História A Outra. - Capítulo 27 - De volta a Berlim

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P.O.V. Maria Pérez.

Fui ver o  jogo na casa principal dos Pérez's com Eduardo. Pra dar sorte; antes de vim pra cá,  procurei  uma blusa de Sergio no closet e coloquei. Claro,  ficou que nem um balão,  mas eu amava usar as blusas dele, então nem me importo. 

Estava mais nervosa que os próprios jogadores. Eduardo rindo por presenciar meu nervosismo aguado. O apito foi dado e a bola rola para o primeiro tempo. Foram tantas bolas chutadas a gol,  bolas desviadas, tanto do Real Madrid quanto do Villareal, o que não dava pra acreditar. E pra nossa surpresa ou nem tanto assim Sergio tomou um cartão amarelo. 

- Aí,  meu amor que isso?!!! - minhas unhas estavam mais pequenas que tudo.

Nos acréscimos ainda do primeiro tempo (45 + 1) o Villareal faz 0 x 1 em cima do nosso Merengue. Intervalo.

- Quem sabe,  se você tivesse ido ao jogo,  dava sorte ao seu marido. - ele ri, comendo pipoca.

- Tomara que você engasgue. Ele vai fazer pelo menos um gol, eu tenho certeza.  Porque ele prometeu aos filhos dele e a mim. - falo e encosto minha cabeça no estofamemto do sofá esperando o segundo tempo.

O celular de Eduardo toca. Ele sai pra atender.  O jogo volta para o segundo tempo.  Aos (48) minutos a bola de Sergio entra fazendo o gol de empate 1x1  com assistência de James. Rodríguez. Comemoro que nem uma louca. Mais bolas a gol, defesas e desvios de bola e cartões amarelos. Fim de jogo. E jogo empatado. 

      
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A família já reunida em casa. Pai, madrasta, meu irmão que saiu e nem avisou e meu pequeno Anthony.

- Pai cadê o Junior?  - pergunto assim que ele passa pela porta de entrada.

- Sergio mandou avisar que iria deixar Junior passar o final de semana com o mãe e foi leva-lo. - ele fala.

- Humm... - me limito.

Anthony corre e senta no meu colo e beija meu rosto. Levanto pra pegar o controle.

- Mamãe quero mamadeira.  - sinto sendo puxada pelo short. 

- Vou fazer meu amor. - sorrio e pego sua mochila no outro sofá.

- Minha filha quero ficar o último dia com meu neto, posso? - meu pai pergunta sentado no sofá enquanto procuro a mamadeira do Anthony na mochia dele.

É meu "último" dia aqui em Madri. Estou voltando pra Berlim com Anthony,  amanhã de tarde

- Dormir aqui?  - retruco.

- Sim.- ele afirma.

- Por mim tudo bem. Agora só falta  perguntar pra ele. - sorrio.

- Quer dormir com meu vovô hoje?  - Senhor Pérez pegurta ao neto.

- Pode mamãe? - Anthony faz aquela carinha do gato de botas. -  E tem  como resiste a essa carinha? Mas é claro que não.  

- Pode meu amor.  - falo. Anthony corre para o colo do avô .

Acho a bendita mamadeira e vou para cozinha.
 

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Estava em casa sozinha,  na espera
de Sergio.  Fui tomar um banho,  passei óleo. Vesti um espartilho preto acompanhado um uma peneira de renda.  Coloco roupão de cetim. Passo perfume e ajeito o cabelo.  Desço, ligo a televisão e sento no sofá. Pego celular.

- Cariño. - Sergio fala assim que atende a chamada de vídeo.

- Amor, tá demorando muito a voltar pra casa. . - falo manhosa e mordo os lábios.

- Já estou indo.  - ele fala e consigo ouvir a voz de Pilar no fundo.

- Você em uma casa sozinho com ela?  - falo com raiva e  reviro os olhos. - Ta de brincadeira? - fecho a cara.

- Já estou indo,  só vim deixar meu filho.  - ele se explica e Junior parere na tela do celular.

- Oi, tia Maria.  - ele fala todo sorridente. E eu desmancho o semblete de raiva.

- Oi meu amor.  - falo. Junto mais a gola do pano de cetim preto.

- Papai tá aqui! Na minha casa, comigo. - ele diz todo alegre.

É... eu não posso limitar Sergio a certas coisas. Como: Ver Junior na casa da mãe ou colocar hora pra ele voltar pra casa. Não posso fazer isso,  tenho que me colocar no lugar dele,  porque se isso estivesse acontecendo comigo e com Anthony, eu ficaria bastante chateada pelo meu filho, por não passar um tempo com o pai.

- Meu amor,  a tia Maria vai voltar pra casa dela, lá em Berlim.

