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História A Nova Influência - Seis meses


Escrita por: britishross

Notas do Autor


Oi gente! Tudo bem? Espero que apreciem o capítulo e deixem comentários! ♥ Boa leitura *-*

Capítulo 41 - Seis meses


O dia estava nublado em Londres. Sarada estava acompanhada por seu violino em uma praça próxima ao local onde morava com Inojin. Tocava naquele mesmo lugar duas vezes por semana, enquanto nos outros dias se dedicava as aulas. Nos seis meses em que estava em Londres, havia aprendido mais sobre ela mesma. Sarada conseguiu se encontrar. Devia muito a Inojin. Se um dia ele pedisse a conta, não saberia como pagar.

A vida em Londres era diferente do que em Nova York, mas Sarada não teve problemas em se adaptar a nova rotina. Sai estava sendo como um segundo pai para ela. Todos os dias, ela ligava para Sasuke e Sakura para dizer como estavam as coisas e perguntar por seus irmãozinhos. Em breve, eles chegariam ao mundo, então Sarada estava se preparando para ir até Konoha. Voltar para o lugar que chamava de lar ainda era um dilema. Na última conversa com sua mãe soube que o namoro de Boruto e Yodo estava sério e que eles até tinham começado uma conversa sobre casamento.

Ao pensar nessa novidade, Sarada errou a nota da canção que estava tocando no violino. Inojin, que estava a assistindo tocar junto com algumas pessoas que paravam para observar seu show, percebeu a falha. Mesmo assim, no final da canção ele aplaudiu e a recebeu em seus braços com um forte abraço.

— Londres sentirá sua falta. – Admitiu Inojin.

— Ou seria você? – Desafiou Sarada.

— Eu também, confesso. Sou um profundo admirador. – Disse Inojin.

— Para falar a verdade, eu também vou sentir falta daqui, mas tenho que voltar né?

— Vai primeiro para Konoha ou Nova York?

— Konoha. Meus irmãos podem nascer a qualquer momento e meus pais não me perdoariam se eu não estivesse lá.

— Bem, pronta para ver Boruto?

— Não tenho outra opção. Vou sorrir, ser simpática, dizer que estou feliz por ele e só.

— Vai mentir.

— Que seja! – revirou os olhos.

— Bem, acho que ele vai ficar contente de ver que a velha Sarada está de volta. Você reparou que está mais leve e que até voltou a revirar os olhos? Essa era sua marca registrada. – brinca Inojin.

— Aprendi muito durante minha estadia aqui. Acho que me tornei uma artista mais completa por sua causa.

— Eu tentei fazer o melhor.

— E fez, Inojin! Eu espero ter te ajudado também... Como anda o lance com aquela menina da faculdade?

— Acabou. Ela queria casar e eu acho que não estou envolvido cem por cento para dar um passo desse tamanho. – Contou.

— Bem, pelo menos, nós superamos a nossa história nesses seis meses. Por causa disso, já valeu a minha curta passagem por Londres.

— Todos vão sentir sua falta. Até Akamaru.

— Eu também vou! Todos foram gentis comigo! Sentirei falta até de Kiba que ficou tentando dar conselhos amorosos para nós dois! – Riu.

— Engraçado que ele dá várias dicas sobre namoro, mas é o único que não tem um par.

— Verdade! Até seu pai reatou o romance dele com Shizune! – lembrou Sarada.

— É bom ver meu pai apaixonado! Pensei que ele nunca se recuperaria por causa de tudo que minha mãe fez.

— Shizune é maravilhosa! Tudo bem que o relacionamento deles é à distância por causa do trabalho dela, mas uma hora eles ficam juntos de vez.

— Eu torço muito pra ela virar minha madrasta! – Admitiu Inojin.

— Me deseja sorte durante essa estadia em Konoha?

— Tá com medo de que?

— De me arrastar aos pés do Boruto, implorando por uma chance.

— Acha que vai ter vontade de fazer isso?

— Você sabe quantas vezes eu olho as redes sociais dele por dia? É pior do que quando eu tinha 12 anos!

— Você vê muitas declarações dele para Yodo?

