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... Ao longe vi uma mulher entre a penumbra da floresta caminhei até mais perto... não conseguia identificar quem era pois estava de costas para mim, a mesma olhou-me por sobre o ombro virando suavemente seu dorso em minha direção... sua face estava obscurecida e somente pude ver seus lábios eles se mexiam mas não podia ouvir suas palavras... quando ela olhou para frente e começou a caminhar estiquei minha mão em sua direção pedindo para que esperasse ao que de repente a floresta ao nosso redor se incendiou ela caminhava indo em direção às labaredas ... gritei dando um passo adiante ao que um galho em chamas caiu a minha frente bloqueando o caminho...
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Acordei bafejando forçando meu corpo a ficar sentado por sobre a cama e sentir uma gota de suor escorrer pela minha face, passei minha mão pelo meu rosto... apesar de suar estava fria, passavam da cinco da manhã e em breve o Sol iria nascer, olhei para o lado e vi Adma que ainda estava dormido, pousei minha mão direita sobre minha testa a menear a cabeça, e antes de voltar a dormir se e que conseguiria depois desse sonho, respirei fundo com olhos fechados e pensei, "que sonho estranho...".
O dia bem amanheceu Adma já estava de pé atiçando as brasas da lareira para que as mesmas não se apagassem, a mesa já posta para o desjejum com pão, leite, coalhada seca e queijo meia cura, e o cheirinho de café que já estava a invadir toda a casa, Adma ao me ver já desperta olhando-me de soslaio falou.
"- Bom dia Samya! Espero que tenha descansado bem, pois hoje vamos treinar um pouco mais de projeção, antes de te ensinar sobre o que conversamos ontem, está bem!?"
"- Por mim tudo bem Adma!" , abri um bocejo preguiçoso me espreguiçando. "- Quando achei que ia ter uma noite tranquila, um sonho veio me atrapalhar... meio incompreensível ao meu ver!"
"- Que tipo de sonho?" Adma perguntou se virando para mim com olhos curiosos.
"- Do tipo estranho... estava em uma floresta escura, tinha uma mulher de costa pra mim que me olhava de soslaio a falar algo que não pude ouvir, de repente toda a floresta foi envolvida por chamas..."
"- Não diria estranho, mas inusitado...!” Adma falava com um uma face pensativa. “- Pode ser uma mensagem ou sinal, mas provavelmente o desvendar deve estar no que a mulher fala, se você sonhar novamente procure entender o que seus lábios pronunciam quem sabe fica mais fácil de interpretar!"
"- Espero que não sonhe mais, foi muito angustiante... mas se vier a sonhar novamente vou procurar me atentar e tentar pelo menos fazer uma leitura labial." Ri tentando descontrair um pouco.
Praticamente quase toda a manhã e parte da tarde ficamos na floresta para treinar um pouco mais minha técnica de projeção astral, Adma se admirou com o progresso que obtivemos em um curto período de tempo, ela me mostrou como e fácil se locomover neste estado, pular, por exemplo até o alto de uma árvore era possível sem esforço, após perambularmos pela floresta em nossas formas projetadas retornamos aos nossos corpos e Adma se sentou em uma pedra mostrando sinais de exaustão por ficar tempo demasiado se projetando, mas não se fez de rogada e foi logo me propondo tentar o executar a projeção parcial.
"- Você acha prudente Adma, você parece exaurida, não é melhor descansar?"
"- Com certeza estou exausta... mas quem vai praticar este exercício será você, eu só vou ficar de expectadora á te instruir!"
Arquejei surpresa arregalando meus olhos a mira-la... como ela pode ter tanta certeza que irei me sair bem sem ao menos ver como é que se faz antes de tentar, senti uma insegurança me tomar, quando me vi estava a olhar para o chão com uma frustração estampada na face, ao que Adma com um sutil toque em meu ombro de tirou deste sôfrego sentimento.
"- Calma... estarei ao seu lado te auxiliando, você poderá ouvir minha voz... venha sente-se aqui." indicou-me a pedra que estava sentada anteriormente. " Sabemos que Argo está em frente de casa, então quero que você se concentre em chegar até ele projetando-se, após isso quero que você se aproxime dele concentrando-se e passando assim parte de sua consciência, quando sentir que você está conectada com ele quero que retorne ao seu corpo mas não deixando está conectividade se findar, ok!".
