Mansão dos Bourgeois – Paris
Quarto de Chlóe
No luxo do grande quarto iluminado, uma confusão se desenrolava. De um lado, Nathaniel erguendo-se, e do outro, Cloe, que continuava sem esboçar reação.
Numa confusão de empurrões e lavação de roupa suja (literalmente, pois haviam roupas para todos os lados) ambos acabaram guerreando, e, o resultado não foi nada satisfatório. Nathaniel e Cloe acabam rolando escadas em um bolo de roupas, que se assemelhava a uma bola de neve, e terminam caídos no chão do primeiro andar do quarto da loira. Nathaniel se levanta, sentindo pequenas pontadas nas costas, que havia batido nos degraus da escada. Levanta, pega o cartão que abre a porta do quarto, mas depara com Cloe desmaiada no chão.
Parecia que a garota havia batido a cabeça com a queda. Nathaniel olhava para Cloe caída, mas não sabia se: fugia, ou ajudava. Será que a garota estaria bem?
Nathaniel: Cloe! Ei Cloe! Você está bem? — lamenta preocupado sacudindo a garota.
Porém sem resposta, Cloe estava apagada.
Nathaniel: O que eu vou fazer agora?
Enquanto pensava em ajudar ou não Cloe, as possibilidades pairavam sobre seus ombros: O santinho e o diabinho vindos do fruto de sua imaginação fértil analisavam a situação.
Sataniel: Uuuuuuuuh HAHAHAHA! Bem feito para essa troglodita! O que vai volta! — contata o Nathaniel “diabinho” no ombro do rapaz.
Santiel: Não fale assim! Ela pode ter se machucado seriamente. Nathaniel, ajude ela — defende o “santinho” no outro ombro.
Nathaniel: Acha que ela está mal?
Nathaniel ergue a cabeça de Cloe em seu colo, a garota não parecia machucada e aparentava respirar normalmente.
Nathaniel: Ela não está tão mal assim.
Sataniel: Vaso ruim não quebra fácil. Largue essa tranqueira aí! Veja só o jeito que ela te trata, como se fosse o bonequinho de luxo dela!
Nathaniel: I-i-isso é verdade! A culpa é toda dela!
Sataniel: Isso aí! Agora vamos, vista sua camisa e vamos cair fora antes que a Senhorita Fracasso acorde!
Nathaniel larga Cloe no chão, e vai em direção as escadas.
Santiel: Vai deixar ela sozinha? Ela pode ter sofrido um sério colapso!
Sataniel: Colapso? Kkkkkkkkkk! Essa daí sofre por colapso a vida inteira, anda Nathaniel vamos cair fora!
Nathaniel: E-e-ele tem razão. Se for algo sério, a família dela irá ajudá-la.
Santiel: Mas os primeiros socorros são muito importantes! E se ela começar a ter convulsões?
Sataniel: IDIOTA! Essa pode ser sua única chance de cair fora desse hospício que essa boçal chama de casa!
Santiel: Sugiro que você espere ela acordar, ela pode ter se ferido seriamente.
Nathaniel: Acho que ela bateu a cabeça, você tem razão, é melhor eu esperar e ver se esta tudo bem.
Nathaniel volta para perto de Cloe. Agachado diante o rosto dela, Nathaniel passa uma das mãos no rosto da jovem.
Nathaniel: Ela está fria!
Santiel: Viu só? O melhor é esperar.
Sataniel: Tudo bem então, vamos esperar. Mas, porque enquanto espera, você não procura o desenho? Se encontrar o desenho poderemos dar um pé na bunda dessa ridícula, e ela não terá mais como chantagear a gente, certo? Hehehe...
Nathaniel volta a subir as escadas novamente.
Nathaniel: Tem razão! Devia aproveitar que a cobra está desmaiada e procurar o desenho! Onde será que ela escondeu?
Santiel: Você não devia bisbilhotar as coisas de uma garota.
Sataniel: Cala a sua boca idiota! Vá Nathaniel, encontre o desenho e se livre de uma vez por todas dessa praga!
Nathaniel: Sim! Eu vou acabar com essa palhaçada é agora!
Nathaniel sobe até o primeiro andar. Pega o tablett de Cloe e deleta todas as fotos do desenho e provas que a garota havia reunido.
