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História A Novata - Ausência


Escrita por: floordelotus

Notas do Autor


Segundo capítulo postado!

Boa leitura!

Capítulo 2 - Ausência


 

2.
 

A garota mal havia entrado no carro e seu pai já abordava-a.

—  Quem era aquele garoto que estava com você? – estava com as mãos no volante olhando para a filha.

—  Um colega de classe, pai. – Misun entrou no carro e fechou a porta do veículo. Ligou o rádio do carro e foi escutando música até chegar em casa.

Quando chegaram a mesa do jantar já estava pronta. Assim a família começou a comer enquanto discutia o que houveram de novidades no dia dos três. A mesa estava repleta de comida brasileira. – já que era a especialidade da mãe – O pai, mesmo não sendo sua comida preferida e ainda assim optando pela coreana, aprendeu a gostar. E Misun foi acostumada a comer das duas, sendo assim: dia tendo comida coreana e dia tendo comida brasileira, para não enjoar da mesma coisa. 

Quando Misun acabou, levou a louça suja até a pia e lavou-as. Depois que terminou tudo, subiu para seu quarto.

 

[---]

 

Wook Misun:

20:27

 

Estava no meu quarto arrumando minhas coisas, quando meu celular que estava jogado na minha escrivaninha notificou-me que havia chegado alguma mensagem nova.

“Eu vou te ligar e você vai me contar tudo!” – A mensagem era de Soomin, e logo depois, ela ligou.

“E ai? O que aconteceu? Me conta tudo!” – Ri abafado com o desespero da garota.

“Calma garota! Apenas fizemos o trabalho, nada demais!” – Apoiei o celular no ombro para poder arrumar algumas peças de roupas que estavam jogadas em cima da minha cama.

“Como assim nada? Nem um beijo? Nada?” – A frustração de Soomin estava clara em sua voz.

“Soomin, eu conheci ele hoje!” – Suspirei pesadamente e ela riu pelo meu ato.

“Quero ver tudo isso mais para frente...” – Falou divertida e não convencida com minhas respostas.

Ficamos conversando até o assunto do trabalho que eu fiz com Namjoon finalizar-se e logo entramos no assunto: Jimin e Soomin.

Os dois se conheceram por acaso em um parque, e desde então vivem se vendo em encontros ou em mensagens quando não podem se ver. Soomin diz que ele é muito amoroso e carinhoso com ela... E eu fico apenas na torcida para que isso tudo dê certo.

“Eu quero conhecê-lo. Fala tanto dele, mas só conheço por fotos.” – Falei para Soomin. Ela sabia o quanto eu queria conhecer o garoto em que fala tanto.

“E você vai! Em breve! Prometo.” – Disse brincalhona.

Continuamos a conversa até definitivamente o assunto acabar. E quando acabou, nos despedimos e cada uma foi fazer as coisas que deviam.

 

[---]

 

Acordei mais ou menos 9h30. Desci as escadas me deparando com a casa totalmente vazia. Suspirei já sabendo o que possivelmente tinha acontecido.

Meus pais não saem essa hora de casa quando estão trabalhando normalmente, apenas quando precisam viajar a trabalho. O que provavelmente aconteceu hoje.

Fui para a cozinha, preparar uma xícara de café para mim; sabia que nem adiantava mandar mensagens ou ligar para Soomin, já que ela acordava sempre depois do meio-dia. Logo após de ter a xícara em mãos, andei novamente até a sala em busca de ter algo para fazer.

Depois de tomar apenas a xícara de café, subi novamente para meu quarto falando mentalmente por onde deveria começar a arrumar ele, já que estava parecendo que cinco crianças dominaram ele.

Comecei pegando as roupas que estavam espalhadas pelo chão, separando-as em quais eu deveria guardar e quais eu deveria colocar no cesto de roupa suja do banheiro.

Logo depois parti para cama, arrumando-a. Tirei todas as coisas que haviam em cima dela, e arrumei os lençóis e travesseiros, deixando-a do jeito inicial antes de eu ter dormido nela.

Ajeitei as coisas que sobraram no chão, colocando cada coisa em seu devido lugar, para depois não parecer uma louca procurando por tudo.

E por último peguei meu material escolar que estava espalhado pela escrivaninha e ajeitei na minha mochila.

Me sentia uma heroína por conseguir dar um trato em toda minha bagunça. Mesmo sabendo que daqui a pouco, estaria tudo fora do lugar novamente.

Preciso aprender a ser organizada com a minha mãe.

Quando terminei de arrumar tudo, estava com alguns fios de cabelo grudados no pescoço e suor melecando minha pele.

Olhei para o relógio que ficava pendurado na parede do corredor, e lá marcava que já eram 12h20. Sim, eu perdi a manhã inteirinha arrumando meu quarto. Faz parte da vida, não?

Fui até o guarda-roupa de madeira que ia do chão até o teto. Abri as duas portas do meio, e comecei a escolher alguma roupa para mim.

Fiquei olhando meu shorts, pensando se deveria usá-lo mesmo, peguei minha calça jeans que estava em cima da minha cama e coloquei do lado do shorts – também jeans – para ficar comparando-os. Até que por fim, decidi que iria usar o shorts e uma meia-calça preta por baixo para não deixar minhas pernas expostas.

