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História A ousada Tímidez do Príncipe Negro - Entre anjos e demônios


Escrita por: Gabrielafanfic

Notas do Autor


Cloe está des-mai-a-da!
Um anjo caído? Ou apenas o mal derrotado? (kkk...)

Descubra o estado mental e... uma nova Cloe? Agora!

BOA LEITURA!

Capítulo 8 - Entre anjos e demônios


Fanfic / Fanfiction A ousada Tímidez do Príncipe Negro - Entre anjos e demônios

Mansão dos Bourgeois – Paris

Quarto de Chlóe

 

No luxo do grande quarto iluminado, uma confusão se desenrolava. De um lado, Nathaniel erguendo-se, e do outro, Cloe, que continuava sem esboçar reação.

 

Numa confusão de empurrões e lavação de roupa suja (literalmente, pois haviam roupas para todos os lados) ambos acabaram guerreando, e, o resultado não foi nada satisfatório. Nathaniel e Cloe acabam rolando escadas em um bolo de roupas, que se assemelhava a uma bola de neve, e terminam caídos no chão do primeiro andar do quarto da loira. Nathaniel se levanta, sentindo pequenas pontadas nas costas, que havia batido nos degraus da escada. Levanta, pega o cartão que abre a porta do quarto, mas depara com Cloe desmaiada no chão.

 

Parecia que a garota havia batido a cabeça com a queda. Nathaniel olhava para Cloe caída, mas não sabia se: fugia, ou ajudava. Será que a garota estaria bem?

 

Nathaniel: Cloe! Ei Cloe! Você está bem? — lamenta preocupado sacudindo a garota.

 

Porém sem resposta, Cloe estava apagada.

 

Nathaniel: O que eu vou fazer agora?

 

Enquanto pensava em ajudar ou não Cloe, as possibilidades pairavam sobre seus ombros: O santinho e o diabinho vindos do fruto de sua imaginação fértil analisavam a situação.

 

Sataniel: Uuuuuuuuh HAHAHAHA! Bem feito para essa troglodita! O que vai volta! — contata o Nathaniel “diabinho” no ombro do rapaz.

Santiel: Não fale assim! Ela pode ter se machucado seriamente. Nathaniel, ajude ela — defende o “santinho” no outro ombro.

Nathaniel: Acha que ela está mal?

 

Nathaniel ergue a cabeça de Cloe em seu colo, a garota não parecia machucada e aparentava respirar normalmente.

 

Nathaniel: Ela não está tão mal assim.

Sataniel: Vaso ruim não quebra fácil. Largue essa tranqueira aí! Veja só o jeito que ela te trata, como se fosse o bonequinho de luxo dela!

Nathaniel: I-i-isso é verdade! A culpa é toda dela!

Sataniel: Isso aí! Agora vamos, vista sua camisa e vamos cair fora antes que a Senhorita Fracasso acorde!

 

Nathaniel larga Cloe no chão, e vai em direção as escadas.

 

Santiel: Vai deixar ela sozinha? Ela pode ter sofrido um sério colapso!

Sataniel: Colapso? Kkkkkkkkkk! Essa daí sofre por colapso a vida inteira, anda Nathaniel vamos cair fora!

Nathaniel: E-e-ele tem razão. Se for algo sério, a família dela irá ajudá-la.

Santiel: Mas os primeiros socorros são muito importantes! E se ela começar a ter convulsões?

Sataniel: IDIOTA! Essa pode ser sua única chance de cair fora desse hospício que essa boçal chama de casa!

Santiel: Sugiro que você espere ela acordar, ela pode ter se ferido seriamente.

Nathaniel: Acho que ela bateu a cabeça, você tem razão, é melhor eu esperar e ver se esta tudo bem.

 

Nathaniel volta para perto de Cloe. Agachado diante o rosto dela, Nathaniel passa uma das mãos no rosto da jovem.

 

Nathaniel: Ela está fria!

Santiel: Viu só? O melhor é esperar.

Sataniel: Tudo bem então, vamos esperar. Mas, porque enquanto espera, você não procura o desenho? Se encontrar o desenho poderemos dar um pé na bunda dessa ridícula, e ela não terá mais como chantagear a gente, certo? Hehehe...

 

Nathaniel volta a subir as escadas novamente.

 

Nathaniel: Tem razão! Devia aproveitar que a cobra está desmaiada e procurar o desenho! Onde será que ela escondeu?

Santiel: Você não devia bisbilhotar as coisas de uma garota.

