História A ousada Tímidez do Príncipe Negro - Raios, relâmpagos e trovões

Casa de Alya – Paris

Sala de estar

O clarão do calor excessivo e o império do sol sofria sua derrota. O calor severo que embasava a cidade, logo, deu lugar a um dia de chuva e ventos gelados. O céu claro e aberto foi tomado por nuvens negras de chuva nebulando toda a Paris. Pancadas de chuvas caem com violência, fazendo os moradores que curtiam os dias de verão, se trancar em suas residências fugindo do aguaceiro. A tarde trevosa e escura parecia convidativa para o amor, pois convenhamos, aquela calor e gente suada para todos os lados não era nada chiquê.

Ainda assim, um dia de chuva não significa recolhimento. Muito pelo contrário, a casa dos Cesáire parecia mais barulhenta que o habitual.

No pequeno apartamento, Marinette parecia preocupada, observando o vendaval que rolava do lado de fora pela janela. Alya, animada como sempre, arrumava os fios do aparelho de DVD, enquanto seus irmãos mais novos faziam um fuzuê sem fim ao lado de Manom, correndo as três crianças ao redor da casa. Um raio caí, fazendo com as crianças todas gritassem. Marinette então se dirige até o quarto para aplicar a bronca, mas seu celular começa a tocar.

Marinette: AI MEU DEUS, ALYA, É A MINHA MÃE! E agora? Eu devia estar em casa ajudando ela com os pães — diz Marinette olhando o celular tocar, desolada.

Alya: Atende amiga, fale para ela que você passará a noite aqui em casa, e tudo ficará bem.

Marinette: Você não conhece minha mãe quando está zangada. Ela vira uma fera. Porém, ela ficará mais brava ainda se eu não atender.

Alya: Isso aí amiga! Segura essa marimba e vai!

Marinette agarra o celular, e corajosa, atende a ligação.

Marinette: A-A-a-lô? Quem é que ta falando?

Sra. Dupain-Cheng: Você sabe quem é. É a mãe de uma garota que está esperando ela HORAS... para ajuda-la na padaria e NADA dela aparecer!

Marinette: Desculpa mamãe. Eu estava indo, mas começou a chover, e os pais da Alya saíram, então não tive como voltar para casa.

Sra. Dupain-Cheng: Ora, Marinette. Eu contava com sua ajuda, você precisa ter um pouco mais de responsabilidade.

Marinette: Eu sei mãe, eu até tentei pegar o ônibus mas, o jornal aconselhou a não sairmos de casa.

Sra. Dupain-Cheng: Está bem, só vou poupar você porque ninguém previa essa tempestade. Mas quando a chuva passar, vamos ter uma conversinha...

Marinette: Oh-oh...

Alya toma o telefone da mão de Marinette.

Alya: Olá senhora Dupain-Cheng. Como foi seu dia?

Sra. Dupain-Cheng: Ótimo Alya, e o seu? Marinette e Manom não está incomodando vocês?

Alya: Nãoooooooooooo! Imagina! A Marinette é quase como uma irmã para mim. Ela na verdade, veio me ajudar com um trabalho da escola. Ela é uma garota tão doce e altruísta, não sei como seria minha vida sem a Marinette para me ajudar.

Sra. Dupain-Cheng: Eu acho lindo da sua parte querendo defender sua amiga, mas Marinette não me avisou nada e...

Alya: Não, o que é isso... Ela ia ligar agorinha para a senhora, para avisar que ela vai dormir aqui.

Sra. Dupain-Cheng: Dormir?

Alya: Sim, está chovendo muito lá fora, e a meteorologia avisou que essa chuva só vai passar amanhã de manhã. Então nós vamos terminar o trabalho da escola, aí ela aproveita e dorme aqui! Deixa Por favoooooor!

Sra. Dupain-Cheng: Já que é para um trabalho de escola, tudo bem. Mas exijo que tirem um 10!

Alya: Não se preocupe, já estamos quase terminando, vai ser o melhor trabalho da história de Paris, você vai ver!

Sra. Dupain-Cheng: Ok, Alya, então tenha uma boa noite.

Alya: Boa noite!

Animada, Alya desliga o telefone pegando o microfone do karaokê.

Marinette: O que ela disse?

Alya: DISSE QUE VOCÊ PODIA DORMIR AQUI HOJE! UHUUUUUUUUU!

