1. Spirit Fanfics >
  2. A Outra! >
  3. Capítulo Quarenta e Oito!

História A Outra! - Capítulo Quarenta e Oito!


Escrita por: moonblackye

Notas do Autor


Voooltei, eu tava assistindo meu muso, que me inspirou a escrever essa fic. Henry Cavill lindo e tesudo nas telinhas <3
Amooo.
Eu ia dizer algo a vocês, mas estou tão focada na tv que só vim postar mesmo o capítulo kkkkkkkkkkkkkkkkk
Foto lindínea da Megan grávidinha, sendo a nossa Hellen <3
Boa leitura amores.

Capítulo 51 - Capítulo Quarenta e Oito!


Fanfic / Fanfiction A Outra! - Capítulo Quarenta e Oito!





- Estou tão empolgado! – Andrew me abraçou de lado quando eu entrei em sua sala – Estamos recebendo tantos comentários positivos, que sinto que a Gregorys Company irá decolar. – Disse entusiasmado.

Ele tinha lançado uma linha de drones, de alto padrão e um design que deixava os outros no chinelo. Eu estava orgulhosa dele. Ele merecia.

- Eu estou feliz por você. – Beijei seu rosto verdadeiramente feliz. – Você merece! – Sorri – Ops. Alguém aqui também está bastante feliz. – Falei quando senti meu bebê chutar.

Andrew teve seu rosto incendiado pelo sorriso reluzente que deu.

- Hey, garotinha. Está feliz pelo titio? – Sorria enquanto estava abaixado na altura da minha barriga falando com uma voz de criança. A bebê chutou como se respondesse e ele ficou maravilhado. – Ah, eu te amo garotinha. – Beijou minha barriga e eu sorri – Você vai mesmo ficar nessa de não escolher o nome até ela nascer? – Ele arqueou a sobrancelha quando se endireitou e eu resolvi me sentar.
 

Andrew e eu havíamos nos aproximado bastante nesses três meses. Eu acabei viajando uma semana depois da noite com Daniel, na companhia de Nina. Fomos para Cancun, lugar escolhido a dedo por ela. Foi ótimo para eu me fortalecer e esquecer por hora aquele dono do par de olhos azuis. Mas enquanto me mantive fora, Andrew e eu conversávamos todos os dias, por telefone, mensagens e chamadas de vídeo via Skype. Ele entendeu quando eu disse que não queria mais pôr aquele plano em prática, de mantê-lo perto para afastar Daniel porque eu havia o convencido de se afastar. Mas isso não fez Andrew deixar de me querer menos, e sim mais. A cada dia que se passava, ele conseguia aumentar os minutos e até mesmo horas em que conversávamos. Ele conseguia tirar sorrisos e gargalhadas de mim, mesmo sem estarmos pertos. E a cada dia, ele sabia como ir entrando devagarzinho dentro do meu coração. E isso fez dele o meu melhor amigo.
Quando voltei da viagem, ele estava no aeroporto me esperando com um buquê de rosas vermelhas me fazendo sorrir abobalhada enquanto ele me abraçava com cuidado e me girava no ar. As pessoas ao nosso redor nos acharam um casal lindo e pensaram até que tínhamos algo, e mesmo que Andrew soubesse que eu não estava pronta para entrar em uma relação com ele, eu me sentia mal por ver e saber que a cada dia ele demonstrava mais os seus sentimentos e tentava me fazer se apaixonar por ele. E desde então, ele passa todos os dias em minha casa e me liga para saber como eu e a bebê estamos.

A bebê.... Logo quando voltei, na minha primeira consulta eu havia descoberto que eu carregava uma menininha, uma mini Hellen. O meu coração se encheu de alegria, e quase explodiu de tamanha felicidade quando o doutor anunciou que era ela. Desde então, começou a guerra para saber qual nome seria dado a ela. Eram tantos nomes que haviam sugerido, que ninguém conseguia chegar a uma escolha, nem por votação. Cada um queria um nome diferente, e isso foi o que me fez escolher esperar ela nascer para dar-lhe o nome surpresa. Até lá eu teria tempo suficiente para escolher e pegar todos de surpresa. Mas ninguém havia gostado daquela decisão, e Andrew era um deles.

