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História A Noite Escura da Alma. - Inesperado.


Escrita por: Sonia_Dell

Notas do Autor


☆☆☆

Olá amados, estou de volta!
Mais um capitulo para vocês, espero que gostem.

Boa leitura!

Bjks Mil !!!
Sônia Dell.

☆☆☆

Capítulo 2 - Inesperado.


Fanfic / Fanfiction A Noite Escura da Alma. - Inesperado.

Sai pela porta em direção da floresta que se estendia atrás da casa, caminhei por entre as árvores a recolher os gravetos que via pelo chão, não me atentei a distância que caminhei, mas quando dei por mim estava longe da casa de Adma, olhei em volta e reparei que ao longe se erguia na paisagem um torreão, resolvi me aproximar pela trilha que levava a uma estrada que dava acesso até os portões.
         O estreito caminho estava repleto de arbustos que cresciam desordenadamente dificultando a passagem, alcançando a estrada que dava no portão principal reparei que o lugar estava aparentemente abandonado, com folhas secas pelo chão e sebes desalinhados que se estendiam de ambos os lados do caminho próximo a estrada, um grande e alto muro de pedras se estendia ao redor da propriedade e de sua base crescia trepadeiras que parcialmente os encobriam, aproximei-me da entrada acomodando os gravetos que avia recolhido próximos a um dos sebes e adentrei empurrando um dos portões ao fazê-lo percebi que não estavam trançados.
             Ao empurrar um dos grandes portões duplos de grade o mesmo produziu um rangido alto que ecoou pela floresta, ele era pesado e requereu um pouco de força, pois a ferrugem já estava a deteriorar as dobradiças, ao entrar tive que passar por uma entrada em arco estilo corbel também confeccionada de blocos de pedras, o chão era pavimentado de paralelepípedos já desgastados pelos anos.

Saindo da passagem vi se abrir um espaço amplo com vista para um jardim descuidado e repleto de ervas daninha, e que de vez em outra se via uma flor teimosa sobressair por entre as gramíneas impertinentes, a minha frente se via uma edificação em estilo medieval construída em pedra acinzentada com trepadeiras crescendos se agarrando por entre as pedras, acima da entrada tinha uma bela sacada ampla que encobria a entrada principal,  aproximei-me subindo uma escadaria que dava acesso a um pequeno hall externo antes da porta de entrada que era dupla de madeira toda entalhada com uma aldrava em formato de cabeça de Leão presa a uma elas.
            Levei minha mão a argola da aldrava fazendo-a bater contra a madeira, um  clangor fez-se audível, como não obtive resposta emburrei a porta que também estava destrancada ao que pensei “Estranho, tudo destrancado e ninguém à vigiar!” a mesma era pesada e após abri-la coloquei somente a cabeça e espiei o interior da casa.
            "- Ooii... tem alguém em casa!" Minha voz fez um eco longo e após o termino do mesmo fiz silêncio esperando em vão alguma resposta.
            Abri o restante da porta fazendo a luz entrar e iluminar o grande Hall interno, andei alguns passos adentrando no interior da grande mansão que diferente do lado de fora estava um pouco mais cuidado por dentro, uma escadaria que ficava a minha frente circundava as paredes do grande torreão que tinha avistado do lado de fora e em suas paredes tinha lindos vitrais iridescentes que deixavam o ambiente maravilhosamente iluminado, aproximei-me ficando ao lado de uma mesa que ficava abaixo e no centro do grande espaço, atentei-me ao móvel e vi uma grossa camada de pó sobre a mesma, e pensei " Pode ser mais organizado aqui dentro, mas a limpeza fica a desejar. "
             Percebi que ainda tinha mais dois andares logo a cima, caminhei até a escada que era confeccionada também de pedra e comecei a subi-la próximo a parede atentando-me ao andar superior, quando que no meio do caminho pisei em uma pedra solta da escada, minha atenção foi desviada para a mesma.

"- Quem é você?" Vociferou um homem ao alto da escada do primeiro andar.

