História A Nossa História - O primeiro encontro

Estou na faculdade a noite assistindo uma aula tediante, de repente me lembro que amanhã será aniversário da minha querida amiga de trabalho Fernanda.
Pensamento off
Amanhã é aniversário da Nanda, preciso comprar algo pra ela, se eu correr consigo comprar algo no shopping.
Saio da sala, vou direto pro estacionamento e pego meu carro, sigo direto para o shopping, estaciono e sigo em direção às lojas. Lá encontro Gabriela que eu não via há tempos.
-Gabiii
-Bruna, quanto tempo amiga, você tá linda mulher!
-Obrigada Gabi, você também está divina.
Começamos a conversar, perco a noção do tempo, olho e vejo que alguns lojistas estão fechando as lojas. Me despeço de Gabi, e sigo a procura de um presente para Nanda, encontro um rapidamente em uma loja de perfumes, compro e sigo em direção ao estacionamento. Chegando na parte externa do shopping percebo que ela está quase vazio, meu carro está longe e perto dele tem somente uma meia dúzia de carros, o frio que vento trás me arrepia a pele, apresso o passo e logo chego próximo ao meu tão sonhado e planejado carro (Uma Hillux), batalhei muito pra conquistar aquela caminhonete linda, me sentia super poderosa dirigindo ela, coloco as sacolas no banco de trás e de repente sinto uma mão gelada em meu ombro, olho por cima dos ombros e vejo um homem alto e forte, ele estava de boné, estava escuro e eu não o reconheci. Ele fala baixinho em meu ouvido :
-Não grita, vai dando passos devagar para o banco do carona, se você colaborar eu prometo não te machucar!
O susto me paralisou e eu não conseguia fazer o que ele ordenou, não conseguia nem ao menos gritar por socorro. E isso o irritou, ele novamente ordena já sem paciência :
-Anda logo, faz o que eu estou mandando. (Dessa vez diz apertando meu braço com toda a sua força )
Ao fundo ouço uma voz gritar:
-Solta a moça agora!
Eu não sabia quem era, não conseguia raciocinar direto, era uma voz forte, de um homem com toda certeza. Ouço-a novamente:
-Vamos, solte a moça!
Sinto o meu abraço ser apertado ainda mais, o maldito homem retrucou :
-Não se mete cara, ela é  minha namorada.
Naquele momento algo me impulsionou a gritar e aos prantos peço por socorro.
-Socorro, me ajuda moço. Eu não conhece esse cara, ele está me machucando.
Como um flash, o bandido me empurra contra o chão. Foi tudo muito rápido, ele saiu correndo como um vulto!
Sinto os passos do meu herói se aproximando, ele vem em meu socorro e me ajuda a levantar.
-Calma moça, tá tudo bem agora. Você se machucou?
Olho para todos os lados apreensiva, a procura do bandido e não o vejo em nenhum lugar. Mais uma vez o homem tenta me tranquilizar.
-Calma moça, ele já se foi. Eu me chamo Bruno, vou te ajudar, tente se acalmar. Como você se chama?
-Bruna
Nesse instante elevo a minha mão a minha testa e vejo que me machuquei, vejo sangue e me assusto ainda mais. Não conseguia controlar o choro, assim como também não consiguia falar.
Bruno por sua vez se manteve calmo, e me conduziu de volta ao shopping. Me amparando em seu abraço, e com uma das mãos em meu ferimento, logo entramos em uma farmácia e um senhor veio em minha direção, naquele instante não sentia minhas pernas, eu estava estaguinada de medo, Bruno explicou o que havia acontecido e o Senhor me sentou em uma cadeira, começou a cuidar do ferimento, bebi copo de água e aos poucos fui voltando a consciência. Procurei por Bruno e não o vi, o farmacêutico também me tranquilizava, dizia que tudo ficaria bem.
Logo avisto Bruno  vindo em nossa direção, ele se virou para o farmacêutico, e este logo disse que aparentemente estava tudo bem com o ferimento, mas que aconselharia eu ir até o hospital verificar através de um raio X se estava realmente tudo bem.
Bruno não pensou duas vezes, ele se abaixou, pegou em minhas mãos, suas mãos eram quentes e macias, olhou dentro dos meus olhos e disse:
-Minha flor, graças a Deus foi só um susto. Eu já tomei as devidas providências com a segurança do shopping, mas levarei você até o hospital pra verificar esse corte. Fique tranquila que eu só quero te ajudar. Você confia em mim?
Eu estava muito confusa, mas aquela voz, aquele homem me transmitia segurança e paz, respondi que sim, eu confiava nele. Elevei mais uma vez minhas mãos em direção ao corte.
