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História A Nova Influência - A debutante


Escrita por: britishross

Notas do Autor


— Naruto pertence à Masashi Kishimoto, mas a história que aqui será contada é de minha autoria.
— História narrada em terceira pessoa.
— Gosto de ler comentários, porque eles me motivam a continuar a escrever. Além disso, sugestões e críticas não ofensivas sempre serão bem-vindas!
— A primeira temporada se chama "A Grande Influência" e você encontra nesse site também!
— O spin-off, em formato de one shot, que fala um pouco sobre a relação Sai/Ino/Sasuke se chama "Infiel" e também já foi publicado.
— Aconselho a lerem a primeira temporada e o spin-off para depois começarem a ler a segunda temporada.

Capítulo 1 - A debutante


Sarada estava prestes a completar quinze anos. Nos últimos tempos sua vida tinha sido muito boa ao lado dos pais. Sua mãe, Sakura, a cada dia era mais carinhosa e atenciosa, enquanto seu pai, Sasuke, tinha melhorado bastante o gênio forte e até tratava Inojin, seu namorado, com admiração. O garoto conquistou o sogro com seu jeito doce e sempre servindo de bom exemplo. Agora, Sai e Sasuke eram grandes amigos também. O ódio por Ino Yamanaka os uniu. Ambos os homens detestavam a loira e celebravam o fato dela ter sumido do mapa. Há muito tempo Ino não procurava ou ligava para saber de Inojin. O garoto sofreu durante um tempo, mas com o apoio da namorada conseguiu superar a distância da mãe.

O namoro de Sarada com Inojin era calmaria. Nunca brigavam e sempre se tratavam com carinho. Ele seria o seu príncipe na festa de debutante e eles dançariam juntos. Sarada se sentia insegura para dançar na frente de todos os convidados, mas o namorado sempre a tranquilizava. A serenidade de Inojin afastava os medos da garota, que agora estava segurando dois vestidos de debutante, cada um em uma mão, quando Sakura apareceu na porta do quarto da menina.

— Ainda admirando seus vestidos? – Perguntou Sakura parada na porta.

— Mãe, tenho que confessar que estou um pouco nervosa com essa festa. A cidade inteira vai estar lá. – Disse guardando de volta os vestidos no closet.

— Filha, a festa será tão linda. Além disso, você está ensaiando todas as danças. Não vai fazer feio.

— Você tem mesmo que gravar um vlog da festa?

— Bem, todos os meus leitores assistiram a todas as etapas de preparação para a festa. Não podemos deixá-los fora da grande noite, certo? Além disso, tudo vai ser perfeito.

— Tudo bem. Eu tenho que dançar mesmo?

— Bem, como seu avô e seu tio se recusaram, só seu pai e o Inojin dançarão com você.

— Se dependesse do papai, só Inojin dançava.

— É verdade. – Riu Sakura. – Sorte que eu to aqui pra dar aquele puxão de orelha e convencê-lo do contrário.

— Papai é um novo homem desde que vocês se casaram.

— Ele melhorou bastante né? – Sakura se sentou na cama ao lado da filha.

— Principalmente, no quesito ciúme. Ele nem implica mais com o Inojin. – Pontuou Sarada.

— Ele se acostumou com o seu namorado. Inojin é quase parte de nossa família já que faz um pouco mais de dois anos que vocês estão juntos.

— E o papai se tornou amigo do Sai.

— Pra você ver! Seu pai ser até capaz de aumentar o círculo de amizades é a máxima prova que ele está muito mais sociável. – Sorriu.

— Estão falando mal de mim?

Sasuke surgiu na porta e viu mãe e filha conversando. Há três anos Sakura tinha voltado a fazer parte de sua vida e nada poderia tê-lo feito tão bem. Agora, veria sua filha completar 15 anos ao lado de sua verdadeira mãe. Jamais pensaria que isso fosse possível alguns anos atrás.

— Só um pouco. – Brincou Sarada e Sakura riu.

— Querido, só estamos elogiando a forma como tem lidado com seus ciúmes. Por exemplo, você nem implica mais com o Inojin. – Especificou Sakura.