Marinette: Ela concordou fácil assim?

Alya: Eu disse que estávamos fazendo um trabalho de escola. Agora da play nessa música logo!

Marinette da play na música do karaokê. Afastam o sofá da sala, e começam a cantar e dançar a música:

Alya: If I was a rich girl ~~ Na, na, na, na, na ~~ Na, na, na, na, na ~~ Na, na, na, na, na...

Marinette: See, I'd have all the money in the world ~~ If I was a wealthy girl… irl, irl, irl, irl…

Alya: No man could test me, impress me ! ~~ My cash flow would never ever eeeeeeeeeeend…

Marinette: Cause I'd have all the money in the world ~~ If I was a wealthy girl... irl, irl, irl, irl…

Manom pula no meio da sala interrompendo a coreografia das garotas e se enroscando nos fios dos microfones, derrubando assim o aparelho de DVD.

Manom: MARINETTEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEE!

Marinette: Manom, ficou maluca? — pergunta Marinette pegando o aparelho do chão — Veja só o que você fez? Você está bem?

Alya: Ih, qualé baixinha. A gente ia tirar nota máxima nessa música! Porque não volta para o quarto e vai brincar com as outras crianças?

Manom: Eu quero comer o lanche feliz! Você me prometeu Marinette!

Marinette: Eu prometi, mais agora não. Está chovendo lá fora, você não quer ser levada por um furacão não é?

Manom: MAIS EU QUERO MEU LANCHE FELIZ AGORAAAAAA!

Marinette: Sem manha Manom! Está chovendo e só vamos depois que a chuva passar. Então só vamos amanhã.

Manom: MAIS EU QUERO AGORAAAAAA! E PORQUE TEMOS QUE IR SÓ AMANHÃ? A MOÇA DO TEMPO ESTÁ MENTINDO!

Alya: A jornalista que disse que a chuva não vai passar é sua mãe.

Marinette: Kkkkkkk, vai dizer que sua própria mãe está mentindo agora? — Marinette e Alya batem na mão uma da outra.

Manom: AH, É ASSIM QUE VOCÊS QUEREM JOGAR? ENTÃO TUDO BEM!

Manom ergue o celular cor-de-rosa e tira uma foto de Alya e Marinette.

Alya: Que fofinha, tirou uma foto das coleguinhas?

Manom: Não. Eu tirei uma foto da bagunça que vocês fizeram na sala e dos microfones do karaokê. É desse jeito que vocês fazem “trabalho de escola”? Vamos ver a sua mãe vai aprovar isso Marinette.

Marinette: Manom, não faça isso! Me devolva este celular agora!

Marinette e Alya avançam para cima de Manom, para pegar o celular. A pequena serelepe corre dando várias voltas no sofá, e depois rapidamente se tranca no banheiro.

Marinette: MANOM, ABRE ESSA PORTA AGORA!

Manom: Só vou abrir quando vocês trouxerem meu lanche feliz.

Alya: Já ouviu falar da lenda da loira do banheiro Manom?

Manom: Já, e seus irmãos me disseram que isso é tudo mentira sua para eles se comportarem. Eu não saio daqui de dentro enquanto não trouxerem meu lanche feliz.

Marinette: Manom, é melhor você sair daí, se não vou contar tudo para sua mãe — diz Marinette batendo na porta do banheiro.

Manom: Está me ameaçando? Só por causa disso terão que trazer lanche para as outras crianças também.

Alya: Ah não, eu não vou gastar minha mesada com lanche pra essa molecada toda.

Manom: Eu já estou postando a fotooooooo...

Marinette: Ai, tá bom sua pestinha! Eu vou comprar o lanche para você. Mas terá que me prometer que depois disso vai ficar quietinha.

Manom: Juro pela Draculaura, Laguna, Franquiwinnie e todas as Monster High.

Marinette pega sua bolsa, e vai em direção à porta.

Alya: Amiga, como é que você vai enfrentar essa tempestade? O jornal aconselha o povo a não sair de casa, pode ser perigoso!

Marinette: Eu tenho meus truques... — diz Marinette passando o dedo nos brincos vermelhos em sua orelha.

Alya: Então eu vou com você, espera só um pouquinho que eu vou pegar minha capa de chuva e...