“- Mas Adma... sempre que precisar usar este tipo de magia terei que fazer todo este ritual?” Perguntei a franzir meus olhos, meio que desenxabida ao que Adma com um sorriso nos lábios me respondeu.
“- Como esta e sua primeira vez, estou a indicar-lhe a fazer desta forma, pois assim foi me ensinando... e por incrível que pareça fiz a mesma pergunta a minha mãe...”, sorriu de forma saudosa. “- Mas com o tempo só de olhar e concentrar sua vontade conseguira de projetar parcialmente sem dificuldades!”
Suspirei acenando a cabeça positivamente, a que fechei meus olhos concentrando-me.
Assim que me projetei segui em direção à Argo, como neste estado a leveza do corpo e normal senti como se o caminho percorrido fora transposto em um piscar o olhos, assim que o vi me aproximei devagar e vi pelo seus olhos que ele sentiu minha presença, estendi minha mão em sua direção e vi que ele deu um passo atrás, estaquei no lugar com receio de me aproximar o assustando, mentalmente falei com ele, não sábia se ia dar certo mas tentar não custava, assim que pedi calma e alertando que ainda era eu só que de um jeito diferente parecia que ele avia se acalmado, olhava-me atentamente como se a me avaliar, acho que por serem espíritos puros os animais podiam nos ver nesta forma, levantei novamente minha mão e caminhei em sua direção, ele permaneceu imóvel deixando-me tocar sua fronte.
Senti assim que o toquei um leve tremor percorreu meus dedos se espalhando e sumindo pelo meu braço somente uma sutil sensação de formigamento permaneceu, fechei meus olhos concentrando-me tentei transferir parte de minha consciência à Argo, mas não estava conseguindo... ao que em minha cabeça ouvi a voz de Adma a me aconselhar.
"- Tente se imaginar olhando através dos olhos dele, quando conseguir retorne parcialmente para si!"
Concentrei-me mais uma vez fazendo do jeito que me foi dito, quando dei por mim estava a me ver em frente à Argo com a mão esticada a tocá-lo, a imagem era um pouco estranha embasada, alongada quase que disforme conforme ele piscava a visão que tinha ia ficando mais aparente e nítida mas a forma levemente alongada permanecia, assim que senti-me habituada a ele tentei retornar a minha forma projetada sem o abandonar por completo, após obter sucesso em retornar abri meus olhos e sentia-me um pouco tonta, minha visão era ambígua tinha a visão a partir dos olhos de Argo enquanto tentava ver com meus olhos era estranho as imagens estavam se interpondo-se, ao que a voz de Adma se fez audível novamente. "- Volte Samya!".
Na velocidade de um pensamento retornei ao local onde meu corpo e Adma se encontravam, olhei para Adma e percebi que a mesma notou minha presença pedindo para que eu retorna-se ao meu corpo sem deixar a conectividade entre mim e Argo se perder, fechei meus olhos fazendo o trajeto inverso da projeção.
Abri meus olhos e uma sensação nauseante tomou-me repentinamente, fechei-os instintivamente até que a sensação diminui-se até desaparecer completamente, neste momento ao abri meus olhos novamente vi Adma me encarar com uma aura de curiosidade como que se esperando por uma reação de minha parte perguntou-me.
"- E aí teve sucesso... consegue sentir algo de diferente?
Mirei o nada por alguns instantes tentando focalizar a imagem nebulosa que se formava diante de meus olhos, podia ver a casa de Adma e de vez em outra o gramado que tinha em frente, nessa momento deduzi que Argo estava a pastar tranquilamente sem se dar conta do que acontecia, ao que percebi que ele levantou rapidamente a cabeça virando-a em direção do caminho que levava a floresta, pela visão periférica dele pude ver a aproximação de alguém, Adma percebeu que meus olhos estavam levemente franzidos como se tenta-se enxergar algo mais atentamente...
"- O que foi Samya não me deixe aqui aflita, você consegue ver alguma coisa?” Balanceio minha cabeça em positivo em resposta a sua pergunta, ao que voltei minha face em direção de Adma.
"- Temos visita!
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