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História A Nova Influência - Esclarecendo as coisas


Escrita por: britishross

Notas do Autor


Oi gente! Tudo bem? Eis a continuação do jantar! Se bem que eu acho que todo mundo perdeu o apetite né? Obrigada aos que estão comentando! Vocês me motivam a continuar escrevendo! Muitas pessoas desapareceram, então toda vez que vejo que tem um novo comentário isso me deixa muito contente :) Enfim, boa leitura! :D

Capítulo 23 - Esclarecendo as coisas


Shinki fechou a porta do escritório atrás de si e quando se virou deparou-se com Sarada ainda abraçada a Inojin e aos prantos. A menina soluçava de tanto chorar e nada que Inojin tentasse dizer para acalmá-la estava surtindo efeito. Shinki observou a cena com o coração partido. Ele sabia o que ela cena significava. Ele sabia, lá no fundo, que Sarada amava Inojin mais do que ele acreditava ser possível. Então, o rapaz ficou parado num canto da sala e esperou que Inojin e Sarada conversassem. Seria um mero observador dali para a frente até o momento em que fosse convidado a participar da conversa.

— Sarada, por favor, se acalme. – Clamava Inojin com uma voz preocupada. Estava estampado na cara do Yamanaka que ele se importava com a Uchiha.

— Você... você... – Sarada repetia a palavra ainda confusa e segurando os braços de Inojin com força.

— Eu to bem. Você quer uma água? – Perguntou Inojin e a menina assentiu.

— Shinki, poderia trazer uma água com açúcar para Sarada? – Pediu Inojin gentilmente.

— Posso. Já volto. – Disse Shinki.

Por um momento Shinki pensou que Inojin estava dizendo aquilo apenas para ficar a sós com Sarada, mas no segundo seguinte percebeu que o Yamanaka estava apenas tentando fazer a situação ser um pouco menos complicada do realmente era.

Quando ficaram a sós, Inojin ficou quieto esperando Sarada enxugar as lágrimas com um lenço que ele oferecera. A menina estava confusa. Era visível que ela estava tremendo, o que deixou Inojin com o coração partido. Teria que ser duro com ela, embora não quisesse. Então, optou por dizer as mentiras duras com um tom gentil.

— Quer esperar que Shinki volte com a água? – Perguntou Inojin, mas Sarada o respondeu com um novo abraço.

— Eu senti tanto a sua falta. Tanto. Tanto. Tanto. Tanto. Tanto. – Disse Sarada incessantemente.

— Sarada, eu... – Inojin queria dizer que também sentia a falta dela, mas não podia. Dizer a verdade a colocaria em perigo e isso ele não poderia fazer.

— Diz pra mim... O que você tá fazendo aqui?

— Minha mãe casou com o duque.

— Eu percebi isso, mas, Inojin como você sumiu? Eu não entendo... – Sarada disse encarando Inojin, mas ainda tremendo de nervoso.

— Eu vi você e o Boruto na festa. – Disse Inojin como havia ensaiado com Ino.

— O QUE? VOCÊ FOI A FESTA E NÃO TEVE CORAGEM DE FALAR COMIGO? COMO? – Gritou Sarada.

— Você me trocou, Sarada! Você estava lá com ele só porque eu me atrasei, então decidi ir embora. Decidi recomeçar ao lado de minha mãe.

— Quer dizer que você largou tudo pra trás por isso? Eu não traí você ok? E o seu pai? Você não pensou nele? Você condenou todos nós por ciúme Inojin? – Chocou-se Sarada.

— Ponha-se no meu lugar, Sarada! Eu vi vocês dois juntos!

— Nós só dançamos! Foi uma dança!

— E depois viraram namorados!

— DEPOIS DE DOIS ANOS! DOIS ANOS, INOJIN! E SÓ PORQUE EU PENSEI QUE VOCÊ ESTAVA MORTO!

Se antes Sarada estava confusa, agora estava com raiva. Como Inojin tinha coragem de dizê-la aquelas coisas? Mentiras. Muitas mentiras. Ela sabia que não era uma traidora. Se sentiu uma idiota por ter sofrido tanto tempo por alguém que esteve durante todo aquele tempo desdenhando de seus sentimentos.

