar com todo este sofrimento se  colaborar comigo, estas pessoas querem ver alguém queimar e não precisa ser você... ", levou sua mão até o rosto da mulher roçagando as pontas dos dedos em sua face. "- Moira... não precisa terminar assim, um nome lhe basta e você estará livre para vir comigo!" Sua voz era baixa, mas bem clara fazendo a mulher franzir o cenho.
               "- Como pode ser tão déspota... você acha que eu entregaria uma de minhas irmãs só para ficar com você... posso te afirmar que este sentimento que você nutre por mim é unilateral... e nem em mil encarnações me apaixonaria por um crápula feito você! "  Com voz firme e decidida Moira não desviou nem por um segundo seus olhos dos dele, ao que constatou um ódio crescente se estampar na face do Bispo causado pela rejeição.
               "- Então queime até os ossos bruxa! " Vociferou por entre os dentes deixando transparecer o ódio contido em seu interior.
               Moira viu o Bispo se afastar com a face séria, não  resistindo deu um meio sorriso de satisfação por ver seu algoz exasperado, o homem se voltou a multidão exaltando sua voz e elevando os dois braços ao alto.
             "- Está mulher se recusa em pedir perdão de seus pecados, sua alma não tem salvação... "   Olhou sobre o ombro e somente viu olhos de repulsa sobre si, olhou novamente a multidão a sua frente e clamou.

               "- Queime bruxa! "

       Em uníssono os presente gritavam cada vez mais alto, com meu corpo fraco abaixei-me atrás dos fardos que antes me sustentavam tapando meus ouvidos tentando abafar está cacofonia insuportável... ao que uma voz grave e altiva fez-se mais alta e presente.
   
               "- O que fazem em minha propriedade? "

               Um homem montando a cavalo adentrou  pelo portão invadindo o opulento jardim que estava tomado pelos transeuntes, com trotis firmes o cavalo começou a abrir caminho por entre as pessoas, que sem reação apenas olhavam perplexas o homem altivo sobre a montaria.

   Ao ouvir aquela voz um gélido desconforto tomou-me o estomago, tentei levantar mas minhas pernas não respondiam arrastei-me para fora de meu refúgio até que meus olhos pudessem ver quem era o dono daquela voz, assim que a claridade das tochas tocaram minhas orbes pude ver um homem montado sobre um cavalo castanho que de costas pra mim olhava o Bispo de cima.

 "- O que pensa que está fazendo com minha esposa e ainda a invadir minhas terras Bispo , explique-se !? "
               "- Pelo que vejo não sou eu que tem que dar explicações Lorde Ulric , já que as terras pertencentes a sua família  por anos e graças a você já não são mais dignas da presença de Deus... " , com alguns passos afastou-se do homem que o encarava perscrutando atentamente cada movimento seu. "- E se tratando de sua esposa, a mesma foi julgada e condenada à morte na fogueira por bruxaria! ".
               O homem após ouvir tal afirmação exaltou-se sobre o cavalo fazendo-o se assustar ficando arredio, dominando o animal investiu sobre o Bispo com sua montaria sendo impedido pelos guardas que acompanhavam os clérigos, com esmero os mesmos fizeram o Lorde desmontar puxando-o abruptamente da sela, colocando-o frente ao Bispo que agora o olhava de cima, pois estava sobre o tablado.
              

"- Você uniu-se com uma feiticeira, chegando a se casar com ela em uma cerimônia presidida por mim e ainda vem exigir que eu me explique... quem tem que se explicar aqui é você... ou melhor não tem o que se explicar, pois ao meu ver é mais herege do que ela..."  Virou-se dando as costas ao homem que o olhava raivoso, ponderando por segundos tornou a mira-lo com escárnio no olhar.
              "- Por isso, eu o condeno ao mesmo fim destinado a ela! "  Após  sua fala deu-se iniciou  um burburinho fazendo o Bispo levar a mão ao rosto encobrindo-o e franzindo o cenho pela repentina irritação.

 "- Façam está plebe calar a boca! " os guardas mais que depressa fizeram cumprir a vontade do Clérigo, ao que um aproximou-se indagando com voz baixa.
               "- Senhor temos somente uma pira e a madeira não é suficiente para uma segunda! " Ouvindo pôs-se a pensar brevemente e falou de modo alto e claro.
               "- Enforque-o então! " Sinalizou para que os guardas descem prosseguimento as execuções, virou-se para a mulher que com  olhos arregalados o mirava perplexa meneando a cabeça em negação pelas atrocidades que o Bispo acabara de ordenar.
              

   Já sentado sobre o cavalo abaixo de uma grande árvore de copa frondosa com a corda em volta do pescoço o Lorde  olhava estarrecido as labaredas alcançarem a base da estaca onde a mulher está amarrada, tentou desvencilhar-se em vão das amarras que prendiam suas mão atrás das costas, as chamas consumiam as madeiras da base da pira obrigando Moira a aspirar os primeiros sinais de fumaça negra intoxicando-a, ao que tomando fôlego gritou a plenos pulmões.
               "- Não faça isso, ele não tem culpa alguma, se quer tano punir alguém que seja somente eu! " O calor já estava se intensificando fazendo-a suar e tossir.
               O Bispo com olhar displicente já irritado com os gritos da mulher a passos rápidos tomou em mãos a lança de um dos guardas Cravando no ventre da mesma fazendo-a se calar.
              

"- NÃÃÃOOOO...." O Lorde gritou em desespero fazendo o animal se assustar e correr em fuga, a forca se fechou em torno de seu pescoço de forma abrupta prendendo-o e puxando seu corpo com força de forma contraria fazendo ficar pendurado inerte e sem vida.
              

As lágrimas que teimavam em cair já não me deixavam envergar com clareza, queria chegar mais próximo mas as forças que ainda possui estavam me abandonando mais depressa do que podia controlar não mais sentia a parte inferior de meu corpo, somente os braços que com dificuldade sustentavam meu tórax respondiam, uma tormento crescente em meu peito juntamente com a dor dilacerante por todo meu corpo fez-me  dar um grito exasperado fazendo-me desmaiar de exaustão.   

 


Notas Finais


☆☆☆

Sintam-se a vontade para comentar.

Obrigada e até a próximo Capitulo

☆☆☆


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