Sataniel: Cala a sua boca idiota! Vá Nathaniel, encontre o desenho e se livre de uma vez por todas dessa praga!

Nathaniel: Sim! Eu vou acabar com essa palhaçada é agora!

 

Nathaniel sobe até o primeiro andar. Pega o tablett de Cloe e deleta todas as fotos do desenho e provas que a garota havia reunido.

 

Nathaniel: Onde será que ela colocou a pintura original?

 

Nathaniel revira gavetas e armários à procura da pintura que havia feito de si mesmo e Marinette juntos. Porém, só acabando encontro roupas e mais roupas...

 

Nathaniel: Essa garota não tem mais nada além de roupas e vestidos?

Sataniel: Se quer minha sugestão, devia olhar nas gavetas na parte debaixo...

 

Nathaniel se abaixa e puxa duas gavetas na parte debaixo do extenso guarda-roupa, e acaba dando de cara com as roupas intimas da garota.

 

Nathaniel: HÃM? Mas aqui só tem calcinhas...

 

Santiel tampa os olhos enquanto Sataniel dá uma risada profunda enquanto alisa seu rabo olhando peça por peça.

 

Sataniel: Até que a maldita da Cloe é gostosinha? Rsrsrs... Você não acha?

Nathaniel: NÃO!

 

Nathaniel da um peteleco no diabinho, que caí de sem ombro dentro da gaveta.

 

Sataniel: Poxa Nathan... Você não tem uma gota de malícia. Se você não curte, pelo menos imagine um desses aqui na Marinette!

 

Sataniel acaba pegando um par de calcinha e sutiã íntimos da garota e mostrando a Nathaniel. O rapaz acaba corando, imaginando Marinette vestida com um dos exóticos biquínis de Cloe. O anjinho retoma a cena:

 

Sataniel: Já que você não curte muito a Cloe, imagine só você e Marinette sozinhos, com ela vestindo isso aqui. HAHAHAHAHA...

 

Nathaniel congela desviando o olhar da peça.

 

Santiel: Isso mesmo Nathaniel! Não dê ousadia a esse ridículo! Ele só quer te levar para o mal caminho!

Sataniel: Nathaaaaaaan, olhe para cá, eu sei que você esta doido para ver...

Nathaniel: Vejam só aquilo.

 

Nathaniel aponta para a parede mostrando o que ele tanto observava. Um cofre preto platinado na parede do quarto de Cloe.

 

Nathaniel: Tenho quase certeza de que o desenho está ali.

Santiel: O cofre está trancado, então vamos voltar e ver se Cloe está bem.

Sataniel: Que mané voltar o que... ela caiu das escadas não caiu do décimo oitavo andar de um prédio. Se toca...

 

Nathaniel volta novamente para o primeiro andar, onde Cloe ainda estava estirada no chão.

 

Santiel: Viu só, ela não é tão ruim quanto parece, veja o rosto dela.

 

Nathaniel se senta no chão e apoia o rosto de Cloe em seu colo. Nathaniel olha admiro o rosto rendido de Cloe. A garota que sempre andava por aí com seu enorme ego e rosto perverso atacando as pessoas, também podia expressar uma feição frágil e vulnevárel.

 

Sataniel: Hmm, que lindinha, parece até gente quando está desmaiada. Kkkkkk. Por que você não aproveita Nathan, e tira a roupa dela.

Nathaniel: Fi-fique calado!

Sataniel: Ora... vai que ela machucou as pernas, sei lá, você devia checar. Que tal uma respiração boca a boca então?

Nathaniel: JÁ CHEGA! CAÍ FORA!

 

Nathaniel da um peteleco no diabinho, que acaba virando pó.

 

Sataniel: Nãoooooooooooooooooooo... — puf!

Nathaniel: Você tem razão Santiel, se eu fizesse essas coisas que ele me mandou fazer, eu não seria melhor que ela. Isso só provaria que eu sou como ela, e eu não quero e nunca serei como esta megera.

Santiel: ...

Nathaniel: Para eu derrotar a Cloe, tem que ser do meu jeito! Isso! Eu vencer ela de maneira justa e honesta!

Santiel: ...

Nathaniel: O que acha que eu devo fazer agora? Chamar o mordomo dela?

Santiel: ...

Nathaniel: ???

 

Santiel acaba tomando a expressão “vermelho de vergonha” e sumindo, virando pó.

 

Santiel: Ér... bem... eu acho que... você devia começar olhando para baixo.

 

Nathaniel olha para baixo confuso e...

 

Cloe: Rsrsrs... — murmura a garota de olhos fechados segurando o riso.