— Sabe, eu até gosto do moleque. Ele é um bom genro. É estudioso e terá um bom futuro.

— Inojin também o adora, papai.

— Se não adorasse não deixava ele chegar perto de você! – Brincou Sasuke.

 

[...]

 

Boruto tinha se tornado um belo rapaz. Aos quinze anos, o garoto era o mais popular da escola. Sempre rodeado por garotas, o que fez com que seu namoro com Mirai fosse inconstante. Nos últimos dois anos, eles terminaram e voltaram diversas vezes. No entanto, já fazia quatro meses que Boruto estava oficialmente solteiro. Shikadai, melhor amigo do garoto, conversava muito com o Uzumaki sobre a possibilidade dele e Mirai retomarem o namoro, mas dessa vez Boruto estava decidido. Não teria volta.

— É sério que dessa vez vocês terminaram pra valer? – Perguntou Shikadai enquanto jogavam videogame.

— Sim, não estou mais apaixonado pela Mirai. Passou sabe? – Comentou Boruto ainda de olho no jogo.

— Eu sempre achei que você nunca tivesse sido apaixonado por ela. Você não era louco pela Sarada, cara?

— Desde que a Sarada começou a namorar o Inojin, ela só tem olhos pra ele. Foi a partir daí que me apaixonei pela Mirai. Dei uma chance sabe? E foi bom. Mas agora não é mais.

— Entendo. Você ainda gosta da Sarada?

— Ela é minha melhor amiga. É claro que eu gosto. E o Inojin é um ótimo amigo também. – Comentou Boruto.

— Não estou falando de gostar como amiga.

— Ah... Eu acho que esqueci. Pelo menos, acho que aquele amor todo adormeceu.

— Se ela e o Inojin terminassem, você tentaria ficar com ela?

— Talvez. Sarada é alguém muito especial pra mim. E você Shikadai?

— Nunca foi apaixonado pela Sarada.

— Não to falando dela. Você já foi apaixonado por alguém?

— Ah, acho que não.

— Você vai na festa de aniversário da Sarada, Shika?

— Claro, Boruto! Vai ser festão! Você também vai né?

— Sim, não perderia por nada!

 

[...]

 

Um dia antes da festa, Sarada estava uma pilha de nervos. A verdade é que apesar da festa ser do jeitinho como ela sempre sonhou, Sarada ficava insegura diante de muita gente e ela teria que dançar na frente de, praticamente, toda a cidade. Sua mãe tentou tranquilizá-la um milhão de vezes, mas nada adiantava. Após ensaiarem a música que os dois dançarão, Inojin reparou que a menina parecia aflita.

— Sua cabeça parece tão distante. – Comentou o garoto, enquanto sentia a cabeça de Sarada repousar em seu ombro.

— Tenho medo de pagar algum mico amanhã. Todas as atenções estarão em cima de mim. – Comentou.

— Sarada, não se preocupe com isso. Se concentre em curtir a festa.

— Acho que só vou relaxar quando você estiver do meu lado. – Admitiu a garota.

— Serei o primeiro a chegar na festa. Ficarei o tempo todo ao seu lado. – Prometeu.

— Obrigada, Inojin. – Sarada sorriu e o encarou.

— Eu te amo.

— Eu também.

Sarada e Inojin se beijaram com delicadeza. Com o passar do tempo, Sarada descobriu que não era apaixonada por Inojin como um dia fora por Boruto. Entretanto, ela apreciava o amor calmo que ele a oferecia, o jeito como a tocava, a forma como lhe protegia. Inojin era amável e Sarada o valorizava ao máximo.

— Quero ficar a vida toda do seu lado, Inojin.

— Nada me deixa mais feliz do que ouvir isso.

 

[...]

