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P.O.V Maria.
Depois do almoço voltei pra casa pensando na "notícia da semana". Sim aquilo com toda certeza tinha mexido comigo.
Não podia gritar, xingar e muito menos chorar. Aff-
Chegando em casa, coloquei Anthony no chão e fui direto pro banheiro liguei a torneira da pia e desabei em lágrimas. Depois de aliviar tudo aquilo, lavei o rosto e voltei pra sala.
Sentei no sofá ao lado do meu pai e liguei a televisão.
- O que foi minha princesa? - ele passou a mão pelo meu ombro, com a outra fazia carinho no cabelo no neto atento a televisão.
- Nada. Acho que minha alergia atacou. - falo, me lembrando do meu nariz vermelho.
- Posso não ter acompanhado deste seu nascimento, mais sei de quando você estava mentindo. - ele fala. - Então me diz... por que você tava chorando?. - ele insiste.
Conto ou não conto? Se eu ficar adiando isso vai ser pior. Então ... é melhor contar de uma vez quem é o pai do Anthony e o porque da minha choradeira.
- Sergio... Sergio Ramos.- gaguejo. Ele olha pra mim e franzi a testa. - O que ele tem haver com isso Maria? - ele faz uma pausa.- Gosta dele?. - Balanço a cabeça positivamente. - Mais ele é casado, pelo amor de Deus Maria. - ele grita, assustando Anthony que chora. Pego ele no colo, o acalmando. - Para de gritar, tá assustando ele. - digo me referindo a Anthony.
- Magda... Magda - grito . Ela chega na sala assustada, entrego meu filho pra ela. - Sai com ele e fica por lá até eu te ligar. Ta bom. - ela sai.
Assim que a porta se bate meu pai volta com a interrogatório. - Por que ele? Minha filha entende ele é casado. - ele fala mais calmo. Aquilo tava me deixando apreensiva de mais. - PAI!!!! - grito. - Anthony é filho dele. - começo a chorar.
Ele me encara surpreso. - Minha filha... pelo amor de Deus. Você foi amante dele?.- ele se senta novamente no sofá. - Claro. É óbvio que você foi amante de um cara casado, QUE TEM UMA MULHER QUE TÁ ESPERANDO O SEGUNDO FILHO DELE. - aquilo tava acabando comigo. - Para!! Você acha que eu não sei? Mais foi uma escolha minha de que não me arrependo e de que nunca vou me arrepender. - ameaço um sorriso entre o choro.
Ele respira fundo. - Seu romance começou quando? Em que momento? - ele continua o interrogatório. - Começou muito antes de quando você me assumiu. - falo e abaixo a cabeça.
- Surpresa, atrás de surpresa. Mas... Enfim, foi por isso que veio pra cá, sem falar nada?! - balanço a cabeça positivamente.
Sou surpreendida por um abraço do Senhor Pérez, que retribuo. - Minha filha não posso te julgar, porque sei o que fiz e não sou a melhor pessoa pra isso minha pequena. - sua mão acariciava meu cabelo.
- Obrigada pai e desculpa se não fiz a coisa certa. - choro em seus braços.
Sinto um beijo em minha testa e suas mãos no meu rosto limpando minhas lágrimas.
- Agora para de chorar. Porque isso é a pior coisa para um pai, ver a filha que ele tanto ama chorando. - ele sorri e beija minha testa novamente.
- Obrigada pai. - sorrio. - Vou tomar um banho e já volto. - me solto dos seus braços e vou em direção ao banheiro. Tomo um banho quente e relaxante, saio. Coloco uma roupa confortável.
- Vou preparar alguma coisa pra gente comer. - falo procurando o celular. - Cadê? - continuo procurando.
- O que tá procurando? ele pergunta.
- Meu celular. Ele sumiu. - bufo.
- Ele tá ali. - ele a ponta, vejo e pego e ligo pra Magda.
Chama e ela atende.
- Magda.
- Sim.
- Pode voltar com Anthony.
.Ta bom, já estamos indo.
Desligo e vou pra cozinha. Preparo uma comida pra Anthony e bife a parmegiana, salada e algums legumes cozidos.
Escuto a voz do meu filho da cozinha.
- Mamanhêêê. - escuto e rindo.
- To aqui meu amor. - escuto ele correr até a cozinha e abraçar minhas pernas e rir.
Aí meu Deus, aquela risada me deixava toda derretida e boba. Agaicho ficando do seu tamanho.
- Oi meu amor. - beijo seu rosto.
- Eu brinquei no parquinho com meu amiguinho.- ele sorri.
