História A nova geração (Harry Potter - INTERATIVA) - The Class

Emma vestiu as vestes pretas e longas e foi procurar suas salas, ao lado de Megan, Carl e Michael, que logo fizera amizade com as gêmeas. 

Apesar de ser divertido estar com os três, eles acabavam distraindo Emma, e ele gostaria que eles não o fizessem para que pudesse achar tranquilamente o caminho para a aula.

Haviam cento e quarenta e duas escadas em Hogwarts. Umas levavam a um lugar diferente em certo dia da semana. Outras tinham um degrau que desaparecia e todos deveriam lembrar de pular. 

Algumas mudavam de posição a todo momento. Além das escadas, algumas portas só abriam se você pedisse com jeitinho ou as cutuca-se no lugar certo, outras ainda nem eram portas, apenas paredes disfarçadas. Tudo ali parecia mudar frequentemente de lugar. 

As pessoas nos quadros saiam para visitar outros retratos e Emma tinha certeza que vira um brasão andando pelo corredor.

Além de tudo, os fantasmas também não ajudavam. Muitas vezes eles atravessavam a porta bem na hora que as pessoas estavam prestes a abrir – las. 

Nick Quase Sem Cabeça sempre tentava ajudar, porém muitas outras criaturas, como Pirraça, tentavam atrapalhar. Este se transformava em duas portas e uma escada falsa ao ver que o estudante estava atrasado.

E quando você encontrava o caminho, você realmente iria assistir uma aula. A magia não era simplesmente sacudir a varinha e dizer palavras complicadas.

Tinham de estudar o céu a noite toda sexta-feira através de um enorme telescópio, além de gravar os nomes de todas as diferentes estrelas e movimentos dos astros. 

Três vezes na semana iam para as estufas estudar herbologia com a Profa. Elisa Mashatson. Ali eles aprendiam a cuidar de todas aquelas plantas e fungos diferentes e para que servem cada um.

Tinha também a aula de História da Magia, que Emma odiou de primeira. Era a única matéria de Hogwarts ensinada por um fantasma, o Prof. Eduard. Eduard, falava sem parar enquanto os alunos anotavam nomes estranhos e datas confusas e sempre eram corrigidos pelo fantasma, pois vire e mexe trocavam os nomes.

O Prof. Fletcher ensinava feitiços e entrava sempre sorridente nas aulas. Era um bruxo velho e inteligente, porém bastante severo. Mais severo que ele, apenas se Prof. James. Severo e extremamente inteligente, James já chegou em sua aula dando sermão.

- Transfiguração não é para qualquer um. É uma das mágicas mais complexas já existentes no mundo bruxo. Fiquem sabendo que não irei tolerar brincadeiras em minha aula. Avisados.

Depois disso, transformou sua mesa em cavalo e depois em mesa de novo. Todos ficaram impressionados e não viam a hora de começar para poder fazer igual. Mas não demorou muito para perceberem que iria demorar muito tempo para fazerem algo parecido. James fez os alunos anotarem um monte de coisa complicada e que Emma tinha dificuldade para entender, assim como muitos alunos. 

Depois disso, ele deu um fósforo a cada aluno e pediu para o transformassem em agulha. No final da aulas, os únicos que conseguiram foram Nico de Santos e Anamelech Green Forbes, da Corvinal.

A matéria que todos queriam realmente assistir era Defesa Contra Artes das Trevas. E a aula fez jus ao que esperavam. Prof. Wintenberg conto – lhes a vez em que livrara um rei europeu de um zumbi incomodo. 

Também contou como derrotara um vampiro e até da vez em que encontrou um lobisomem na floresta. Todos ficaram impressionados e não viam a hora de aprender tudo o possível.

Sexta-feira foi um dia milagroso para Emma, Megan, Lua e Mel. As três finalmente conseguiram encontrar o Salão Principal e tomar café tranquilamente, sem se perder uma única vez. Já Carl e Michael acabaram se perdendo novamente, fazendo – os chegar em cima da hora.

- Aquela escada! Tenho certeza que toda quarta e sexta-feira ela dá num corredor diferente. – Carl afirmou e Mike assentiu. Megan apenas balançou a cabeça mas antes que pudesse dizer qualquer coisa, Emma falou primeiro.

- E então? O que temos hoje? – Perguntou Lua aos quatro, enquanto colocava açúcar no mingau.

- Poções duplas com a Sonserina.– Mike respondeu. Carl revirou os olhos. Emma já não conseguia contar nos dedos a quantidade de vezes que Carl falara mal dos integrantes desta casa.

- Quem é o professor? – Perguntou Megan.