 

No dia da festa, Sakura acordou Sarada com um monte de beijos. A filha ficou feliz de ver que a mãe estava tão ansiosa para a festa quanto ela. As duas haviam preparado cada detalhe juntas, seria uma grande festa. Sarada passou o dia todo ao lado da mãe e da tia Izumi checando os últimos preparativos da festa. Quando chegou a hora se arrumar, Sarada demorou bastante para ficar pronta, mas ficou relaxada ao ver as mensagens de Inojin que diziam para ela relaxar. Segundo seu namorado, ele estava quase pronto para sair rumo ao salão de festas do clube de Konoha.

Quando Sarada chegou ao local da festa junto com seus pais, ela foi fotografada e filmada tanto para o álbum oficial quanto para o vlog de Sakura para o blog La Haruno. Não demorou muito e sua família e os primeiros convidados começaram a chegar e se sentarem em suas respectivas mesas. O que estava deixando Sarada um pouco nervosa era a demora de Inojin. O namorado havia lhe dito que seria o primeiro a chegar, mas já estava há meia hora atrasado. Será que ele havia enfrentado algum tipo de trânsito? Era muito estranho ele ainda não ter chegado, pois o clube não era tão longe assim. Konoha era uma cidade pequena. Nada ficava muito distante.  No entanto, Sarada foi distraída do atraso de Inojin por causa da chegada de seus amigos.

Quando Chouchou, Shikadai, Boruto e Himawari chegaram foi motivo de festa e logo Sakura mandou abrir a pista de dança para as “crianças” dançarem. Sarada foi mesmo à contragosto, uma vez que preferia esperar Inojin chegar. No entanto, enquanto o namorado não dava as caras, Sarada dançou com seu primo Obito. Já Boruto dançava com sua irmã Himawari e Chouchou com Shikadai. Quando Sarada viu Sai chegar sem Inojin, a menina estranhou ainda mais e resolveu falar com o sogro.

— Sai, o Inojin não veio com você? – Perguntou Sarada aflita.

— Não, eu saí primeiro que ele. Tive que resolver umas coisas antes de vir pra cá. Pensava que ele já tinha chegado. Você já ligou pra ele?

— Já. Só diz que o telefone está desligado ou fora de área.

— Que estranho. Vou tentar ligar de novo.

Sai ligou umas dez vezes para o filho, mas o telefone dava que estava desligado.

— Vamos ter que esperar ele chegar, Sarada. – Avisou Sai.

— Ele vai ter que me explicar direitinho esse atraso. Daqui a pouco é a hora da valsa.

— Sarada, Inojin virá. Deve ter acontecido algum imprevisto que fez ele se atrasar. – Disse Sai tentando esconder a preocupação. Não era normal Inojin chegar atrasado a qualquer ocasião, ainda mais no aniversário de sua namorada.

Sarada tentou se divertir de todos os jeitos, mas não conseguia. Sakura logo percebeu a aflição da menina e ao saber que o motivo era Inojin ficou preocupada. Então, a rosada chamou Sasuke para conversar num canto longe dos convidados.

— O que foi Sakura? – Disse Sasuke.

— Inojin ainda não chegou. – Avisou preocupada.

— Ele deve estar a caminho. – Sasuke tentou tranquilizá-la.

— Sasuke, daqui a pouco é a hora da valsa. Se o Inojin não chegar a tempo, Sarada terá de dançar com outro garoto.

— Por que o Inojin tinha que sumir logo agora? Será que ele e a Sarada brigaram?

— Será que eles brigaram? Sarada não me disse nada.

— Olha, se o Inojin não vir é só colocar o Boruto pra dançar no lugar dele. Os dois são loiros e de olhos azuis, ninguém vai nem reparar na troca.

— Sasuke, todo mundo vai reparar!

— Vamos pensar num problema de cada vez ok?

— Ok. Vou chamar o Boruto para dançar com a Sarada. Deixá-lo sobre alerta caso Inojin se atrase mais.

Sakura chamou Boruto e conversou com o garoto sobre a situação. Logicamente, ele entendeu a gravidade de Inojin não chegar a tempo da tão ensaiada valsa e disse para Sakura que aceitava dançar com a amiga depois de seu padrinho. Boruto não esperava se tornar o príncipe de Sarada nos 45 do segundo tempo, mas não ia deixar a amiga passar por aquela saia justa sozinha. Depois, ele mesmo daria uns sopapos em Inojin por ele deixar Sarada na mão logo num momento tão importante quanto esse.

