História A Outra. - Capítulo 18 - Será que podemos montar uma família?

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                  P.O.V Sergio.

Continuo calado. - Quem é Maria,  Sergio Ramos? - ela faz uma pausa.  - Você tá mim traindo? Fala Sergio. - meus olhos estão marejados.

Como faço pra dobrar ela dessa vez? - penso - Uma mulher que conheci - volto a procurar o calção.

- Uma mulher que você conheceu? - ela ri irônica. - E que diabos você tá falando o nome dela, enquanto você tá me tocando? Hein?!- ela se aproxima.

- Para Pilar, eu não vou brigar, chega. - coloco a peça de roupa e volto pro quarto e ela atrás de mim.

- Como não brigar? É com ela que você está me traindo, não é? - ela berra.

- É sim, é com ela que estou te traindo - grito e vejo meu filho com seu travesseiro e sua coberta, parado na porta do quarto olhando nos dois, assustado.

Pego-o no colo e encosto sua cabeça no meu ombro. - Não acabou. - saio do quarto com Junior chorando. - Não, mi niño. Já passou - acaricio suas costas na tentativa de acalma-lo.

Pilar vem atrás pisando alto . - Sergio, você acha mesmo que vai sair assim sem da qualquer explicação? - os gritos estavam cada vez mais altos.

- Pilar. - grito. - Cala a boca. Eu já falei que não acabou, tem muito mais coisas pra te falar. - faço um esforço enorme pra normalizar a voz. - Não quero brigar na frente dele ... Então,  por favor,  saí daqui. - aponto pra porta.  Ela sai bufando e batendo as portas. 

Depois que Junior se acalmo, brinquei com ele um pouco até ele fica cansado. Deito com ele em sua cama até se entregar ao sono.

Pego o celular e destravo. - Já se passa das duas da manhã. Prego o olho,  porque tinha que acorda as 6:30AM pro treino.

Acordei, tomei banho, entro no quarto, faço o mínimo de barulho possível, saio já arrumado. Acordo Junior, dou banho nele, coloca sua roupa. Desço com ele no braço indo pra garagem. Destravo o carro e  coloca Junior na cadeirinha, dou a volta e entro. Dou partida.

Estaciono em frente a loja La Boutique del cafe, entro com Junior nos braços e vejo um flash na nossa direção e umas pessoas pedem autógrafos e fotos.  Faço o que pedem e sento em uma mesa. Faço nosso pedido, espero um pouco e logo vem.  Junior come bolo de chocolate com baunilha e iogurte, o acompanho no seu pedido e completo com açaí.

- Quer ir pro treino junto comigo? - pergunto colocando a última colherada de açaí na boca.

Ele balança a cabeça - sim - sorrindo.

Saio da boutique e entramos no carro em direção ao CT. Chegando,  saio e entro no vestiário.

- Ei, garotão! - Bale diz brincando com Junior que vai pro seu colo. Cristiano faz toquinho com ele.
- O que aconteceu dessa vez? Pra você ter trago o Junior pra cá? - Cristiano pergunta. - Brigou com a mãe dele. - Marcelo completa. - Sim. - falo me limitando. Trocando de roupa e chego perto de Junior.

- Bora rapaziada o treino já vai começar.  - Zidane bate na porta e sai.

- Filho vem. - falo e dou a mão a ele e caminho até o campo. 

- Senta aqui filho e comporta. - sento ele no banco e que brinca com o carrinho que trouxe.

Começa o aquecimento e logo o treino, corro fazendo o meu melhor pro time, o treinador da alguns sermões,  rio de algumas brincadeiras, mas sempre de olho no meu filho.  Zidane faz uma pausa. Sento perto de Junior que faz algumas perguntas e eu as respondo.

Vejo Benzema entrando no campo e se explicando a causa do atraso.  Depois ele vem em direção ao grupo.

- Atrasou por que senhor Benzema? - Kiko começa.  - ah' então a noite foi boa. - Morata completa e todos riem. Olho para Ronaldo que está sério. - HAHA' Claro que não,  parem com isso... Mas bem que eu queria - Benzema diz e seu sorrisinho se forma. Ele começa a se aquecer.

Bugo, passando a mão pela boca. 

Filho de uma puta, tá pensando o que?  Ela é minha otário. 

Volto a atenção pro meu filho. Zidane chama pro segundo "tempo" de treinamento.

O treino acaba, eu fico mais um pouco pra poder brincar de bola com meu filho.

- Oi. - ela fala depois de um tempo que os rapazes foi embora. Ela sorri e passa a mão pelo cabelo. 

Estou sozinho. Sou só eu e ela sem aqueles marmanjos pra ficar em cima, enchendo o saco e principalmente Benzema. Minha vontade era de beija- lá. Mas não posso temos dois garotos que fazer muitas perguntas e que eu não to muito afim de responder.

- Meu Deus, você tá linda.  - sorriso de canto. 

Ela estava com um vestido longo, o que não era muito do seu natural.

- Diferente?  - ela sorri. - Um pouco, também acostumado com você sem nada. Ela fala meio baixo - Cala a boca,  Capitão. - rimos. 

- Gosto de quando me chama de Capitão,  quero ouvir isso quando estivermos entre quatro paredes. - sorrio de canto. Ela fica vermelha.