Shinki chegou carregando a água com açúcar, mas não teve coragem de entrar no escritório ao ouvir a gritaria. Sarada estava acusando Inojin de tê-la abandonado, enquanto o Yamanaka estava dizendo para a Uchiha que havia deixado tudo para atrás porque havia flagrado-a com Boruto na festa.

Shinki sabia que toda a história era mentira, uma mentira inventada para separá-los. Ele poderia acabar com aquela palhaçada ali, mas temia por Sarada. Sabia que Inojin estava fazendo isso por ter sido ameaçado por Ino e se sentiu um covarde por não enfrentar a situação e contar a verdade a menina. Shinki ficou parado na porta e decidido a entrar apenas quando os ex-namorados terminassem aquela conversa. Era pessoal demais.

— Eu estava vivo o tempo todo. – Disse Inojin tentando manter a calma.

— Vivo onde? Com quem? Não dá pra acreditar que você abandonou tudo pra ficar com a Ino!

— Sarada, ela é minha mãe. Eu estive com ela o tempo todo. Papai já me entendeu. Eu precisava de um tempo para recomeçar minha vida sem você.

— Olha aqui, Inojin... Se você não queria mais o nosso namoro bastava você me dizer! A sua fuga acabou com a minha vida! Eu entrei em depressão, caralho! Eu fiquei tão mal que magoei o Boruto! Eu não vou te perdoar NUNCA! E o seu pai? COITADO DO SAI! VOCÊ NÃO PENSOU NELE UMA VEZ SEQUER NESSE TEMPO TODO? SÃO 3 ANOS SEM NOTÍCIAS!

— Sarada, eu não vim aqui pedir o seu perdão. – Sentenciou Inojin e a expressão de Sarada que era de raiva se tornou triste.

— Sabe, eu pensei que o dia que eu te encontrasse de novo ia ser o mais feliz da minha vida, mas eu me enganei...

— Esse jantar só foi marcado para que você soubesse da verdade. Entenda Sarada que o mundo não se resume a você ou aos seus sentimentos... Você me magoou quando dançou com Boruto naquela festa.

— Eu só dancei com ele porque VOCÊ não apareceu! Não coloque a culpa em mim dos seus erros! E mesmo que eu tivesse te traído com o Boruto, que é o que você supõe nessa sua cabeça doentia, isso não justifica todo o sofrimento que está me fazendo passar ou que causou ao seu pai! VOCÊ QUASE O MATOU!

— Você nunca vai me entender...

— NÃO VOU MESMO!

— Sarada, isso aqui é o nosso fim. Queria ter dito isso há três anos... – Disse Inojin e Sarada derramou uma lágrima grossa ao piscar o olho.

— QUEM DERA VOCÊ TIVESSE MORRIDO MESMO! TERIA DOÍDO MENOS! – Gritou Sarada antes de abrir a porta, esbarrar em Shinki e sair correndo sem rumo pelo palácio.

— Você devia ter contado a verdade, Jin. – Disse Shinki ao entrar no escritório.

— Ela não pode saber, Shinki.

— Você a ama tanto assim?

— Shinki, eu prefiro que ela viva, mesmo que sem mim. Mesmo que ela me odeie pra sempre. Cuide dela ok?

— Como se eu fosse ficar com ela...

— Você não a ama?

— Amo, Jin. Só que eu menti pra ela. Sarada também vai brigar comigo.

— Vá atrás dela. Se explique! Eu não tenho chance com ela, mas talvez você...

— Jin, eu também não tenho chance...

— Enfrente seu pai!

— Não posso. Eu não posso me virar contra a minha família...

— Shinki, então você não a ama.

— Claro que amo!

— Errado! Você pensa que ama, mas é paixão. Vai passar! Amor é maior!

— É. Acho que amor é que você sente por ela. – Refletiu Shinki.

 

[...]

 

Sarada correu pelos corredores do palácio até parar no quarto em que estavam suas coisas. Ainda chorando, lembrou-se da carta que Shinki havia entregado a ela e pedido para que lesse após o jantar. Havia chegado a hora. Então, Sarada pegou a carta e abriu. Que verdades estariam nela?

