História A nova geração: Imprevistos - Mudamos o presente

Já estávamos parados ali por muito tempo, o tédio e o medo nos consumiam. Nenhum plano de fuga realmente me vinha a cabeça, mas parecia que Logan queria deixar esse tempo para pensarmos em algo, afinal apenas James Potter e Lily Evans estavam sem varinha, tudo era foi minimamente pensado para ser uma armadilha, eu só tinha medo de pensar em algo errado e acabar tudo em nossa morte.

- Isso não vai adiantar. - Lily resmunga para o irmão.
 
- É claro que vai. - ele retruca. James estava tentando enfiar a mão dentro do Chapéu para pegar o Tempus Peregrinatione que foi junto com a Murta. Não sei por quê o Logan deixou o Chapéu ali, talvez não há como trazer a fantasma de volta e nem pegar nada que foi sugado junto. Depois de uma tentativa inútil de ir contra as leis do Chapéu, James lançou-o com toda a força contra a parede. - Nós vamos morrer! - ele berra.
 
- Nos diga algo que não sabemos. - retruquei.

- Seja menos pessimista. - Rebekah pede num canto da sala.
 
James bufou alto e se jogou no chão ao lado de Beky, ela começou a fazer carinho no seu cabelo e aos poucos meu primo foi se acalmando.
 
- Tem algum plano? - Kelsi pergunta se inclinando para mim.
 
- Não... - suspirei e olhei para o Draco, que este estava conversando com o Scorpius e tive uma ideia. - Ei! - o chamei e ele olhou para mim. - Você sabe aparatar?
 
- Só tenho 16 anos. - Draco disse e depois deu um meio sorriso. - Mas já aparatei.
 
- Sozinho?
 
- Sim, mas foi no teste que o Ministério obriga nós fazermos.
 
- Ah... Então foi só alguns metros.
 
Joguei a cabeça para trás e fiquei olhando para o teto mofado, havia um buraco pequeno alí, minhas sobrancelhas se uniram para o provável plano.
 
- O que você está pensando? - Kelsi quis saber.
 
- Olha aquilo. - apontei para o buraco. - É da largura de uma cabeça?
 
- Acho que sim. Mas não tem como quebrar mais ainda.

- É só usar um feitiço.
 
- Bombarda?

- Talvez...

Quanto mais pensava naquele plano mais o plano de Logan me fazia sentindo, tudo ali era realmente uma armadilha, ele queria que saissemos, mas e se não fôssemos rápidos o suficiente?

- Se quebrar o teto, como vamos sair? É muito alto. - Kelsi observa ao se levantar.
 
Não era tão alto, tinha as cadeiras que poderíamos subir, os dois James e Draco eram altos, então o problema não era a altura. Quando fui dizer meu plano Logan entrou no lugar. Não fomos rápidos.
 
- Querem saber? Cansei de esperar. - ele disse e erguei sua varinha.
 
Imediatamente cada um colocou suas varinhas em mãos preparados para o que viria a seguir.

- BOMBARDA! - berrei apontando a varinha para uma parte do teto que estava sobre a cabeça do Logan. Tijolo e cimento despencaram sobre ele, mas Logan gritou um contra-feitiço, voou bocados de tijolos em nossa direção.
 
- Criança tola! - ele berrou. - Suctumsempra!
 
O feitiço teria caido em mim se eu não fosse inteligente o suficiente para pensar num contra-feitiço a tempo, o feitiço voltou contra o Logan fazendo-o cair no chão.
 
- Você está bem? - Lily Evans pergunta ligeiramente preocupada.
 
- Sim. - abaixei um pouco minha varinha e olhei para o Logan, sua blusa estava manchada de sangue e ele contorcia-se de dor.
 
- Ele vai morrer ou o feitiço acaba uma hora? - James pergunta.
 
- Não sei... - eu, Kelsi e Beky olhamos para o Scorpius.
 
- Não perguntem para mim, acho que ele morre se os cortes não forem fechados a tempo. - ele disse cruzando os braços.
 
- Você também levou esse feitiço? - Draco quis saber.
 
- Sim, por ela. - Scorpius apontou para a Beky.
 
- Você mereceu. - a loira bufou.
 
