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História A Noite Escura da Alma. - Premissas.


Escrita por: Sonia_Dell

Notas do Autor


☆☆☆

Oi! bem... este e ultimo capitulo.

Gostaria de agradecer-los por acompanhar-me até aqui!

Espero que gostem e apreciem a leitura.

Abraços!

Sônia Dell.

☆☆☆

Capítulo 18 - Premissas.


Fanfic / Fanfiction A Noite Escura da Alma. - Premissas.

Acordar no chão duro e frio fez seu corpo ficar todo dolorido, com dificuldade arrastou o braço em direção do rosto e com o dorso da mão encobriu parte dele, abrindo ligeiramente seus olhos constatou que o Sol acabara de nascer, os primeiros raios que adentravam pela janela faziam seus olhos doerem ao sentir a fraca luz.
            "- Aí minha cabeça... "  Apoiando-se sobre o braço levou a outra mão até a cabeça massageando a fronte que latejava.
            Erguendo seu corpo permaneceu sentada no chão ao qual acordara, olhou a sua volta constatando que o que viu ontem de noite não foi parte de um sonho e sim de uma realidade dura que a fez se sentir triste ao lembrar do que havia feito,  desviou seu olhar para o recipiente de ferro próximo a si, arrastou-se para olha-lo mais de perto e viu apenas cinzas, levou a mão ao seu interior remexendo as mesmas somente para constatar se o colar que jogará dentro se encontrava lá, mais nada sentiu somente o fino pó, olhou ao lado do Caldeirão e viu o pergaminho igualmente queimado... se sua função fora somente pra este fim então ele cumpriu seu destino.
            Após um longo bafejar levantou-se ainda a sentir as dores consequentes de uma noite forçadamente  dormida no chão seguindo em direção do armário, abrindo-o de rompante foi surpreendida por um rato,  que assim que viu a porta ser aberta saiu correndo chiando a passar por entre as pernas de Samya que com o susto deu alguns passos para trás não sabendo se sentia nojo ou medo do pequeno animal, respirando fundo tentando se restabelecer do sobressalto pegou suas roupas que estavam penduradas dentro do armário,  que estaria vazio se não fosse por suas roupas, vestindo-as após retirar a velha camisa surrada, pegou suas coisas se retirando do quarto, desceu vagarosamente as escadas olhando ao seu redor lembrando de todos os momentos ali vividos ao lado de Sloan, sentiu uma lágrima impertinente fugir de seu controle e percorrendo sua face, passou a mão por sobre a mesma enxugando-a, fechou os olhos e soltou um suspiro pesado e profundo, respondendo pra si mesma a pergunta que em sua mente não parava de se repetir.
            "- Não adianta se lamuriar Samya, o que está feito está feito... ele está melhor agora e em paz consigo mesmo!"  Já não contendo mais as lágrimas que uma a uma rolava por sua fase seguiu em frente limpando-as ininterruptamente até que as mesmas não mais vertessem.
            Rapidamente terminou de descer as escadas seguindo para porta, olhou em volta a procurar por Argo, levou a mão à boca e com os dedos indicar e polegar entre os lábios assoviou, esperando um pouco ouviu os cascos do cavalo se aproximando, viu que ele vinha da direção dos estábulos, olhou atentamente acariciando sua fronte.
            "- Bom garoto!", reparou que o mesmo mastigava algo. "- Estava fazendo uma boquinha, heim... vamos tenho que cela-lo e colocar-lhe o estribo, se não vamos chegar tarde na casa de Adma...", suspirou. "- Pois, o que mais quero agora e abraçar alguém amigo." Com cabeça baixa e passos firmes Samya andou para os estábulos e o cavalo obedientemente a seguiu.
            Com esmero colocou todo a aparato em sua montaria e sem pensar muito para não  se arrepender saiu em dispara sobre Argo pelos portões que já se encontravam escancarado, seu coração se encontrava em singularidade a respeito dos fatos, não sabia o certo o que pensar só queria sair o mais rápido dali e se aninhar em seu âmbito para poder compreender o ocorrido, Adma saberia lhe responder suas duvidas... ao menos ela achava isso, mas e a respeito de si, o que aconteceria dali pra diante? Seu coração não sabia lhe mostrar o caminho certo a seguir... perdida era como ela se sentia, sem rumo ou direção, a única coisa que ela sabia é que tinha que seguir adiante mesmo sofrendo.
            O percurso entre a decrépita mansão e a casa de Adma era curto e fora percorrido por Argo sem demora... o estreito caminho que passava por entre as árvores era sutilmente iluminado pelos raios de Sol que passavam pelas já não  tão densas copas das árvores, Samya avistou ao longe Adma a varrer à frente de sua choupana , assim que a velha pousou seus olhos sobre a jovem soube, que aquilo que as cartas de tarot lhe confidenciaram naquela noite ocorrerá e que sua menina estava completamente perdida em seus sentimentos difusos, sem pensar largou a vassoura deixando-a cair no chão, saiu com passos apressados em direção de Samya que avia estacado o caminhar de Argo assim que encontrara o olhar de Adma sobre si, desmontou rápidamente o cavalo correndo em direção da amiga.
            Assim que seus braços envolveram Adma, Samya simplesmente não conseguiu se manter em pé deixando seu corpo aos poucos alcançar o chão, Adma sem desvencilhar o abraço ficou junto da garota que chorava aos cântaros com rosto encostado sobre seu peito.
            O corpo todo da menina tremia e Adma podia sentir uma desesperada insegurança porejar atravez da pele de Samya, a velha como uma mãe que acalenta seu filho, afagava os cabelos da jovem trazendo-a mais próximo de seu corpo.
            "- Calma minha criança, já passou... " Com voz baixa Adma tentava acalmar a visível perturbação da garota.
            "- Eu o mandei pra longe de mim... ele me implorou, mas mesmo assim o mandei pra longe de mim..." , com sua voz tremida e soluços desmedidos Samya debruçou o corpo sobre o colo de Adma que passava a mão em suas costas tentando acalmar seu choro. "- Onde quer que ele esteja seu ódio por mim deve ser imenso... ele me amava e mesmo assim o decepcionei!"  A única coisa que a anciã podia fazer era ouvir e tentar compreender o que se passava com Samya, deixa-la se expressar era uma delas, pelo menos assim saberia o que  mais a afligia e seria melhor e seguro pra a jovem se livrar de todo aquele pesar.
           