Nathaniel: Onde será que ela colocou a pintura original?
Nathaniel revira gavetas e armários à procura da pintura que havia feito de si mesmo e Marinette juntos. Porém, só acabando encontro roupas e mais roupas...
Nathaniel: Essa garota não tem mais nada além de roupas e vestidos?
Sataniel: Se quer minha sugestão, devia olhar nas gavetas na parte debaixo...
Nathaniel se abaixa e puxa duas gavetas na parte debaixo do extenso guarda-roupa, e acaba dando de cara com as roupas intimas da garota.
Nathaniel: HÃM? Mas aqui só tem calcinhas...
Santiel tampa os olhos enquanto Sataniel dá uma risada profunda enquanto alisa seu rabo olhando peça por peça.
Sataniel: Até que a maldita da Cloe é gostosinha? Rsrsrs... Você não acha?
Nathaniel: NÃO!
Nathaniel da um peteleco no diabinho, que caí de sem ombro dentro da gaveta.
Sataniel: Poxa Nathan... Você não tem uma gota de malícia. Se você não curte, pelo menos imagine um desses aqui na Marinette!
Sataniel acaba pegando um par de calcinha e sutiã íntimos da garota e mostrando a Nathaniel. O rapaz acaba corando, imaginando Marinette vestida com um dos exóticos biquínis de Cloe. O anjinho retoma a cena:
Sataniel: Já que você não curte muito a Cloe, imagine só você e Marinette sozinhos, com ela vestindo isso aqui. HAHAHAHAHA...
Nathaniel congela desviando o olhar da peça.
Santiel: Isso mesmo Nathaniel! Não dê ousadia a esse ridículo! Ele só quer te levar para o mal caminho!
Sataniel: Nathaaaaaaan, olhe para cá, eu sei que você esta doido para ver...
Nathaniel: Vejam só aquilo.
Nathaniel aponta para a parede mostrando o que ele tanto observava. Um cofre preto platinado na parede do quarto de Cloe.
Nathaniel: Tenho quase certeza de que o desenho está ali.
Santiel: O cofre está trancado, então vamos voltar e ver se Cloe está bem.
Sataniel: Que mané voltar o que... ela caiu das escadas não caiu do décimo oitavo andar de um prédio. Se toca...
Nathaniel volta novamente para o primeiro andar, onde Cloe ainda estava estirada no chão.
Santiel: Viu só, ela não é tão ruim quanto parece, veja o rosto dela.
Nathaniel se senta no chão e apoia o rosto de Cloe em seu colo. Nathaniel olha admiro o rosto rendido de Cloe. A garota que sempre andava por aí com seu enorme ego e rosto perverso atacando as pessoas, também podia expressar uma feição frágil e vulnevárel.
Sataniel: Hmm, que lindinha, parece até gente quando está desmaiada. Kkkkkk. Por que você não aproveita Nathan, e tira a roupa dela.
Nathaniel: Fi-fique calado!
Sataniel: Ora... vai que ela machucou as pernas, sei lá, você devia checar. Que tal uma respiração boca a boca então?
Nathaniel: JÁ CHEGA! CAÍ FORA!
Nathaniel da um peteleco no diabinho, que acaba virando pó.
Sataniel: Nãoooooooooooooooooooo... — puf!
Nathaniel: Você tem razão Santiel, se eu fizesse essas coisas que ele me mandou fazer, eu não seria melhor que ela. Isso só provaria que eu sou como ela, e eu não quero e nunca serei como esta megera.
Santiel: ...
Nathaniel: Para eu derrotar a Cloe, tem que ser do meu jeito! Isso! Eu vencer ela de maneira justa e honesta!
Santiel: ...
Nathaniel: O que acha que eu devo fazer agora? Chamar o mordomo dela?
Santiel: ...
Nathaniel: ???
Santiel acaba tomando a expressão “vermelho de vergonha” e sumindo, virando pó.
Santiel: Ér... bem... eu acho que... você devia começar olhando para baixo.
Nathaniel olha para baixo confuso e...
Cloe: Rsrsrs... — murmura a garota de olhos fechados segurando o riso.
Nathaniel: EU NÃO ACREDITO, VOCÊ ESTAVA FINGINDO?