-Dói, dói muito
-Vamos, vai ficar tudo bem. Tem alguém que eu possa avisar sobre o ocorrido? (Ele me perguntou enquanto me ajuda a me levantar da cadeira)
-Sim, (respondi convicta ) ligue para minha amiga Yamim, eu divido o apartamento com ela.
Ele assentiu que sim com a cabeça.
Entrei em seu carro, e seguimos em direção ao hospital, Bruno durante todo o trajeto me fazia perguntas, eu nem me recordo ao certo sobre o que fala, me lembro apenas dele dizendo que nossos nomes eram iguais. Eu me atentei pra isso e sorri.
-olhaaaa, ela sorriu. Isso é um bom sinal! (Ele riu sem graça ).
No hospital eu fiz todos os exames e não tinha nada de mais grave, o médico apenas me pediu umas horas de repouso ali. Bruno entrou no quarto e perguntou se eu estava bem, assenti que sim com a cabeça e o agradeci pela ajuda. Ele levantou a cabeça e naquele ambiente mais claro eu pude reparar em seu rosto, ele não me era estranho.
Percebendo minha expressão, ele logo disse.
-Se lembrou de mim? (Perguntou com um sorriso frouxo)
-Você não o vocalista do...
-Sorriso Maroto ( diz ele interrompendo minha fala)
-Desculpe-me pelo trabalho Bruno, eu estou envergonhada por tudo o que aconteceu.
-Eiiii, você não tem o que agradecer e muito menos se envergonhar. (Diz ele com um semblante sereno)
-Conseguiu falar com a Yamim?
-Eu tentei mais de uma vez, mas não consegui. Fique tranquila, deixei recado na caixa postal e enviei uma mensagem de texto. (Disse ele uma tanto que preocupado)
Concordo com a cabeça e digo que ele poderia ir, eu pediria um táxi caso Yamim não aparecesse antes de eu ser liberada.
-De jeito nenhum, só irei sair daqui quando sua amiga aparecer. (Disse ele, super seguro de si)
Fechei os olhos e cai no sono, acordei um tempo depois, olho para o lado e lá estava ele sentado em uma poltrona mexendo no celular. Fiquei olhando ele por alguns segundos, até seus olhos se encontrarem com os meus.
-Acordou bela adormecida? O médico te liberou, podemos ir.
-Yamim não deu notícias?
-Não, mais eu cuidarei de você. ( Disse sorrindo )
-Eu estou bem! Só preciso de uma carona até o shopping pra pegar meu carro.
-Tá se achando né bela adormecida?! Esquece o seu carro, só amanhã...Vou te dar duas opções e você tem que obrigatoriamente escolher uma das duas.Tudo bem?
-Quais são elas? (Perguntei sorrindo, porém com dores)
-Seja qual for sua escolha eu estarei com você, você não tem escolha sobre isso (falou arquiando as sobrancelhas, e eu o ouvia atentamente, aliás como ele era lindo )
-A primeira é eu te levar pra sua casa e ficar lá até  você melhorar ou sua amiga aparecer. A segunda é te levar pra minha casa e só te liberar quando a sua amiga aparecer. Vamos lá, pode escolher! (Riu)
-Aí meu Deus, (pensei alto) , quero ir pra minha casa, preciso de um banho e da minha cama.
-Ok! Ótima escolha.
Ele me ajudou a levantar e escutou atentamente todas as recomendações médicas, recolheu meus pertences, e os remédios e assim fomos para meu apartamento. Ele me levou pro meu quarto, ajeitou a minha cama. Fui até o meu closset e escolhi um pijama, fui para o banho e ele ficou ficou do lado de fora, em pé na porta.
-Me chame se precisar, tô aqui na porta.
Eu não respondi nada, mas sorria por dentro, de onde saiu aquele homem tão prestativo e cuidadoso...Sai do banho e ele me ajudou a deitar, perguntou se podia usar a cozinha e eu assenti que sim. Ele ia caminhando pra cozinha, mas de repente me olhou de novo e perguntou se podia usar meu banheiro pra tomar uma ducha. Coitado ele deveria estar exausto já era madrugada, indiquei onde estavam as toalhas e disse que havia roupões limpinhos no armário. Assim ele fez tomou seu banho e seguiu para cozinha, voltou com um chá e umas bolachas. Me alimentei e ele pediu que eu descansasse, eu o ofereci o quarto de hóspedes,  mas ele insistiu em ficar ali, cuidando de mim.
Ele se ajeitou no sofá ao lado da minha cama e rapidamente pegou no sono, eu o observava, ele era lindo, tão gentil e educado.
Também peguei no sono e...