História A nova geração: Imprevistos - Prólogo/1.Pode ser que dure

A Murta-que-geme estava flutuando logo atrás de nós, ao seu lado estava meu primo e minhas melhores amigas, eu realmente não estava entendendo nada mas ao julgar pela expressão determinada de Murta ela falava sério. Entretanto sem consegui me conter abracei minhas amigas, poderíamos estar num momento crítico, mas eu precisava daquele abraço.

- Meu Merlin! - exclamei sem solta-las.

- Você não imagina como foi estressante não ter ideia do que estava acontecendo ao pararmos no passado. - Rebekah murmura me soltando gradualmente.

- Acredite, eu tenho sim. - admiti para logo em seguida fazer uma careta.

- Certo - Scorpius interrompeu e apontou para Murta - O que você sabe?

- Que o Logan quer matar a Evans e o Potter para que o filho deles não nasça. - disse a fantasma num tom de voz solene.

- Por mim tudo bem. - Draco deu de ombros e todos olharam atravessado para ele, a situação não estava muito boa e ele ainda faz um comentário como aquele - O quê? Não precisam fazer tempestade num copo d'agua por causa disso!

Ignoramos-o e a Murta disse o plano detalhadamente. O Draco, por incrível que pareça, concordou em ajudar, porém eu não achava boa idéia, ele não podia se envolver, Scorpius garantiu-me que ficaria de olho para o caso dele não fazer nada que mude o presente, entretanto, não me convenceu.

A cópia do Tempus Peregrinatione que está com a Murta acabou se desprovindo de magia e precisa ser reabastecido com o mesmo feitiço usado por Logan, então só poderemos viajar ao pôr do sol enquanto Murta terminava de citar os feitiços em latim.

Eu realmente não sei o que fazer para esperar, Dumbledore não ficou sabendo dos novos viajantes pelo simples fato de que não ficaremos por muito mais tempo nesta época. A preocupação crescia dentro de mim, alguma ia dar errado, eu podia sentir, poderia ser mais uma das minhas neuroses, mas daquela fez era diferente. Rebekah e James ficaram num canto junto com Kelsi e Lily, eu teria ido com eles se Scorpius não tivesse me puxado novamente.

- Vai dar tudo certo. - ele garante.

- Quero realmente acreditar em você, mas sinceramente não consigo. - deixo um longo suspiro sair por entre meus lábios e Scorpius me puxa para um abraço.

- Me surpreende o filho meu estar namorando. - Draco para perto de nós com os braços cruzados.

- Digamos que continuei seu legado por um tempo. - os lábios de Scorpius se repuxaram para um sorriso de canto e um dos seus braços envolveu meus ombros.

Draco apenas consentiu com a cabeça e me avaliou com os olhos, desviei o olhar para outro canto e mordi meu lábio inferior, eu não sabia como tinha sido a reação dos Malfoy ao saberem que seu filho gostava de uma Weasley, Scorpius nunca entrou em detalhes e apenas me disse a primeira a aceitar foi sua avó, Narcisa.

- Você - Draco apontou o dedo para mim - é filha daquele traidor do sangue com a sangue-ruim. - ao deduzir isso sua face assumiu uma coloração avermelhada intensa, Scorpius se colocou a minha frente - Como ousa manchar o nome da família namorando uma sangue-ruim?!

- Já tivemos essa discussão - Scorpius revira os olhos - E não aceito que chame Rose assim, ou você esqueceu? - Draco recua alguns passos, mas sem se abalar totalmente - Eu soube, então não banque o hipócrita.

- Olha o jeito como fala comigo! Sou seu pai!

- Claro, nessa época eu nem era planejado mesmo, então não, aqui você não é meu pai.

Apertei o braço de Scorpius, repreendendo-o, ele estava indo longe de mais. Draco umedece os lábios e se afasta fazendo um gesto como se dissesse esse assunto ainda não se encerrou.

- Precisava disso? - cruzo os braços. - Não precisava falar com ele assim.

- Sempre quis falar com meu pai deste jeito. - Scorpius ri consigo mesmo e aí me ver séria deixou o riso morrer em sua garganta - Vamos Rose, eu não iria passar pela mesma discussão de quando assumi gostar de você, meu pai primeiro ficou vermelho e começou a berrar dizendo que eu deveria ter enlouquecido, isso - ele gesticulou para o seu pai estava outrora - foi uma cena resumida do que aconteceu, só faltou ele me proibir de te ver.

- Ele proibiu? - ergui minhas sobrancelhas.

- Proibiu, mas isso não me impediu de nada. - Scorpius se inclina para me beijar.

- Podem ir parando - escuto a voz de Lily - se querem se beijar, se beijem, mas bem longe daqui.

Vi minha prima fingindo vomitar e arrancando risadas do irmão e de minhas amigas, apenas reviro os olhos rindo e Scorpius me puxa para fora do castelo, o dia estava quase se pondo, logo Murta irá nos chamar. Nos deitamos perto da porta de entrada para não correr o risco de nós perderem, nossas cabeças estavam uma do lado para a outra, no céu algumas nuvens o preenchiam, como não tínhamos nenhum assunto resolvemos dar formas a elas.

- Um coelho. - Scorpius indica uma nuvem aleatória.

- Só se for um coelho com deficiência, ele tem um lombo atrás. - comentei.

- É a cauda dele.

- Coelhos não tem caudas. - reviro os meus olhos e ouço sua risada. - Quando tinha 5 anos eu amava olhar as nuvens, agora isso é chato. - murmuro.

- Quando criança nos deixamos levar por coisas inúteis, agora esquecemos de nos distrair. - virei meu rosto em sua direção ele deposita um beijo na minha testa.

Passo meu nariz pela sua bochecha e ficamos apenas deitados sem dizer nenhuma palavra. A noite já estava caindo quando resolvemos nos levante e procurar pelos outros, entretanto ficamos apenas parados olhando um para o outro. Eu podia ficar alí para sempre, me perdendo em seus lindos olhos azuis.

- Temos que ir. - sussurrei.

- Mas antes...

Scorpius me puxou para sí e colou seus lábios nos meus, foi a primeira vez que ele me beijou assim, com emoção e paixão, um beijo cálido que fez minhas pernas tremerem e meu coração acelerar. Finalmente Scorpius será meu de novo, e dessa vez pode ser que dure, meu namorado... Scorpius Malfoy.