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História A Nova Era - Interativa - Nervos à flor da pele


Escrita por: FlowersFanfics

Notas do Autor


No desenho a cor dos olhos está errada, mas ignorem :v
Tenham uma boa leitura!

Capítulo 21 - Nervos à flor da pele


Fanfic / Fanfiction A Nova Era - Interativa - Nervos à flor da pele

O trio de cientistas observava o escarte atentamente, famintos por conhecimento. O monstro estava preso à uma cadeira, de modo que não podia fazer muita coisa.

- Hm...3000 anos? - repete Brian, curioso. - Certamente já deve ter visto um monte de coisas.

- E isso é algo que interessa à vocês? - solta S.M Davy, de maneira rude.

- Ora, mas é claro! - diz Bob, alegremente. - Adoramos descobrir coisas novas. E você é como uma caixa cheia de informações, só esperando para ser aberta.

Billy anda para mais perto de S.M Davy, arrancando uma das penas brancas dele com um gesto.

- AI! - grita o escarte, sentindo uma ardência no local em que a pena foi arrancada.

- Sim...bem aberta. - diz Billy, sorrindo. - Está pronto para conhecer seu novo companheiro?

- C-companheiro?

- Sim. Me ajudem, irmãos.

O trio se junta, empurrando a cadeira para um outro local. O monstro tentava se debater, mas suas habilidades continuavam inativas, o que o fazia se sentir mais inútil ainda. Há quanto tempo não usava sua magia e poderes? Pareciam anos...há quanto tempo estava lá?

Eles o levam em direção à um outro cômodo parcialmente escuro, não dando para ver os objetos direito. Brian liga então a luz do local, iluminando equipamentos de cientista, caixas com suprimentos, mesas cheias de canecas de café e anotações…

E uma caixa de vidro com um humano dentro.

Mas não era um humano que S.M Davy estava acostumado à ver. Era um homem alto e magro, com cabelo marrom estranho e quebradiço crescendo de apenas uma parte da cabeça. Só possuía o braço direito, a perna esquerda, a orelha esquerda e o olho direito, este sendo de cor castanho escura. A pele era pálida e cheia de cortes, e ao redor havia sangue coagulado. Ele mostrava agonia, e pela expressão de seu rosto, parecia estar chorando bastante recentemente.

O escarte fica em choque.

- Bem bonito o nosso querido filho, huh? - pergunta Billy, sorrindo. - Te apresento Wipe, nosso pequeno experimento.

S.M Davy o encara com seu olhar desigual, ainda chocado.

- O que diabos é isso?!

- Oh, como meu irmão disse, nosso experimento. - explica Brian, olhando para o pássaro com seus vibrantes olhos verdes. - A recriação de um corpo humano. Nós sabemos que a alma humana dura mesmo depois da morte. Mas e depois? Só serviria para dar poder à monstros? Decidimos então tentar mais que o natural. Reviver humanos...criar um corpo capaz de aguentar o poder da alma humana. Não só isso...dar uma nova oportunidade e novas chances ao que morreu. O antigo portador da alma era um criminoso, sabe?

Wipe começa a chorar de novo ao vê-los, como se reconhecesse o trio.

- Ele não sabe falar, entende? - diz Bob. - É praticamente um bebê ainda, mas com o tempo aprenderá.

- O...o que é todo aquele sangue ao redor dele? - pergunta o escarte, nervoso.

- Oh...criar o seu corpo...lhe deu um pouco de dor. - diz Billy, com um sorriso sádico se formando em seu rosto. - E ainda falta terminá-lo, mas quem nunca sofreu um pouco para se tornar uma pessoa melhor?

- E você sofrerá um pouco, provavelmente. - comenta Brian.

- O que acha? - diz Bob, sorrindo alegremente.

Wipe encara o escarte com seu único olho. Embora não soubesse bem quem era, já parecia sentir pena.

 

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Shelly estava em choque, esfregando o ombro agora livre e um pouco machucado. O que raios estava acontecendo com o ambiente ao seu redor? Por que tudo estava tão trêmulo?

Flowey encarava Shelly com seus olhos ameaçadores e negros. Mais pontos brancos flutuam ao redor dele, e ele os joga na sua direção.