O tempo foi passando e a hora da valsa havia chegado. Sarada estava muito nervosa, pois Inojin estava atrasado demais. Tão atrasado que Sai resolveu sair da festa para ir atrás do filho em casa, ver se tinha acontecido alguma coisa, algum acidente. Então, como não havia mais tempo para esperar. A valsa começou a tocar e Sasuke dançou com sua filha como manda a tradição. A menina fez como tinham ensaiado durante meses. Em seu ouvido, Sasuke pediu para que ela mantivesse um sorriso no rosto e esquecesse Inojin por alguns minutos.

— O senhor fala como se fosse fácil. – Retrucou Sarada segundos antes de seu pai se afastar para que Boruto se aproximasse para dançar a próxima música. Todos os amiguinhos dos dois, ficaram boquiabertos, pois esperavam que Inojin fosse o príncipe. Ele não estar lá era algo grave.

Quando Fall, de Justin Bieber, começou a tocar, Boruto e Sarada dançaram mesmo terem ensaiado para aquilo. Era apenas a química deles que funcionava. A música falava sobre um melhor amigo que se apaixona pela melhor amiga. Embora a música fosse pra contar a história de amor entre Inojin e Sarada, ela também parecia caber perfeitamente a Boruto e Sarada e ao amor que eles nunca viveram.

— Obrigada por não me deixar pagar o mico de ficar sem príncipe. – Agradeceu Sarada.

— Inojin deve ter uma boa desculpa para o atraso.

— Eu só espero que ele esteja bem.

— Deve estar. Sarada, só se concentre na dança. Esse momento é seu. – Sussurrou Boruto.

— Esse momento teria sido arruinado sem você.

— Eu te amo e só quero seu bem, Sarada. – Boruto se declarou e beijou a testa da menina no fim da música que não sabia muito bem o que fazer. Não estava esperando por aquela frase. Por um instante, ela esqueceu que Inojin tinha sumido e seu coração disparou. Boruto sempre causava essas reações exageradas. Sarada odiava se sentir dominada por um sentimento desse jeito. Então, ela balançou a cabeça e parou de pensar em Boruto. Tinha que procurar Inojin, saber se ele tinha chegado.

— Nada dele mãe? – Perguntou Sarada.

— Nem sinal. Tomara que o Sai encontre esse menino logo! – Respondeu Sakura.

— Agora, até eu estou ficando preocupado. Deve ter acontecido alguma coisa. – Disse Sasuke.

— Bem, eu vou acelerar os parabéns para terminarmos a festa logo. Não tem mais clima. Além disso, Sarada não parece bem. – Comentou Sakura.

— Sim, mamãe. Eu só quero que isso acabe logo. – Disse Sarada visivelmente chateada com toda a situação. Sua festa estava linda, mas sem Inojin era como se tudo tivesse dado errado.

Durante os parabéns, Sarada fingiu que estava feliz. É claro que seus amigos mais próximos sabiam que não estava tudo bem e acharam muito estranho o sumiço de Inojin. Mas nas fotos Sarada tentou não deixar transparecer que não estava bem. Seus sorrisos eram todos forçados. Quando Sai voltou, já no momento em que os convidados estavam indo embora da festa, Sarada ficou em choque com o que o sogro lhe dissera.

— Não há sinal de vida do Inojin. Ele não está em casa e em nenhum canto da cidade. Já fui na polícia, no hospital, mas nada dele. Pensei que pudesse ter me desencontrado dele, mas vejo que ele também não chegou aqui. – Desabafou Sai, que chorava.

— Ele desapareceu? Vou ligar de novo pro celular dele. – Disse Sarada.

— Não adianta, Sarada. O celular dele está lá em casa, assim como todas as coisas dele. Ele só sumiu. Não sei como, mas sumiu. – Disse Sai.

— Mas ele não pode ter sumido desse jeito! – Sarada bateu o pé.