— Vejo! Boruto está se sentindo abençoado por ter Yodo ao seu lado ♥ GRRRRRRRRRRRRR

— Cadê o amor no coração e a paz de espírito?

— Inojin, não aprendi a ser tão nobre e pura quanto você é. Desculpa, mas eu não sou tãããão evoluída assim. Abrir mão dele já foi difícil demais. Não sei se consigo ficar calada.

— Já ensaiou o que vai dizer quando ficar cara a cara com ele?

— Sim, vou elogiar o cabelo, falar que ele emagreceu, que ele e a Yodo são perfeitos juntos e me convidar para ser a madrinha do casamento.

— Eles não vão casar.

— Não é o que parece.

— Por que acha isso?

— Já viu o quanto ela compartilha fotos e vídeos de casamento? Fora que a Mirai e o Shikadai  casaram e ela pegou o buquê!

— Aliás, por que a Mirai e o Shikadai casaram tão rápido?

— Acho que ela tá grávida. Sabia que isso ia acontecer logo.

— Você não gosta dela mesmo né?

— Nunca fomos uma com a cara da outra e assim continuará pela eternidade.

— Sarada, agora, falando sério, se o Boruto for mesmo casar com a Yodo você não vai tentar impedir?

— Meu eu interior vai ficar gritando pra sim, mas outra parte de mim sabe que é melhor deixá-lo partir. Yodo é o melhor que ele poderia conseguir.

— E você?

— O que tem eu?

— Está há seis meses sozinha, achando que suas chances com Boruto são nulas... O que vai fazer?

— Ficar pra titia... Er... Acho que essa é a solução para o meu dilema meu caro Inojin!

— Ata que Sarada Uchiha vai ficar sozinha pra sempre.

— Por que duvida?

— Você teve três caras aos seus pés por anos, inclusive eu aqui! Por que não acha que tem a capacidade de conquistar alguém?

— Não estou duvidando da minha capacidade e sim da minha vontade. Eu não quero estar em um relacionamento que não seja com alguém que eu ame e, pelo que eu sei, amo o Boruto.

— Você tem um sério problema então...

— Eu sei.

 

[...]

 

Boruto estava em casa estudando. Seu celular fez um barulho e ele viu que era uma mensagem de Yodo dizendo que estava com saudade. Os dois não se viam há dois dias, pois a sua namorada estava muito ocupada com a semana de provas da faculdade. Ele respondeu que também sentia a falta dela e então deixou o celular de lado para terminar de fazer um trabalho que valia pontos extras. No entanto, foi interrompido por três batidas na porta e a voz de Himawari anunciando sua chegada.

— O que foi Himawari? – Perguntou Boruto, virando-se para a porta, onde sua irmã estava parada.

— Você ficou sabendo da novidade que o Sasuke contou para o papai?

— Nosso pai não me falou nada.

— Ah, eu imaginava que ele não ia contar, mas eu acho que você precisa saber. Ser pego de surpresa não seria bom...

— Fala logo Himawari! – Pediu Boruto.

— Sarada chega amanhã aqui em Konoha. – Anunciou Himawari e o mundo de Boruto parou por um segundo.

Há seis meses não tinha notícias dela. Algumas vezes, Boruto teve vontade de ligar para ela e contar o que estava acontecendo em sua vida, mas não achava que isso seria bom para seu relacionamento com Yodo. A distância de Sarada era segura para ele. Assim, conseguia mantê-la afastada de seus pensamentos e se concentrava em fazer Yodo feliz.

O namoro estava indo tão bem, que Boruto, de fato, tinha até cogitado pedir a mão da estudante de medicina em casamento. Yodo era uma ótima pessoa e tinha estimulado em Boruto coisas muito boas. Desde que o namoro havia engatado ele havia se tornado mais focado em seus objetivos e também mais alegre. Yodo preenchia todos os requisitos que ele buscava em uma companheira. Tinha todas as qualidades que um dia havia buscado em Sarada. Por isso, não ia deixar que sua volta atrapalhasse sua relação com a namorada.

— É definitiva essa volta? – Perguntou Boruto.