- O Anthony também? - ele pergunta sobre o meio irmão.

- Sim, o Anthony também. Você vai sentir saudades?  - pergunto.

Ele só balança a cabeça em um perfeito sim.

- Muita? -sorrio.

- Muita saudades. - ele fala e demonstra o tamanho da saudade com o braço.

Ele sai correndo assim que ouve a mãe chamar pelo seu nome.

- Junior ainda esta por aí?  -pergunto. Ele se levanta e sai pra um lugar mais reservado.

- Não, pode falar.  - ele sorrir. O ambiente em que está é meio escuro e somente com um pouco de luz, iluminando em cima de sua cabeça.

- Estou te esperando.  - digo e abro o roupão,  deixando a monstra o espartilho. - E como dizem;  o que se prometi, se cumpri.  - sorrio.

- Estou orgulhoso de mim mesmo por isso. - ele umedece os lábios com a língua e morde o mesmo.

- É minha última noite garotão, então... faça valer a pena. - sorrio maliciosa.

- Pode deixar comigo Senhora Ramos. - ele fala, sorrir e encerra a chamada de vídeo.

P.O.V. Sergio Ramos.

Paro na porta da minha antiga casa, bato a campainha. Alguém abre assim que me indentifico. Entro e Junior logo corre pro colo da mãe assim que a vê.

- Obrigada Sergio.  Por ter trago ele aqui. - ela fala assim que me aproximo. 

- Não fiz mais que minha obrigação. Então, já vou indo.  - falo e beijo a testa do meu filho.

- Não fica mais um pouco.  - ela pede e segura minha mão.

- É papai, fica só mais um pouquinho.  - ele pede e sorri.

- Tá só mais um pouquinho.  - falo imitando a ele.

Vou ficar quase uma semana sem ver meu garotão, então, não custa nada eu ficar só mais um pouco.

Adentro na minha antiga casa, sento no sofá, estava tudo no mesmo lugar, deste que sai daqui. Pilar se senta perto de mim, colocando o filho em seu colo. Suco é servido nos copos pela nova empregada da casa.

- Cadê a Malita? - pergunto assim que a moça sai da sala.

- Ela pediu conta. - ela fala, brincando com o filho.

Não falo mais nada, só que estranhei, pois Malita já trabalhava nessa casa antes mesmo de Junior nascer.

Fico calado.

- Parabéns pelo jogo.  - ela quebra o silêncio.

- Obrigado. - agradeço.

- Ele fez o gol pra mim,  pro Anthony e pra tia Maria. - Junior fala.

- Hum...que bom. - ela sorri cínica e revira os olhos logo em seguida.

Meu celular toca. Era Maria.  Atendo.  Ela conversa com o Junior. Depois da conversa dos dois, ela peegunta se ele ainda está por perto.  Me levanto e vou para varanda da frente.  Ela sempre me surpreendia.

Volto e sento em outro sofá. Pego Anthony já estava dormindo no sofá. Pilar volta da cozinha.

- Ele dormiu rápido. - falo.

- Sim.- ela responde e olha ele e logo depois volta sua atenção pra mim. - Era a vadia... desculpa, Maria?

- Sim. Perguntando que horas volto. - falo.

- E você está aqui comigo. - Pilar fala e se aproxima.

- Não estou aqui por você e sim pelo meu filho. - digo e me afasto.

- Nosso filho, Sergio. E não se esquece do nosso menininho. Seu nome vai ser Marco. - ela passa a mão sobre a barriga.

- Mais um garoto. Mais um Ramos Rubio.  - sorrio orgulhoso.

Ela se aproxima,  sinto sua mão sobre meu rosto,  sua respiração. Seus lábios passavam pelos meus.

  
                          (...)

                          ↓

Já se passava das onze da noite, cheguei em casa e encontrei somente a luz da televisão refletindo sobre as paredes e Maria deitada no sofá. Dormindo. Ela parecia uma criança, um anjo. Demorei de mais e ela adormeceu. Peguei a nos braços e ela resmungou um pouco. Subi as escadas com meu anjo aimda nos meus braços,  entrei no nosso quarto e coloquei-a na cama e a cobri.

- Por que demorou tanto? - ela fala, em um tom suave e sonolento.

- Coloquei Junior pra dormir antes. - falei e beijei seu rosto. - Tira isso,  pode te machucar. - falo apontando seu traje provocador.

Ela se levanta, começa a tirar.

- Me ajuda a tirar o espartilho. Desamarra pra mim. - ela se vira de costas pra mim e segura o cabelo.

Desfaço o laço e afroxo o trançado. E ela tira. Deixo um beijo no ombro esquerdo

- Tira isso aqui também. - ela aponto para a perneira de renda preta na perna.

