História A Nova Influência - Em família

Yodo estava saindo do hospital, quando deu de cara com Boruto. Ela sorriu para ele, então o Uzumaki descruzou os braços e foi caminhando até a estudante de medicina, quem cumprimentou com dois beijinhos na bochecha.

— Você demorou a sair hoje. – Disse Boruto já se prontificando para carregar a mochila da menina.

— Um paciente precisou de mim. Ficou chateado comigo? Te fiz esperar muito? – Perguntou Yodo acompanhando os passos do Uzumaki até sua bicicleta elétrica.

— Só 50 minutos, mas eu supero. Tem pessoas que precisam mais de você do que eu, certo? – Disse Boruto.

— Bem, você pode precisar muito de mim também né?

— É. Eu preciso de você. Yodo, você tem certeza que não quer ir no meu carro?

— Eu gosto de usar minha bicicleta. Por favor, vamos nela? – Pediu Yodo já montando na bicleta após desamarrá-la do poste em frente ao hospital.

— Não sei dizer não pra você, não é mesmo?

— Que bom que desde que viramos amigos tem sido assim. – Sorriu vitoriosa ao notar Boruto em sua garupa.

Yodo e Boruto foram de bicicleta até a pensão em que a garota estava hospedada. Então, eles entraram lá juntos e foram imediatamente para o quarto que a garota alugava. Era pequeno, simples, mas Yodo não se incomodava.

— Eu não entendo como você pode gostar de morar aqui. – Comentou Boruto.

— Um dia vou ter dinheiro para comprar um apartamento aqui. Enquanto esse dia não chega, estou bem morando nessa pensão.

— Seus pais não te mandam dinheiro?

— Boruto, eu e minha família somos brigados. Eu meio que vim fugida pra cá.

— Eles não sabem que você está aqui?

— Sabem, mas eles não gostam muito da ideia.

— Por que? – Ficou curioso.

— Eles tinham outros planos pra mim. – Resumiu.

— Yodo, o que pode ser melhor do que querer ser médica?

— Eu penso exatamente igual a você. É um máximo ser médica.

— Fico feliz que tenha vindo pra cá. Muitas pessoas não veem Konoha como uma opção.

— Você fala isso por causa da sua ex? – Questionou Yodo e viu o olhar de Boruto ficar triste.

— Sim, ela queria alçar voos muito altos. Bem, pelo menos, ela está conseguindo.

— Eu vi que ela vai participar de um mega concerto.

— É. Vai até ser televisionado.

— Bem, acho que você ainda a ama certo? – Supôs Yodo.

— Seria tão mais fácil amar você, Yodo. – Boruto acariciou o rosto da amiga que segurou sua mão e sorriu.

— Você me ama, Boruto. Pode não ser do mesmo jeitinho que ama a Sarada, mas eu tenho certeza que conquistei um espacinho no seu coração nas últimas semanas.

— É. Depois daquele primeiro encontro a gente saiu alguma vezes.

— Sim, conheci seus pais, sua irmã.

— E todos eles te adoram.

— Boruto, eu vou lutar por você. – Confessou Yodo e Boruto gostou.

— Lute, por favor. Eu não vou te desencorajar.

Yodo ficou contente por ver que Boruto apreciava sua companhia. Fazia pouco tempo, mas eles estavam ficando bem próximos. Tão próximos que Yodo não resistiu e resolveu tomar a atitude impulsiva de beijar Boruto na boca. Por sorte, ele não a rejeitou. Pelo contrário, Boruto aprofundou o beijo e tomou a garota em seus braços. Quando o beijo cessou, ambos estavam sem fôlego.

— Eu quero mais... – Yodo então tentou beijar Boruto mais uma vez, no entanto o garoto a afastou.

— Vamos com calma. Eu te adoro, Yodo, mas...

— Sempre é assim...

— É pra te proteger. Só pra isso.

— Contanto que você não beije outras bocas. – Resmungou Yodo e ganhou um beijo na ponta do nariz.

— Yodo, relaxa! A gente tá bem não tá?

— Sim, só que você é muito difícil, Boruto!

— Difícil não é mais gostoso? – Provocou Boruto e Yodo riu.

— É. Dá um charme especial.

— Bem, eu só vim te deixar em casa. Melhor eu voltar para pegar o meu carro e aí ir para casa.

— Amanhã a gente se vê?

— Amanhã é o dia de você ir comer pizza comigo e minha família.

— Claro! Sábado com a família Uzumaki é sagrado! – Disse Yodo.

— Que bom que você sabe! – Boruto sorriu, beijou a testa de Yodo e saiu.

— Se cuida! – Disse Yodo ao ver Boruto abrindo a porta do quarto para sair.

— Você também! Não vá dormir tarde!

— Pode deixar!

 

[...]