— Não, é só por causa dos gêmeos. Ela vem para vê-los nascer. Acho que vai ser uma semana só. Depois, ela vai para Nova York. – Contou Himawari.

— Você acha que nosso pai não disse nada pra mim por causa de Yodo?

— Tá na cara que sim! Nosso pai faz gosto no seu namoro e qualquer pessoa nessa cidade sabe que Sarada te perturba... Ele só tá querendo proteger a nora favorita!

— E por que você me contou isso? Pensei que era Team Yodo...

— Eu torço pela sua felicidade. É claro que Yodo é maravilhosa e eu a adoro, mas acho que você que tem que escolher... Não é escondendo a vinda da Sarada que estamos te ajudando. – Analisou Himawari.

— Posso te contar um segredo?

— Claro que sim!

— Comprei um anel de noivado para dar a Yodo. – Confessou.

— Uau! Já está planejando o momento certo para dar o anel?

— Quero que seja surpresa, então ainda não tive a ideia do momento certo.

— Você tem certeza?

— Do que sinto por Yodo?

— Sim...

—  Eu gosto de Yodo.

— Boruto, eu nunca me apaixonei por ninguém, então eu não sei o que você sente pela Sarada, mas só gostar de alguém não é o suficiente para querer casar e passar a vida toda do lado de alguém. Veja só... Eu gosto de sorvete, cachorros, dias de sol, mas amar é mais profundo que isso, não? – Himawari disse e Boruto ficou pensando como a sua irmã conseguia ter esse tipo de raciocínio.

— Você acha que eu não amo Yodo?

— Na verdade, eu acho que vocês dois são muito parecidos, então a relação de vocês é bem monótona. Isso poderia ser chamado de amor?

— O que é amor pra você Himawari?

— Irmão, como eu já falei, eu nunca me senti assim por ninguém... Mas a minha concepção de amor vem do que vejo por aí... Papai e mamãe, por exemplo, eles são loucos um pelo outro. Embora exista uma rotina, eles não são monótonos. Papai traz flores, mamãe faz jantares surpresa. Um tá sempre tentando instigar o outro de alguma forma... Pra mim isso é amor... Pelo menos, uma das formas como ele se apresenta. Já você e a Yodo são diferentes. Eu não vejo mais você sendo romântico com ela. É sempre aquela coisa sem sal...

— Para você, eu ainda amo a Sarada?

— Eu lembro bem como era seu namoro com ela. Todos os dias você tentava algo novo para fazê-la sorrir. Talvez fosse porque naquela época ela estava muito triste por causa de Inojin, mas ainda assim você sempre dava seu melhor. Ah, e eu não preciso nem mencionar o fato de você ter levado um tiro por causa dela né?

— Eu levaria um tiro por Yodo também. – Tentou se justificar.

— Ok, você levaria um tiro pela Yodo também, mas seria pela mesma motivação que levou pela Sarada?

— Tá. Chega Himawari...

— Acho que cheguei num ponto que te incomoda. – Riu.

— Pois é...

— Bem, pense no que eu falei. – Himawari disse e saiu.

Após ficar sozinho, Boruto pensou nas palavras de Himawari. Não é que ela tinha razão? Nos seis meses que passaram a sua relação com Yodo havia se tornado monótona. Era segura, recíproca e sem grades emoções. Será que ele devia pedi-la em casamento? Ainda mais agora que Sarada iria voltar.

 

[...]

 

Naruto estava cochilando no sofá quando Hinata veio chamá-lo para ir para o quarto. Himawari tinha ido dormir na casa de uma amiga do colégio e Boruto tinha ido buscar Yodo no hospital e depois, provavelmente, iria dormir na pensão onde ela morava.

— Querido, vamos... – Disse Hinata acariciando o rosto de Naruto.

— Mais 5 minutinhos... – Resmungou, virando-se e Hinata riu.

— Ainda está de noite. Vem, vamos dormir no quarto ok? – Disse dando um beijo na testa do marido e o viu abrir os olhos.

— Peguei no sono enquanto via TV? – Peerguntou Naruto.

— Você estava cansado demais e acabou pegando no sono.

