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História A orfã - A descoberta


Escrita por: Destemidas69

Notas do Autor


Boa noite vidinhas...

Capítulo 26 - A descoberta


Não fiquei quieta no sofá com o Pietro nem 5 minutos, pois a campainha tocou. Me levantei e olhei para o Pietro que sorriu pra mim tentando me passar confiança.

Caminhei até a porta e quando eu ia abrir vi a minha mãe se aproximando de mim.

-Deixa que eu abro filha. –Mãe

Voltei para o sofá com o Pietro e a mamãe abriu a porta.

-Boa tarde Camila, boa tarde Nathan.-Mãe
-Boa tarde, querida. –Mãe do Nathan

Ela entrou e o Nathan entrou logo atrás, com uma cara bem abatida, e reparando bem, a mãe dele também está abatida, mas tem um fundo de felicidade no rosto dela.

-Pode ir para a sala se sentarem, vou fazer um cafezinho para nós Camila. Vocês querem alguma coisa crianças?

Falamos que não e a minha mãe foi para a cozinha. O Nathan cumprimentou o Pietro e a mãe dele nos deu um oi. Ai ele veio e parou ao meu lado e me deu um beijo na testa.

-Mãe, eu vou conversar com a Manu rapidinho, depois eu te chamo. –Nathan
-Tudo bem filho. –Mãe do Nathan

Pietro olhou para o Nathan com uma cara que até eu fiquei com medo.

-Manu, vamos no jardim um pouquinho? –Nathan
-Aham.

Fomos para o jardim, me sentei na grama, bem no lugar onde tivemos o nosso primeiro ‘’beijo’’.

-Manu, antes que você pense que eu fiz algo de errado, eu não fiz. O assunto aqui é outro... Talvez eu tenha feito uma coisa errada, mas não foi de propósito.
-Fala logo sorriso, eu estou apreensiva desde ontem a noite quando recebi a sua mensagem.
-Tudo bem, quando fomos a delegacia pela primeira vez, o delegado me questionou sobre os nossos sobrenomes. Lembra que o seu antigo é igual ao meu? –Concordei- Então, quando fomos ontem, ele comentou sobre isso novamente, disse que andou verificando e não achou nada de concreto, porém achava melhor eu procurar saber mais sobre isso. Pois bem, como você deve se lembrar, o meu pai morreu quando eu tinha 8 anos, quase nove... Acontece que quando ele morreu, eu e minha mãe passamos por uma dificuldade extrema até os meus 10 anos e disso você sabe, pois eu te contei. Acho que depois de mais ou menos 2 meses que eu havia completado 9 anos, o telefone lá em casa tocou. A minha mãe atendeu e começou a chorar, quando ela desligou e eu perguntei o que tinha acontecido ela apenas me disse “sua tia morreu”. Nunca mais tive nenhuma informação sobre isso, minha mãe nunca gostou de comentar sobre a morte da tia Carol.
-Carol?

 

-Sim Manu, Carol de Carolina.

Arregalei os meus olhos, ou isso é muita coincidência ou eu estou começando a ligar os pontos dessa história.

-Continuando... Ontem quando eu sai daqui e fui pra casa, encontrei a minha mãe na sala e resolvi questiona-la novamente sobre o assunto da tia Carol, já sou bem grande para saber lidar com histórias desse tipo. Ela, para a minha surpresa, aceitou me contar. Passamos uns 30 minutos conversando sobre isso.
-Ta Nathan e o que você descobriu?

Meus olhos já estavam cheios de lagrimas e eu tremia.

-Oh meu amor, as coisas não vão ficar boas agora...
-Só me conta, por favor...
-Tudo bem... Ela me disse que quando o telefone tocou, além de descobrir que a irmã dela havia morrido em um acidente de carro, ela descobriu também que o cunhado morreu junto. Mas, o acidente deixou uma pessoa viva! A sobrinha dela que precisava de uma casa nova pra ir, já que os pais dela haviam morrido. Ela me disse que ficou muito mal em ter que dizer não para o policial, mas o meu pai tinha morrido a pouco tempo, nós estávamos sem as mínimas condições de vida e na Alemanha ainda por cima... Quando eu perguntei qual era o nome da menina, ela me disse que era...
-Manuela de Paula Ventura.
-Sim...

Quando ele me confirmou o nome, a única coisa que eu sabia fazer era chorar desesperadamente, eu perdi a visão e passei a escutar somente zumbidos, até escutar alguém me chamar, pela voz, eu sabia que era o Pietro. Sabia que ele iria para o quarto dele para poder ficar vendo o que iria acontecer com essa conversa. Eu me levantei e senti as minhas pernas fracas, me abracei ao meu irmão e chorei sem medo.