Depois de um tempo e visivelmente mais calma Samya ainda com a cabeça sobre o colo da amiga,  iniciou a conversa com uma  pergunta que insistentemente queria sair pela sua boca.
            "- Adma, posso te perguntar uma coisa?"
            "- Pode sim!" Sem saber a pergunta da garota Adma já presumida seu conteúdo e com o sutil sorriso aguardou.
            "- Você sabia o que estava acontecendo por aqui, não sábia!?" Sua pergunta foi feita acompanhada por um suspiro profundo como se lá no fundo já soube-se a resposta.
            "- Não tanto quanto você sabe agora... mas eu sentia que uma energia fluía estranhamente pela floresta, o colar emanava a mesma energia, não sabia ao certo identificar o porque de sentir este porejar semelhante entre eles, mas posso te afirmar que após o jogo de cartas que tivemos naquela noite tudo ficou mais claro... seu sonho á mensagem das cartas, posso até te afirmar que senti esta sensação que sempre sentia mais forte,  próximo á nos naquela noite..." , Samya sentiu seu coração parar por breves segundos ao ouvir esta última revelação de Adma, ela sábia agora que o vulto era ele... Sloan a vigiava de perto naquela noite.
            "- E por que não me contou sobre esta energia quando me confiou o colar? "
            "- Se eu tive-se lhe contado sobre esta sensação que sentia entre o colar e a atmosfera  ao redor, com certeza você não o aceitaria, e eu falharia em encontrar o legatário do mesmo... vou ser sincera contigo minha querida, quando te encontrei naquela tarde no caminho de volta à minha casa eu soube que tinha encontrado a verdadeira dona do colar... você estava predestinada a viver isso, o destino e caprichoso Samya, ele pode demorar em se concretizar mas quando começa a se desenrolar e como uma roda d'água, depois que pega velocidade com ajuda das águas você não consegue para-la! "
            "- Compreendo! "  Se esforçando pra levantar seu corpo e sentar-se de frente a Adma, Samya olhou no fundo dos olhos da amiga.
            "- Será que ele vai me perdoar por ter feito o que fiz? " Adma ponderou por um momento desviando seu olhar para as copas das árvores que balançavam por causa da leve brisa... voltou a olhar novamente a jovem a sua frente.
            "- Pode ter certeza minha querida que o Sloan que você sentia porejar aquela energia destrutiva não era o Sloan ao qual você se apaixonou, e posso lhe afirmar que a alma que você libertou está bem agora e sem nenhuma mágoa contra você!"