- Tá gente, e agora? Ele vai morrer lentamente mas e agora? - James Potter pergunta interferindo.
 
- Oh céus! Se ele morrer a história muda! - Lily exclama alto de mais e olha para seus avós, como se esperasse que algo sobrenatural acontece com eles.

- Do que vocês estão falando? Esse cara era tão importante assim? - James Potter pergunta.
 
Então contamos tudo, que Logan na verdade era Voldemort, que ele matou eles e tentou matar seu filho, que depois Harry o matou, mas ele voltou misteriosamente e assumiu esse corpo lindo desse trouxa indefeso, poderia ser uma atitude imprudente, mas já estamos brincando de mais com o tempo que um tópico a mais não mudaria muita coisa.
 
- Se o Voldemort morrer o tio Harry pode ser um cara comum, ele talvez não conhecerá meu pai e nem minha tia, que hoje é sua esposa... - comentei franzindo a testa.

- Veja pelo lado bom, Voldemort nunca existirá e o mundo bruxo viverá em paz. - Lily Evans comenta cruzando se abraçando.
 
- Espera, acho que não, nós matamos o Voldemort do nosso presente, nessa época o Tom Riddle ainda vai estar vivo, para mudar toda a história teríamos que matar o cara dessa época. - Kelsi observa.
 
Passei a língua pelos lábios, o desconforto crescendo em meu emocional. Logan deu seu último sibilo ficou imóvel, o sangue a sua volta se estendia um pouco até cobrir totalmente onde ele estava. Poderia ser tão fácil matar ele assim?

- O que vocês querem fazer? - Beky pergunta, seus braços estavam arrepiados.

- O cara vai nos matar por que nosso filho vai ser mais poderoso que ele, Voldemort tem que morrer! - Lily Potter fala determinada tomando frente.

- Nós temos a oportunidade e talvez não mude muita coisa, talvez meu pai seja famoso, como dizia a profecia, ele será um bruxo poderoso. - James concorda.

Eu não tinha tanta certeza quanto aquilo, algumas coisas não me faziam sentindo. Acompanhei hesitante o grupo até o orfanato e como era férias natalinas Tom estava no jardim da casa meio afastando das crianças que vestiam um conjunto de blusa branca de manga comprida, calça social preta - as meninas saia até os joelhos - e botas de cano alto de couro.
 
- Espera gente - todos né olharam le.

- Você quer arriscar? - James Potter pergunta me olhando com uma sobrancelha erguida.

- Melhor do que mudarmos toda a linha do tempo. - concordo.

- Ela tem razão. - Rebekah murmura me dando um meio sorriso.

- Vocês estão é com medo - Draco resmunga pondo sua varinha em posição para Tom.
 
- Espera. - gritei.

- Avada Kedavra. - Draco disse simplesmente fazendo o garoto caiu duro no chão sem ao menos emitir nenhum som.

- Você chorou tentando matar Dumbledore mas nem hesitou desta vez, parabéns. - resmungo o olhando atravessado.

- Tanto faz.

Eu temia pelo pior, as coisas poderiam mudar drasticamente. Nos entreolhamos preocupados por vários minutos antes de voltarmos para a casa a procura do Tempus Peregrinatione de Logan, sorte que o artefato estava junto as vestes do bruxo. Deixamos a Lily Evans e o James Potter na época deles mas não antes de avisar para de ficarem em silêncio. E então deixamos Draco na época dele também.

- Foi divertido. - ele disse antes de darmos mais uma volta no Tempus Peregrinatione, eu não podia concordar com ele.

Meu medo de voltar para nossa época me consumia, entretando ao chegarmos lá sentíamos que o ar estava diferente, os alunos riam mais e ninguém falava do Harry Potter como outrora faziam regularmente. Se Lily e James ainda estavam aqui, então quer dizer que não mudamos muita coisa.

Uma coisa me assusta é ter que encontrar amigos e familiares que morreram, vivos. Fred II terá nascido? Se sim ele ainda terá o mesmo nome? Harry Potter não terá sua cicatriz, ele ainda teria virado amigo dos meus pais? Muitas perguntas sem respostas que não tenho certeza se as quero descobrir.