- Prof. Davis. – Carl respondeu. – Bom, tenho certeza que ele não foi com a minha cara.

- Por que diz isso? – Emma perguntou, pouco interessada, na verdade. Carl bufou.

- Esbarrei nele quando estava correndo pela escada, e conscientemente, essa escada dava no corredor proibido. Só faltou ele me esganar ali mesmo. Nem ri, Mike! – Ele respondeu e o amigo levantou os braços.

Naquele momento, várias corujas invadiram o Salão Principal. O correio chegara. Todas circulavam entre as meses procurando seus donos e deixarem cair desde cartas até enormes pacotes em seus colos. Apolo nunca trazia nada para Emma, mas sempre entrava para ficar um pouco com ela e comer algumas migalhas de pão.

- Vamos logo, vocês dois sempre atrasam a gente. – Megan afirmou enquanto levantava.

Ainda bem que teria teriam tempo livre hoje a tarde, porque a aula de poções foi terrível para todos os alunos da Grifinória. Especialmente Carl.

A aula de Poções foi em uma das masmorras. Era mais frio ali do que nas partes em que geralmente andava, e somente isso já causaria arrepios em todos, mas além disso, a ainda haviam animais flutuando dentro de e frascos. 

Davis terminou a chamada e encarou a classe. Os cabelos pretos eram presos sem um topete, e os olhos eram acinzentados. Podíamos ver resquícios de uma possível barba e uma boca muito fina. Era alto e seu corpo coberto por vestes longas e pretas, maiores até que as de Profa. Elisa. 

Apesar da vestimenta, ele aparentava ser o professor mais jovem dali. Isso não fazia com que desse menos medo aos alunos: seu olhar era severo e frio, e sua seriedade mostrava tamanha sua inteligência.

- Vocês estão aqui para aprender a arte exata do fantástico preparo de poções. – Começou. A classe tão silenciosa que poderíamos ouvir o zunido de uma única mosca. – Aqui não balançamos varinhas e dizemos palavras enormes, então muitos de vocês pensam que isto não é mágica. Não espero que entendam a beleza e delicadeza do preparo de poções. Mas posso ensinar – lhes coisas fantásticas, como engarrafar a fama e cozinhar a glória, se não forem só mais um bando de cabeças ocas.

Alguns o olhavam incrédulos, outros apenas assentiam. Alguns ainda ousavam em resmungar. Emma preferiu ficar calada, para evitar problemas. Ficou apenas observando Carl engolir seco quando notou que Davis vinha na direção da mesa que estavam sentados.

- Riggs, não é? – Prof. Davis perguntou, e Carl apenas assentiu, esfregando as mãos suadas na calça por baixo da mesa. – Riggs, poderia me dizer o que eu obteria se adicionasse raiz de asfódelo em pó a uma infusão de losna?

Carl olhou para Mike em busca de ajuda, e o mesmo só soltou um sorriso nervoso; parecia tão confuso quanto ele. Lua parecia saber a resposta porém nada disse ou nem ao menos levantou a mão. Nem mesmo ela conseguia desafiar Davis.

- Não sei, senhor Davis. – Carl respondeu.

- Seria você mais um cabeça oca, Riggs? – Davis balançou a cabeça.

Emma viu Isabela rir um pouco e sussurrar algo no ouvido de Clara, que deu de ombros. Não poderia culpar Isabela. Eles se odiavam desde os instante que se viram. Impulsivamente balançou a cabeça, tentando voltar a atenção nas palavras de Prof. Davis. 

O olhar dele saiu de Carl e parou em Emma, depois em Megan, depois em Emma novamente, como se analisasse as duas e assemelhasse – as. Arqueou uma sobrancelha, por fim.

- Gêmeas? Dizem que dois cérebros pensam melhor que um, será verdade? – Começou Davis, olhando Emma nos olhos. – Senhorita Harper, vamos tentar com você. Se eu lhe pedisse, onde iria buscar bezoar?

Emma e Megan se entreolharam, as duas buscando a resposta no olhar da outra. Viraram para frente. Emma tomou coragem para responder.

- Não sei, não senhor. – Respondeu e Davis olhou para Megan, procurando a resposta em uma das duas. Esta também apenas balançou a cabeça em negação.

- Tsc Tsc. Não pensaram nem ao menos em folhear os livros antes de virem? Acham que inteligência é de família, Harpers? Apenas ter uma família conhecida basta? – Emma engoliu seco. Nunca gostara que falassem de sua família, porém o olhar frio de Davis a impedia de falar qualquer coisa.

- Hum. Senhorita WolfsMagic, poderia me dizer qual a diferença entre licoctono e acônito de lapelo? – Perguntou virado para Lua.