 

“Sarada,

Agora você já deve saber que Inojin está vivo. Não me odeie por não ter dito antes, pois eu também soube há pouco tempo que ele era o seu ex-namorado. Quando exatamente? No dia em que você conheceu meu pai. A duquesa revelou a ele que você era a ex-namorada de Inojin naquele dia a nós.

Como Inojin estava desaparecido, meu pai me convenceu a aguardar até o jantar aqui em Suna para ser mais prudente. Eu não concordei de cara, mas não achei uma solução melhor. Por favor, me perdoe por isso. Sei o quanto sofreu com esta perda e agora com essa descoberta! Eu não menosprezo a sua dor. Pelo contrário, agora estou me colocando no seu lugar. E, por saber exatamente o que está sentindo, estou terminando aqui nosso relacionamento.

Fomos avisados desde o início que não tinha futuro e insistimos nisso porque nos apaixonamos perdidamente um pelo outro. Não se engane, pois eu me sinto ainda da mesma forma por você. No entanto, meu pai disse que é a hora de te dizer adeus. Espero poder dizer algo pessoalmente, mas, se não tivermos tempo, quero que esta carta sirva para lhe dizer que eu me importo e que eu te amo. Perdão por ter me acovardado diante da situação. Ser dessa família não é fácil. Sei que não justifica, mas é tudo que eu tenho a dizer.

Com amor,

Shinki”

Quando Sarada terminou de ler a carta, ela amassou o papel. Não demorou cinco minutos e Shinki apareceu na porta, com um olhar tímido pediu para entrar e não obteve resposta. Em meio ao silêncio, ele se aproximou e encarou Sarada que estava com os olhos vermelhos e inchados de tanto chorar.

— Já leu a carta? – Perguntou Shinki e Sarada colocou o papel amassado na mão do rapaz.

— Você traiu minha confiança, Shinki. – Disse com a voz triste.

— Eu juro Sarada que eu não sabia de vocês! Vim saber há muito pouco tempo.

— Inojin nunca falou de mim?

— Não, olha, eu nunca convivi direito com Inojin.

— Por que? – Sarada estranhou.

— Ele estudava num colégio interno na Suíça e só vinha para casa nas férias.

— E por que não me contou quando soube?

— Meu pai não permitiu...

— E você só faz o que o seu pai manda? Shinki, pelo amor de Deus! No dia da apresentação você viu a foto do Inojin comigo e não disse uma palavra!

— Eu não podia, Sarada! Eu tava assustado! Meu pai tava fazendo pressão junto a duquesa e eu tava com medo de te perder, ou sei lá, de descobrir que você ainda amava Inojin... Deu um nó na minha cabeça! – Shinki tentou se defender.

— Tá certo...

— Sarada, eu queria muito poder te dizer que a gente poderia ficar junto agora, que os problemas acabaram, mas a verdade é que a melhor coisa pra você é seguir em frente e acabarmos com nosso namoro.

— Eu não quero mesmo estar em um relacionamento com você. Terminar comigo é um favor que você me faz, Shinki! Eu não quero pertencer a família da Ino! Ela é um monstro sabia? Inojin, por influência dela, se tornou um monstro também! E logo, se você não se afastar, será outra pessoa fria e manipuladora que não se importa com o sentimento dos outros.

— Sarada, eu me importo com você.

— Obrigada, mas não quero sua pena. Sai daqui, Shinki! Eu quero meus pais.

— Eles ainda estão conversando com a duquesa, meu pai e tio Sasori.

— Então, vá embora. Não quero mais olhar na sua cara!

— Você me odeia?

— ODEIO! ODEIO GOSTAR DE VOCÊ SHINKI! ODEIO QUE VOCÊ PERTENÇA A UMA FAMÍLIA QUE PRIORIZA AS COISAS ERRADAS!

Shinki abraçou Sarada à força e a menina voltou a chorar.

— Meu amor, eu queria tanto que as coisas fossem diferentes.

— Elas poderiam ter sido se você não fosse tão fraco!

