1. Spirit Fanfics >
  2. A Noite Escura da Alma. >
  3. Obscuro Luar.

História A Noite Escura da Alma. - Obscuro Luar.


Escrita por: Sonia_Dell

Notas do Autor


☆☆☆

Oi amados!

Estou feliz em estar de volta e compartilhar com vocês mais um Capitulo.
Espero que gostem!!

Boa Leitura.

Bjks Mil
Sônia Dell.

☆☆☆

Capítulo 16 - Obscuro Luar.


Fanfic / Fanfiction A Noite Escura da Alma. - Obscuro Luar.

A consciência tomava novamente minha mente lentamente, mas o mesmo não queria acontecer ao meu corpo, respirei profundamente concentrando-me em meus membros, aos poucos pude sentir um leve formigamento percorrer cada músculo  juntamente com  a dor que aumentava conforme tentava me mexer, o quarto como antes de tudo acontecer continuava banhado pelo breu da noite sendo suavizado pela luz da lua cheia que ainda estava presente no imenso céu azul prussiano.
            Com dificuldade forcei meu corpo a ficar de pé e dirigir-se de forma trôpega até  a cama onde me sentei a respirar com certa dificuldade, desviei  meu olhar para o criado mudo e vi que o candeeiro estava sobre o mesmo, tomei-o em mãos acendendo e tornando ele ao seu lugar, conforme a luz amarelada da chama bruxuleante iluminava o ambiente pude ver ao lado do pequeno móvel meu alforje encostado, reclinei-me puxando-o até mim e jogando sobre a cama,  puxei o Grimorio de seu interior abrindo-o justo na parte onde o envelope se encontrava, tomei-o em mãos o admirando a me perguntar mentalmente. 
            " O que você tentava esconder Moira?"
            Quebrei o lacre carmesim  que selava a aba do envelope abrindo-o com temerosidade, desdobrando a carta pude constatar que o assunto fora escrito em poucas palavras com letras grandes que ocupavam pouco mais da metade da folha,  conforme meus olhos percorriam as delineadas linhas escritas com nanquim senti meu coração parar ao ver o que aquelas sucintas palavras revelavam.
          
              *** 
          
              " Desculpe por só agora estar te revelando isso, mas quando você estiver lendo estas palavras tudo já  estará terminado. 
            A semanas sonhos  divinatórios vêem  persistindo em assolar minhas noites de sono avisando-me sobre este acontecimento escuso, e infelizmente este dia chegou, não posso mudar o que já esta escrito nem tão pouco mudá-lo.
            Por isso confidencio a ti que desde a primeira vez que eu te vi te amei incondicionalmente, fui condenada pelos meus iguais por alimentar este amor que aos olhos deles era errado, mas aos meus era o certo a se fazer, você foi meu pecado e minha maior alegria, meu maior sonho era poder ver-te alegre presenciando cada dia ao meu lado a semente de nosso amor crescer em meu ventre, mas o matreiro destino já traçado não  permitirá este agrado aos nossos olhos.
            Meu amor só vos peço que conceda-me meu ultimo desejo, não deixe passar impunemente a morte daquele que nem sequer a luz pode ver.
            Sempre te amarei e aguardarei o dia em que nossas almas unidas ficaram novamente.
          
            Eternamente e sempre sua, Moira.
           