— Calma, querida, nós vamos achá-lo! – Prometeu Sakura.

— Eu vou com você até a delegacia amanhã de manhã, Sai! Agora já é de madrugada e estamos todos cansados. – Disse Sasuke.

 

[...]

 

No dia seguinte, Inojin continuou desaparecido. Sai e Sasuke percorreram todos os lugares possíveis e improváveis para o paradeiro de Inojin, no entanto nenhum sinal foi encontrado. Na delegacia fizeram perguntas sobre quem tinha sido a última pessoa que esteve com o garoto, se ele tinha brigado com a namorada, se ele tinha alguma inimizade. Mas Inojin era um garoto tão doce e tranquilo que era impossível que numa cidade tão pacata quanto Konoha alguém odiasse o menino.

Sarada ficou revoltada com a situação. A menina quase desacatou o delegado quando ele insinuou que eles pudessem ter brigado e por isso o garoto ter sumido. Então, Sarada e seus pais disseram ao delegado que o relacionamento da filha com Inojin era pacífico, eles nunca tinham tido uma discussão sequer. Examinaram as redes sociais de Inojin, mas não havia nada lá que indicasse um possível culpado. Então, após alguns dias de busca o delegado apontou duas sugestões do que ele achava que tinha acontecido.

— Só pode ter acontecido duas coisas. (1) Ele fugiu por conta própria. (2) A mãe dele pode estar envolvida nisso.

— Inojin nunca fugiria de casa, ainda mais no dia do aniversário da namorada dele! – Bradou Sai.

— Então, a mãe do garoto pode estar envolvida nisso. Vocês têm algum contato dela? Alguma pista de onde ela está ou para onde ela iria com o garoto? – Perguntou o delegado.

— Com eu já havia lhe dito, delegado, a mãe do Inojin sumiu há alguns anos. Ela nem ligava mais para o menino. Não entendo por qual razão ela viria até aqui e sumiria com o meu filho. – Explicou Sai.

— Talvez por vingança. O senhor disse que quando ela foi embora vocês tinham tido uma briga feia, pois havia descoberto uma traição certo?

— Mas o traído fui eu! Ela não tem por que se vingar de mim!

— O senhor não a impediu de ter contato com o filho?

— Claro que não! Eu só a expulsei de casa e, por conta própria, ela disse que viajaria o mundo. Ela até prometeu ligar para o Inojin, mas ligou umas duas vezes e depois nunca mais. Nem voltou para visitá-lo. – Disse Sai.

— Bem, vamos continuar investigando. Se o seu filho ligar ou surgir um novo suspeito sobre o desaparecimento dele, por favor, nos mantenha avisados.

— Qualquer novidade que o senhor tenha também me mantenha avisado. Tenho medo que tenha acontecido alguma coisa com o meu filho.

 

[...]

 

Sai chegou na casa dos Uchiha com o coração apertado. Não tinha nenhuma informação animadora. Sarada ficaria ainda mais abalada.

— Sai, já tem alguma pista do paradeiro do Inojin? – Perguntou Sakura assim que Sai entrou na casa.

— Nada. O delegado está tão perdido quanto nós. – Contou.

— Ele ainda acha que foi o Inojin que fugiu? – Perguntou Sasuke.

— Ele também passou a considerar a hipótese de que a Ino esteja envolvida nisso. – Informou Sai.

— Por mais que eu acredite que a Ino seja capaz de tudo, como ela sumiria com o Inojin se ela está anos sem ter contato com ele? – Questionou Sasuke.

— Eu não sei. – Sai disse desesperado.

— Sai, nós precisamos trazer o Inojin de volta. – Disse Sarada que ainda chorava.

— Vamos atrás da Ino! Se ela está envolvida nisso, nós temos que encontrá-la. – Incentivou Sakura.

— Mas como achá-la? – Perguntou Sai.

— Temos que dar um jeito! – Disse Sarada.

 

[...]