— Ok. Boruto ainda não voltou?

— Ele provavelmente não vai voltar hoje...

— Ah claro! Ele vai ficar com Yodo hoje.

— Amor, Himawari contou a Boruto sobre a chegada de Sarada...

— Por que ela fez isso? Eu não havia pedido para ela ficar quieta?

— Amor, não podemos fazer as escolhas por Boruto...

— Hinata, Sarada vem passar apenas uma semana aqui! Ela não tem o direito de bagunçar a cabeça do nosso filho de novo! Ele está se preparando para pedir a mão de Yodo e a presença de Sarada pode atrapalhar isso...

— Eu sei, mas essas decisões cabem a ele. Não recrime Himawari por ser justa.

— E se Boruto sair correndo atrás de Sarada?

— Ele não faria isso. Nosso filho respeita Yodo e o relacionamento deles.

— Vou falar com o Sasuke para pedir que Sarada continue afastada. Boruto se torna inconsequente perto dela.

 

[...]

 

No dia seguinte, Naruto procurou por Sasuke. Queria pedir a ajuda do amigo. O juiz estava realmente preocupado com o filho e não queria que a chegada de Sarada a cidade atrapalhasse a vida de Boruto.

— O que era tão urgente que não podia esperar até mais tarde? – Disse Sasuke ao chegar no restaurante para almoçar com o amigo.

— Sei que gostaria de almoçar com a sua esposa grávida, mas seu melhor amigo precisa de você agora. – Disse Naruto.

— O que foi?

— Estou preocupado com Boruto.

— Por que? Boruto está indo bem na faculdade, no estágio, tem uma boa namorada.

— Ele quer pedir Yodo em casamento.

— Que ótimo!

— Não deixe que Sarada atrapalhe isso está bem? – Pediu Naruto.

— Ah, então foi pra isso que me chamou aqui...

— Nós sabemos que ela chega hoje e isso pode confundir Boruto.

— Minha filha sabe respeitar a relação dos outros. O que quer que eu diga a ela?

— Que não procure Boruto. Seria melhor que eles nem se vissem...

— Vou falar com ela, mas não vou impedir minha filha de ver Boruto.

— Sasuke, não pense que eu não gosto de Sarada, mas é que Boruto está encaminhado. Eu não quero que ele fantasie de novo sobre ela.

— Eu entendo. Não se preocupe.

 

[...]

 

No fim do dia, o avião de Sarada pousou. De volta à Konoha, ela foi recebida pelos pais no aeroporto com abraços e beijos. Sarada reparou no barrigão da mãe e então acariciou seus irmãozinhos que muito em breve nasceriam. Ela sorriu só de imaginar a felicidade de vê-los.

— Bem-vinda ao seu lar! – Disse Sakura com um lago sorriso.

— É muito bom estar de volta! – Respondeu Sarada ainda abraçada com a mãe, enquanto seu pai pegava sua bagagem.

— Mesmo sendo por poucos dias, a família toda está em festa com a sua vinda. Sua avó só fala de você. – Comentou Sasuke, enquanto se encaminhavam para o carro.

— Eu também sinto falta de todos! Logo logo voltarei definitivamente. Estou estudando a possibilidade de transferir minha faculdade pra cá. – Anunciou Sarada.

— Quer mesmo sair de Julliard? – Questionou Sakura.

— O problema não é Julliard. É que eu quero ficar perto de vocês, dos meus irmãos. Se optar por Julliard, ainda terei de ficar dois anos fora. É um tempo que eu não quero perder e a minha arte eu posso fazer em qualquer lugar. Em Lodres descobri isso com ajuda de Inojin. – Contou Sarada.

— E como Inojin está? – Perguntou Sasuke.

— Bem, ele é realmente a pessoa mais evoluída que eu já conheci na vida. Ah, e o tio Sai disse que vem assim que os gêmeos nascerem para visita-los. – Disse Sarada.

— Já estou vendo ele e Naruto brigando sobre quem vai ser o melhor padrinho! – Disse Sasuke.

— Espero que eles se entendam... – Disse Sakura.