- Terei mais tempo para escolher. – Dei de ombros enquanto me sentava. – Então, o que o senhor Gregory irá fazer essa noite? – Sorri escondendo meus dentes, e ele arqueou a sobrancelha desconfiado e logo sorriu.

- Eu gostaria de convidar uma mulher encantadora, meiga... – rodeou minha cadeira – graciosa... – ficou atrás de mim e abaixou seu rosto na altura do meu, inalando profundamente o cheiro do meu pescoço – e forte...- beijou meu pescoço e eu senti meu corpo se arrepiar – A mulher dos meus sonhos. – Sussurrou em meu ouvido enquanto acariciou meu rosto com sua mão.
 
Mesmo ele sabendo que eu não estava pronta para querer algo, ele não desistia das suas investidas. E a cada dia que se passava elas eram mais fortes, me deixando pressionada contra a parede. E era difícil resistir aquele sotaque, ainda mais nas condições que eu estava. Na semana passada, ele conseguiu roubar um beijo meu quando riamos do seriado que assistíamos.

- Que pena. – Virei para ele, deixando nossos rostos a poucos centímetros e o brilho dos seus olhos, me deixou um pouco desconcertada. – Eu estava pensando em fazer um jantar, para comemorar esse seu sucesso com o lançamento. – Pisquei e ele sorriu chamando minha atenção para a sua boca.

Ele segurou meu queixo e aproximou o seu. Seu polegar acariciava minha bochecha, e desceu lentamente para os meus lábios fazendo eu abri-los levemente. Meu corpo estava tremulo e arrepiado. Eu sabia o que estava por vir. Ele sempre fazia aquilo, e depois do último beijo, seria bastante difícil resistir.
 

- Você sabe que essa mulher, é você. – Seus olhos encontraram os meus – Você sabe que está em meus sonhos todos os dias. – Sorriu e eu pressionei meus lábios, deixando-os tensos, mas ele passou novamente o polegar ali e aliviou a tensão – Hellen... Já faz três meses... – eu ia falar mas ele interrompeu – Eu sei o que vai dizer. Mas essa é a vida, cheia de altos e baixos e é você quem decide se vai querer ficar parada em um ponto da sua história, ou vai continua-la na linha de baixo no próximo parágrafo. – Encostou sua testa na minha e eu mordi meu lábio inferior – Eu já disse isso, milhares de vezes, mas eu estou aqui disposto a escrever o próximo parágrafo e o restante da sua história com você. Só basta querer. Não há nada que impede, não é mesmo? – Seus olhos estavam mais claros e eu suspirei quando ouvi ele dizer a última frase. Se ele soubesse da minha noite com Daniel, talvez ele não dissesse aquilo.

- Você está certo, Andrew. Você sempre está. – Sorri e seus olhos brilharam – Mas... só vamos com calma ok? – Ele assentiu em silêncio.

- Eu te entendo... O problema Hellen... – ele fechou rapidamente os olhos – É que não consigo ficar perto de você sem lembrar dos seus beijos, e céus, eu tenho muita vontade de fazer isso... – pressionou seu polegar em meus lábios fazendo meu coração bater forte – Me desculpa, mas eu preciso te beijar... – seus lábios tocaram os meus, e eu demorei alguns segundos para assimilar que aquilo estava acontecendo, e quando me dei conta eu já havia o correspondido, mas fui rápida o afastando logo em seguida. – Desculpa, desculpa...
 

- Não, Andrew... – minha respiração estava entrecortada – Tudo bem, está... tudo bem... é só que... você sabe, eu não quero te machucar Andrew. – Me levantei e ele me abraçou.

- Você não vai me machucar, pare de pensar assim. – Colocou meu rosto entre suas mãos – Talvez se você deixar de pensar assim, as coisas entre nós iram se acertar, hm? – Sorriu beijando minha testa e me abraçando novamente – Mas eu sei que errei, desculpa. – Afagou os meus cabelos – Mas, voltando ao assunto anterior. Eu estarei lá, para o jantar. – Me olhou e eu sorri.

- Claro que estaria. – Sorri – Estou na sua casa. – Rolei os olhos e ele sorriu abertamente.

