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História A Nova Influência - Um nobre


Escrita por: britishross

Notas do Autor


Boa leitura! Tem muita confusão pela frente! :)

Capítulo 8 - Um nobre


Shinki estava cansado de fazer parte da nobreza. Por toda a sua vida, o título de sua família pesava toneladas em suas costas. Era como se ele não tivesse o direito de ser normal. Seu pai já havia conversado com ele muitas vezes sobre o assunto, sempre lhe dizendo que era uma honra fazer parte da família real, mas ele não conseguia achar isso tão legal quanto era aos olhos dos plebeus.

Quando era criança, não tinha muitos amigos, estudava em casa nos primeiros anos de vida e seu único momento bom eram as férias, quando ele, seu pai e sua mãe iam para a fazenda. No entanto, até isso tinha sido tirado dele, pois sua mãe morreu quando ele tinha 14 anos e em menos de dois anos depois seu pai já havia se casado com outra mulher. Shinki não conseguia perdoá-lo por ter substituído sua mãe tão facilmente.

A convivência com a madrasta não era fácil. Na frente de seu pai, ela o tratava amorosamente para logo depois fechar a cara e dizer a ele que o enfiaria num colégio interno. Só não o mandou para um porque Gaara não permitiu. No entanto, Shinki estudou num colégio de período integral e só voltava para casa nos finais de semana. Mesmo assim, era melhor do que a odiosa esposa de seu pai fazia com o próprio filho. Ino Yamanaka, agora a Duquesa Ino Sabaku no Akasuna, havia mandado seu único filho para um internato na Suíça por anos. Shinki morria de pena do pobre Jin, que ainda por cima era mudo.

Quando Jin foi passar as férias com eles pela primeira vez, Shinki achou que os dois poderiam ser amigos. No entanto, Ino nunca permitia que os dois ficassem juntos, sempre se intrometia. O pouco contato que teve com Jin foi marcante para Shink. No entanto, o filho talentoso filho de Ino fazia com que seu pai sempre lhe cobrasse notas altas. Shinki tinha que admitir que nos últimos três anos Jin tinha sido com quem havia medido forças, mesmo que o garoto não soubesse disso, para provar a seu pai que ele era melhor.

Após ouvir Gaara elogiar os quadros de Jin, Shinki resolveu que também iria para o lado das artes. Entretanto, ele não tinha nenhuma habilidade ou talento para os pincéis, o que o levou a tomar gosto pelo teatro e a música. Há três anos estudando, Shinki conseguiu convencer seu pai que seria um ator de sucesso e que algum dia o entregaria um Oscar. Para isso, fez os exames para passar na renomada Julliard e quando passou ganhou os parabéns do pai, que o mandou para Nova York. É claro que depois ele teria de voltar para a França, mas por três anos ele saberia o que é ser totalmente livre. Quer dizer, mais ou menos livre, já que seu pai havia confiado sua segurança a Kankuro. Pelo que seu pai comentou, Jin viveria algo parecido. Iria estudar em outro país que, por razões que ele não imagina, ninguém pode saber. Segundo seu pai, é apenas uma medida de proteção.

— Como foi na gravação para o comercial? – Perguntou Kankuro assim que chegou ao apartamento e viu que Shinki já havia chegado.

— Foi bom e rápido. Viu como eu tinha razão? Você pode deixar que eu ande sozinho, Kankuro. – Disse Shinki.

— Se acontecesse alguma coisa, seu pai não me perdoaria. Só permiti hoje, porque realmente tinha um compromisso. – Disse o segurança.

— Você não vai me acompanhar nas aulas né? Ia ser vergonhoso!

— Calma, Shinki! Eu vou levá-lo e buscá-lo todos os dias, mas não vou ficar lá com você. – Avisou.

— Ainda bem! Vivi a vida toda como um pássaro na gaiola.

— Sua gaiola é de ouro. – Comentou Kankuro.

— Mas ainda sim uma gaiola. Ei, você sabe onde o Jin está?

— Jin está com Kiba, mas em que país eu não faço ideia. Por que quer saber?

— Fico imaginando se ele é mais livre que eu.

— Não gosto de me meter nos assuntos da sua família, até porque não sou pago pra isso, mas me parece que Jin é muito mais preso que você, Shinki.

— Deve ser culpa da bruxa da mãe dele!