 

Há duas semanas Inojin estava desaparecido. A investigação policial não avançava. Sai continuava desesperado, abatido e procurando feito um louco por Ino, mas nada acontecia. Enquanto isso, Sarada fazia campanha na internet junto com Sakura atrás de alguma pista sobre o paradeiro de Inojin, mas nenhuma pista que mandavam era verdadeira. As duas até chegaram a ir a outras cidades para fazerem uma investigação por conta própria, mas nada dava certo. Aquilo deixou a menina muito angustiada.

— Mãe, será que nós não vamos encontrar o Inojin? – Sarada questionou.

— Não podemos perder a fé, filha.

— Nós estamos fazendo o nosso máximo e mesmo assim não há nenhum sinal de vida dele.

— Nós precisamos achar a Ino. Só depois de encontrá-la saberemos se ela está envolvida nisso.

— E se aconteceu alguma coisa com ele? Se ele estiver ferido ou morto? – Sarada chorava.

— Sarada, vamos não pensar no pior por enquanto está bem?

— É difícil não pensar o pior, mãe. É uma agonia não poder fazer mais nada. Me sinto impotente, fraca, deprimida.

— Filha, você precisa ser forte.

Sakura abraçou sua menina com força. Queria pegar toda a dor que ela sentia para si. Esperava ver sua filha sofrendo com decepções amorosas, mas o desaparecimento de Inojin era um impacto ainda maior, uma dor que Sakura não pudera prever que sua filha sentiria. Era tão injusto que o primeiro namoro de sua filha acabasse daquele jeito. Apesar de não querer admitir, Sakura estava perdendo as esperanças de que encontrassem o garoto. Tentava permanecer positiva para dar forças a filha, mas a situação, na verdade, não era nada animadora. Não havia nenhuma pista. Estavam todos tão perdidos quanto cegos em um tiroteio.

 

[...]

 

— Sasuke, o que nós vamos fazer com Sarada? – Perguntou Sakura preocupada.

— É difícil. Se ela continuar se alimentando mal, dormindo pouco e chorando o tempo todo vai ser complicado. Ela pode acabar adoecendo. Sei que Inojin é importante para ela, mas a polícia continua procurando o paradeiro do menino. Só nos resta esperar. – Disse Sasuke.

— Eu sei que está sendo difícil, mas é que eu queria ser capaz de fazer alguma coisa. Estamos tão impotentes na frente do sofrimento dela.

— Nossa filha terá de superar isso. Também está sendo difícil pro Sai, afinal Inojin era seu único filho.

— Ele está com depressão, Sasuke.

— Compreensível, não é mesmo? O que a gente pode fazer é oferecer o ombro pra eles chorarem e continuar as buscas.

— E se as buscas não tiverem resultado?

— Sakura, aí só nos restará seguir em frente e obrigar a Sarada a fazer o mesmo.

 

[...]

 

Há seis meses Inojin estava desaparecido. Os policiais não estavam mais priorizando o caso. Achavam que o garoto, provavelmente, estava morto a esta altura. Sai queria que acusassem Ino, mas o delegado disse que não tinham provas contra ela. Além disso, a mulher sequer havia sido encontrada. Não tinham o paradeiro de Ino e muito menos de Inojin.

Sasuke e Sakura conversaram com Sarada sobre o fim das investigações, pois o caso seria arquivado por falta de pistas e provas que pudessem a levar a um culpado pelo sumiço do garoto ou até seu paradeiro.

— Sarada, está na hora de você seguir em frente. – Disse Sasuke a menina que estava com os olhos inchados de tanto chorar.

— Como?

— Nós sabemos que é difícil, mas você precisa ter forças pra voltar a ter uma vida normal Sarada. Voltar a sair com seus amigos, a focar nos estudos. – Completou Sakura.

— Suas notas caíram muito, Sarada. Nós compreendemos que você está passando por uma fase difícil, que o desaparecimento do Inojin te afetou muito, mas você ficar deprimida desse jeito não vai fazer ele voltar. – Disse Sasuke.

— Desculpem. Eu vou focar nos estudos.


Notas Finais


Então, qual o balanço de vocês sobre este primeiro capítulo hein? O que esperam para os próximos? Temos um longo caminho a percorrer nesta fic :)


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