Ela pareceu pensar um pouco. Depois encarou Prof. Davis por um tempo, até que o respondeu.

- Não, senhor. Mas talvez um dos alunos da Sonserina saiba. Por que não tenta perguntar a eles? – Perguntou com os olhos semicerrados e logo em seguida voltou a sua posição original. Davis bufou.

- Parece que terei que dar aula para mais um bando de alunos cabeças ocas. – Lua pareceu ofendida, aliás, todos estavam mas tentavam não demonstrar. – Para o conhecimento de todos, asfódelo e losna produzem uma forte poção para adormecer. Bezoar é uma pedra retirada do estômago da cabra, e este, meus caros,, poderia lhe salvar de quase todos os venenos. E os dois acônitos são plantas do mesmo gênero botânico. Por que não estão com as penas nas mãos? Quero todos anotando o que estou dizendo, se não sabem, pelo menos queiram aprender.

As coisas não melhoraram para os alunos da Grifinória na continuação da aula. Prof. Davis separou duplas e os mandou fazer uma poção simples para furúnculos. Caminhava pela sala criticando todos. Acabara de falar para todos que olhassem a maneira que Isabela havia feito as poções. Deve ter lido o livro, Emma deduziu.

Na Sonserina, os alunos aparentavam não ter nada contra Davis, em geral. Isabela gostara da aula, e mal ligara realmente para Davis. A arte de fazer poções lhe fascinava. Clara nem notara Davis, estava apenas fazendo seu trabalho, na cabeça dela. Pelo jeito que agia, parecia se controlar para não argumentar nem dizer nada, fazendo de tudo para apenas assistir a aula. 

Anne era inteligente o suficiente para acompanhar a aula e entender tudo o que diziam. Fez uma poção, segundo Davis, q perfeição, e conversou um pouco com Clara. Elas pareciam se dar bem.

Samira odiava a aula em si, então nem dava bola para o que ele dizia. Passou a aula brincando com os frascos na mesa, resmungando alguma coisa e com cara de tédio. 

Jon era o único que pareceu realmente não gostar de Davis. Ele o encarava a todo momento e revirava os olhos ao ouvir algum de seus comentários desnecessários. 

Natália Sthepen Crimns também gostara da aula, e nem dava atenção a Davis. Parecia mais interessada em fazer sua poção corretamente, e com sua inteligência, provavelmente iria conseguir.

No fim da aula, apenas Isabela e Clara conseguiram finalizar a poção. Mesmo aqueles que iam bem como Lua e Jon, levaram reclamações e tiveram de ouvir os resmungos de Davis.

Uma hora depois, subiram a escada para sair da masmorra. Emma não conseguia organizar os pensamentos. Na primeira semana já acontecera tantas coisas que mal conseguia contar nos dedos. No meio do caminho, encontrou com Isabela, com quem conversou por um bom tempo.

- E então? Como é estar na Grifinória? – Isabela perguntou como quem não quer nada. Ao seu lado, Natália ou Nat, sorria. Os olhos castanhos claros bem vivos e o cabelo loiro chegando a um tom ruivo.

- Acho que igual a estar na Sonserina. – Emma deu de ombros.

- Digo, como é aturar o pé no saco do Riggs todos os dias? – Emma riu. Achava graça nesse ódio mútuo dos dois.

- Ah, ele é terrível. Tipo uma pedra no meu sapato. – Respondeu brincando. Isabela revirou os olhos. Nesse momento, duas meninas que Emma reconheceu como Clara Christensen e Samira Mazzaropi, se aproximaram.

- Ah sim, Emma, essas são Clara e Samira. – Isabela apontou para as duas vendo Anne Vyctoria se aproximar. – E essa é a Anne.

- Oi! – Emma afirmou. Clara conversava internamente com Samira sobre a aula de Poções.

- Não gosto da aula. Nem liguei pro professor. – Samira deu de ombros.

- Não tenho nada contra o Davis. Mas a Grifinória deve ter. – Clara falava.

Emma percebeu que Clara era um tanto fechada e resolveu não puxar tanto assunto. Voltou sua atenção para Isabela, Anne e Nat.

- Vocês três foram muito bem na aula! – Emma exclamou.

- Obrigada! Tentei fazer a poção, mas não deu tempo de terminar. – Nat disse com um sorriso orgulhoso.

- Ah, Obrigada! Nem fiz uma poção tão boa assim, Prof. Davis devia estar apenas falando asneiras. -Anne disse com um sorriso.

- Valeu! Tentei fazer uma poção razoável. Até porque eu adoro essa aula. – Isabela agradeceu.