A garota não se segura mais, e acaba caindo na gargalhada:
Cloe: KKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKK!
Nathaniel: Ora sua...
Cloe se levanta, com lágrimas nos olhos de tanto rir.
Cloe: Desculpe, mas foi hilário! KKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKK!
Nathaniel: Estava acordada desde quando?
Cloe: Desde que a gente caiu, hihihi... — diz a garota sem fôlego de tanto rir — Eu estava vendo tudo.
Nathaniel: Sua idiota! Eu estava preocupado com você. De verdade! Devia ter fugido quanto tive a chance. Sua desumana!
Cloe: Pare de se vitimizar, foi apenas uma brincadeirinha boba, que exagero. E de qualquer forma a parte que eu bati a cabeça não foi mentira. Ainda dói um pouco — responde a menina passando a mão em sua cabeça.
Mesmo com a explicação, Nathaniel se mantia intolerante à Cloe. Ambos acabam subindo para o segundo andar. Cloe se joga na cama dando um longo suspiro. Já Nathaniel, estava triste por ter sido enganado novamente, e por toda a situação causada por Cloe. O tímido ruivo senta na beirada da cama, balançando seus pés e olhando para baixo cabisbaixo pelo acontecido.
Cloe: Falando sério, teve um momento, que fiquei assustada com você.
Nathaniel: ...
Cloe: E não foi só a minha cabeça, você apertou meu braço com muita força. Por que tem tanta raiva que te vejam despido hã?
Nathaniel: E porque eu não teria? PARECIA UM EXTUPRO!
Cloe: Kkkkkkkkkkkkkkkkk! Você é engraçado!
Nathaniel: ...
Cloe: Está bem, está bem! Te prometo que não vou fazer mais isso. Mas confesso que não ria assim faz muito tempo kkkkkkkkkk. Fora as partes que você começou a falar sozinho e tals. Rsrs... Entretanto, a partir de agora, vamos focar somente no importante: Nosso namoro de mentira está bem?
Nathaniel: ...
Cloe: Sabe, você até que é fofo quando fica zangado. Os outros conhecem esse seu lado do mal?
Nathaniel: Lado do mal? Rsrs... Se isso fosse uma história em quadrinhos todo mundo concluiria fácil que eu sou o mocinho e você é a vilã.
Cloe: As pessoas sempre me taxam de vilã, mas apenas estou correndo atrás do que eu quero.
Nathaniel: Aham, e pisar nos outros é uma boa forma de atingir seus objetivos.
Cloe: Pisar? Eu estava tentando te dar uns beijinhos. Namorar é bullying agora?
Nathaniel: Da forma que você faz, é sim.
Cloe: Por que você não encara tudo isso como um treinamento? Quando estiver com a Marinette já vai saber como proceder. E também aposto que você nunca namorou.
Nathaniel: I-i-i-isso é um problema meu!
Cloe: Viu só? Esse é seu problema, você é muito fechado. Marinette gosta de pessoas mais ativas e dispostas a mudar o mundo sei lá...
Nathaniel: Você não conhece a Marinette.
Cloe: Não conheço mesmo, isso é o que estava escrito nessa página do diário dela.
Cloe se levanta, abre uma gaveta, e tira o livro cor de rosa do mal. Vai até a letra “m” e mostra a Nathaniel várias informações sobre Marinette.
Cloe: Aqui, está vendo? Ela não gosta do Adrien porque é popular. Gosta dele porque é extrovertido, altruísta e simpático.
Nathaniel: Que diabos de livro é esse? — diz tomando o livro das mãos de Cloe e revirando as páginas.
Cloe: Ér... Bom... o livro não importa, o que importa é o conteúdo!
Nathaniel: ESTÁ BRINCANDO? AQUI TEM A VIDA DE TODO MUNDO! COMO VOCÊ É RASTEIRA!
Cloe: Rasteira? Você chama isso de palavrão? Hehehe... Eu ainda vou te ensinar muitas coisas.
Nathaniel: Obrigado, mas não aceito suas aulas, serpente.