— A Duquesa merece seu respeito, Shinki.

— Só a respeito por ser esposa de meu pai, porque ela NUNCA será como uma mãe para mim.

 

[...]

 

No primeiro dia de aula, Shinki não conseguia conter a felicidade de estar ali em Julliard. Ainda mais agora que sabia que Sarada Uchiha estudava lá também. Shinki estava louco para encontrá-la e provocá-la como no dia do comercial. Ele gostava de cutucar a onça com a vara curta. Fora que pela primeira vez na vida alguém o tratava normalmente sem. Mesmo Sarada tendo o chamado de babaca e idiota, ele não se sentiu tão ofendido. Concordava com a menina que ele havia se portado como superior, mas aquilo vinha de sua criação.

 Durante toda a vida, as pessoas lhes disseram que ele era importante e, mesmo que  Shinki torcesse um pouco o nariz para a nobreza, dentro dele havia algo que o fazia agir daquela forma esnobe até que aquela menina cruzou o seu caminho. Ver o quanto ela havia ficado brava com seu atraso e lhe cobrando profissionalismo, fez com que ele percebesse que ela era diferente de todos que já tinha conhecido na vida.

No entanto, a sensação de que a conhecia de algum lugar era muito alta. Sentia-se atraído por ela e, definitivamente, ele faria de tudo para se aproximar ainda mais da garota. Os céus pareceram ouvir seu pedido, pois, no final do primeiro dia de aula, ele esbarrou na garota que ficou perplexa ao vê-lo.

— Porra! Não olha por onde anda? – Falou Sarada após o esbarrão e, quando os seus olhos grudaram nos de Shinki, ela tremeu.

— Vou tomar cuidado daqui pra frente, Sarada. – Disse Shinki sério e calmo.

— O que VOCÊ tá fazendo aqui?

— Estudando que nem você. Qual o problema?

— Isso é perseguição! Pode parando de me perseguir OK?

— Você fala como se o mundo girasse em torno do seu umbigo, Sarada.

— Não. Pera aí, você que age como se fosse o centro do Universo! Por acaso, chegou atrasado na aula e mandou o professor repetir o conteúdo por causa do seu título de nobreza?

— Ei, o título de nobreza é do meu pai! Mas que droga! Você já sabe?

— Google tá aí pra isso.

— Você foi pesquisar sobre mim? – Perguntou com um sorriso nos lábios e Sarada mordeu seu lábio inferior por ter se dedurado.

— Não fui eu. Foi uma amiga.

— Pode admitir, Sarada. Eu também pesquisei sobre você.

— Estamos empatados então!

— Ótimo! Podemos recomeçar, certo?

— Nós não começamos nada, querido! Pode ficar aí com seu título de nobreza, sua arrogância, sua falta de profissionalismo. Pode ir ficando beeeeem longe de mim.

— A gente vai se ver muito por aqui nos próximos anos.

— Eu vou evitar ao máximo!

— O que eu te fiz?

— Atrasou a gravação do comercial em 1 horas e chegou achando que o seu tempo era muito mais precioso do que o meu.

— Tudo bem, eu errei, me perdoa? – Falou sinceramente e aquilo desconcertou Sarada.

— Argh. Tudo bem, eu perdoo.

— A gente pode se conhecer melhor? – Propôs Shinki.

— A gente não se conhece ainda.

— Ok. Vou reformular a pergunta. A gente pode se conhecer?

— Shinki, é esse o nome né? – Ele assentiu rindo e ela continuou – Por que você não larga do meu pé?

— Acho você interessante. – Admitiu Shinki.

— Qual é? Você é filho do Duque de Suna e acha que eu sou interessante?

— Você é muito mais interessante do que eu Sarada. Sei que dinheiro seduz e fama ainda mais. Só que um cara como eu que ganhou fama e dinheiro sem ter feito nada para merecer isso, de fato, não pode ser considerado alguém interessante. – Disse Shinki e Sarada ficou boquiaberta.

— Cadê o senhor Centro do Universo? Essa frase não cabe bem na sua boca.

— Eu sou mais humilde do que aparento ser. Posso te provar qualquer dia desses.

— Quem sabe... – Sarada lançou um olhar desconfiado e saiu.

— Você já vai?

— To atrasada! A gente se vê. – Disse Sarada e Shinki ficou ainda mais encantado com a postura da garota de quem não estava nem aí para ele.