Ele ia dizer algo, mas o telefone tocou e pela sua cara, não parecia ser uma notícia muito boa. Seus olhos ficaram focados nos meus, e ele parecia um pouco preocupado.

- Tudo bem, eu resolvo isso. – Desligou o telefone e veio em minha direção. – Vou precisar sair. – Tocou meu rosto.

- Sem problemas, já estava de saída. – Desceu sua mão pelo meu braço e parou na minha – Aconteceu algo? – Indaguei arqueando levemente a sobrancelha, e ele me olhou um pouco apreensivo, mas logo balançou a cabeça deixando um sorriso sem emoção.

- Não. É só coisas da empresa, mas nada que não possa ser resolvido. – Beijou minha testa novamente e se afastou – Eu te daria uma carona, mas você está de carro. – Deu de ombros enquanto pegava sua maleta. – Eu ainda acho que você não deveria ficar dirigindo.

- Não vamos falar disso, tudo bem? O acidente foi bem antes de você chegar aqui, a gente nem se conhecia direito. – Revirei os olhos rindo e ele me lançou um olhar duro me silenciando – Sério, eu sei me cuidar. Eu só estava com muita coisa na cabeça, aquele dia. – Virei em direção a porta com ele ao meu encalço. – Estarei te esperando lá então.  – Dei um rápido abraço e beijei seu rosto antes de abrir a porta.

- Eu vou considerar por enquanto, mas saiba que quando você estiver com a barriga maior, não vai ter discussão. – Deixou um beijo estalado em minha testa e eu abri a porta sorrindo. – Vou ver umas coisas com a Elisabeth. Nos vemos á noite então? – Disse e eu assenti, passando por sua secretária e despedindo dela.

Entrei no elevador, e ele ficou me olhando enquanto a porta se fechava. Aquela cena rapidamente me levou para alguns meses atrás, e para outra empresa, para um par de olhos azuis. Ele sempre aparecia em minhas memorias, era difícil encontrar algo que não me fizesse lembrar dele. Balancei a cabeça ignorando aqueles pensamentos, e passei a focar na noite daquele dia onde eu faria o jantar para comemorar o sucesso de lançamento da linha de Andrew.

Eu estava ficando em sua casa, porque era o único lugar que eu sabia que Daniel não me procuraria. Ele continuava me procurando em todos os lugares, eu sabia. Nina, Cailli e Alex me diziam. E até mesmo Amélia e Andrea, que ainda não sabiam do meu envolvimento com ele, me diziam que ele sempre dizia meu nome, e usava a desculpa de que não havia se acostumado ainda com a minha saída. Cailli me disse que ele estava mais magro, pálido, e Alex me disse que ele tem bebido bastante, deixando sua mão preocupada. Amélia me contou que ele tem ficado mais em Pequim do que aqui. No último mês, ele havia levado Amélia junto, e ela agradeceu por estar de férias na faculdade, porque eles ficaram o mês inteiro lá, e há poucas semanas ela havia voltado, mas ele ficou. Eu troquei meu número de celular, e pedi para que ninguém dissesse onde eu estava. Andrew sempre que queria jantar fora, escolhia lugares onde tínhamos mais privacidade. E minha vida tinha sido assim, desde aquela noite...

Não era todos que gostavam daquela minha atitude. Eu até tinha o privado de saber do sexo do bebê, Alex não gostava disso, dizia que o irmão tinha que saber pelo menos o que ele teria. Mas a última vez que conversamos, resultou em uma discussão desnecessária. Me senti culpada por uns dias, e por isso naquela manhã, eu estava indo almoçar com Alex e Cailli, que dizia ter uma surpresa para mim, e eu iria me desculpar com Alex, e iria reconsiderar sua proposta sobre contar a Daniel sobre o sexo do bebê.
Faltava só três meses para o nascimento da bebê, eu imaginava como ele estava. E com Cailli e Amélia me contando como ele estava, me deixava um pouco receosa com o que eu estava fazendo. Uma vez Amélia disse que ele estava tão abatido que deu vontade de ir lá e o abraça-lo, não posso negar que senti um pouquinho de ciúmes quando ouvi isso. E acabei brincando que se ela fizesse isso, era capaz de ele a enxotá-la da sala com xingamentos, porque ele era assim. Mas era uma meia verdade, ele não faria isso se estivesse realmente mal e precisasse de um abraço. Mas Amélia não precisava saber disso, e também, tirei da cabeça dela de tentar consola-lo, vai que ela se....