Cloe: Nossa Nathaniel, eu preferia você quando estava vermelho e calado. Se fizer tudo certinho durante o baile da Victoria, eu acho que vou te ajudar a conquistar a Marinette. Se eu tivesse essa imagem de “santinho” que você tem, eu já estaria namorando cem Marinettes. Foi incrível o jeito que a professora acreditou em você lá na biblioteca sendo que a verdade do que a gente estava fazendo estava estampada! Entenda que: Manipulação, é uma coisa boa.
Nathaniel: Gente... Depois dessa vou até embora! Adeus!
Nathaniel se levanta da cama, vestindo sua camisa e pegando sua mochila.
Cloe: Mas nós nem fizemos nada! Não deu tempo para explicar uma vírgula da nossa mentira.
Nathaniel: Eu preciso ir para o curso de web designer agora, se fosse preferiu bancar a miss sexy em vez de explicar como eu tenho que me portar nessa arapuca de baile, isso é um problema seu. Adeus!
Cloe: Hmm, fique sabendo que isso não é adeus, é só um até logo. E eu manterei contato!
Nathaniel: Ah, antes de ir eu tenho uma pergunta sim: Não vamos ter que fingir esse relacionamento falso no colégio não é?
Cloe: Deus me livre fingir ser sua namorada na frente do Adrien! Depois desse baile eu não vou nem lembrar quem é você.
Nathaniel: Ótimo porque eu não quero que as pessoas me vejam andando com alguém como você.
Cloe: O QUÊÊÊÊÊÊÊÊÊÊÊÊÊÊÊÊÊÊÊ?
Nathaniel vai embora para sua casa dando as costas a Cloe que não parava de resmungar sobre o último comentário do rapaz.
Cloe: Bacaca inútil. Eu é que não quero ser vista com um lixo desses... Garoto estúpido...
Nathaniel recolhe suas coisas, e se encaminha até a entrada da mansão. A única vontade que tinha, era sair dali o mais rápido possível.
Os extensos corredores da mansão lhe renderam alguns segundos, até Nathaniel descer a grande escadaria central. Sem repudiar, Nathaniel puxa a maçaneta da porta, que mais uma vez, estava trancada. O mordomo sentado ao lado da portaria tomando uma xícara de café puro e lendo uma folha de jornal. Levanta suavemente, e vai na direção do jovem.
Bóris: Onde pensa que vai cavalheiro?
Nathaniel: Vou embora.
Bóris: O chofer da senhorita Bourgeoir ainda não chegou, por gentileza, sente e aguarde, e o mesmo te levará para casa.
Nathaniel: Não preciso de carona, sei muito bem ir para casa sozinho.
Bóris: Fui instruído pela senhorita Bourgeios para que não deixe o cavalheiro sair sozinho. Deixar o convidado partir por si só não é um costume desta casa. Então peço que por gentileza, sente-se e aguarde o motorista que chegará em breve. E acredito que o senhor não vá querer sair com o temporal que está se armando lá fora.
Nathaniel olha pelo grande vidro cristalino e vê que o tempo tinha debandado. O calor abafado da manhã, havia dado força para uma grande chuva que caía sem dó sobre o belo jardim. E um vento nefasto e gelado que balançava todas as folhas das árvores. Uma tormenta de raios e trovões pestanejava na rua vazia.
O mordomo estende a mão para Nathaniel mostrando lhe o caminho para sala de visitas. Nathaniel toma um assento, e aguarda impacientemente, o motorista enquanto observava o ambiente ao redor. Havia uma estante com livros, um conjunto de aparelho de chá na mesinha de centro e uma lareira recém acesa.
Nathaniel observa calmamente a forte chuva bater nos vidros da janela, até que o mordomo retorna com uma bandeja com alguns croissaints assados na manteiga, geleia de morango, e uma taça de vidro.
Bóris: Está servido senhor? — diz enquanto despejava uma garrafa de vinho na taça.
Nathaniel: Oh, não obrigado. Eu tenho dezesseis anos, não tenho idade para beber...
Bóris: Dezesseis?
Nathaniel: Sim.
O mordomo se levanta, curvando-se diante do rapaz.
Bóris: Mil perdões, eu lhe trarei algo apropriado.
Nathaniel: Oh, ér... não-não precisa se desculpar.