Peguei uma blusa vermelha com listras brancas e azuis e logo separei-a de lado.

Escolhi um conjunto de calcinha e sutiã cinza e segui em direção ao banheiro.

Quando terminei de me vestir, peguei minha jaqueta jeans, minhas coisas e saí de casa. Já estava andando pelas calçadas, sentindo a pequena brisa de vento chocar-se contra meu rosto e bagunçar meus cabelos. Soomin morava alguns quarteirões da minha casa, era uma caminhada reta. Quando cheguei no sobrado, segui a trilha que dava diretamente a porta de entrada da casa, e toquei a campainha.

Demorou uns minutos? Demorou.

—  Já estava quase desistindo! – falei olhando a figura praticamente morta à minha frente – Boa tarde! – entrei na casa.

—  O que você está fazendo acordada a essa hora? – coçou os olhos.

—  Para a sua informação, já se passou do meio-dia. – mostrei o horário no celular que marcava 13h17. E eu estou sozinha novamente. Pretendo almoçar fora com você, então já para o banho se arrumar. – comecei a empurrar ela.

—  Ei, a casa é minha!

—  Mas se depender de você, esse almoço só sai as três da tarde. – subi as escadas segurando na mão de Soomin.

Enquanto a mesma entrava no banho, eu resolvia abrir a janela do quarto dela e esperar por ali mesmo.

 

[---]

 

—  Estou com fome... – Soomin reclamou andando do meu lado.

—  Nós estamos chegando, calma. – atravessamos a rua.

Andamos mais alguns metros até chegar no restaurante e logo a recepcionista nos atendeu. Caminhou até uma mesa que serviria três pessoas – mesmo nós sendo apenas duas – para podermos ficar mais confortáveis no lugar.

—  Então... Eles foram viajar mesmo? – perguntou para mim sem tirar os olhos do cardápio.

—  Com certeza. Nem se despediram de mim. – ri cinicamente.

—  É o trabalho deles. – Soomin acenou para um garçom que logo veio atender nossos pedidos

Continuamos conversando enquanto esperávamos nossos pratos chegarem.

—  Eu só espero que não fiquem praticamente um mês fora igual da outra vez. – coloquei um pouco de Bokbunja em meu copo. Bokbunja nada mais é do que vinho com sabor de framboesa. Realmente delicioso!

—  Eu estou aqui! Me chama que vou sempre estar disponível! – disse animada.

—  Até mesmo as nove da manhã? – arqueei minha sobrancelha.

—  Aí pegou pesado. – rimos.

Logo a bandeja com nossos pratos chegaram e os pratos foram colocados na mesa. Só de olhar nossos Kimchis já dava água na boca.

—  Aqui é um dos melhores restaurantes! – oomin comia rápido, estava realmente com fome.

 

 

—  O professor mandou você carregar tudo isso? – Soomin ria da minha cara, por nem conseguir encontrar meu rosto atrás das caixas que me fizeram carregar.

—  Eu não tenho nem altura, aí vão lá e me dão duas caixas que empilhadas ficam da minha altura. Seria engraçado se não fosse triste.

—  Bom, eu realmente tenho que ir... – falou apressada – Tchau! Até amanhã! – acenou.

—  Deve realmente ter que ir embora mesmo... – suspirei – Bom, vamos até a sala dos professores.

A Sala dos professores não era tão longe, mas a cada passo que eu estava dando, parecia que ficava a quilômetros de distância.

Quando cheguei finalmente na porta, segurei tudo com uma mão só para poder abrir a porta com a outra. Uma péssima ideia. Os papéis que estavam dentro da caixa viraram e espalharam-se pelo chão. Quando olhei a bagunça que tinha feito, suspirei cansada.

—  Precisando de ajuda? – uma voz rouca que pensei que não iria escutar tão cedo veio de trás de mim.

—  Namjoon? – viro-me rapidamente dando de cara com seu corpo parado próximo ao meu.

—  Estava olhando de longe você segurando essas caixas até que vi uma delas cair, e resolvi ajudar. – agachou junto para recolher os papeis que estavam espalhados pelo chão.

—  Obrigada! – sorri.

Ele assentiu e levantamos novamente.

—  Eu te ajudo. – pegou umas das caixas da minha mão e entrou na sala primeiro.

Colocamos as caixas em cima da mesa dos professores e logo saímos da sala.

—  Obrigada novamente! – olhei para o garoto e sorri – Sem a sua ajuda estaria até agora recolhendo os papéis.

Ele sorriu e acompanhou-me até a saída da universidade. Passamos pela porta e fomos em direção ao estacionamento que era céu-aberto. Como meus pais viajaram, eu que estava com a chave do carro, não precisava esperar meu pai vir me buscar.

—  Você está sem carro? – perguntei olhando para o garoto que estava apenas me acompanhando pelo estacionamento.

—  Na verdade eu não tenho carteira de motorista... – sorriu envergonhado.

—  Quer carona? – encarei-o

—  O que? Ah, não, não... Mesmo assim, obrigado. – sorriu deixando expostas suas covinhas.

—  Bom, então até amanhã! – fiquei na ponta do pé e dei um beijinho na sua bochecha.

Nos distanciamos e cada um pegou o seu caminho.

 


Notas Finais


Desculpa qualquer erro.

- FloordeLótus


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