A jovem que ainda mirava o chão soltou um suspiro profundo, olhou a sua amiga atentamente e antes que Adma acrescenta-se mais alguma palavra  sobre a pergunta de antes, Samya esboçou um sorriso que surpreendeu a mais velha.
            "- Eu precisava ouvir isso... você não sabe o quanto Adma!" Ainda com o sorriso na fase Samya sentiu um lágrima escorrer pelo canto do olho e morrer em seus lábios, após sentir o gosto salgado em sua boca suspirou pesarosamente movimentando em seguida seu corpo para se levantar, após o mesmo esticou a mão para a amiga que ainda estava sentada no chão a mirando abismada.


            "- Que bom que minhas breves palavras serviram para aplacar um pouco está angústia em seu peito..." , esticou sua mão pegando na de Samya com firmeza se levantando com a ajuda da jovem. "- Até seu rostinho deu uma melhorada, fico feliz  em ter ajudado minha querida!" , já de pé falou com ambas as mãos envolvendo o rosto da menina escorregando-as para seus ombros segurando com firmeza... o som de um estômago roncando foi ouvido por Adma que sorriu de canto. "- E pelo visto tem alguém com fome, vamos minha criança, tem pão fresco com manteiga e café nos esperando!"  Abraçou a garota pelo ombro seguindo ambas em direção da cabana.


            Enquanto Samya degustava seu pão besuntado com manteiga acompanhado de uma bela caneca de café, Adma prestava atenção a cada palavra que a garota proferia como se a mesma estive-se a narrar uma saga épica... pudera pois esta história também envolvia suas antepassadas e desvendava  um pouca mais a respeito das história contadas por sua mãe que foram passadas a ela por sua bizavó e assim consecutivamente...
            "- E o pergaminho, se queimou completamente Samya, não ficou nem um pedacinho?" O olhar da garota encontrou com os da velha que a mirava com um desapontamento aparente em sua fase.
            "- Virou pó como tudo que se encontrava dentro do Caldeirão..." , abocanhou o último pedaço de pão sorvendo logo em seguida um gole do café. "- Mas as palavras que estavam escritas no papel ainda permanecem nítidas em minha mente, se você quiser posso escreve-las em ..."
            "- Não precisa Samya..." , balançou freneticamente as mãos à frente de seu rosto em negação às palavras não terminadas de Samya. "- Como você me disse, ele cumpriu seu destino, não é!?  Perguntei por curiosidade, e sei que este sentimento não é bom, principalmente tratando-se de magia antiga, se ela permanece viva em sua mente tem um propósito e só cabe a você saber sobre ela é seu conteúdo, tu és a detentora agora, use a bem !" 
            "- Espero não usar nunca mais, não que me arrependa de ter ajudado Sloan a se libertar... é quê... ver olhos suplicante como aqueles novamente não seria de meu agrado!" ,  suspirou por fim  se levantando e dirigindo-se a porta. "- Vou cuidar de Argo e depois gostaria de descansar um pouco,  se você não se importar."
            "- Imagine minha querida, descanse o tempo que precisar, e não tenha pressa em se aventurar por ai, sua presença me agrada muito!"