- Pensa no jantar, Hellen... – sussurrei quando me dei conta de onde meus pensamentos estavam indo.

O elevador chegou na garagem do subsolo, e eu andei apressada até meu carro quando notei que estava um pouco atrasada para o almoço. Tinha certeza de que Cailli estava me xingando. E Alex também.

Meia hora depois, eu estava encostando meu carro em frente ao restaurante que eles haviam escolhido. Dei minha chave ao rapaz que me esperava com um sorriso, e entrei no local avistando eles na terceira mesa no canto direito, com uma vista para a rua da lateral, já que o restaurante era situado na esquina.

- Meu Deus! Que demora! – Cailli estava na mesa ao lado de Andrew, e de frente para mim. – Você tem que saber que a hora de comer é sagrada, principalmente para grávidas. – Ralhou e eu quis mostrar o dedo do meio, mas me contive.

- Oi pra você também. – Sorri irônica – Oi Alex... – acenei para ele, que apenas balançou a cabeça sem emoção.

Eu ignorei aquilo por hora e fui me sentar. Quando puxei a cadeira do lado direito e de frente para Cailli, eu vi uma cabeleira vermelha sob a mesa me deixando surpresa.

- Aurora? – Eu sorri quando ela apareceu com seu rostinho angelical para fora, e se levantou vindo me abraçar – Oh meu Deus! Que saudades que eu estava de você. – a abracei e ela tinha seus bracinhos em volta da minha barriga e com cuidado, me fazendo sorrir.

Eu havia quebrado uma promessa com aquela pequena garota quando não apareci no natal vestida de Branca de Neve, como ela havia pedido. Mas pedi para Cailli explicar a ela alguma mentira que fosse convincente até para os pais de Daniel. E como ela era ótima nisso, ela fez.
Mas, eu a vi antes de viajar, e quando voltei a vi sempre que podia, e sempre que Cailli a trazia para eu vê-la. Tive que pedir para que ela guardasse o segredo de que me via sempre para Daniel e seus pais. Ela não entendeu muito bem, mas quando disse que se ela contasse eu não poderia mais vê-la, ela pareceu ponderar e tem mantido o segredo firme e forte. Graças a Deus.

- Eu também estava com saudades, tia Hellen. – Ela lançou seu sorriso para mim e eu me senti tão amada por aquela criança.

A bebê chutou e Aurora sorriu porque estava com o rosto bem na minha barriga.
 

- A Pietra está feliz ou brava comigo? – Riu colocando sua mãozinha no lugar em que a bebê chutara e eu a olhei surpresa por ela já ter dado um nome a minha filha.

- Pietra? – Perguntei e ela assentiu – Acha esse nome bonito? – Me sentei e ela fez o mesmo.

- Sim. Acho. – Me olhou com seu sorriso largo – Eu queria dar um nome de princesa a ela, igual o meu nome. Mas são tantos... – fez uma expressão fofa de confusa – Ai papai estava falando ao telefone com uma mulher chamada Pietra. Ele disse que ela mora em Pa...

- Paris. – Alex completou e ela assentiu sorrindo e eu fiz o mesmo.

- Achei esse nome muito lindo para a bebê. – Seus pequenos olhos estavam brilhantes e eu acariciei seus cachos.

Alex estava incomodado com aquele assunto, e por isso resolvi deixar para falar de nomes com Aurora em outro momento. Pedi meu almoço, e passamos a conversar sobre a vida à dois do casal a minha frente. Cailli foi morar com Alex no mesmo mês em que viajei. Por incrível que pareça, ela realmente estava o amando. O almoço chegou, e conversávamos sobre tudo, menos sobre o que envolvia minha gravidez. Por causa da minha discussão com Alex.

Quando Cailli se levantou para ir ao banheiro, ela entendeu meu olhar e levou Aurora consigo. Deixando apenas eu e Alex à sós.

- Eu quero te pedir desculpas pelo o que eu disse outro dia. – Disse desviando sua atenção do celular.