A monstrinha logo bota os braços na frente do rosto, tentando se proteger. Então nota Ellen na sua frente, se concentrando.

Os pontinhos param em pleno ar, e ela os joga ao chão, inofensivos.

A flor dourada parece ficar furiosa. Shelly se levanta e recua para a parede, se encolhendo sobre si mesma.

Ellen fica parada na frente de Flowey, que fazia aparecer mais pontos brancos ao redor dele, os lançando em sua direção.

Os ataques passam direto pela fantasminha, sem causar nenhum dano. A flor fica cheia de frustração.

Faz outra tentativa. E outra. E mais uma. Mas a fantasminha não demonstra ter sido afetada pelos ataques.

- Você não pode me matar. Já estou morta. - comenta Ellen. - Vamos lá, flor, o que tem de tão ruim aí…?

- Vocês não tem ideia! A mínima ideia! - exclama Flowey, agitado. - Vão para casa!

Ellen fica quieta por um tempo, pensativa. Então uma ideia floresce de sua mente fantasmagórica.

- Nos mostre. - diz ela, finalmente.

- Huh?

- Você parece conhecer o local. Deve saber onde é seguro e onde não é. Isso nos ajudaria a ficar em segurança.

- Não! De jeito nenhum! Caíam fora daqui!

Ellen faz um olhar pidão.

- Eu posso pedir para sempre. - diz ela, sorrindo.

- ………………….

- Estou falando a verdade. Se quer que eu te incomode…

- Okay! Mas uma visita rápida! 10 minutos! Depois se mandem!

- Yay! - Ellen comemora, levantando os bracinhos transparentes.

Shelly se levanta, ainda assustada. Se encaminha até os dois conforme o ambiente ao redor ficava nítido novamente.

- V-você...vai nos guiar? Mas...está preso ao chão… - diz ela, ainda tremendo pela luta.

- Não seja por isso. Pegue um sapato de sua mochila, Shelly. - diz Ellen, sorrindo.

- Huh?

- Um sapato! - insiste ela.

Shelly pega uma bota marrom para caminhada, um pouco hesitante. Ellen se concentra e retira Flowey do solo, o colocando na bota.

- Perfeito! Não está uma maravilha, florzinha fofa? - diz Ellen, dando um sorriso infantil.

Flowey lhe dá um olhar afiado.

- Eu NÃO sou fofo! - solta ele. - E vão logo...isso é humilhante.

Shelly segura a bota, meio receosa da flor que agora estava nela.

Suspira. Havia sido uma medrosa enquanto Ellen havia sofrido riscos. Não podia ser mais útil às vezes? Será que sempre teria que se esconder em situações assim? Parece que o bullying sofrido na escola antigamente havia piorado seu modo de agir...

- Esperem! - interrompe a flor. - Antes de entrarmos...aviso uma coisa. Não toquem em nada, não vão para lugares escuros, e se virem um estranho...simplesmente caiam fora daqui, não importa quem for!

“Estranho?” pensam Ellen e Shelly ao mesmo tempo, confusas. Será que depois de todos esses anos ainda haveria gente morando no subsolo?

Decidem deixar essas dúvidas de lado, pelo menos por enquanto.

Então o grupo atravessa a entrada, adentrando os confins de um novo mundo cheio de segredos. Tanto antigos quanto novos.

 

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Arnold sorria. Finalmente havia saído do hospital, agora com uma prótese nova para seu braço. Se sentia disposto a ter uma nova vida, e Marina, ao seu lado, lhe dava apoio quanto a isso.

Estavam andando pela calçada à discutir o seu futuro, enquanto alguns lhe davam olhares curiosos.

- Então...já pensa qual emprego irá tentar? - pergunta a híbrida, sorrindo.

- Hmmm...sempre me concentrei no exército, mas sinto que me dou bem com contas matemáticas. - comenta ele.

- Matemática me faz chorar… - diz Marina, tremendo.

Arnold ri. Então se lembra de algo repentinamente.

- É verdade que você...huh...atacou um homem outro dia?

Marina faz cara feia.

- Ele mereceu.