 

Sarada tinha acabado de ensaiar a sua apresentação com o violino, quando avistou Shinki entrar no teatro com o buquê de rosas vermelhas na mão. Ela sorriu para ele e então voltou a guardar seu violino na case. Quando o namorado chegou próximo ao palco, Sarada se sentou no chão e pegou o buquê.

— Não precisava ter trazido nada. – Disse Sarada cheirando as flores.

— É só um gesto de delicadeza. Vi o quanto você está dando duro para que o espetáculo seja perfeito. – Disse Shinki.

Então, Sarada deu um pulo para descer do palco e abraçou o namorado com o buquê em seus braços.

— É meu dever dar o meu melhor. Minha mãe sempre diz isso. – Disse Sarada.

— Sua mãe é uma inspiração. Aliás, falei com meu tio sobre ela.

— E ele se lembrou dela? – Disse empolgada

— Sim, inclusive, disse que dará um jantar para seus pais no palácio. Você acha que eles topam?

— Acredito que sim. Minha mãe tem curiosidade sobre como está o seu tio depois de tantos anos sem qualquer contato.

— Bem, agora só temos que marcar uma data.

— Falarei com a minha mãe.

— Está nervosa para hoje à noite?

— Um pouco. Aquele friozinho na barriga que nunca passa sabe?

— Sei, mas você tirará de letra. – Shinki então selou os lábios de Sarada.

O casal continuaria por longos minutos naquele beijo, mas o telefone de Sarada tocou. Os dois então se separaram.

— Preciso atender! É a Chouchou! – Avisou Sarada e Shinki assentiu.

Sarada ficou conversando com Chouchou por uns quinze minutos. Tempo suficiente de Shinki ficar entediado e começar a observar o teatro. De repente, o olhar do garoto parou na agenda de Sarada que estava em cima de sua bolsa numa cadeira da primeira fila da plateia. Curioso, ele pegou o objeto e abriu. Foi nesse momento que uma foto caiu da agenda.

Shinki apanhou a foto do chão e viu que nela estavam Sarada e Inojin abraçados. Os dois sorriam. Aquilo foi como um soco em seu estômago. Shinki lembrou das coisas horríveis que tinha descoberto e estava escondendo de sua namorada por medo. No verso da foto, tinha um pequeno texto “O amor pode ser capturado em uma foto.  Se eu pudesse congelar um momento, seria este em que divido com Inojin meu riso. Sarada Uchiha”.

— O que está fazendo, Shinki? – Perguntou Sarada assim que desligou o celular.

— Nada. Acabei derrubando sua agenda e essa foto caiu. – Shinki entregou a foto e a agenda para Sarada.

— Eu adoro essa foto. Foi um pouco depois do meu aniversário de 13 anos. Eu e Inojin estávamos muito felizes. – Lembrou Sarada com um olhar saudoso sobre a foto.

— Sarada, se ele estivesse vivo, o que você faria? – Questionou Shinki.

— Eu ia abraçá-lo. E, certamente, eu choraria muito. – Disse Sarada.

— Você terminaria comigo?

A pergunta de Shinki surpreendeu Sarada. Ela não tinha parado para pensar nisso. No entanto, ao perceber o olhar aflito do namorado, obteve sua resposta.

— Shinki, eu não terminaria com você. É claro que eu e Inojin tivemos uma história e ele é alguém muito importante pra mim, mas eu estou apaixonada por você. Se Inojin aparecesse hoje, nós precisaríamos conversar e esclarecer as coisas entre nós, mas seria só isso.

— Tem certeza?

— Tenho. Confia em mim?

— Confio, Sarada.

Shinki abraçou Sarada com força. Queria lhe contar a verdade, mas tinha prometido ao pai e a madrasta que aguardaria até o momento em que eles achassem mais prudente. Enquanto isso, tinha medo que Sarada descobrisse a verdade sozinha e o odiasse.

 

[...]

 

Enquanto isso em Konoha, Boruto esperava impaciente por Yodo. Hinata já tinha feito a primeira pizza para a tradicional noite da pizza da família Uzumaki. Naruto estava comendo a terceira fatia, Himawari estava ajudando a mãe na cozinha e Boruto estava de pé zanzando pela sala.

— A garota deve estar chegando. – Naruto tentou tranquilizá-lo.

— Ela sempre atrasa. – Comentou Boruto.

— Ela não é a Sarada que sempre foi pontual. – Comentou Naruto inconscientemente.

— Que bom que ela não é a Sarada. – Respondeu Boruto com um sorriso mínimo nos lábios.

— Está apaixonado pela... como é o nome dela mesmo? – Perguntou Naruto antes de enfiar um novo pedaço de pizza na boca.

— É Yodo, pai.

— Ela é linda. Vocês me dariam belos netos. – Disse Naruto distraído com a presença de Hinata e Himawari trazendo mais pizzas para a mesa de centro da sala. Todos iriam comer no sofá vendo TV.