 

[...]

 

Sarada saiu de Julliard meio abalada pelo esbarrão em Shinki. O que aquele garoto queria com ela? Era tão estranho encontrá-lo ali e ainda mais vê-lo pedindo perdão por ter sido um babaca no dia da gravação do comercial. No entanto, tinha algo naquele garoto que a fazia pensar nele. Ele tinha um quê de mistério, como se fosse uma aventura que ela gostaria de viver. Sarada jamais pensou conhecer alguém da nobreza e, sinceramente, não achava aquilo tão fabuloso quanto Chouchou. Mesmo assim, ela percebeu algo no olhar daquele garoto que parecia concordar com ela. Parecia que Shinki queria mostrar que não se achava tão importante. Ela notou isso no fim daquela conversa na faculdade.

— Chouchou, encontrei o Shinki lá em Julliard. – Contou assim que chegou em casa e viu a amiga assistindo TV.

— O QUE?  QUE QUE O BOFE TAVA FAZENDO LÁ?

— Ele deu a entender que estuda lá.

— E o que mais? Sarada, o que mais descobriu sobre ele?

— Não perguntei muita coisa pra ele, mas enfim... ele quer me conhecer. – Adiantou Sarada e levou uma almofadada da amiga.

— Fica roubando o homem da amiga! – Acusou Chouchou.

— Ai, isso dói, sua louca! Eu não roubei ninguém! E, olha, pode ficar pra você se presente! Se quiser, eu até embrulho!

— Me apresenta então!

— Tá, vou marcar de sair com ele e aí você vai beleza? Vai ser um bom banho de água fria nele! – Pensou Sarada.

— Você é louca! – Riu Chouchou.

— Meu primo ainda não chegou?

— Não, deve ter saído com alguma piranha.

— Isso é ciúme, Chouchou! Fica falando do Shinki, mas tá louca pra pegar o Obito!

— Imaginação sua!

— Aham sei! Bem, eu tenho que ir!

— Vai pra onde? Você mal chegou?

— Só vim guardar a mochila e pegar o violino. To indo fazer um teste para entrar na banda do meu veterano lá da faculdade.

— Ok. Boa sorte.

— Obrigada. Beijo. Te amo, Chou!

 

[...]

 

Quando Sarada saiu do elevador, ouviu que estavam tocando uma música da Taylor Swift no apartamento onde a banda estava ensaiando. Assim que tocou a campainha e Konohamaru abriu a porta, ela deu de cara com Shinki tocando ukulele e cantando uma versão de Blank Space. Sarada ficou chocada, não esperava encontrar com ele pela segunda vez no dia e ainda estava ainda mais boquiaberta ao ouvir a bela voz que o rapaz tinha. Ok, agora ela tinha que admitir para si mesma que ele era mais encantador do que ela pensava.

— O Shinki manda bem, né Sarada? – Perguntou Konohamaru.

— Não sabia que além de atuar, ele cantava. – Confessou e Shinki riu.

— Musicais sabe? Tenho que estar preparado. – Garantiu Shinki.

— Ah, claro. – Disse Sarada.

— Bom saber que vocês já se conhecem. – Disse Konohamaru.

— De vista. – Disse Sarada.

— Já fizemos um trabalho juntos. – Comentou Shinki.

— Legal. Que trabalho? – Perguntou Konohamaru.

— Um comercial para a Coca-Cola. – Informou Sarada.

— Nossa banda vai dar muito certo, pessoal! Shinki manda bem e eu já vi uns vídeos da Sarada por aí, mas ela pode dar uma canja ao vivo não é mesmo? – Disse Konohamaru.

— Vou tocar um pouco de violino primeiro e depois toco outra no violão e canto. Pode ser? – Perguntou sarada para Konohamaru já tirando o violino da capa.

— Você que manda! – Disse Konohamaru e Shinki só observou a cena.

Sarada começou tocando sua música preferida, a que fazia ela se lembrar de Inojin, Better Place, de Rachel Platten. Shinki ficou impressionado com a habilidade da garota tocando. Para ele, era nítido que Sarada era maravilhosa. O que também era óbvio, era que Sarada não deixaria de alfinetar Shinki. Por isso, ela escolheu cantar No, de Meghan Trainor. Vendo que a garota cantava o encarando o tempo todo, Shinki se sentiu envaidecido. Quanto mais ela provocava e desdenhava, mais interessante ele a achava.