Nathaniel: EU NÃO ACREDITO, VOCÊ ESTAVA FINGINDO?

 

A garota não se segura mais, e acaba caindo na gargalhada:

 

Cloe: KKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKK!

Nathaniel: Ora sua...

 

Cloe se levanta, com lágrimas nos olhos de tanto rir.

 

Cloe: Desculpe, mas foi hilário! KKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKK!

Nathaniel: Estava acordada desde quando?

Cloe: Desde que a gente caiu, hihihi... — diz a garota sem fôlego de tanto rir — Eu estava vendo tudo.

Nathaniel: Sua idiota! Eu estava preocupado com você. De verdade! Devia ter fugido quanto tive a chance. Sua desumana!

Cloe: Pare de se vitimizar, foi apenas uma brincadeirinha boba, que exagero. E de qualquer forma a parte que eu bati a cabeça não foi mentira. Ainda dói um pouco — responde a menina passando a mão em sua cabeça.

 

Mesmo com a explicação, Nathaniel se mantia intolerante à Cloe. Ambos acabam subindo para o segundo andar. Cloe se joga na cama dando um longo suspiro. Já Nathaniel, estava triste por ter sido enganado novamente, e por toda a situação causada por Cloe. O tímido ruivo senta na beirada da cama, balançando seus pés e olhando para baixo cabisbaixo pelo acontecido.

 

Cloe: Falando sério, teve um momento, que fiquei assustada com você.

Nathaniel: ...

Cloe: E não foi só a minha cabeça, você apertou meu braço com muita força. Por que tem tanta raiva que te vejam despido hã?

Nathaniel: E porque eu não teria? PARECIA UM EXTUPRO!

Cloe: Kkkkkkkkkkkkkkkkk! Você é engraçado!

Nathaniel: ...

Cloe: Está bem, está bem! Te prometo que não vou fazer mais isso. Mas confesso que não ria assim faz muito tempo kkkkkkkkkk. Fora as partes que você começou a falar sozinho e tals. Rsrs... Entretanto, a partir de agora, vamos focar somente no importante: Nosso namoro de mentira está bem?

Nathaniel: ...

Cloe: Sabe, você até que é fofo quando fica zangado. Os outros conhecem esse seu lado do mal?

Nathaniel: Lado do mal? Rsrs... Se isso fosse uma história em quadrinhos todo mundo concluiria fácil que eu sou o mocinho e você é a vilã.

Cloe: As pessoas sempre me taxam de vilã, mas apenas estou correndo atrás do que eu quero.

Nathaniel: Aham, e pisar nos outros é uma boa forma de atingir seus objetivos.

Cloe: Pisar? Eu estava tentando te dar uns beijinhos. Namorar é bullying agora?

Nathaniel: Da forma que você faz, é sim.

Cloe: Por que você não encara tudo isso como um treinamento? Quando estiver com a Marinette já vai saber como proceder. E também aposto que você nunca namorou.

Nathaniel: I-i-i-isso é um problema meu!

Cloe: Viu só? Esse é seu problema, você é muito fechado. Marinette gosta de pessoas mais ativas e dispostas a mudar o mundo sei lá...

Nathaniel: Você não conhece a Marinette.

Cloe: Não conheço mesmo, isso é o que estava escrito nessa página do diário dela.

 

Cloe se levanta, abre uma gaveta, e tira o livro cor de rosa do mal. Vai até a letra “m” e mostra a Nathaniel várias informações sobre Marinette.

 

Cloe: Aqui, está vendo? Ela não gosta do Adrien porque é popular. Gosta dele porque é extrovertido, altruísta e simpático.

Nathaniel: Que diabos de livro é esse? — diz tomando o livro das mãos de Cloe e revirando as páginas.

Cloe: Ér... Bom... o livro não importa, o que importa é o conteúdo!

Nathaniel: ESTÁ BRINCANDO? AQUI TEM A VIDA DE TODO MUNDO! COMO VOCÊ É RASTEIRA!

Cloe: Rasteira? Você chama isso de palavrão? Hehehe... Eu ainda vou te ensinar muitas coisas.

Nathaniel: Obrigado, mas não aceito suas aulas, serpente.

Cloe: Nossa Nathaniel, eu preferia você quando estava vermelho e calado. Se fizer tudo certinho durante o baile da Victoria, eu acho que vou te ajudar a conquistar a Marinette. Se eu tivesse essa imagem de “santinho” que você tem, eu já estaria namorando cem Marinettes. Foi incrível o jeito que a professora acreditou em você lá na biblioteca sendo que a verdade do que a gente estava fazendo estava estampada! Entenda que: Manipulação, é uma coisa boa.