Marinette: NÃO! — Marinette interrompe com um grito — Ér... quer dizer... não precisa se incomodar! Você tem que ficar aqui vigiando seus irmãos. Cuide da Manom para mim ok? Eu volto logo.

Alya: O que você está aprontando hein Marinette? Rsrs... Tudo bem então, mas tome cuidado!

Marinette veste sua capa de chuva, e saí do prédio em direção a lanchonete.

O vento forte e a chuva acabaram derrubando várias árvores. A rua estava vazia. Haviam apenas alguns carros e repórteres gravando as consequências do vendaval e os pontos de alagamento da cidade. Relâmpagos caíam constantemente, iluminando por alguns segundos o céu preto, e assustando os moradores.

Enquanto Marinette ia buscar o lanche da mimada criança, a mimada adolescente, Cloe, estava entediada com o controle na mão passando canal por canal de sua televisão, enquanto estava deitada em sua cama.

Cloe: BÓRIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIS! — grita à loira.

Bóris: Estou bem aqui do seu lado senhorita Cloe, não há necessidade para gritar.

Cloe: Estou entediada... Tire-me do tédio!

Bóris: Sinto muito, mas sou apenas o mordomo senhorita...

Cloe: UM MORDOMO MUITO DO INCONPENTENTE! PEGUE MEU CELULAR!

O mordomo de Cloe suspira, e depois passa o celular da garota, que estava a menos de um braço de distância da mesma.

Cloe: Alô? Sabrina? Tire-me do tédio.

Sabrina: Hãm?

Cloe: Preciso que venha aqui em casa agora.

Sabrina: Mas agora? Está chovendo muito lá fora...

Cloe: E?

Sabrina: E também eu estive hoje aí mais cedo, e me disseram que você pediu para que não lhe incomodassem. E ainda não me deixaram esperar, me mandaram embora!

Cloe: Ah... Eu estava ocupada, mas agora não estou então pode vir agora está bom? Tchau!

Sabrina: Não está bom nada! Eu não vou sair com um tempo desses.

Cloe: Tudo bem preguiçosa, eu vou mandar meu motorista te buscar aí.

Sabrina: Não.

Sabrina afasta um pouco o telefone celular de sua orelha, pois já espera a resposta de Cloe.

Cloe: COMO ASSIM NÃO? NÃO UMA ÓVA. VOCÊ SABE COM QUEM VOCÊ ESTÁ FALANDO? — grita ao celular.

Sabrina: Eu só vou se você vier me buscar, pessoalmente.

Sabrina distancia o celular de sua orelha novamente, pois lá vem chumbo grosso:

Cloe: VOCÊ ESTÁ ENGRAÇADINHA HOJE NÃO É? EU POR ACASO TENHO CARA DE URUBU PARA SAIR PARA CATAR LIXO? KKKKKKKKKKK.

Sabrina: Então tenha uma boa tarde!

Sabrina desliga o telefone. Que toca novamente.

Sabrina: Pois não?

Cloe: Estou indo, esteja arrumada ok? Não vou esperar você um segundo.

Sabrina: Ok.

Cloe: Bóris avise o motorista que vamos sair.

Bóris: Não vai não. Eu quase não deixo o rapaz ir embora. E agora que a tempestade piorou ninguém vai sair de casa.

Cloe: Eu não pedi sua opinião, apenas avise o motorista e feche a matraca! Você está muito engraçadinho hoje... E também quero saber o que você e o Nathaniel tanto conversavam aqui embaixo. Ou acha que eu não vi vocês dois de tititi aqui?

Bóris: Ér... bem... ele... apenas estava me pedindo conselhos amorosos, só isso — mente o serviçal.

Cloe: Conselhos amorosos é? Que panaca! Kkkkkkkkkk! Enfim, vamos?

Bóris: O carro está pronto senhorita.

Cloe, Bóris e o motorista, saem enfrentando o vendaval, para a casa de Sabrina, porém o dia não era favorável para a direção. Uma forte chuva acompanhada de uma intensa neblina dificultava a visão. Trovões caíam constantemente. O chofer e o mordomo ficavam impressionados com a força do temporal, enquanto Cloe parecia preocupada apenas em atualizar suas redes sociais.

Fazendo uma curva acentuada, o carro freia bruscamente, derrubando Cloe de sua poltrona.

Cloe: AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAH! — grita a garota caindo no chão.

Bóris: My god! Está tudo bem senhorita Bourgeios?