Tiro e beijo sua coxa. E ela se deita de novo. Saio do quarto em direção ao banheiro. Tomo um banho frio, para afastar os pensamentos mais quentes que se passava pela minha cabeça. Saio, me seco, volto pro quarto, coloco uma calça de moletom. Deito na cama, passo o braço em volta da cintura de Maria. Beijo seu ombro.

- Desculpa. - falo baixo.

Ela somente balança a cabeça (sim) e volta a dormir. Fico pensando nas coisas que fiz. E isso tira meu sono. Não conseguia dormir,  por causa da culpa.

                            (...)

P.O.V. Maria Pérez.

Era dia de dizer "até logo", pois estava voltando pra Berlim. Para terminar meus trabalhos pendentes e Anthony terminar o ano na escola. Não queria deixar Sergio sozinho,  sei muito bem o que Pilar é capaz de fazer, mas eu confio no meu namorado. Sempre ficamos com um pé atrás e outro na frente.  Você nunca conhece a pessoa por inteira.

- Cariño, vou sentir tanta sua falta e a do Anthony. - ele fala e sinto seus braços, mim apertarem em um abraço forte e carinhoso, seguido do filho que está em pé ao meu lado.

- Nos também vamos sentir a falta do nosso Capitão,  não é Anthony?. - falo e Anthony balança a cabeça (positiva) pro pai e abraça suas pernas. Ele pega o filho no colo e beija seu rosto.

- Vai sentir falta do papai?  - ele brinca com o filho,  que faz bico e tenta segurar o choro.

- Filho, não chora meu amor. - acaricio o rosto de Anthony.

Aquele aeroporto não tinha aonde mais colocar fotógrafos e repórteres. Sentia os flashes a cada segundo atingir meu rosto. Não ligo - Deixa as pessoas saberem. penso.
Ouvimos o última chamada pro meu vôo. Me despeço pela última vez do meu pai,  madrasta, Eduardo,  da Cobra da Nadia e por último deixo meu amor.  O beijo-o, delicada e carinhosa.

- Yo, te quiero mucho mi amor - falo no ouvido de Sergio,  enquanto seus braços me apertava contra seu peito.

- Yo, también mi pequeña - ele sorrir e deposota um beijo em minha testa minha testa.

- Para Sergio,  detesto quando me chama de "pequeña". - sorrio e dou um tapa em seu peito.  Ele segura minha mão e me da um último beijo

Abraça o filho mais um vez. E nós seguimos nosso caminho.

                       (...)

Chego no meu apartamento em Berlim. Estava arrumado, mas cheirava muito forte. Claro, duas semanas que ficou fechado. Tirei as roupas da mala, dei um banho no Anthony e o coloquei pra dormir. Pois, já era noite.  Liguei pra minha chefe.

- Oi Maria.  - ela fala animada, assim que atende.

- Desculpa, por não ter voltado ontem. - falo.

- Não tem problema. Coloquei Ester no seu lugar na sessão de Verão 2017 pra Riachuelo  e passei você pra nova linha da Adidas. - ela explica. - As fotos começam depois da manhã. - completa.

- Ta bom, muito obrigada. - agradeço. - Boa Noite.  - completo.

- Boa Noite, Maria. Seja bem-vinda de volta.- ela fala e desliga.

Deito no sofá e ligo a televisão em um filme qualquer. Meu celular toca. Tem o nome do Segio estampado.

- Oi meu amor.  - falo com a voz cansada.

- Chegou bem? - ele pergunta. - E meu filho?  - ele completa.

- Estamos ótimos e seu filho já deve está no seu segundo sono. - respondo.

- Vou pra ir, nessa semana. - ele fala.

- Hmm, Saudades? Ou a mando do nosso querido presidente Pérez? - rio baixo.

- Claro.  Vou a mando dos patrocinadores. - ele rir.

- Hmm... Me liga quando chegar ou manda uma mensagem, talvez vou tá no trabalho.  - falo.

- Pode deixar. - ele fala e eu bochecho, por causa do cansaço.

- Vai dormir, você está cansada. Amanhã antes do treino te ligo. E nada de dormir no sofá. - ele fala e rir.

- Ta bom. Beijos. Te amo. - falo e sorrio.

- Yo, también te amo, mi corazón - ele fala e eu desligo.

Já de banho tomado e deitada na minha cama. Fico pensando na vida.

                       (...)

Estava no camarim terminando minha maquiagem. Quando ouço batidas na porta.

- Já está pronta? - uma moça de cabelos lisos ruivos e magra pergunta.

- Já sim. - sorrio, me levanto e a sigo.
Chegamos no estúdio que ainda estava sendo arrumado. Sento em uma cadeira e fico esperando. Sinto alguém me abraçar por trás e um beijo molhado na minha bochecha.