Nathaniel: Gente... Depois dessa vou até embora! Adeus!

 

Nathaniel se levanta da cama, vestindo sua camisa e pegando sua mochila.

 

Cloe: Mas nós nem fizemos nada! Não deu tempo para explicar uma vírgula da nossa mentira.

Nathaniel: Eu preciso ir para o curso de web designer agora, se fosse preferiu bancar a miss sexy em vez de explicar como eu tenho que me portar nessa arapuca de baile, isso é um problema seu. Adeus!

Cloe: Hmm, fique sabendo que isso não é adeus, é só um até logo. E eu manterei contato!

Nathaniel: Ah, antes de ir eu tenho uma pergunta sim: Não vamos ter que fingir esse relacionamento falso no colégio não é?

Cloe: Deus me livre fingir ser sua namorada na frente do Adrien! Depois desse baile eu não vou nem lembrar quem é você.

Nathaniel: Ótimo porque eu não quero que as pessoas me vejam andando com alguém como você.

Cloe: O QUÊÊÊÊÊÊÊÊÊÊÊÊÊÊÊÊÊÊÊ?

 

Nathaniel vai embora para sua casa dando as costas a Cloe que não parava de resmungar sobre o último comentário do rapaz.

 

Cloe: Bacaca inútil. Eu é que não quero ser vista com um lixo desses... Garoto estúpido...

 

Nathaniel recolhe suas coisas, e se encaminha até a entrada da mansão. A única vontade que tinha, era sair dali o mais rápido possível.

 

Os extensos corredores da mansão lhe renderam alguns segundos, até Nathaniel descer a grande escadaria central. Sem repudiar, Nathaniel puxa a maçaneta da porta, que mais uma vez, estava trancada. O mordomo sentado ao lado da portaria tomando uma xícara de café puro e lendo uma folha de jornal. Levanta suavemente, e vai na direção do jovem.

 

Bóris: Onde pensa que vai cavalheiro?

Nathaniel: Vou embora.

Bóris: O chofer da senhorita Bourgeoir ainda não chegou, por gentileza, sente e aguarde, e o mesmo te levará para casa.

Nathaniel: Não preciso de carona, sei muito bem ir para casa sozinho.

Bóris: Fui instruído pela senhorita Bourgeios para que não deixe o cavalheiro sair sozinho. Deixar o convidado partir por si só não é um costume desta casa. Então peço que por gentileza, sente-se e aguarde o motorista que chegará em breve. E acredito que o senhor não vá querer sair com o temporal que está se armando lá fora.

 

Nathaniel olha pelo grande vidro cristalino e vê que o tempo tinha debandado. O calor abafado da manhã, havia dado força para uma grande chuva que caía sem dó sobre o belo jardim. E um vento nefasto e gelado que balançava todas as folhas das árvores. Uma tormenta de raios e trovões pestanejava na rua vazia.

 

O mordomo estende a mão para Nathaniel mostrando lhe o caminho para sala de visitas. Nathaniel toma um assento, e aguarda impacientemente, o motorista enquanto observava o ambiente ao redor. Havia uma estante com livros, um conjunto de aparelho de chá na mesinha de centro e uma lareira recém acesa.

 

Nathaniel observa calmamente a forte chuva bater nos vidros da janela, até que o mordomo retorna com uma bandeja com alguns croissaints assados na manteiga, geleia de morango, e uma taça de vidro.

 

Bóris: Está servido senhor? — diz enquanto despejava uma garrafa de vinho na taça.

Nathaniel: Oh, não obrigado. Eu tenho dezesseis anos, não tenho idade para beber...

Bóris: Dezesseis?

Nathaniel: Sim.

 

O mordomo se levanta, curvando-se diante do rapaz.

 

Bóris: Mil perdões, eu lhe trarei algo apropriado.

Nathaniel: Oh, ér... não-não precisa se desculpar.

 

O mordomo vai até a cozinha, e volta trazendo uma bebida que parecia um espumante. Nathaniel olha para o mordomo enchendo a taça. “Acho que ele não entendeu bem o que é uma bebida apropriada” — pensou Nathaniel.

 

Bóris: Não contém álcool, pode beber sem medo. Bom apetite!