***
           

Em estado catatônico  abaixei a carta repousando-a sobre minhas pernas, com olhar compenetrado em um ponto fixo qualquer senti meu coração sendo esmagado por uma angústia aflitiva que estava a me dilacerar a pouca razão que tinha, como em flashes minha mente fora  bombardeada por imagens aleatórias que antes incompreensíveis agora começavam a  fazer sentido, o sonho que tivera anteriormente naquela tarde mostrou seu real intuito após o dissipar das brumas que encobriam a sua interpretação, será que tudo que acontecerá comigo até então fora predestinado e arranjado por aquela que deixará esta carta?  Moira não previa que seu amante também teria a vida ceifada naquela noite fatídica, e ninguém além de mim sabe o conteúdo desta carta e que fora destinada a ele para que amenos soubesse que em seu ventre ela carregava o vislumbre de uma vida que ela não tinha como proteger, mas queria que fosse vingado por tão impune barbárie, mas que o ato funesto fora vitimar até mesmo seu benfeitor... 
            O escorrer de uma lágrima que escapou de seus olhos caiu sobre o papel se espalhando sobre o mesmo ao contado fazendo-a despertar de meu transe de pensamentos afins.
            Samya levou a mão até o rosto averiguado que nem mesmo ela avia percebido que aquela lágrima avia surgido de seus olhos, soltando um suspiro condoído desviou seu olhar à carta em suas mãos, notando que a lágrima já absorvida pelo papel avia se misturado com o nanquim manchando um pouco a escrita.
            Respirando profundamente tocou com delicadeza a carta sobre seu colo, ao que o ranger da porta se abrindo fora ouvido pelo quarto que estava mergulhado em um silêncio lúgubre, Samya elevou a cabeça desviando o olhar em direção ao umbral do grande aposento que lentamente ainda estava se abrindo, em meio a escuridão percebeu que a porta estava a deslocar-se sozinha cessando seu movimento assim que encontrou-se com a parede, depositando a carta por sobre a cama, posse de pé tomado o candeeiro em mãos  sem desviar os olhos da porta, com passos lentos caminhou em sua direção parando repentinamente ao perceber que um vulto avia passado pelo corredor em frente à porta, com voz trêmula mas decidida falou.
            "- Sloan é você...? Pare de brincar, não tem graça...!" Prestando atenção ao silêncio ensurdecedor, não ouviu uma palavra se quer em resposta.
            Respirou fundo voltando a deslocar seus passos de forma lenta e receosa, quase próximo da saída do aposento falou novamente com voz baixa, mais para si mesma.
            "- Sloan por favor não brinque assim comigo!"  
            Assim que despontou com a lamparina na porta que de imediato iluminou com sua luz o corredor,  Samya voltou seu olhar em direção ao caminho que virá o vulto tomar...
            Seu coração parou de bater por segundos ao se deparar com a figura translúcida de Moira próximo a escada, a figura fantasmagórica voltou-se em sua direção à olhando atentamente, Samya ficou estática percebendo somente que um frio súbito tomará o corredor fazendo assim gelar todo seu corpo, a mulher elevou uma das mãos fazendo sinal para que a garota a segui-se, virou-se novamente em direção da escada descendo-a lentamente.
            As pernas de Samya amoleceram ao ponto de obrigá-la a se segurar na porta para não cair, com respiração ofegante e olhos fechados chegou a desejar que tudo aquilo fosse um sonho ou fruto de sua imaginação  e que assim que descerra-se suas orbes tudo estaria como era antes, abriu os olhos lentamente desviando-os em direção da escada deparando com a mesma figura quatro degraus a baixo à olhando por sobre o ombro esperando que a mesma a segui-se, as duas ficaram se olhando como se estivessem se comunicando através do olhar, Samya suspirou pesadamente.
            "- Que seja... mostre-me seja lá o que for!? " Assim que pronunciou está palavras a mulher voltou a seguir seu percurso sendo seguida por Samya que mantinha uma distância consideravelmente segura ao seu ver.
            Os passos de Moira eram vagarosos, como que por instinto soube-se o que se passava no coração da jovem e de sua desconfiança em seguir um ser que não estava familiarizada em ver.