— Perfeita! – Konohamaru aplaudiu.

— Incrivelmente talentosa! – Elogiou Shinki e Sarada sorriu.

— Obrigada, rapazes! E aí Konohamaru?

— Aprovada! Vocês dois estão na banda!

— E lembra que eu te falei que o meu primo toca bateria? Ele pode entrar também?

— Se ele mandar tão bem quanto você, não tem problema! Estou montando essa banda, porque a minha antiga acabou. O pessoal foi fazer musical na Broadway então ficou sem tempo para os ensaios e shows. – Disse Konohamaru.

— E qual é o nome da banda? – Perguntou Shinki.

— Nameless. – Disse Konohamaru.

— Ok. – Concordaram Shinki e Sarada.

Na hora que saíram do apartamento de Konohamaru, Shinki ofereceu uma carona para Sarada já que Kankuro ia mesmo buscá-lo.

— Eu posso te levar pra sua casa? – Ofereceu.

— Acho melhor não. Minha mãe sempre diz pra não andar com estranhos. – Disse Sarada e Shinki riu.

— Sarada, nós estudamos no mesmo lugar, trabalhamos no mesmo comercial, estamos na mesma banda e fora isso, como você mesma sempre diz, eu sou um membro da nobreza. Não iria fazer mal a você. – Tentou explicar Shinki.

— Só vou aceitar porque você insiste. – Disse Sarada e Shinki ficou satisfeito.

Quando Kankuro chegou para buscar Shinki, o segurança riu ao ver que o patrão já estava começando a sair com uma garota e fez uma nota mental para atormentá-lo sobre o assunto quando estivessem a sós. Além de segurança, Kankuro era uma espécie de amigo e anjo da guarda de Shinki. O menino fez sinal para ele não soltar nenhuma piadinha no momento e Kankuro entendeu que ele estava tentando impressioná-la.

— Oi, moço. Sinto pena do senhor ter que trabalhar pra isso. – Disse Sarada já mostrando que criara uma barreira entre ela e Shinki.

— Shinki é um bom garoto. – Comentou Kankuro.

— Não precisa me defender, ok Kankuro? A Sarada logo perceberá que eu sou legal. Apesar de você resistir, agora nos conheceremos melhor de qualquer jeito, Sarada. – Lembrou Shinki a menina que fez uma careta.

— Se falar mais uma vez isso, eu saio da banda.

— Pensei que você fosse querer me conhecer melhor...

— Eu só disse quem sabe...

— Vamos marcar alguma coisa.

— Ok, vamos. O que sugere?

— Uma pizza no meu apartamento?

— Não vou à sua casa.

— Na sua então?

— Pode ser. Minha amiga e meu primo estarão lá também.

— Tudo bem. É até melhor.

— Concordo.

— Quando?

— Próximo final de semana? No sábado?

— Fechado. 18h tá bom pra você?

— Combinado, Shinki. Ei, Kankuro, meu prédio é esse aí. Já chegamos. – Avisou Sarada.

— Ok, senhorita.

— Tenha uma boa noite, Sarada.

— Pra você também! Obrigada pela carona! Kankuro, obrigada também! Boa noite!

Após Sarada sair do carro, Kankuro começou a rir de Shinki.

— Pode limpar a baba que tá escorrendo viu? – Brincou Kankuro e Shinki revirou os olhos.

— Você tem uma imaginação muito fértil.

— Quais as suas reais intenções com essa garota Shinki?

— Não sei. Sinceramente, eu só sinto vontade de estar por perto dela. Sarada me trata como se fosse normal.

— São poucas pessoas que fazem isso, não é mesmo?

— Na verdade, acho que só ela me trata assim.

— Eu também te trato normalmente.

— Mentira! Se tratasse não ficava me carregando pra cima e pra baixo com medo de alguma repressão do meu pai!

— Ok! Mas é que eu sou pago pra isso, Shinki. Não é como se eu estivesse aqui de passeio.

— Eu sei. É exatamente por isso que com Sarada é diferente. Ela me provoca. Eu adoro. Além disso, eu tenho certeza que eu já vi esse rosto em algum lugar.

— Shinki, ela é filha de uma blogueira famosa. Deve ser daí que você conhece.

— Pode ser, mas não tenho tanta certeza.



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