Em um susto soltei um grito levando minha mão à boca enquanto com a outra apoiei-me na parede pra não sair rolando escada abaixo, olhei em direção do homem que estava a me olhar com braços cruzados me encarando sério, arfava pelo susto aspirando fundo o ar com minha mão agora sobre meu peito, ele começou a descer às escadas perguntando novamente.

"- Quem é você é o que faz em minha casa sem se anunciar?"  Seus olhos estavam a me escrutinar.

Ele parou dois degraus acima de onde estava ainda a me encarar, ele era tão diferente dos homens que avia visto pelos vilarejos ao qual estive, passava uma aura de austeridade que me deixava sem reação.

"- Estou esperando mocinha, ou acha que tenho todo o tempo do mundo para esperar você de responder, hein!?" Ao falar curvou-se um pouco em minha direção encarando-me mais de perto.
            Ao velo fazendo isso me desequilibrei pendendo meu corpo para trás, quando estiquei minha mão para agarrar algo para me segurar em vão senti meu pulso ser segurado bruscamente, ele me puxo mais próximo de si, olhando-me fixamente, falou com calma e em um tom baixo de voz.

"- Cuidado, a queda desta altura por esta escada pode ser fatal!"  Ficou a me olhar, completando.

"- E então, vai me dizer quem é você?" Enquanto falava foi soltando meu pulso ficando no mesmo degrau que eu.

"- Des... desculpe por entrar assim em sua casa e que...  eu bati à porta, mas ninguém atendeu e a mesma estava aberta... então eu entrei, chamei, mas ninguém respondeu... ai... eu... é..."  Comecei a gaguejar pelo nervoso, ao que ele em um movimento com a mão fez-me parar.
            "- Shhhh.... já entendi, não precisa ficar se justificando tanto assim!" Ao que completou.
            "- Qual seu nome?"
            Encabulada respondi.
            "- Meu nome é Samya!"
            "- Prazer em conhecê-la Senhorita Samya, eu sou Lorde Sloan Ulric mas pode me chamar somente pelo nome, dispenso a formalidade!"
            Desceu mais alguns degraus ao que se virou e falou.
            "- Venha, pelo que vejo você não é a única que tem que se desculpar por aqui!" Falou e continuou a descer as escadas.
            "- Aonde vamos?" Perguntei seguindo logo atrás.

Em silêncio continuou a caminhar guiando-me por um corredor longo até uma porta, empurrando segurou a mesma e convidou-me para entrar, encarei-lhe e caminhei atravessando a mesma, adentrando no recinto, notei que era uma cozinha enorme e bem cuidada, aproximei-me do balcão central e vi que o mesmo estava limpo.

Fui tirada de meu momento interrogativo ao ouvir a voz do homem que ao se expressar passou-me um ar de contentamento.
            "- Imagino que você deve estar se perguntando mentalmente, porque a cozinha esta limpa e o resto da casa não?  Simples, porque eu vivo sozinho e como eu uso a cozinha procuro sempre deixá-la organizada!"  Falou rindo em escárnio, como se achasse que estivesse lido meus pensamentos.
            "- E por que vive sozinho? Bem... não que isso seja um problema, mas... está casa e enorme pelo menos deveria de ter algum criado para lhe ajudar a cuidar dela!?" Sentei-me em uma banqueta alta de madeira que estava próximo do balcão enquanto falava, ele seguiu a um armário para pegar um jarra e duas taças, respondendo.
             "- Cheguei a um ponto de minha vida que prefiro o silêncio e a paz da solidão ao invés de burburinho de empregados a me chatear, até que me viro bem para um homem que mora sozinho por opção!"  virou-se repentinamente  pra mim sorrindo e perguntando-me.

"- Aceita suco de laranja?"  Assenti com a cabeça positivamente retribuindo o sorriso.

“- Obrigada, estava mesmo com um pouco de sede!”

Conversávamos descontraidamente e o riso era constante, aquela pessoas com mascara carrancuda que me amedrontou ao encontrar-me nas escadas avia desaparecido, seu modo galhofeiro se mostrou atraente e conquistador.

