História A Normal e a Drogada - O Pacto

Seguimos saindo de San Andreas e paramos em um aeroporto. Havia um Eiffelatinho particular esperando por nós. Foi um presente da Fiona. Isso explica o sussurra que ela fez no ouvido da Madison quando estava se despedindo.

O jatinho se aproxima, Madison pega na minha mão, eu pego na sua e subo no jatinho. De dentro do jatinho eu vou dando um adeus para tudo que vou deixando para trás.

Os meus pais que me perdoem, mas eu não poderia deixar outra vez a pessoa que amo ir embora.

E Madison, mesmo que seja uma má influência, ela é tudo que eu precisava para recomeçar a minha vida...

Viajamos para Paris e nos hospedamos em um hotel de frente a torre Eiffel. Brindamos uma taça de champanhe sobre a luz da luar e saímos para curtir a brisa fresca da cidade anoite. Pegamos um táxi e fomos até a ponte dos cadeados, onde as pessoas apaixonadas prende um cadeado a fim de nunca romper seus romances. E como Madison e eu estamos apaixonadas, colocamos um cadeado na ponte e jogamos a chave no mar a frente. Nos beijamos e olhando pro mar.

- Vamos eternizar esse momento! - Ela diz pegando o celular para tirar uma foto - Diga, Foda-se!

- Foda-se! - Falamos juntas e sorrimos. Ela tira a foto.

Saímos da ponte e fomos comer alguma coisa em um restaurante. Madison pediu um champanhe e aquilo me deixou curiosa para saber se havia mais alguma coisa para comemorarmos.

- Sabe, amor, ainda falta algo para completarmos. - Ela diz.

- Hum... e o que seria ?

- Isso! - Ela coloca uma caixinha preta na minha mão - Abre.

Abro a caixinha e tem duas alianças lá dentro. Me emociono e fico sem palavras.

- Pela quarta vez... - Ela pega na minha mão - Zoe, você quer ser a minha namorada ?

- Mas é claro que quero! - Aperto sua mão nas minhas - O meu coração aceitou as quatro vezes que você me pediu!

- Então me permite ?! - Ela põe a aliança no meu dedo e eu ponho a outra no dedo dela - Eu amo você! - Ela cruza nossas mãos.

- Eu amo mais você, amor! - Falo sorrindo.

- Você me chamou de amor. - Ela sorrir.

Eu nunca havia chamado-a de amor, e aquele momento foi perfeito para dizer aquilo.

- Porque você é o meu amor.

- Passo a mão no seu rosto.

Continuamos conversando e trocando carícias, depois jantamos e fomos em uma balada que só tocava músicas de rock. Estava tocando The Killers - Somebody Told Me e eu me soltei como uma rockeira. Eu até um tempo atrás não sabia nem como era ser rockeira! Eu gosto de rock, mas nunca me soltei nas músicas por causa dos meus pais. Mas agora tudo isso mudou! Madison me fez reviver e descobrir quem eu realmente sou.

Ficamos até de madrugada bêbedo e dançando naquela balada, depois fomos andando calambeando pelas ruas. A noite estava tão linda que paramos e nos sentamos em um banco de praça para admirar-la. Madison encostou sua cabeça no meu ombro e apertou minhas mãos.

Tudo até então estava perfeito, mas quando  voltamos para casa ela me fez uma proposta meio esquisita:

- Vamos fazer um pacto ? - Ela diz pegando duas velas brancas.

- Hã... mas pra que ? - Pergunto receosa.

- Para que nada e nem ninguém seja capaz de nos separar.

- Mas ja não fizemos um pacto na ponte dos cadeados ?

- Sim, mas esse é somente o nosso pacto. Não é repetido por pessoas como os do cadeados.

- E como é ?

- Vamos acender primeiro essas velas. - Ela acende as velas - E agora temos que fazer um corte na nossa mãos.

- O que ? - Fico espantada ao ver ela pegar a faca.

- Você tem que escrever minhas iniciais na palma da sua mão e eu escrevo as suas na minha. Depois jogamos a cera da vela por cima, damos as mãos e por fim fazemos um pedido e apagamos a vela em seguida.

- Tem certeza de que quer fazer isso ? Porque isso é muito estranho!

- Minha mãe fez esse pacto e ela ficou casada com o meu pai até o último dia dele.

- Madison... - Toco no seu rosto e olho fixo nos seus olhos - A gente não precisa disso, amor!

- Mas vamos tentar pelo menos ? - Ela faz uma cara tão linda que não resisto.

- Tudo bem! - Lhe dou um beijo e pego a faca da sua mão.

Faço as inicias M.M do nome dela na minha mão e ela faz as iniciais Z.B do meu nome na mão dela. Jogamos a cera da vela por cima das iniciais, damos as mão e fazemos um pedido.

O meu pedido foi que ela nunca deixe de ser quem ela é, pois foi por essas loucuras, imperfeições e qualidades que eu me apaixonei por ela.

Abro os meus olhos e apago a vela. Sorrimos e nos beijamos, depois fomos fazer um curativo nas mãos...