- Não precisa. Eu sei que você está certa, afinal, você é a mãe. E mesmo que ela seja minha sobrinha, eu não tenho muito o que fazer, e te obrigar não é uma boa coisa a se fazer. – Sorriu sem humor e voltou a olhar para a tela do celular.

- Precisa sim... eu me senti mal depois daquilo. Não queria falar daquela forma com você, é que... – suspirei – você deve imaginar que não é fácil o que Daniel e eu tivemos. – Gesticulei e ele assentiu – Mas, eu estive pensando durante todo esse tempo e acho que é certo não o deixar totalmente de fora da vida da minha filha, mesmo que para mim não vá fazer muita diferença, mas...

- Olha Hellen, eu não mudei de opinião, mas como eu disse, não é uma boa coisa você fazer algo obrigada. – Ele me interrompeu.

- Não estou sendo obrigada. Eu só vi o quanto estava sendo orgulhosa da minha parte em privá-lo disso. – Passei a mão em meu rosto, respirando fundo.

- O que pretende fazer? – Dessa vez eu havia conseguido sua total atenção, pois ele guardou seu celular no bolso.

- Não quero vê-lo. -  falei com tanta rapidez que ele deu um pequeno sorriso assentindo em silencio – Mas, pensei em talvez mandar os ultrassons em vídeo onde mostra exatamente o momento que o doutor diz que é uma menina. – Sorri relembrando do momento e acariciei minha barriga.

- Certo. – Alex disse pensativo – Acho que ele vai pirar. – sorriu – Me dê isso, e eu mesmo entregarei para não correr o risco de... você sabe, cair nas mãos erradas. – Desfez o sorriso e seus lábios formaram uma linha fina. – Você trouxe, certo?

- Não. Tenho que ir buscar. – Respondi e ele revirou os olhos – Calma, não vou mudar de ideia se é isso que pensou. – Brinquei e ele balançou a cabeça.

- Não é isso, é que eu estou indo para lá daqui a pouco. Queria já aproveitar a viagem. – Disse bebericando sua agua.

- Posso ir lá agora, e trazer para você. Não é tão longe daqui. – Olhei o relógio em meu pulso.

- Não, pode deixar. Entregue a Cailli e aí eu entrego a ele. – Piscou e eu assenti.

- Certo. Amanhã darei a ela então. – Olhei para Cailli que esperava o meu sinal para voltar à mesa com Aurora.

- Ele vai terminar com Christine... – Alex disse com a voz baixa e eu senti meu corpo tremer. – Ele contratou um advogado para caso ela tente cumprir com a chantagem. – Ele estava olhando para o seu copo.

- E o que eu tenho a ver com isso? A vida pessoal de Daniel não me interessa. – Endireitei-me na cadeira.

- Você pode dizer isso pra todo mundo, e acho que dizer em voz alta pode até fazer você acreditar no que diz, mas sabe? Eu consigo enxergar no seu olhar que tudo o que você diz, no seu coração é ao contrário... E tenho certeza de que não quer se encontrar com ele porque sabe que não conseguira resistir...

- Daniel e eu não temos chance alguma. Somos iguais demais, e isso nunca combina. – Peguei o copo d’agua, e minha mão continuava tremula.

- Isso é uma mentira. – Ele riu – Cailli e eu somos uma prova de que dá muito certo... E por Deus, Hellen...

- Não quero começar outra discussão com você, Alex... – o cortei e senti minha barriga endurecer. Eu estava tensa.

- Eu também não quero, Hellen. Mas pensei que fosse mais que isso e deixaria o orgulho de lado. – Sua expressão era séria, e seus olhos estavam escuros.

Ele se levantou sem dizer mais nada e foi para o toalhete passando por Cailli e Aurora.

- Ok. Parece que as coisas não saíram como eu queria. – Cailli se sentou à minha frente com a sobrancelha arqueada.

- Aquele assunto já resolvemos. Te entregarei os vídeos amanhã. – Bebi agua – O problema, é que seu namorado decidiu entrar em outro assunto que é altamente proibido. – Ela me fitou por um segundo.

- Desculpa, mas esse é o meu namorado. E ele é irmão do... você sabe. – Sorriu sem jeito e eu respirei fundo olhando para Aurora.