Continuo chutando a bola pra Junior e Maria entra na brincadeira.  Anthony chega.  - Mamãe,  quero brincar também. Chuto pra ele.  Continuamos a brincadeira.

Ver todos ali sorrir e se divertir era ótimo,  me fazendo esquecer um pouco dos problemas.

Maria me segura. - Vai filho, chuta pro gol.- ela ri.

- Ta me agarrando desse jeito,  só pra Anthony faz o gol ou pra outra coisa? - pergunto e a abraçando e depositando um beijo no seu pescoço.

- Segio,  aqui não tem muita gente e tem nossos filhos.  - ela se separa e mexe com os meninos e beija o rosto de Junior que fica com vergonha e corre pro meu lado.

- O filho, ela é amiga do papai. - falo agachando e ficando do tamanho dele.  - Ela não morde.  - olho pra ela e sorrio de canto.  - Só mordo você.  - ela fala baixo e sorri de canto de volta e morde o lábio inferior.

Sentamos no gramado, Junior senta no seu colo e Anthony no meu,  tiramos fotos e deixamos na galeria.

- Você é amigo da minha mãe?  - Anthony pergunta. - Sou sim. - respondo. Maria sorri fazendo carinho no meu filho que brinca com seu cabelo. 

Posso ser paranóico ou outra coisa.  Aquilo estava parecendo uma família. Pelo menos pra mim estávamos parecendo ser uma família. Minha família com Maria.

                  P.O.V Maria.

Está ali com Sergio era ótimo, me sentia feliz e mais apaixonada.
Tinha ganhado a confiança de Junior e Anthony de Sergio.  Estava tudo indo tão bem, até o maltido celular do Segio tocar.

Ele olha o visor e desliga o celular. 

- Quem é?  Não vai atender?  - pergunto com o coração apertado.

- Pilar, não.  Eu não quero fazer com ela agora. - ele coloca o celular no gramado. 

- Aah, brigaram? - faço outra.

- Sim, ontem ela veio querendo... Você sabe o que. - ele se limita ao fala, por comta das crianças. - Falei seu nome. - ele conclui e eu não acredito no que acabei de ouvir. 

Abro a boca em um perfeito "O". - Você tá brincando?  Sergio você é louco? Por Deus, ela deve ter ficado maluca. - começo a rir. - Perai,  se você falou meu nome ... ela vai saber que sou eu. - fico seria.

- Acho que não. - ele fala e passa a mão no meu rosto. 

Senti suas carícias era a melhor coisa do mundo. Eu o amo ♡

Continuamos a conversa e ouço a voz do meu pai que vem em nossa direção,  fazendo com que Sergio se levante para cumprimentá-lo.

- Senhor Pérez,  Bom Dia. - os dois da um aperto de mão. Senhor Pérez brinca com os meninos. Posso ver o nervosismo em Sergio.

- Calma Ramos,  meu pai já sabe de tudo.  - falo e ele arregala os olhos e eu sorrio.

- Não é o certo o que vocês fizeram e também não sou a melhor pessoa pra apontar dedo.  Mas a única coisa qie eu digo é que se resolvam. - ele olha pra Sergio. - Espero que não se arrependa depois, porque a única coisa que saiu da boca de Maria foi " Não me arrependo de nada" quando ela me contou sobre vocês. - olho pro meu pai.

Pai, por favor não faz isso comigo. 

- É tá bom, né pai. - sorrio irônica.

- Vou arrumar minha vida.  - respiro fundo.

- Espero que sim. - ele beija minha testa e beija o neto e brinca com Junior e sai.

- Desculpa, é coisa de Pai.  - olho pra Sergio envergonhada.

- Ele tá certo. - sorri e sinto seu abraço.

- Não quero te pressionar,  eu não quero te forçar a nada.- faço e o aperto contra mim.

- Seu sei meu amor,  fica tranquila.  Te amo, Mi hermosa niña. - ele vai pra beijar minha boca, desvio.  - Não, nossos filhos,  eles vão questionar. - respondo.

                  P.O.V. Sergio

Chrgando em casa, encontro Pilar na espreguiçadeira na beira da piscina, deixo Junior com a babá. Sento perto dela. 

- Precisamos conversar. Ou melhor quero terminar a conversa de ontem.  - ela revira os olhos. 

- Pode continuar,  sou todo ouvido. - ela fala sem olhar pra mim.

- Maria é uma mulher muito importante pra mim... ela é o que você não é.  - falo.

- Como assim? - ela começa a chorar.
- Quando você ficou ausente, ela substituiu seu lugar. De primeira achei que fosse somente uma noite,  mais depois um tempo ela tomou completamente seu lugar ... - não concluo. 

- Eu estava cuidando do seu filho meu querido. Você gosta dela só na cama meu amor,  mais não como mulher de verdade. - ela grita.

- Antes eu pensava isso também,  mais depois de um tempo isso mudou e o meu sentimento por ela também, então... quero o divórcio.  - saio andando. 

- Você acha mesmo que vou te dar o divórcio, por causa de um qualquer.  Sergio, eu tenho a plena consciência de que você me trai com toda a Madri. - me viro e cruzo os braços.  - Eu estou com você pelo que você tem e fique sabendo que tenho outro também meu amor, não vou sair como trouxa da história não. - ela completa.

- Outro motivo pra você me a merda do divórcio e a guarda dos meus filhos.  - falo.

- E o que te faz pensar que essa criança que estou esperando, é seu filho?