Cloe: Mas o que aconteceu?

Cloe e Bóris abrem a porta do carro e avistam o problema: Uma enorme árvore estava caída no meio da rua. A árvore bloqueava o caminho.

Cloe: Eu não acredito! Droga de árvore! Tem algum outro caminho que possamos tomar?

Motorista: Receio que não. Vou ligar para o corpo de bombeiros para que tomem as devidas providências. Entretanto, receio que não poderemos passar até que a árvore seja removida.

Um jovem adulto, vestindo um uniforme característico enfrentando a chuva com um guarda-chuva preto, sai de sua residência para orientar os ilhados.

Sr. Kutzberg: EI, VOCÊS DO CARRO! NÃO ASSITIRAM A PROGRAMAÇÃO? É PERIGOSO SAIR AGORA!

Cloe: Oh, não diga. Eu nem percebi!

Bóris: Por favor, vamos manter nossa Classe senhorita Bourgeios.

Sr. Kutzberg: VÁRIAS ÁRVORES ESTÃO CAÍDAS E A RUA DEBAIXO ESTÁ COMPLETAMENTE ALAGADA. VENHAM, ENTREM AQUI! NÃO É SEGURO FICAR DENTRO DO CARRO COM UM TEMPO DESSES.

Cloe: Ah não! Então vamos voltar para casa!

O motorista de Cloe gira a chave uma, duas, três vezes. Porém o carro não responde.

Motorista: O sistema deve ter sido afetado com a frenagem, teremos que descer.

O Motorista e o Sr. Kutzberg descem, empurrando o carro para um local seguro. Então, Bóris e Cloe, descem em seguida.

Todos entram no cybercafé, empapados pelos ventos nefastos da tempestade.

Sr. Kutzberg: Aqui, peguem — diz entregando algumas toalhas à Cloe e aos outros.

Cloe e seus serviçais entram no cybercafé, e ao olhar ao redor, veem pessoas na mesma situação. O salão estava cheio de pessoas com suas toalhas se enxugando, que não conseguiram escapar da chuva.

Sr. Kutzberg: Fiquem à vontade, qualquer coisa estou lá fora.

Cloe e seus dois seguidores tomam uma mesa, se enxugando da enxurrada enquanto Sr. Kutzberg sai novamente para recepcionar mais um carro, que havia sido pego no mesmo conto da árvore caída.

Voltando para o apartamento, Alya encara impacientemente o relógio, enquanto assiste os estragos da chuva pela televisão.

Alya: Marinette, volte logo.

Bernardo: ALYAAAAAAAA! A JÚLIA NÃO ME DEIXA BRINCAR!

Júlia: É MENTIRA! Ele que fica inventado que um monstro invadiu a casa e comeu as nossas barbies! Veja, ele arrancou a cabeça da minha boneca!

Bernardo: Eu quero que a Manom venha brincar, ela é a única que sabe!

Júlia: A Manom está com caganeira?

Bernardo: TA COM CAGANEIRA! KKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKK!

Alya dá um beliscão em seus irmãos.

Alya: Que palavra feia! Não se diz “caganeira” se diz dor de barriga.

Manom: Ei, eu não estou com dor de barriga — diz Manom de dentro do banheiro.

Alya: Se não está, saia daí e prove!

Manom: Muito espertinha, mas não vai me fazer sair daqui sem o meu lanche feliz.

Um trovão então caí, fazendo então que toda a Paris tivesse uma queda de energia. A televisão e a luz do apartamento se apagam, ficando tudo em um grande escuro.

*TROOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOM*

Manom destranca e saí correndo do banheiro assustada e chorando. Então as três crianças pulam encima de Alya abraçando-a com medo.

Manom, Bernardo e Júlia: AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAH!

Alya: Hehehe... Se acalmem todos. Foi apenas falta de energia, jájá a luz volta.

Bernardo: Mas está tudo escuro. Eu quero a mamãe!

Manom: Também quero minha mãe.

Alya: Elas já vem, fiquem calminhos tá? Afinal, eu sei de uma coisa bem divertida que podemos fazer agora que está tudo escuro.

Júlia: O que é?

Alya: CONTAR HISTÓRIAS DE TERROR — diz ligando uma lanterna em volta de seu rosto — MUAHAHAHAHAHA! A LOIRA DO BANHEIRO!