Ao terminar de preparava o suco, preencheu uma das taças e ofereceu a mim, peguei-a de sua mão e dei um gole, o liquido inundou completamente minha boca ao que percebi tarde de mais que estava sem açúcar, ele percebeu minha boca contorcida e mãos pressionando as laterais do rosto, pelo sabor azedo do suco.
            "- Pelo jeito esqueci-me de  adoçar, me desculpe, como gosto de suco de laranja sem açúcar achei que... !"
            "- Não é  isso... é que como a laranja está ácida...  desde criança sou assim, não suporto o sabor ácido, mas nada que um pouco de açúcar não resolva!" Rimos da situação, ele me estendeu o açucareiro, depositei três colheres cheias em meu suco mexi provando.
            "-Huumm...  agora está ótimo, desculpe e que eu gosto de tudo bem doce sou praticamente uma formiga!"  Tomei mais um gole de meu suco, ao que reparei que ele me olhava atentamente.
            "- O que foi... por que esta a me olhar assim?" Ruborizada perguntei olhando-me pra ver o que tinha de errado comigo.
            "- Não é  nada!” deu um risinho meneando a cabeça. “- É que como não tenho a hábito de receber visitas e ainda por cima de agradável conversa... só estou a admirar a sua pessoa, nada de mais!" Abriu um sorriso, ao que completou expressando surpresa, levando a mão sobre a testa dando um leve tapinha.
            "- Ia me esquecendo... como desculpas pelo meu desatento em atender-lhe à porta, gostaria de mostrar as dependências de minha casa, já que era isso que você estava a fazer quando te peguei subindo as escadas, não é!?" Falou vindo em minha direção me estendendo a mão.
             "- Mas e seu suco, você nem sequer o tocou?" Falei dando uma ultima talagada no meu.
             "- Depois eu bebo, não se preocupe, venha!"
            Pegou-me pela mão me conduzindo até o Hall, ao que me lembrei de Adma.
             "- Ah!  me desculpe, eu não posso fazer isso agora, é que eu tenho uma amiga ao qual deixei esperando... sai somente para pegar alguns gravetos... ela deve estar preocupada pela minha demora... desculpe mas eu prometo que volto com mais calma, Ok!" Vi que ele ficou um pouco desanimado com minhas desculpas em não poder conhecer sua casa naquele momento, mas assentiu com a cabeça em concordância.
            "- Então ficará combinado assim, vou esperar pela sua próxima visita!" Um sutil sorriso surgiu em seus lábios.
            Segui em direção da porta ao que me virei em salto ainda a segurar a maçaneta com uma das mãos, o encarei e falei.
            "- Ah! e da próxima, em vez de bater à porta chamarei pelo seu nome, pelo menos assim não corro o risco de você me assustar novamente!"  Despedi-me com um sorriso e sai pela porta.
            Desci rápido as escadas da frente seguindo a passos ligeiros em direção do portão principal, antes de chegar lá virei-me para trás a observar o imenso casarão ao que meus olhos se pegaram a olhá-lo e o mesmo estava recostado na porta com os braços cruzados vendo-me afastar, sutilmente enviei-lhe um aceno e o mesmo retribuiu levantando a mão.
   
              Recolhendo os gravetos que avia deixado próximo aos sebes tomei meu caminho de volta pela trilha por entre a floresta, meus pensamentos estavam confusos e por incrível que pareça somente focados em Sloan e os mesmos eram inquietantes e interrogativos, " Será que Adma o conhece... sabe algo sobre ele? " , após pensar isso respirei fundo e me concentrei no caminho de volta para não me perder, lembrando-me das palavras de Adma antes de sair, aprecei meus passos e sorri largamente não vendo a hora de chegar o mais rápido possível para poder perguntar a ela.

 


Notas Finais


☆☆☆

Bem... Logo abaixo segue o link da imagem que usei para inspirar o personagem Sloan.

Sloan:

https://br.pinterest.com/pin/305541155954185243/

Obrigada mais uma vem e até a próxima!

☆☆☆


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