-Manu, o que aconteceu? Por favor, se acalma um pouco e me fala. –Pietro

A voz dele era preocupada e ele pedia insistentemente para eu falar com ele enquanto mexia em meus cabelos.

-O que você fez pra ela Nathan? –Pietro perguntou mudando a voz de preocupada, para furiosa.
-Ela é minha prima! –Nathan
-QUE? –Pietro
-É cara, eu descobri isso ontem a noite, por favor, vocês tem que me perdoar. -Nathan
-Meu, depois nós conversamos, agora só o que importa é a minha irmã. -Pietro
-Eu sei, leva ela pra dentro que eu pego um copo de agua. –Nathan

O Pietro me colocou nos seus braços e me levou para o meu quarto, logo o Nathan apareceu com um copo de agua.

-É agua com açúcar, vai te fazer bem... –Nathan
-Nathan, deixa eu falar com ela sozinho um pouco, por favor. –Pietro
-Tudo bem... –Nathan

Assim que o Nathan saiu do quarto, o Pietro me deu a agua e eu comecei a tomar e me acalmar aos poucos, porém, lágrimas ainda corriam pelo meu rosto.

-Manu, por favor, me explica essa história.
-Não tem o que explicar Pi, ele já te disse, nós somos primos!
-Sim, mas por que a mãe dele não te adotou ao invés de te deixar ir parar em um orfanato?
-Porque quando isso aconteceu, eles moravam na Alemanha, o pai do Nathan tinha acabado de morrer e eles estavam passando por dificuldades absurdas. Não conseguiriam cuidar de mim.
-Ah...
-Pi, o que eu vou fazer agora? Pelo amor de Deus!
-Ai Manu, você tem que ir conversar com a Camila...
-Eu sei que eu tenho que fazer isso, mas eu não quero... É difícil aceitar que foi ela quem me deixou largada em um orfanato... E em relação ao Nathan? Eu o amo, nós estávamos quase namorando e ai eu descubro isso...
-Manu... Você vai ter que acabar com esse amor de algum jeito, sei que não vai ser fácil, mas eu vu te ajudar. Isso é uma coisa que não pode continuar, vocês são primos e isso é praticamente ilegal.
-Eu sei Pi, e isso me dói muito, não foi em um dia que eu me apaixonei por ele e nem vai ser em um dia que eu vou deixar de gostar dele.
-Eu sei, mas precisamos começar de algum lugar. Vamos fazer assim, você sabe que a mãe dele não teve culpa, né?
-Saber eu sei, mas continua sendo difícil de aceitar. E o Nathan também não tem culpa, ele não sabia que éramos primos.
-Eu sei Manu e por isso mesmo que eu acho que você deveria conversar com ele e depois com a Camila.
-Tudo bem, Pi. Pede pro Nathan vir aqui.
-Ta bom, vou ficar no meu quarto, qualquer coisa você me chama.
-Pode deixar

Ele saiu do meu quarto e eu fiquei esperando o Nathan

P.O.V. Nathan

A pior coisa e a pior sensação da minha vida foi ter que contar essa história para a Manu ever o estado em que ela ficou. Ela me pareceu tão frágil, a única coisa que eu queria fazer era abraça-la e beija-la, mas, infelizmente isso é uma coisa que eu já não posso mais fazer. Tenho medo dela não querer mais falar comigo por causa dessa situação. A Manuela é uma pessoa tão especial e passa por tantas coisas ruins, mesmo se ela não quiser mais ficar perto de mim, eu vou continuar cuidando dela.

-Nathan!

Olhei e era o Pietro me chamando

-Oi
-A Manu quer falar com você
-Serio, cara?
-Sim, eu estava conversando com ela e ela sabe que nem você e a sua mãe tem culpa nessa história.
-Que alivio, obrigado;

P.O.V Manu

Levou 5 minutos para o Nathan chegar no meu quarto

-Manu?
-Oi sorriso, vem aqui.

Ele caminhou e se sentou ao meu lado na cama.

-Manu, eu sei que você está chateada e não quer falar comigo, mas por favor, não me ignora.
-Nathan, relaxa. Eu estou chateada sim, mas com a situação e não com você. Não vou te ignorar nunca, você é a melhor coisa que já me aconteceu. E agora, com essa notícia, como vamos ficar?
-Ah meu amor, você não imagina o quão mal eu fiquei quando descobri essa história, e fiquei bem pior quando te contei. Sabe, eu não queria que o que tivemos fosse apagado, apesar de ser algo ‘’errado’’ e que não sabíamos, foi a melhor experiência da minha vida, eu criei um sentimento tão intenso por você que não sei nem como vou apaga-lo. Tudo o que vivemos e passamos foi maravilhoso, eu não consigo aceitar que você é minha prima. Eu te amo!