- … - Arnold faz uma careta. - ...você deixou arranhões nele por causa de algumas compras…

A híbrida fica vermelha, brincando com suas mãos. Embora estivesse irritada com aquele empresário, não parecia orgulhosa pelo que havia feito. Zounar havia prestado várias queixas na polícia. Ela teve que aturar o homem a chamando de “maluca”, “agressiva”, entre outros insultos. Depois de tudo aquilo, Lorranny lhe prestou ajuda financeira para conseguir comprar novos produtos.

- Bem, eu, huh...não sou muito de conseguir controlar minha raiva. - diz ela, desconfortável.

- Notável…

Os dois continuam a andar, como bons amigos, em direção ao apartamento de Marina. A híbrida havia oferecido ao ex-soldado seu cafofo para passar a noite, insistindo que depois ele poderia cuidar de si mesmo como “machos deviam fazer”. Arnold riu ao ouvir isso, dizendo que não era machista ainda como certos antiquados daquele planeta. Marina havia respondido que já imaginava e havia falado aquilo como uma espécie de teste. Um teste estranho, não é mesmo?

Ao verem a quantidade de pessoas diminuindo pelas ruas, começam a ficar apreensivos. Bandidos estavam aumentando pelas cidades, e nessas horas os cidadãos começavam a ficar mais vulneráveis. Ambos suspeitam que poderiam entrar em maus bocados se continuassem a andar em locais com poucos sinais de vida.

Suas suspeitas são confirmadas ao encararem um vulto apoiado sobre a frente de uma loja fechada, dando um deja vú à Arnold. Tal vulto estava sem a máscara, descontraído, a comer um peixe assado direto de um palito.

Marina fica tensa, agarrando o braço de Arnold que continha a prótese.

- Rackhan. - murmura ela.

O lagarto humanóide os encara com seus olhos vermelhos, dando um sorriso.

- Opa, como vão? Meus velhos amigos! - exclama ele, jogando o palito no lixo. Ao menos o lagarto parecia respeitar a limpeza das ruas. - Arnold e Marina. Se lembram de nossas lutinhas? Bons tempos!

Arnold range os dentes, o encarando. O olho real e mecânico demonstravam raiva controlada.

- Como se atreve a ficar tão à vista aqui? A polícia está procurando por você. - diz ele.

- Duh. - diz Rackhan, rindo. - Olhe ao redor. Você está vendo alguém aqui?

O ex-soldado e a híbrida olham pelo local. As ruas estavam vazias, as lojas e casas fechadas pela rua.

- Adoro locais assim. Tenho tanta privacidade. - comenta o lagarto. - Mas sim, a polícia realmente está se esforçando para me pegar. Se lembra do que você disse sobre eu estar ficando famoso, soldado? Bem, agora sou famoso à beça. Obrigado por doar sua mão e olho por essa oportunidade. Minha vida está bem mais agitada agora.

Arnold fecha ambos os punhos com força, então Marina se põe na frente dele.

- Pare de provocar! - diz ela. - Chamarei a polícia.

- Se fizer isso, você provará meu veneno mais uma vez. - diz Rackhan, mostrando sua língua de cobra e lambendo os beiços devido ao pequeno lanche que comera a pouco tempo. - E eu faria o veneno circular mais rapidamente nas suas veias, para que você pudesse morrer de uma vez. - ele sorri. - Híbrida nojenta você, em? Era de se esperar.

Marina fica vermelha de raiva.

- ESCUTA AQUI, SEU NOJENTO… - começa ela, quando Arnold aperta seu braço com força.

A híbrida o encara. Ele estava pálido e suando frio. Algo estava errado.

- O-olhe… - gagueja ele, apontando para o chão.

Ao redor deles estava formando um círculo brilhante de símbolos.

Caveiras, setas, flores e outros símbolos faziam parte deles.

E mãos. Principalmente mãos.

Marina engasga de susto. Até Rackhan parecia chocado.

- Que raios é isso?! - exclama ele.

Embora Arnold não gostasse nem um pouco do lagarto, responde:

- É WingDings.

O círculo se concretiza, e um buraco abaixo deles surge, os puxando para baixo com a gravidade.

Eles berram enquanto caem na escuridão ocultadora, sendo perdidos de vista caso alguém encarasse a cratera brilhante no asfalto.

O buraco e o círculo então desaparecem, como se não estivessem lá à três minutos atrás.



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