 Samya viu a mulher aproximar-se e passar através da porta saindo da mansão, mais que rápido acelerou seus passos em direção da porta abrindo-a, seus olhos de deslumbraram ao ver o jardim que estava banhado pelo luar, a jovem que devaneara por segundos apenas percebeu que este fora o tempo suficiente de perder o espectro de vista, desceu o pequeno lance de escadas olhando a sua volta correu em direção dos estábulos, antes de terminar de percorrer a pátio parou mais uma vez olhando ao seu redor, ao que viu Moira parada próxima do antigo portão que dá acesso a floresta localizada aos fundos na mansão, Samya engoliu em seco, pois avia se lembrado das palavras de Sloan, mas como avia tomado a decisão de segui-la não podia retroceder,  com passos decididos foi em direção do grande estrutura de aço, Moira o transpassou seguindo em frente, Samya aproximou-se e averiguou que não tinha correntes ou cadeado mas que teria que exercer toda sua força para fazer o portão se mover de tão enferrujadas que estavam as dobradiças.
            Forçou sua abertura dando solavancos com a ajuda de seu corpo ao que em um desses o portão se abriu fazendo Samya se desequilibrar indo ao chão caindo de joelhos apoiadas pelas mãos, bufou ao se levantar batendo a sujeira que estava em suas mãos, olhou adiante e viu que Moira estava a aguardando, falando alto se dirigiu a ela.
            "- Eu estou bem... não precisa se preocupar!" , abaixou-se batendo a terra que estava em suas pernas,  mas para si mesma falou baixo enfatizando. " - Como se ela pudesse me ajudar se eu tivesse me machucado!"  Levantou-se rapidamente e deu de cara com Moira que estava a sua frente a encarando seriamente com olhar inexpressivo.
            "- Desculpe... não foi minha intenção ser rude!"  Moira fechou seus olhos abaixando a cabeça compreendendo que em certa parte a menina tinha razão, virou-se seguindo o caminho que antes percorria.
            A jovem soltou o ar que prendia em seus pulmões pela surpresa de encarar de perto o misterioso espírito, relaxou o corpo soltando um suspiro de alívio, passou a mão pelos cabelos soltos terminando de tirar os últimos resquícios de sujeira da longa camisa de linho que usava, com passos mais cuidadosos seguiu seu caminho mantendo a certa distância de antes.
            Em meio a mata fechada com árvores altas de copas densas, outras já mortas com seus galhos que mais pareciam longos braços de dedos finos dificultando a passagem do luar, avia uma estrada recoberta de folhas secas por onde Samya caminhava devagar desviando de troncos e pulando possas d'água, nem ao menos se deu conta de tão compenetrada em seu caminhar que avia chegado ao final do caminho, defronte ao um grande portal antigo feito de pedra com forma abobadada, com passos lentos passou pela grande estrutura vendo surgir conforme caminhava lápides antigas, algumas caídas outras quebradas, cruzes e imagens recobertas por líquen e musgo levantou seu olhar observando seu redor e viu-se em meio ao um cemitério a tempos abandonado, a luz do luar que agora iluminava melhor o ambiente revelará estruturas antiguíssimas, capelas e túmulos em avançado estado de deterioração pelo tempo, por entre os túmulos Samya viu Moira se mover, driblando as estruturas em seu caminho tentou seguir a mulher que estava cada vez mais se afastando.
            "- Moira espere, por fav... " Seu pedido foi interrompido por um tropeço seguido de uma queda que lhe causou um corte aparentemente superficial mas dolorido na mão direita.
            Samya não podia parar para se lamentar, levantou-se rapidamente seguindo o vulto  que teimava em desaparecer por entre os túmulos, aos poucos a quantidade de lápides e túmulos foi diminuindo, Samya viu que a metros a sua frente o espírito da mulher seguia em direção ao um lugar ermo e afastado, a jovem apressou-se para alcançá-la ao que notou que a mesma parou em frente de uma grande lápide de pedra que era parcialmente envolvida por raízes de uma árvore de tronco espesso, conforme Samya se aproximava notou que a mulher abaixou sua fase levando suas mãos ao rosto em desalento e tristeza ao que uma lamúria fez-se audível, a passos de distância a jovem viu que o espírito gradativamente desaparecia como névoa no ar, observou a lápide antes contemplada por Moira a distância, aproximando-se vagarosamente se abaixou ajoelhando próximo a ela, começou a ler alguns dizeres que indicavam que ali estava enterrado um traidor da igreja, herege e indigno de perdão divino, conforme sua leitura foi descendo pela lápide com suas mãos precisou retirar o musgo que dificultava a decifração da mesma, com apreensão passou a mão pelo resto da lápide retirando o restante do musgo que a encobria, seus olhos perscrutaram com avidez as poucas letras que restavam ao que sentiu um calafrio paralisante percorrer sua espinha e toma-lhe todo o corpo quando chegou ao final ...
           

" Condenado a eterna danação aqui jaz, Lorde Sloan Ulric  ☆ 1604  1642 "


            Sem reação a única coisa que Samya conseguia pensar era negação em cima de negação de tudo que seus olhos estavam vendo, ela estendeu a mão em direção da lápide tocando com as pontas dos dedos o nome ali escrito, seus olhos já transbordavam as lágrimas de incompreensão e negação.
            Em um murmúrio condoído e de cabeça baixa Samya apertava os olhos sentindo as lágrimas caírem sobre sua perna, sentindo uma dor excruciante como se seu coração estive-se sendo arrancado do peito levou sua mão em direção ao mesmo apertando a camisa com força, o vento frio que lhe tocava a pele só despertava em seu âmbito uma pergunta.
           

" Por que, está acontecendo isso comigo?”

 


Notas Finais


☆☆☆

Até a Próxima!

☆☆☆


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...