- E como está indo sua nova escola, vermelhinha. – Perguntei a ela enquanto acariciava minha barriga, e a mesma me olhou desanimada.

- Chata. – Fez bico e eu sorri sentindo a tensão passar aos poucos – Odeio aquele menino chato.

- Que menino?

- Jackson! Ele é muito idiota. – Ficou brava e eu sorri – Ele acha que é engraçado, mas é um retardado. – Bufou e eu afaguei seus cabelos enquanto olhei para Cailli que ria.

- Ignora-lo é a melhor forma. Porque tudo o que ele quer, é que você caia nas pegadinhas dele. – Pisquei e ela ficou pensativa.

- Eu não posso bater nele? Parecer ser mais fácil. – Disse e Cailli gargalhou alto, apoiando a sua pequena cunhada.

- Eu queria dizer pra você que sim, mas sei que isso vai pegar mal pra você e será levada a diretoria. E não quero que seus pais me degolem. – fiz careta e ela riu.

- Hei. – Cailli chamou sua atenção e ela virou-se para a mesma – Vamos pensar em alguma pegadinha, onde ele irá cair feio e todos vão ver. E não saberão que foi você. – Ela piscou e Aurora gostou.

- Cailli. – A repreendi e ela continuou rindo – Não vai nas ideias dessa louca. Não enquanto você não tiver uma idade boa. – Olhei para Aurora que ria ainda e parecia ter gostado da ideia maléfica da minha amiga.

********

Não havia um dia em que quando eu saia de casa, eu não fosse a uma loja de crianças, e comprasse algo para a minha bebê. Depois do almoço com Cailli, Aurora e Alex, eu prometi a ele que as entregaria inteira no fim da tarde, e ele – pode parecer incrível – concordou.

Naquele momento eu fui na loja que sempre amava ir, e deixei Cailli com Aurora na loja ao lado.  As roupinhas de meninas me deixavam com os olhos marejados. Eu sempre ia ao meu apartamento nos dias de terça e quinta, porque por mais estranho que pareça, era o dia que Daniel não aparecia e nem passava em frente do meu prédio. Então, eu ia ver como estava ficando o quarto da bebê, e adicionando mais detalhes. Estava um encanto aquele cantinho.
Sempre saia com duas, três sacolas com vestidinhos e sapatinhos. Eu estava maravilhada que seria mãe de uma menininha, e não via a hora de vê-la e tê-la em meus braços.

Eu estranhei a demora de Cailli com Aurora, e resolvi ir atrás delas enquanto a atendente separava as peças que eu havia escolhido. Não foi preciso eu chegar na porta para encontra-las. Elas estavam de costas para mim na calçada, e conversavam com um home alto, que tinha as mesmas feições de Daniel, mas era magro demais para ser ele.... Não poderia...

- Daniel? – Minha voz saiu em um sussurro inaudível.

Ele estava sério, e mesmo que Aurora dizia algo animada, ele tinha uma ruga entre as sobrancelhas mostrando claramente que ele não estava bem. E sim, irritado. Ele passou as mãos em seus cabelos, e eu vi o quão grande seus fios estavam e como sua mão, mesmo de longe, parecia mais fina, deixando a mostra seus ossos cumpridos.

Aquele não podia ser Daniel.

Levei a minha mão protetora a minha barriga, e como se a minha filha pudesse sentir a presença do pai, ela chutou me fazendo tremer e ter os olhos marejados. Algo em meu peito me incomodava, a verdade era que o ver daquela forma me incomodava e me fazia querer até ele e o abraça-lo. Meus passos inconscientes me levaram até a vitrine, facilitando melhor a minha visão. E quanto mais perto eu chegava, mas era possível notar a sua magreza.

Ele não podia estar daquela forma por minha culpa.

Alguém abriu a porta da loja e com ele trouxe o aroma de Daniel, me fazendo fechar os olhos ligeiramente e me levando para nossa última noite. Ele tinha razão quando dissera que ficaria marcado para sempre em nossas memórias, pelo menos na minha não tinha como tirar. E mesmo depois de três meses, ela estava ali vivida e eu ainda podia sentir seus toques.