— Ei, eu não quero ser avó agora. – Avisou Hinata.

— Não to pronta para ser tia também. – Disse Himawari em seguida.

— Gente, eu não to nem namorando a Yodo ainda! Calma aí! – Pediu Boruto.

— Você vive para cima e para baixo com essa menina, filho. Pensei que estivessem tendo um romance. – Comentou Hinata sentando-se ao lado de Naruto.

— Mãe, estamos nos conhecendo melhor. – Disse Boruto.

— Olha, eu torcia pela Sarada, mas essa menina aí parece ser uma boa garota. Vá em frente filho! – Incentivou Naruto.

— Concordo com seu pai. Tá na hora de ser feliz, Boruto. – Afirmou Hinata servindo-se de um pedaço de pizza.

A campainha toca.

— Deve ser ela! Por favor, não digam nada constrangedor, está bem? – Implorou Boruto.

— Como se eu tivesse o costume de fazer isso... – Disse Naruto.

— Querido, sabemos que você tem... – Lembrou Hinata.

— Prometo me comportar! – Disse Naruto.

Boruto então abriu a porta e viu Yodo com uma sacola grande nas mãos.

— Oi, Yodo. – Disse Boruto.

— Oi, Boruto. Desculpem pelo atraso. Trouxe uma torta de chocolate com morango para me redimir. – Disse Yodo entregando a sacola para o rapaz.

— Não precisava ter se incomodado. – Disse Boruto.

— Yodo, seja bem-vinda a família. Eu adoro doces, então você fez muito bem. Conquistando o sogro pelo estômago hein? – Brincou Naruto e Boruto praticamente cavou um buraco e se enterrou no meio da sala de tanta vergonha.

— Querido! – Repreendeu Hinata.

— Foi tudo planejado! – Yodo entrou na brincadeira.

— Não liga pro meu pai, Yodo! Ele é desse jeito mesmo. – Boruto tentou se desculpar.

— Papai só quis mostrar que faz gosto no namoro de vocês. – Disse Himawari para Yodo, que riu.

Não importava o que Boruto dissesse, pois sua família já tinha assumido Yodo como sua namorada. A menina estava sempre ao lado do Uzumaki e não demorou muito a conquistar todos os outros membros da família. Naruto a achava bonita e inteligente. Hinata achava ela perfeita para o filho por ser gentil e sempre se esforçar para agradar o garoto. Himawari admirava Yodo por causa de sua profissão. Ou seja, todos ali eram team Yodo.

Embora os Uzumaki fossem amigos dos Uchiha há muito tempo, aquela família tinha percebido há algum tempo que Sarada tinha feito outra opção. A filha de Sasuke rejeitou o amor de Boruto em nome de outras coisas. Cabia a Boruto seguir em frente e Yodo parecia querer ajudá-lo nessa tarefa.

Aquela noite foi agradável. Enquanto comiam pizza juntos, eles conversaram sobre tudo um pouco. É claro que Naruto quis muito saber sobre detalhes da vida de sua quase nora. Então, Yodo contou a todos sobre seu desejo de ser médica desde criança, sobre gostar de trabalhar para se sustentar e até sobre não contar mais com o apoio de seus pais, o que era um assunto mais delicado.

— Seus pais brigaram com você por qual razão, Yodo? – Perguntou Naruto curioso.

— Meus pais são do tipo que projetam seus sonhos em cima dos filhos. Meu irmão aceita tudo que eles impõem, mas eu fui a ovelha negra da família. Ao virar as costas para o que eles querem, acabei sendo expulsa de casa. – Revelou Yodo.

— Que triste! Você não sente a falta deles? – Perguntou Himawari.

— Sinto, afinal são minha família. No entanto, encaro o peso de minhas decisões. O que fiz foi para o meu bem e, se eles me amam, deveriam querer o meu bem certo? – Respondeu Yodo.

— Eles eram contra que você fosse médica? – Perguntou Hinata.

— Não exatamente. Digamos que meu pai é conservador e ambicionava apenas um bom casamento. – Simplificou Yodo.

— E o bom casamento era com alguém de uma família rica? – Questionou Boruto.

— Era, mas não gosto de falar disso. – Yodo encerrou o assunto.

— Essa noite é para ser divertida. Vamos deixar de tocar em assuntos que aborreçam a minha nora. – Disse Naruto e todos riram.

Boruto escondeu o rosto com as mãos de tanta vergonha, mas Yodo descobriu o rosto do Uzumaki e lhe beijou a bochecha.

— Tá tudo bem, Boruto. – Disse Yodo.

— Mesmo?

— Mesmo.

 

[...]