Enquanto isso, voltando ao restaurante.

Cloe: Eu não acredito nisso!

Bóris: Quedas de energia são o de menos com uma tempestade dessa magnitude.

Cloe: Eu não estou falando disso, estou disso aqui.

Cloe mostra à Boris uma revista de celebridades, com uma garota com cabelos caramelo cacheados na capa.

Cloe: Presidente novo nos Estados Unidos, Separação de Angelina Jolie e Bradd Pitt, Festa de final de ano de Mariah Carey... E qual a notícia capa dessa edição?

Bóris: Qual é?

Cloe: “VICTÓRIA TERMINA O ENSINO MÉDIO” — resmunga Cloe apontando para a capa da revista — Falando sério, qual a importância que essa cara de cú tenha terminado o Ensino Médio? Isso afeta a vida de quem? Quem é a Victoria na fila do pão? Isso é notícia que se preze?

Bóris: Isso é normal. A senhorita Victória Bourgeios é uma celebridade muito conhecida em nosso meio social.

Cloe: AH, MAS É CLARO QUE É NORMAL! Afetou até a bolsa de valores a formatura dessa vaca azeda. Aiiim, porque essa ridícula tinha que ter meu sobrenome?

Bóris: Porque ela é da família e vamos apoiar seus próximos passos de debutante. Ela é quase uma Kim Kardashian em nossa cidade. Não se fala em outra coisa a não ser em seu grande baile de formatura, que será dado na grande praça da cidade. Fiquei sabendo que até as celebridades fora de Paris virão prestigialá.

Vendo que Cloe se mordia de inveja do sucesso que sua prima causava, Bóris não se conteve em continuar:

Bóris: Com certeza se Paris tem uma rainha, o nome dela é Victoria Bourgeios. O seu trabalho social de incentivo aos jovens de baixa renda para ingressarem na faculdade é incrível. Fora que ela é uma referência de estilo. Ela não segue a moda, ela cria a própria moda, Tudo o que ela usa dois dias depois viraliza nas redes sociais. Falando nisso, já escolheu o vestido que irá usar em seu grande baile de formatura?

Cloe: Claro que sim, e é um vestido digno de um Oscar, digas se de passagem. Uma pena, eu roubar a cena da nossa pequena debutante. Rsrs... Mas fazer o que não é?

Bóris: Hm... é mesmo? Porque fiquei sabendo que a senhorita Victoria recebeu até uma carta da NASA.

Cloe: NASA?

Bóris: Sim! Os cientistas queriam estuda-la, pois ela brilha mais que o sol.

Cloe: ESCUTA AQUI! SE ELOGIAR ELA DE NOVO EU MANDO VOCÊ PARA O PÓLO NORTE SER MORDOMO DOS PINGUINS DE MADAGASCAR!

Cloe grita furiosa chamando a atenção de todos.

Bóris: Por gentileza, não grite, Hihihi... Não precisa ficar brava amore, você sempre será minha princesinha — consola passando a mão na cabeça de Cloe — Falando nisso, quem irá acompanha-la ao baile?

Cloe: NÃO É DA SUA CONTA SEU BABA-OVO DE MERDA — grita Cloe incomodada com a pergunta — EU NÃO SOU “PRINCESINHA” EU SOU É A ABELHA RAINHA! A QUEEN BEE! E VEJA SÓ O QUE ACONTECE COM QUEM CRUZA MEU CAMINHO, ESTÁ VENDO, ESTÁ VENDO...

Vermelha de fúria Cloe rasga a capa da revista em vários pedaços jogando todos no chão e pisando encima.

Cloe: Está vendo o que acontece? HAHAHAHAHA! Agora Victoria está no lugar em que ela tem maior destaque, debaixo da sola do meu sapato em mil pedacinhos! HAHAHAHAHA!

Do nada, um jovem ruivo abaixado com uma vassoura e uma pá na mão, aparece recolhendo o lixo aos pés da loira.

Nathaniel: Por favor, vamos manter a limpeza ok? Temos uma lixeira ali no canto e...

Nathaniel levanta a cabeça e dá de cara com Cloe. Ambos ficam surpresos e boquiabertos em ver um ao outro.

“O que ele/ela está fazendo aqui? O que eu farei agora?”

Por que Cloe odeia tanto o ser intitulado de Victoria?

E cadê Marinette?