 

Vencido pela chuva, Nathaniel se serve do lanche da tarde servido pelo mordomo. O garoto lanchava visivelmente incomodado pelo homem de terno, que sentado na poltrona ao lado da lareira, não lhe tirava os olhos um minuto se quer. O empregado então, olha para cima visualizando uma câmera no canto superior esquerdo, que por não estar com sua luz vermelha acesa, parecia estar offline. O mordomo se ergue mais uma vez, e espia os corredores, que também pareciam vazios. Então, retorna a seu lugar, franzindo os curtos fios de sua barba.

 

Bóris: Está de seu agrado? — pergunta à Nathaniel sobre o lanche.

Nathaniel: Ah, está muito bom sim.

 

O mordo então, liga uma antiga vitrola ainda tocada a disco, que havia no local, fazendo tocar uma clássica música francesa de fundo para acompanhar o chá da tarde.

 

~~ O miooooooo babbino carooooooo ~~

~~ Mi piace è bello, belloooooooooo ~~

~~ Vo'andare in Porta Rossa ~~

~~ A comperar l'anellooooooo! ~~

 

Nathaniel pensa “Nossa, que música estranha. E o mais estranho com certeza é esse homem que não para de me olhar. Está me encrando assim porque? Eu hein...”. O mordomo parecia inquieto. Até que a curiosidade o vence:

 

Bóris: Hm... Desculpe-me a intromissão, o senhor é companheiro da senhorita Bourgeois?

 

Nathaniel se engasga com a bebida.

 

Nathaniel: É claro que não! — diz enxugando a boca com um lenço.

Bóris: Hm... foi o que pensei. Então, é um amigo?

Nathaniel: Na verdade não.

Bóris: Foi o que eu pensei também — conclui com um leve sorriso cruzando as pernas.

Nathaniel: Eu não estou querendo ser grosseiro, mas então, porque de tantas perguntas?

Bóris: A senhorita Bourgeios não tem amigos.

Nathaniel: Sério? Mas, de vez em quando não vem aqui uma menina, bem... Uma de óculos bege cabelo curto...

Bóris: Se refere à senhorita Sabrina? Ela está mais para serviçal do que para amiga...

 

Nathaniel e Bóris riem um pouco, e logo se recompõe.

 

Bóris: Então se você não é amigo, o que traz o senhor até aqui?

Nathaniel: Hm... ér... Trabalho de escola!

Bóris: Trabalho de escola bem exótico em minha opinião. Hehehe...

Nathaniel: O-o-o que? Você viu tudo?

Bóris: Claro que não cavalheiro. Respeitar a intimidade dos convidados é um dos meus deveres como governante desta residência. Vi apenas o necessário — diz com um largo sorriso.

Nathaniel: Você não tem medo que eu conte para a Cloe que estava bisbilhotando?

Bóris: Fiz uma psicoanalise em você, e acho que não vai contar não...

Nathaniel: Ai que ótimo agora todo mundo nesse capítulo resolveu ser psicólogo...

 

Bóris se levanta até o rapaz, e sussurra em seu ouvido:

 

Bóris: A fraqueza da senhorita Bourgeios é seu próprio ego. Use isso contra ela.

Nathaniel: O quê?

Bóris: Oh, o chofer acabou de chegar, venha, lhe acompanharei até o carro.

Nathaniel: Mas... o que quis dizer com...

 

No exato momento, ouvi-se um grito de Cloe, vindo das escadas:

 

Cloe: BÓRIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIS, VENHA AQUI AGORAAAAAAAAAAA !

 

O mordomo sem esperar, corre até as escadas, indicando ao garoto o caminho até a garagem.

 

Bóris: Até logo senhor, nos veremos em breve.

Nathaniel: Espera! Mas você estava me dizendo que... Ah! O povo dessa casa são todos loucos!

 

Nathaniel embarca no carro, seguindo em meio à tempestade, até sua casa.

 

 

“A fraqueza de Cloe é seu próprio ego”

Teria Nathaniel conseguido um novo aliado?

E o que acontecerá a seguir?


Notas Finais


- Eu Voltei *------*
E para alegria (ou tristeza) Cloe está ótima .-.
Vaso ruim não quebra fácil não é...

Bom, a música de hoje, eu achei bom colocar algo bem francês assim... para entrar no clima da fic
(gente, eu nem sei se essa música é francesa, mas coloquei mesmo assim)
Beijinhos e até o próximo capítulo ^^ (que já está postado então pode continuar a ler *-*)

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MÚSICA DO CAPÍTULO - Maria Callas - (O Mio Babbino Caro)
link direto do youtube para você virar um canto clássico também: http://migre.me/vulNM (ahsuahsu)
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