 

Sarada estava na coxia do teatro esperando o momento certo para entrar em cena. Conseguia ouvir o burburinho do público à sua espera. Seus pais, Obito, Chouchou e Shinki estavam na plateia para vê-la em sua primeira apresentação com o repertório de “Os Miseráveis”. Estava nervosa, mas ficava repetindo como um mantra que tudo daria certo. 

Quando começou a tocar, Sarada se esqueceu quantas pessoas estavam olhando para ela. A única coisa que a Uchiha conseguia sentir era a emoção da música. Na plateia, Sakura chorava emocionada com a apresentação da filha. Sasuke tentava bancar o durão, mas também estava deixando algumas lágrimas escaparem de seus olhos. Era um orgulho ver sua filha tocando para tantas pessoas. Obito e Chouchou assistiram ao espetáculo de mãos dadas. Vez ou outra, a menina escondia seu rosto no ombro do namorado para enxugar as lágrimas. Enquanto isso, Shinki assistia admirado a cada nota que Sarada emitia. Sentia muito orgulho de sua namorada.

No fim do espetáculo, Sarada foi ovacionada. O sorriso largo mostrava a felicidade da garota em ver que tudo havia saído como tinha sido ensaiado. Os olhos de Sarada brilhavam mais do que o costume, então ela se curvou ao público para agradecer todas as palmas. Quando se retirou, chorou um pouco de felicidade e logo foi abraçada no camarim por sua família.

— Eu tenho tanto orgulho de você, filha. – Disse Sakura abraçando Sarada, enquanto Sasuke envolvia as duas em seus braços.

— Você foi incrível, filha! O mundo inteiro agora pode ver o quão talentosa você é. – Elogiou Sasuke.

— Obrigada, mãe e pai! Sem vocês eu não teria chegado até aqui. – Agradeceu Sarada.

— Você merece, filha! – Disse Sakura.

— Você arrasou, Sarada! Eu e Obito estamos muito orgulhosos de você também. – Disse Chouchou.

— Obrigada, pessoal. – Sorriu - Cadê o Shinki? – Perguntou Sarada.

— Ele disse que precisava ir. Algo urgente. – Resumiu Obito.

— Ah, depois ele me diz então. – Disse Sarada visivelmente desapontada com o sumiço repentino do namorado.

 

[...]

 

Quando saiu da apresentação, Shinki pediu para Kankuro levá-lo para casa. No caminho, veio quieto e Kankuro estranhou. Assim que chegou ao apartamento, Kankuro resolver perguntar o que havia acontecido.

— Voltou para casa cedo, Shinki. – Comentou Kankuro após buscar o garoto no teatro.

— Não esperei o espetáculo acabar para ir embora. – Disse.

— Shinki, o que aconteceu?

— Kankuro, eu to enganando a Sarada. Não me senti bem por estar lá em lugar que sei que não é meu. Vi uma foto dela com Jin outro dia e fiquei pensando que era ele que deveria estar lá e não eu.

— Por que não conta que Jin está vivo para ela?

— Porque isso significaria trair a confiança de meu pai.

— Você sabe que vai perdê-la assim que contar não é mesmo?

— Ela vai me odiar por mentir.

— Explique as suas razões.

—  Eu conheço bem a Sarada. Ela vai ficar furiosa.

— Shinki, sei que está apaixonado por ela, mas, talvez, seja melhor assim. Uma hora esse namoro ia ter que acabar mesmo. – Kankuro disse.

— Se está dizendo isso pra me consolar, não tá ajudando. – Respondeu Shinki se jogando no sofá.

— Quando você vai aprender que é por uma nobre que você tem que se apaixonar? – Questionou Kankuro.

— Não enche. Semana que vem tem o jantar com o tio Sasori e depois disso vou contar a verdade a ela.

 

[...]

 

Quando Sarada chegou em casa, ligou para o namorado. Queria saber por que ele não tinha ficado até o final.

— Oi, Shinki. – Disse Sarada ao ouvir a voz do rapaz ao atender.

— Oi. – Respondeu Shinki.

— Por que não ficou até o final?

— Sarada, eu não pude. Meu pai me ligou e precisava falar algo urgente comigo. – Inventou Shinki.

— O que era mais urgente que eu?

— Sarada, por favor, não fique chateada. Era sobre o jantar com o tio Sasori. Já temos uma data. – Shinki continuou inventando. O jantar até tinha uma data, mas não foi naquele dia que ele soube.

— Tudo bem. Não vou ficar chateada.

— Estou um pouco cansado. Você se importa se eu desligar?

— O que te deu?

— Nada, amor.

— Vou fingir que acredito pra gente não brigar tá?

— Aconteça o que acontecer, saiba que eu te amo ok?

— Shinki, por acaso seu pai não quer mais o nosso namoro?

— Sarada, ele não disse nada ainda. – Enfatizou.

— Se está preocupado, relaxe, ok? A gente vai dar um jeito. Eu prometo!

— Ok, meu amor.