Daniel olhou para Cailli que gesticulava com as mãos, e vi ele trincando os dentes. Quando ergueu novamente sua mão para passa-la no cabelo, vi que estava tremula e por pouco eu não saí daquela loja e fui ao seu encontro. Metade de mim queria fazer isso, mas a outra metade queria voltar para a atendente, terminar minha compra e sair dali. Por um momento também quis que ele me olhasse, mas ele não desviava seu olhar nem por um minuto de Cailli e Aurora. Respirei fundo quando a bebê ficou agitada e começou a se revirar em minha barriga me fazendo respirar fundo.

- Calma lindinha... a mamãe está aqui. – Sussurrei olhando para o vestido que tampava minha barriga.

Levantei meu olhar e fixei em Daniel novamente, Cailli parecia nervosa, provavelmente com medo de que eu saísse naquele momento. Mas logo entendi o porquê ela estar daquela forma, quando Daniel apontou para a loja onde eu estava e olhou em minha direção, mas fui rápida o bastante para ficar atrás do manequim de uma criança de oito anos. Respirei fundo sentindo meu corpo tremer pela adrenalina, e decidi que era melhor eu terminar minha compra.

A atendente me olhou preocupada e perguntou se eu estava bem, respondi que estava. Não era uma mentira.
Pedi a ela que fechasse a venda, e neguei todas as suas tentativas de me fazer olhar mais coisas. Eu entendia que aquele era o trabalho dela, e entendia também que comprava bem mais do que naquele dia, mas o que ela não entendia é que eu estava com pressa porque eu pressentia que Daniel entraria ali.

- Oh, eu tenho esse vestido que você vai amar Srta. Cavannaugh! – Ela disse indo pegar o tal vestido e eu sentia o ar ficando escasso naquela loja.

A porta se abriu. Ouvi a voz de Aurora. Cailli. E o cheiro dele. Daniel.

O meu coração batia rápido, e eu sentia meu corpo se arrepiando principalmente o lado direito, como se tivesse um ima que me puxava para ele. Eu respirei fundo, e a bebê ficou mais agitada ainda chamando a atenção da outra atendente que parou para observar aquilo e brincou dizendo que estava feliz porque a mamãe estava comprando roupas para ela. Fez uma piada sobre isso, mas eu não fui capaz de escutar direito, porque eu já não tinha mais ar, e talvez fosse por isso que a bebê se mexia tanto. Lembrei rapidamente de respirar tranquilamente, e a atendente logo deixou o sorriso e uma expressão de preocupada tomou conta do seu rosto.

- Oh meu Deus você está bem? – Ela disse e eu assenti balançando a cabeça rápido – Vou buscar um copo d’água, sente-se aqui... – segurou em meu braço e ia me virar, mas finquei meus pés no chão e não virei.

- Eu estou bem. – sorri e ela não pareceu convincente.

Sabia que Cailli estava tão desesperada quanto eu. Ouvi passos vindo atrás de mim, e a cada passo, meu corpo vibrava e arrepiava. Era ele. Uma sensação estranha, algo como saudade e dor misturadas, tomava conta de mim. O passo cessou, e eu podia sentir sua presença atrás de mim.

- Srta. Cavannaugh, está tudo bem? – A menina que tinha ido buscar o vestido voltou me chamando e eu arregalei meus olhos.

- Hellen? – A voz dele soou e eu senti meus olhos marejarem. Céus, como eu sentia saudades daquela voz. – Hellen é você? – Sua mão tocou meu braço, e eu pensei que desmontaria, porque seu toque foi quente e me fez lembrar da nossa noite.

Ele virou meu corpo gentilmente, nos deixando de frente, e eu juntei toda força que tinha para não deixar minha armadura cair na frente dele. Eu tinha que parecer forte, fria e mostrar que eu estava muito bem longe dele. E agora, eu podia ver nitidamente o quão magro ele estava. Não parecia o Daniel que eu conhecia, não tinha que ser, mas aqueles olhos... eles estavam lá, com um brilho que não tem como explicar passeando por todo o meu corpo e focando em minha barriga, e o seu sorriso me comprovou que se tratava dele mesmo. Em carne e osso, magro, mas era ele.

- Daniel...
 


Notas Finais


Eu juro que esqueci o qu tinha pra dizer, mas depois do filme eu venho falar kkkkkkkkkkk
XoXo, Ana :*


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...