O tempo passou brevemente e o inverno chegou trazendo consigo a neve e o frio característico da estação,  me vi por tempo indeterminado obrigada a ficar na casa de Adma, não que ela estivesse achando ruim a minha presença na casa, pelo contrário passávamos bons momentos juntas e até a ajudava com as tarefas cotidianas, até mesmo Argo aparentava estar agradecido em não ter que ficar zanzando por aí neste frio, dois meses se passaram rápido, e o período de ápise  do inverno avia passado e os dias já estavam ficando com a temperatura mais aprazível, já se podia ver algumas flores surgirem em meio a floresta por entre as gramíneas rasteiras.
            Meu tempo por ali já estava no limite e já me sentia incomodada em ficar por tanto tempo no mesmo lugar, decidi seguir meu caminho e para isso primeiro precisava fazer algo que durante o inverno decidi... 
            Já avia comunicado Adma de minha decisão de partir assim que o frio intenso do inverno cessa-se, e sobre a decisão que tomara durante o inverno.
           

"- Você sabe que pode ficar o tempo que quiser, e não pense que eu acho ruim em ter alguém aqui em casa, até gosto e muito, ainda mais quando me ajuda... os anos já estão a me pesar sobre as costas minha menina!" Rindo Adma terminou sua última tentativa em me convencer a ficar... em vão é claro.
            " - Pode ficar tranquila Adma, vou, mas sempre que possível estarei passando por aqui pra lhe visitar...", aproximei-me dela agachando próximo a si para mira-la diretamente nos olhos. "- É que... você sabe... as lembranças dele estão a me perseguir, por mais que eu tente ocupar minha cabeça elas voltam e não é só pelo que passei o ambiente favorece o aflorar das lembranças... desculpe mas é preciso!" 
            "- E você vai mesmo volta lá?" Adma perguntou franzindo o cenho a olhar a garota atentamente.
            "- Sim, eu preciso... se eu não for lá não vou ter paz!" , suspirei profundamente me levantando, "- E após isso vou seguir para o sul, quem sabe novos ares me façam bem."
            Adma sorriu para a garota a sua frente ainda sentida pela partida prematura da jovem, mas se a mesma decidirá isso não seria ela a tirar isso de sua cabeça.
           

Sem muitas delongas Samya despediu-se de sua amiga e seguiu seu caminho em direção aquela que se tornou a fonte de seu pesar, só de pensar em adentrar naquela propriedade seu coração doía... já defronte aos portões ficou a olhar a grande mansão do lado de fora dos muros que a circundavam, respirou fundo batendo de leve nos flancos de Argo para que o mesmo caminha-se  e passa-se pelo portão, olhou ao redor e constatou que tudo estava mais abandonado do que antes, a mansão estava em ruínas e o espaço ao seu redor estava tomado pelo mato e ervas daninhas, sem parar com sua caminhada sobre Argo, direcionou o cavalo em direção aos portões que se encontravam na parte de trás da mansão, com caminhar manso e em silêncio o eqüino  parecia compreender a dor de sua dona e fez todo o percurso sem emitir um só som a não ser o do bater das ferraduras sobre o lageado e pedras pelo caminho de chão batido.
            Próximo do grande portal de pedras Samya desmontou e seguiu o restante do caminho a pé conduzindo Argo pelas rédeas, ao longe pode avistar a árvore que com suas raízes envolvia a lápide que demarcava o local de sepultamento de Sloan, conforme se aproximava percebeu que algo estava diferente, ao redor da mesma avia uma quantidade numerosa de lírios brancos que tornava menos lúgubre  aquele local, soltando as rédeas deixou Argo afastado e caminhou sozinha até se aproximar da lápide, ajoelhando-se sentiu a fragrância que as flores exalavam, as mesmas estavam ao seu redor e seu perfume invadia sua consciência fazendo aflorar sentimentos que antes evitava recordar, momentos que viverá ao lado de Sloan, aquele era seu perfume... seu cheiro estava por toda a parte.
            Não conseguindo mais conter seu sentimentos que estavam a ponto de explodir em seu peito, debruçou-se sobre seus braços encostando a cabeça na lápide, lágrimas vertiam pelos seus olhos fazendo a soluçar.
            "- Me desculpe... por favor, me desculpe... eu não queria afasta-lo de mim por estar magoada por você ter me escondido a verdade, eu só queria que você fica-se bem... eu quero que compreenda que o que fiz foi porque eu te amava..."  , o choro copioso junto com o soluçar desmedido faziam as palavras da jovem saírem sussurradas e tremidas, ao que respirando fundo tentando conter-se um pouco murmurou.