— E Boruto? – Sarada perguntou.

Sasuke e Sakura trocaram um olhar. Eles sabiam que alguma hora aquela pergunta viria e não sabiam bem o que responder. Eles podiam ser sinceros e lhe dizerem sobre Naruto ter pedido para ela se manter afastada ou podiam ignorar o pedido do amigo e fingir que nada estava acontecendo.

— Ele está bem. – Resumiu Sasuke.

— Vocês podem me falar os detalhes... Eu não vou começar a chorar caso vocês me contem que ele e a Yodo vão casar ou algo do gênero...

— Sarada, é complicado... – Começou Sasuke.

— Complicado como? – Rebateu Sarada.

— Ah, Sasuke! Precisamos falar a verdade! Naruto pediu para que você fique longe de Boruto. Ele está planejando pedir a mão de Yodo. É isso! Pronto! Chega de enrolação! – Despejou Sakura e Sarada ficou sem reação.

— Então é verdade mesmo? Não é só um boato? – Perguntou Sarada.

— Sinto muito, querida. Ele já comprou até o anel. – Revelou Sasuke e Sarada sentiu vontade de chorar, mas reprimiu aquilo

— Tudo bem...

— Você pode lutar por ele, filha... – Aconselhou Sakura.

— Eu não tenho esse direito, mãe. Ele está feliz e só isso que eu posso querer. Podem deixar que eu não vou procurá-lo... – Concordou Sarada.

 

[...]

 

Naquela noite, Sarada se reuniu com toda a sua família no casarão dos Uchiha. Ela recebeu um abraço de sua avó e de seu avô. Sentia falta deles. Desde que se mudara para Nova York, Sarada tinha se afastado de suas raízes, mesmo que essa nunca tenha sido sua intenção. Após toda a confusão, ir para Londres e passar aquele tempo ao lado de Inojin foi revelador para ela de muitas formas.

A generosidade de Inojin fez de Sarada mais generosa com o próximo. Outra coisa que tinha trazido um ar mais leve a ela era ter passado um tempo como artista de rua. Antes, Sarada só sonhava com os palcos, os aplausos e os holofotes. Na rua, ela ganhou muitas vezes sorrisos ao invés de dinheiro. Aquilo havia lhe dado uma sensação de plenitude que nunca havia sentido antes.

Além disso, Inojin a ensinou a pintar enquanto ela compôs uma música em parceria com o amigo. Assim, entre eles sempre havia a troca. E isso foi tão importante para ela... Foi um período de crescimento espiritual. Sarada ainda não era tão evoluída quanto Inojin, mas tinha melhorado em muitos aspectos. Até sua família reparou nisso. Izumi elogiou seu sorriso que agora ela mais largo. Itachi elogiou a paciência. Seus avós disseram que a mudança em sua postura era sútil, mas que ainda assim Sarada parecia uma nova pessoa, o que fez Sakura e Sasuke concordarem.

— Eu amadureci mais nesses seis meses do que nos últimos anos. A temporada em Londres realmente me fez bem. Inojin me fez bem. – Confessou Sarada.

— Você e ele... – Izumi tentou insinuar alguma coisa, mas Sarada não permitiu.

— Somos só amigos. Esse tempo serviu para que conversássemos muito e resolvêssemos tudo de mal-acabado que existia entre nós. – Afirmou Sarada.

— Agora que Boruto vai casar, cheguei a acreditar que você e e Inojin pudessem ficar juntos. – Admitiu Itachi e levou uma cotovelada de Sasuke.

— Assunto proibido, irmão... – Disse Sasuke.

— Tudo bem, pai... O tio Itachi não falou por mal. – Disse Sarada com um sorriso amarelo.

— Ainda o ama? – Fugaku perguntou diretamente para a neta que ficou desconcertada.

— Eu perdi Boruto, vovô. Não há nada que eu possa fazer... – Disse Sarada.

— Querida, só não há jeito para a morte. Todo o resto você pode modificar. Se eu fosse você, ia atrás dele... – Aconselhou Fugaku.

— Mas Naruto disse... – Lembrou Sasuke.