Quando ele terminou de falar, eu estava com lagrimas nos olhos e não sei porque, mas em um impulso eu me aproximei dele e colei nossos lábios. Porém, quando percebi o que estava fazendo, me arrependi e me afastei.

-Me desculpa sorriso, eu vou realmente precisar de um tempo.

Não esperei resposta dele e sai do quarto, bati na porta do Pietro e entrei.

-Pi, pelo amor de Deus, você vai ter que me apoiar muito por um tempo. Você não sabe o que eu acabei de fazer.
-Nunca sai do seu lado, e não vai ser agora que isso vai acontecer. Fez o que?
-O Nathan estava lá no quarto e começou a falar umas coisas quando ele terminou, eu não sei o que aconteceu que eu simplesmente juntei nossos lábios, mas, separei na mesma hora.
-Manuela, eu sei que vai ser bem difícil, tanto para você quanto para ele. Vocês vão ter que manter uma certa distância por algum tempo.
-Sim, e você vai estar aqui para me ajudar;
-O tempo todo.
-E agora, desce comigo? Preciso falar com a Camila...
-Claro, vamos lá.

Quando saímos no corredor, percebi que o Nathan não estava no meu quarto, descemos e na sala ele também não estava, fomos para a cozinha onde a minha mãe conversava com a Camila.

-Filha, você está bem? –Minha mãe
-Sim, um pouco... A senhora já sabe né?
-Sim, a Camila me contou. -Mãe

Percebi que minha mãe havia chorado e que a Camila me observava

-Onde o Nathan está?
-Ele acabou de passar por aqui e disse que ia para casa, querida. –Camila
-Oh, tudo bem. Podemos conversar?
-Sim, estava esperando por isso. –Camila
-Vou deixar vocês as sos. –Mãe
-Não mãe, a senhora pode ficar.
-Sim, Raquel, fique aqui, acho que assim ela pode se sentir mais confortável. –Camila

Concordei olhando para a minha mãe.

-Então Manu, me perdoa. De verdade, você não sabe como foi difícil para mim ter que recusar a guarda da minha própria sobrinha após perder os pais. Mas, mesmo assim nunca perdi a vontade de te encontrar, já sofri muito pensando em tudo o que poderia ter te acontecido. Ontem, quando contei para o Nathan, e ele me disse que a minha Manuela é você, eu fiquei extremamente surpresa. Tanto pelo fato de você estar tão perto, quanto pelo fato de vocês estarem ‘’namorando’’. Imagine eu descobrindo que o meu filho estava junto com a sua própria prima. Eu só peço para que você me perdoe.
-Tudo bem Camila, eu sei que você não tem culpa, porém, ainda é um pouco difícil para mim aceitar que a pessoa que e minha tia, estava tão próxima de mim a algum tempo. E pior, eu estava quase namorando o meu primo, tudo isso só por que faltou informação.
-Eu sei Manu, eu deveria ter contado para o Nathan antes, ai quem sabe, isso não teria acontecido... Apesar de tudo, o meu maior erro foi esse.
-Mas, ficamos entendidas assim. Eu não tenho raiva e nem rancor de você, aceito que você é minha tia, mas vou demorar um pouco para conseguir firmar esse laço que temos. Só peço para que tenha paciência.
-Fica tranquila querida que eu vou ter muita paciência, esperei 6 anos para te achar, posso esperar mais algum tempo para ser chamada de tia.
-Obrigada.
-Eu queria passar mais um tempo aqui com você, mas eu quero ver o Nathan, quero saber como ele está e porquê saiu daqui daquele jeito.
-Sem problemas, Camila.
-Bom dia para vocês, até mais.

Ela saiu de casa e a primeira coisa que a minha mãe fez, foi vir me abraçar.

-Você fez certo meu amor, e achei linda essa sua atitude de não ter rancor e entender a situação.
-Obrigada mãe, se vocês não se importam, eu vou para o meu quarto deitar um pouco.

O Pietro saiu comigo da cozinha, pedi para ele avisar a Gabi sobre a novidade. Fui para o meu quarto e me deitei.


Notas Finais


E ai? kkk quero comentários e não fiquem tristinhas comigo

E AH! Tenho uma noticia, quando chegarmos ao capitulo 30, eu darei por encerrada essa história! Mas, calma! Teremos uma 2° Temporada!!!!

Eu ouvi um gloria a Deus?

beijão


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