 "- E eu vou te amar pra sempre!"

O silêncio ao redor da garota que era somente quebrado pelo gorjear dos pássaros derrepente se intensificou, até mesmo eles se calaram, percebendo afastou a cabeça da lápide sem desviar o olhar da mesma, respirou fundo fechando os olhos.
            "- Adeus Sloan!"  Levantando-se olhou fixamente para a fria pedra, se virou ainda de cabeça baixa e foi se afastando a passos lentos.
   

....

            "- Eu não estou magoado com você... e sei... que o que você fez foi pro meu bem!"

            No mesmo instante que ela ouviu aquela voz sentiu todo seu corpo gelar petrificado seus passos, sua vontade era de se virar mas o medo de ser um sonho ou um pesadelo era maior... sentiu alguém se aproximar atrás de si e começou a suplicar baixo com olhos fechados quase como um sussurro inaudivel.
            "- Por favor, por favor, por favor..."  Parou com a ladainha assim que sentiu ser tocada em seus ombros e um susurro rouco próximo ao seu ouvido.


            "- Eu te amo!"


            Seu corpo todo amoleceu e com receio olhou por cima de seu ombro deparando-se com orbes tempestuosas a olha-la atentamente.
            "- Sloan ...?"  Sem muito pensar virou-se com rapidez abraçando abruptamente o homem que se encontrada atrás de si, colou sua face em seu peito respirando profundamente e sentindo aquele cheiro que tanto lhe fez falta, sentiu suas costas serem afagadas com carinho.
            "- Samya, olhe pra mim!" Sua voz era calma e rouca.
            "- Se eu olhar eu vou acordar e eu não quero acordar..." , sua voz saia abafada por precionar seu rosto ainda mais no peito a sua frente. "- Eu não quero despertar deste sonho!"
            "- Não é sonho!" , levou as mãos ao rosto de Samya a fazendo mira-lo diretamente nos olhos.  "- Sou eu... eu voltei!"  Ainda receosa levou a mão ao rosto do homem sentindo a textura de sua pele sob sua mão.


            Sloan aproximou seus rostos vendo Samya instintivamente fechar seus olhos, sorriu com seu ato e selou seu lábios em um beijo terno e calmo... suas respirações se misturavam enquanto se beijavam profundamente, com lábios já separados, mais ainda a sentir suas testas juntas Samya se sentia confusa a respeito.
            "- Como pode, você estar aqui... você sumiu diante de meus olhos... !?"  Com o indicador sobre os lábios de Samya, Sloan interrompeu os questionamentos da garota.
            "- Eu também não entendo, algo naquele feitiço me trouxe a vida... eu ouvi seu choro, seu pedido de perdão... quando dei por mim estava no meio da floresta com a luz do sol fazendo meus olhos doerem por causa da claridade, caminhei guiado pelo perfume das flores, e quando a vi eu não acreditava que tinha voltado, até que te toquei e senti seus abraço em torno de mim, seu cheiro, seu calor, senti tanta falta!"  O homem pressionou novamente seus lábios contra os da garota, que enlaçou em um abraço forte o pescoço do mesmo, tornando assim o beijo mais profundo e íntimo.
           

Se separando de repente olhou com surpresa para Sloan.
          
