História A Outra. - Capítulo 2

                 P.O.V Maria

Acordei com Sérgio Ramos na cama pela terceira vez, fora a vez do carro. Sim, aquilo foi sem dúvida incrível,  ele me levou ao céu.

Selo nossos lábios, sorrio , passo a mão no seu rosto.

- Acordo dorminhoco. -digo, passando a mão pelo seu peito subindo para o pescoço
-Só mais um pouco.- ele diz ainda de olhos fechados.

Me levando, Sérgio me puxa, me abraçando, sinto seu perfume.Fico ali nos seus braços por mais alguns minutos o encarando. Escuto meu celular tocar, pego-o no criado mudo, atendo.

- Alô.
- Bom dia minha linda, tava dormindo?
- Bom dia- falo com um sorriso de canto a canto.
- Não estava,  pode falar. continuo,  me levanto abro a porta do banheiro, me olho no espelho.
- Filha quero confirmar sua visita aqui Centro Técnico.
- Mais é claro que eu vou, passo aí lá pelas 10:00hrs, pode ser?

Olho pelo espelho Sérgio me encarando.
-Tá bom filha, até lá.
- Até, beijos.- desligo.

Volto, me jogo na cama, sorrindo.
- Que ligação foi essa? Que sorriso é esse? E quem era? - ele me encara franzindo a sobrancelha.

- Ligação de uma pessoa muito importante na minha vida, estou feliz porque essa pessoa ligou para mim encontra-lá e a terceira pergunta, eu não devo explicações pra você.

- Vai ter um encontro às 10? - ele insiste
- Não diria um encontro. Vou me arrumar, se não vou me atrasar.

Saio, entro no banheiro, ligo o chuveiro, deixo a água cair no meu corpo, sinto as mãos de Sérgio na minha cintura,  me viro,  ele me beija, suas mãos conduzem meu corpo até a parede do banheiro,  me colocando entre seu corpo e a parede,  beijando meu pescoço, ele desce a mão, apertando minha cintura, paro.

- Eu vou me atrasar. - falo tentando sair daquela situação.

- Ele é melhor do que eu?

- Cala a boca Ramos, e aliás,  tá na hora de você se recompor e voltar a ser o pai e marido do ano, não acha?- o empurro, volto para baixo do chuveiro.

Ele me abraça e fala no meu ouvido.

- Só espero que quando tiver na cama com ele, não pense em mim e nem geme meu nome,  porque se não o cara vai brochar.

Ele pega uma toalha se enxuga e sai, uns minutos depois escuto a porta da sala bater.

- Filho de uma ...

Acabo, vou para o closet, coloco um conjunto de roupa íntimas, uma calça preta boca larga e uma blusa rendada branca e um scarpin meia pata preto, seco o cabelo com o secado, em seguida faço babyliss, com leves ondulações. Passo máscara de cílios, passo um bronze e um batom nude,coloco alguns acessórios, passo perfume,  pego minha bolsa, chaves do carro e celular. Saio, entro no elevador, chego na garagem, destravo-o, entro, saio dirigindo pelas ruas até a CT do Real. Chego,  me apresento, os seguranças me deixam entrar, me indicando aonde posso estacionar, agradeço,  entro,  estaciono meu carro, pego minha bolsa, desço, pego meu celular,  ligo pro meu pai.

- Pai cheguei,  to no estacionamento.
- Fica aí,  vou até você.
- Ta bom.- desligo e fico esperando.

Passado alguns minutos,  vejo meu pai de longe,  vou andando ao seu encontro,  o abraço, sinto seu perfume.

- Quem tá querendo agarrar senhor Pérez?

- Ta tão ruim assim?- ele sorri.

- Não, pegaria qualquer uma com esse cheiro.

Ele sorri, passo meu braço pelo seu, saímos caminhando até um campo, vejo alguns jogadores se alongando. Meu pai se aproxima deles, vejo o olhar de cada um em nossa direção.
- Pai, acho que chamei atenção de mais.- falo baixo

-Não é todo dia que temos mulheres por aqui.- ele responde.

Olho cada um dos jogares,  sorrio.

- Bom pessoal,  essa é a minha filha Maria Pérez.

Pego na mão de cada um.

- Muito bonita a senhorita.

Sorrio - Tira o "senhorita", não gosto, me trate por você.

- Então você pode me chamar por Zidane.

Depois de cumprimentar a todos, e a conversa entre meu pai e Zidane ficar chata, saio andando pelo campo,  e de longe avisto Cristiano Ronaldo e ... aí meu Deus Segio Ramos o que ele tá fazendo aqui? , desvio meu olhar. Sinto o braço direito do meu pai sobre meus ombros e os dois se aproximarem,  fico cara a cara com Sérgio.
- Rapazes essa aqui é minha filha,  Maria Pérez, filha esses são Cristiano e Sérgio.

Comprimento Cristiano,  que logo parte por um abraço, me assusto um pouco mais logo retribuo.

- É um prazer em conhece-los

- O prazer é todo nosso. - Cristiano diz e vejo um leve sorriso se formar em seus lábios.

- Vamos, vou te apresentar o restante.- ele me puxa e saímos andando.
Depois de um tempo e de ter conhecido tudo, tudo mesmo, vamos pra sala do presidente,  quer dizer do meu pai. Bom não acostumei com a palavra "pai" ainda,  pelo fato de ter conhecido e de ter herdado seu nome em menos de dois anos. 

- Bom o emprego que comentei com você... - o interrompo.
- Sério? Ele é meu? - falo empolgada.
- Claro mi pequeña. - ele fala como se tivesse uns 8 anos de idade.
- Pai já tenho 22 anos. - brinco.
-É força do abito,  como não te vi crescer...- não o deixo terminar.
- Mas agora eu to aqui, não precisa se machucar por conta disso, Pai.- o abraço forte.
- Ok, vamos comer, to morrendo de fome.- falo pra quebrar aquele clima.
- Claro. - ele pega algumas pastas em sua mesma.

Saímos da sua sala, caminhamos pelo corredor e ele se pronuncia.

- Você vai ao jogo na sexta- feira?

- Claro eu vou.- sorrio, porque na realidade não tinha nenhuma vontade de ir nesse jogo.

Meu pai me leva a um restaurante muito fino.

- Pai não mim acostumei com tudo isso. - sei que meus olhos brilhavam.

Seguimos para nossa mesa, sentamos,  ele faz o pedido de um prato que desconheço e uma garrafa de vinho, comemos, conversamos,  ele paga voltamos para o CT.

Vou para a área do campo, me sento em um banho,  e fico observando os jogadores treinarem,  enquanto meu pai vai pra sua sala.

- Quer sair hoje a noite? - Cristiano pergunta.
O encaro como resposta e volto minha atenção ao campo
- Não vai me responder? - ele insiste.  - Geralmente as pessoas tem a educação de perguntar se está tudo bem com elas ou algo do tipo. - bufo.
Me levanto,  saio andando e dou de cara com Ramos, desvio da sua direção, sinto sua mão puxar meu braço.

Penso:Só pede tá de brincadeira comigo.