— Essa família é parte do que sou. Eu não posso me esquecer de onde vim e a quem devo respeito.

— Até quando vai continuar fazendo a coisa errada?

— O certo e o errado são coisas muito relativas.

Shinki levantou e saiu do quarto, deixando Sarada sozinha. Ele estava apaixonado pela Uchiha, mas em primeiro lugar vinha a fidelidade a seu sangue, a seu pai. E se Gaara havia lhe dito que era para terminar aquele relacionamento, por mais doloroso que fosse, ele faria. Não era a primeira vez que passava por cima de seus sentimentos para agradar a sua imaculada família real. Infelizmente, ele e Sarada não tinham como dar certo.

 

[...]

 

Os ânimos na sala de jantar estavam exaltados. Sasuke e Sakura não compreendiam como Inojin tinha fugido para ficar com Ino sem dar qualquer notícia para o pai. Enquanto isso, Ino e Gaara falavam que Inojin teve uma boa vida durante os três anos em que esteve com ele. E Sasori reiterou a palavra do casal, dizendo que ele mesmo havia convivido um pouco com o garoto na época das férias e que Inojin era um excelente garoto, muito educado e talentoso. Sai então contou aos pais de Sarada tudo que Inojin havia lhe dito e Sasuke ficou com raiva. Se essa era a verdade, o que Inojin havia feito era cruel demais.

— Isso só prova que ele puxou a cobra que é a mãe dele. – Disse Sasuke e Gaara não gostou.

— Eu já disse senhor Uchiha que é para respeitar minha esposa. Mais uma ofensa e eu o colocarei para fora do palácio. – Disse Gaara.

— Quer saber? Eu não quero ficar aqui. Vamos Sakura! – Disse Sasuke se retirando.

— Vamos, querido. Eu também não quero ficar aqui. – Disse Sakura se retirando.

— Estragamos seu jantar, meu irmão? – perguntou Gaara a Sasori.

— Não, foi divertido. Deixe que vão agora. Em outra ocasião, falarei melhor com Sakura. – Disse Sasori enigmático.

— O que pretende, Sasori? – Perguntou Ino.

— Saberá no momento certo, duquesa. – Informou o Rei.

 

[...]

 

Quando Sasuke e Sakura chegaram ao quarto em que Sarada estava, a menina estava deitada na cama ainda chorando em silêncio. Os olhos estavam colados no teto.

— Querida, como foi com Inojin? – Perguntou Sakura sentando-se na beira da cama. Então, Sarada se levantou e abraçou a mãe.

— Foi horrível.- Disse enxugando as lágrimas.

— Filha, nós sentimos muito. – Disse Sasuke, bagunçando o cabelo da filha em uma forma de carinho.

— Por favor, vamos embora! Eu não vou suportar ficar aqui por mais tempo. – Pediu Sarada.

— Sarada, você conversou com Shinki? – Perguntou Sakura.

— Está tudo acabado. – Respondeu a menina sem dar mais detalhes.

— Vamos embora. Acho que não é bom prolongarmos nossa estadia aqui. – Disse Sasuke já pegando sua mala.

— Verdade. Vamos. – Concordou Sakura.

A família Uchiha saiu do palácio sem se despedir de ninguém. A governanta ficou responsável por guiá-los até um carro que os levaria até o aeroporto da cidade. Naquele momento, Sasori não fez questão de falar com Sakura, pois tiveram uma noite bastante agitada. Ficaria para uma próxima oportunidade uma conversa mais adequada e, de preferência, sem o marido dela por perto.

Durante o caminho de volta para Konoha, Sarada contou como foi sua conversa com Inojin e Shinki. Enquanto Sakura e Sasuke disseram que bateram boca com Ino, Sai e Gaara enquanto Sasori parecia estar se divertindo com aquela cena. Sarada acompanhou os pais até sua cidade natal, pois queria ficar longe de Nova York por alguns dias. Já estava de férias mesmo. Não importava se decidisse ficar alguns dias lá sendo mimada por seus pais, por seus avós e por seus tios.


Notas Finais


Então, o que acharam do capítulo?


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