O mordomo vai até a cozinha, e volta trazendo uma bebida que parecia um espumante. Nathaniel olha para o mordomo enchendo a taça. “Acho que ele não entendeu bem o que é uma bebida apropriada” — pensou Nathaniel.
Bóris: Não contém álcool, pode beber sem medo. Bom apetite!
Vencido pela chuva, Nathaniel se serve do lanche da tarde servido pelo mordomo. O garoto lanchava visivelmente incomodado pelo homem de terno, que sentado na poltrona ao lado da lareira, não lhe tirava os olhos um minuto se quer. O empregado então, olha para cima visualizando uma câmera no canto superior esquerdo, que por não estar com sua luz vermelha acesa, parecia estar offline. O mordomo se ergue mais uma vez, e espia os corredores, que também pareciam vazios. Então, retorna a seu lugar, franzindo os curtos fios de sua barba.
Bóris: Está de seu agrado? — pergunta à Nathaniel sobre o lanche.
Nathaniel: Ah, está muito bom sim.
O mordo então, liga uma antiga vitrola ainda tocada a disco, que havia no local, fazendo tocar uma clássica música francesa de fundo para acompanhar o chá da tarde.
~~ O miooooooo babbino carooooooo ~~
~~ Mi piace è bello, belloooooooooo ~~
~~ Vo'andare in Porta Rossa ~~
~~ A comperar l'anellooooooo! ~~
Nathaniel pensa “Nossa, que música estranha. E o mais estranho com certeza é esse homem que não para de me olhar. Está me encrando assim porque? Eu hein...”. O mordomo parecia inquieto. Até que a curiosidade o vence:
Bóris: Hm... Desculpe-me a intromissão, o senhor é companheiro da senhorita Bourgeois?
Nathaniel se engasga com a bebida.
Nathaniel: É claro que não! — diz enxugando a boca com um lenço.
Bóris: Hm... foi o que pensei. Então, é um amigo?
Nathaniel: Na verdade não.
Bóris: Foi o que eu pensei também — conclui com um leve sorriso cruzando as pernas.
Nathaniel: Eu não estou querendo ser grosseiro, mas então, porque de tantas perguntas?
Bóris: A senhorita Bourgeios não tem amigos.
Nathaniel: Sério? Mas, de vez em quando não vem aqui uma menina, bem... Uma de óculos bege cabelo curto...
Bóris: Se refere à senhorita Sabrina? Ela está mais para serviçal do que para amiga...
Nathaniel e Bóris riem um pouco, e logo se recompõe.
Bóris: Então se você não é amigo, o que traz o senhor até aqui?
Nathaniel: Hm... ér... Trabalho de escola!
Bóris: Trabalho de escola bem exótico em minha opinião. Hehehe...
Nathaniel: O-o-o que? Você viu tudo?
Bóris: Claro que não cavalheiro. Respeitar a intimidade dos convidados é um dos meus deveres como governante desta residência. Vi apenas o necessário — diz com um largo sorriso.
Nathaniel: Você não tem medo que eu conte para a Cloe que estava bisbilhotando?
Bóris: Fiz uma psicoanalise em você, e acho que não vai contar não...
Nathaniel: Ai que ótimo agora todo mundo nesse capítulo resolveu ser psicólogo...
Bóris se levanta até o rapaz, e sussurra em seu ouvido:
Bóris: A fraqueza da senhorita Bourgeios é seu próprio ego. Use isso contra ela.
Nathaniel: O quê?
Bóris: Oh, o chofer acabou de chegar, venha, lhe acompanharei até o carro.
Nathaniel: Mas... o que quis dizer com...
No exato momento, ouvi-se um grito de Cloe, vindo das escadas:
Cloe: BÓRIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIS, VENHA AQUI AGORAAAAAAAAAAA !
O mordomo sem esperar, corre até as escadas, indicando ao garoto o caminho até a garagem.
Bóris: Até logo senhor, nos veremos em breve.
Nathaniel: Espera! Mas você estava me dizendo que... Ah! O povo dessa casa são todos loucos!
Nathaniel embarca no carro, seguindo em meio à tempestade, até sua casa.
“A fraqueza de Cloe é seu próprio ego”
Teria Nathaniel conseguido um novo aliado?
E o que acontecerá a seguir?
Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.
Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.