            "- O início... !"
            "- Que...? Como assim o início?" Sloan olhava confuso a garota que o mirava boquiaberta.
            "- Ó espíritos da noite que vagam pela escuridão, dai-me o poder de transcender as barreiras da morte para libertar os que lá estão aprisionados..." , após  recitar o trecho para que Sloan soube-se sobre o que estava falando se afastou-se dele. "- Eu pedi permição para entrar nos domínios da morte... eu o tirei de lá, meu sangue fez a ligação entre sua alma e este mundo... o meu Deus ... eu passei dos limites, isso pode ter consequência que nem mesmo eu posso lidar..." Samya começou a hiperventilar com seus entendimentos e descoberta..
          
             Vendo o desespero tomar Samya, Sloan se aproximou chamando sua atenção.
          
             "- Calma... olha pra mim... pra mim... eu não me importo pra quem você pediu permissão, sejam anjos ou demônios o que me importa é que eu estou aqui com você... e isso pra mim é divino!" , enquanto falava Sloan acariciava a face de Samya não a deixando  desviar o olhar. "- Não me importo com as consequências desde que eu fique ao seu lado!"  Abraçou-a com força fazendo a se acalmar aninhada entre seus braços.

            Seguiram abraçados em direção para onde Argo se encontrava, Sloan segurando em sua cintura com um impulso fez Samya se acomodar sobre a montaria, em seguida com o apoio de uma lápide montou envolvendo seus braços em torno da garota, com rédeas em mãos somente incentivou Argo a sair dali a passos lentos.

...
          
            Ao longe olhos vislumbravam o casal se afastar, e sorrindo satisfeita por ver concluído o seu destino que fora interrompido a duzentos anos, olhou ao seu redor e para o céu e viu que a primavera se anunciava com o vôo dos pássaros, suspirou satisfeita olhando mais uma vez os dois já longe desaparecer de suas vistas, neste momento pressentiu que eles tinham muito ainda a entender e viver, mas isso não cabia mais a ela intervir, pois a escuridão que encobria aquelas duas almas não mais existia.  


            E como fumaça sua presença se desfez no ar, entre os claros lírios ...

 

 

(Tradução)
A noite escura da alma

Em uma noite escura
A chama do amor queimava em meu coração
E pelo brilho de um candeeiro
Eu voei para casa enquanto tudo estava quieto

Envolvida pela noite
Pela escada secreta eu subi rapidamente
O véu harmonizou meus olhos
Enquanto tudo permanecia quieto como que morto

Refrão

Oh noite foste minha guia
da noite mais amada que o sol nascente
Oh noite que juntou o amante
ao amado
Transformando cada um deles no outro

Nesta noite enevoada
Secretamente, além daquela visão mortal
Sem um guia ou uma luz
Tanto que queimou fundo em meu coração
Aquele fogo também me conduziu
E refulgiu mais brilhante do que o sol do meio-dia
Para onde ele ainda me esperava
Este era um lugar onde ninguém mais poderia vir

Refrão

Dentro de meu palpitante coração
O qual se entregou completamente a ele
Ele caiu em seu sono
Debaixo do cedro todo o meu amor eu lhe dei
Das paredes seguras
O vento soprou seus cabelos de encontro a sua testa
E com a mão mais lisa
Acariciou em mim todos os sentidos que eram permitidos

Refrão

Eu me perdi para ele
E coloquei meu rosto sobre o peito de meu amado
E a preocupação e a dor tornaram-se escuras
Como uma enevoada manhã que se transforma em luz
Lá elas [a dor e a preocupação] sumiram em meio aos claros lírios
Lá elas [a dor e a preocupação] sumiram em meio aos claros lírios
Lá elas [a dor e a preocupação] sumiram em meio aos claros lírios
 


Notas Finais


☆☆☆

Obrigada a todos por acompanhar até o final esta historia, estou feliz por tê-la escrito e mais feliz em saber que a mesma agradou.

Sei que já postei o Link da Musica de Loreena Mckennitt, mas como no final tem a tradução da mesma achei apropriado.

https://www.youtube.com/watch?v=MclLF473XtA


Bjks Mil!!! 💋💋💋
Sônia Dell.

Gratidão 🌛🌝🌜

☆☆☆


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