- Hmm... e quem é esse seu amiguinho? Qual é o nome dele? - pergunto arrumando seu cabelo. Ele parece pensativo. - Não sei, esqueci. - começo a rir, quando Magda entra na cozinha já arrumada.
- Maria, já vou até segunda.
- Ta bom . E obrigada pela ajuda. E vai com Deus até segunda. - digo e abraço ela. Anthony beija seu rosto e ela sai. Coloco a comida na mesa. E grito meu pai.
- Hmm, que cheiro gostoso. - ele fala adentrando na sala de jantar.
- Espero que o gosto esteja que nem o cheiro. - brinco sento, colocando a comida do meu bebê e coloco seu babador. Ele começa a comer e fazer a sua bagunça.
- Posso levar meu neto no próximo jogo com o Las Palmas. - ele pergunta e meu coração gela.
- Pai não sei se é uma boa idéia. - repreendo.
- Sergio não vai ficar sabendo do Anthony, prometo. - ele argumenta.
- Só pro jogo e depois quero ele de volta. - faço bico.
- Quero você também, pra trazer sorte. - seus argumentos pra mim convencer estavam ficando cada vez melhor.
- Sorte? Sério? Ta me convencendo.
- coloco uma garfada na boca.
- Então estou no caminho certo. Então isso quer dizer um sim. - ele acaba e coloca o prato de lado e bebe um gole de vinho.
- Eu deixo o Anthony com o Senhor e depois de dois dias eu vou. Tenho que pedir folga primeiro. - olho lra Anthony que está todo lambuzado de comida.
- Vou amanhã de manhã, tem como deixar as coisas dele pronta?
- Tem.
- Então, já vou indo. - ele fala.
- Não vai dormir aqui? Mais a Magda já deixou seu quarto pronto.
- Proxima vez eu fico.
- Ok.
- Amor, pede bênçã ao vovô. - falo com o pequeno.
Nos despedimos, dei banho no Anthony e o coloco pra dormir. Ligo pra minha chefe.
- Oi Miranda, desculpa a hora.
- Pode falar Maria.
- Sabe aquelas folgas que tenho, queria saber se posso tira-las agora.
- Pode, são duas semanas.
- Aham. Obrigada.
- Nada e aproveita Maria.
- Obrigada Miranda. - espero ela desligar.
Vou pro quarto arrumo as malas de Anthony e as minhas. Deixo elas na sala. Volto pego meu pequeno na cama e o coloco na minha. Deito o abraçando. Durmo.
No dia seguinte - sábado às 6:48min:
Acordo com o barulho da campainha, levo e atendo.
- Você tava dormindo até agora. - dou passagem pra ele entrar.
- É sábado. - sorrio. - Vou acordar o homem da casa.
- Ok. Meu vôo sai as 8:40min.
Acordo Anthony, dou banho com ele reclamando, visto e arrumo seu cabelo.
- O vovô tá lá na sala. - ele sai correndo.
Tomo um banho rápido, coloco um vestido justo ao corpo de gola pólo preto e tênis, faço uma maquiagem leve, passo perfume e volto pra sala.
- Vamos. - sorrio.
- A senhorita não ia só daqui a dois dias? - ele pergunta.
- Consegui duas semanas.
- É só essas malas aqui. - ele aponta.
Ele pega as malas e sai. Pego minha bolsas e as malas de mão, saio tranco a porta. Desço as escadas com as malas e segurando a mão de Anthony.
Chega no carro, colocamos as coisas no porta malas, entramos e seguimos até o aeroporto.
Madri - 10:26min:
Estava tão feliz de volta a Madri, me sentia tão bem. Estava parecendo a criança olhando às ruas, lojas e as pessoas através do vidro.
- Alô. - meu pai atende telefonema. - Claro, estarei aí, daqui a quinze minutos. - ele desliga.
- Filha, vou para o CT, vou demorar as meia hora só. E não tem ninguém lá agora.
- Pode passar, não vai ter como eu me esconder. Sou a filha da presidente. - sorrio.
Chega, descemos, cumprimentei as recepcionistas e fui direto pro campo com Anthony.
- Mamãe, é grande. - ele diz com os olhinhos brilhando. - Cadê a bola? - ele pergunta e sai correndo em direção em uma que tinha visto.
Vou para o gol e tiro meus saltos e jogo no gramado. Começamos a brincar. Deixava as bolas passarem pra dentro do gol e ele saia comemorando semelhante ao pai.
O que você estará fazendo agora, Sergio? Com certeza com a família.
- ¡Mira! ¿Quién está de vuelta después de años. - paralisei ao ouvir cada palavra, pois, conhecia aquela voz.
Me viro e vejo Anthony indo em sua. direção para poder pegar a bola que mal cabia em seus braços.
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