— Dane-se o que Naruto disse, Sasuke! O que está em jogo é a felicidade da sua filha e não vamos deixar que ela faça como você e só recupere o tempo perdido depois de dez anos! – retrucou Fugaku.

— Seu pai tem razão! – Avaliou Mikoto.

— Gente, eu agradeço o apoio, mas eu já ferrei a vida do Boruto muitas vezes. Ele já decidiu. Eu só preciso respeitar isso.

— Está entregando os pontos. – reclamou Fugaku.

— Sei admitir uma derrota. – respondeu sarada.

— Você nem lutou. Está desistindo antes... – Apontou Mikoto.

— Vamos deixar Sarada descansar pessoal. Ela tem tempo para pensar sobre o que vai fazer. – Interviu Sakura.

 

[...]

 

Antes de dormir, Sarada estava ganhando cafuné de sua mãe. Gostava de se sentir ainda a sua garotinha, embora em breve tivesse que dividir a atenção e o afeto dela com seus irmãozinhos. De repente, Sarada olhou para Sakura e viu a expressão feliz em seu rosto.

— Mãe, o que a gente faz depois que se arrepende de algo que fez? – Perguntou Sarada.

— Querida, a gente segue em frente. Não tem outra opção que seja saudável.

— Você se arrependeu de ter me deixado com o papai quando eu tinha dois anos?

— Bem, eu me arrependo de não ter te criado desde sempre. Só que eu não podia ter feito muita coisa sobre isso, eu estava de mãos atadas por causa das ameaças do seu avô e até do seu pai naquela época. Além disso, quem você seria hoje se tivesse tido uma vida diferente? Quem eu teria sido? Certamente, com o bebê pequeno para cuidar eu não teria me tornado a profissional que sou hoje, pois não tinha infraestrutura nenhuma, ninguém ia me ajudar com você.

— Então não se arrepende?

— A vida não costuma ser como a gente quer, filha. Acho que com o passar dos anos eu aceitei que a minha vida tinha que ser assim. Mesmo tendo sido difícil e mesmo tendo perdido muitas coisas como a sua infância. Mas por que a pergunta?

— Eu me arrependo de não ter demosntrado ao Boruto que eu o amo. Ele me pediu uma prova de amor e eu o abandonei.

— Ainda dá para provar que você o ama.

— Como?

— Bem, tenho certeza de que você achará uma forma de demonstrar isso sem que pareça que está intervindo na relação dele com a Yodo.

— Mãe, eles vão casar...

— Ele ainda não fez o pedido...

— É questão de tempo.

— Então, acho que tem alguém aqui que tem que correr contra o relógio... – Sakura beijou a testa da filha e se levantou.

— Você é a melhor mãe do mundo, sabia?

— Quando eu olho pra você e vejo o que se tornou, eu sinto que fiz um bom trabalho. Com ajuda do seu pai, é claro! – Sorriu.

— Ah, claro! Temos que dar os créditos também para o papai e todas as suas manias irritantes!

— Ele te educou muito bem.

— Sabe mãe... Eu fico muito feliz em pensar que meus irmãos vão ter os dois juntos desde o início. É um privilégio e tanto. – Sarada ficou emocionada e começou a chorar.

— Oh, querida! Não chore! – Sakura abraça Sarada – Seu pai e eu te amamos tanto!

— E eu amo vocês!

— Lembre-se sempre que, mesmo que a minha gravidez não tenha sido planejada, você foi amada desde o príncipio meu amor! Sei que sei pai foi durão no início, mas ele te amou desde o primeiro segundo que te viu também! Bem, os gêmeos vão crescer com a nossa família estruturada, mas você teve isso também. Seus avós e seus tios estiveram aqui o tempo todo não?

— Sim, eu sempre tive uma família maravilhosa. Mas só ficou completa quando você chegou!

— E agora estará ainda mais completa! Seus irmãos são a prova viva que a gente venceu tudo, querida! Não tem mais Kakashi, não tem mais Ino, não tem mais Sasori! Nós vamos ser felizes, Sarada! Eu juro pra você que vamos! – prometeu Sakura.

— Eu acredito mamãe!



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