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História A Outra. - Minha mulher.


Escrita por: AnnaReys

Capítulo 45 - Minha mulher.


Fanfic / Fanfiction A Outra. - Minha mulher.

P.O.V. Sergio Ramos.

 

Maria está deitada no sofá, alegando que suas pernas estavam bambas e que estava cansada.

- Vamos subir. – Digo e beijo sua bochecha, sentando no espaço do sofá olhando-a.

- Espera mais um pouco, minhas pernas ainda estão bambas. – Diz ela com um sorriso imenso no rosto, o que me faz sorrir.

- Levo você e essa menininha aí, lá para cima. – Passo os braços por suas pernas e pescoço, mantendo-a firme contra meu peito. Sinto suas mãos se cruzarem em volta do meu pescoço.

 - Sergio desliga o som primeiro. – Ela rir. Reviro os olhos, já estava no pé da escada quando ela me adverte. Volto com ela ainda no meu colo. Pego o controle com a mão que está sobre suas pernas e desligo.

- Satisfeita agora, Srta? – Olho para baixo e pergunto.

- Muito.

Subo as escadas com ela é nosso bebê em seu ventre. Empurro a porta com o pé, adentro e coloco-a sobre a cama e deito ao seu lado.

- Estava pensando ... o que você acha de irmos à minha casa de campo em Málaga? - Pergunto.

- Eu já vi o senhor postando foto dela, mas nunca me falou sobre. – Diz ela dando de ombros.

Como se não ligasse por eu nunca ter comentado sobre a casa, mas que na realidade está se remoendo por dentro.

- Geralmente vou para lá, quando nós dois brigamos. - Dou de ombros. - Fazia uma mala pequena e levava Junior comigo. No tempo em que estava dirigindo eu pensava em nós dois.

- Hmm... E, em fala em “briga” aonde o Senhor passou a noite? Foi nessa casa? – Pergunta ela, se levantando e se encostando na cabeceira da cama e cruzando os braços. Sorrio.

- Passei a noite na casa do Cris. – Digo a pura verdade. Ela se desfaz o muro que tinha colocado entre nós, descruza os braços e arregala os olhos.

- Voltaram a conversar? Que bom. Estava me sentindo culpada por isso. Vocês já eram amigos bem antes de a pessoa aqui, entrar em sua vida, então seria injusto os dois ficar com raiva um do outro por minha causa.

- Vamos combinar, nós brigamos por um bom e claro motivo. – Digo me levantando da cama e indo em direção ao banheiro.

- Mesmo assim, estou feliz por vocês os dois. – Diz ela alto e ouço seus passos no piso. Fica parada no marco da porta do banheiro, encaro-a, enquanto escovo os dentes.

- Quero conhecer essa sua casa e andar a cavalo. – Muda ela de assunto, desviando nossa conversa. Estreito os olhos para minha mulher, enxáguo a boca colocando a escova no lugar.

- Tira essa ideia de andar a cavalo da cabeça, senhorita. – Ando até ela, parando minhas mãos na sua cintura acentuada.

- Por que? – Sua expressão se fecha novamente.

- Porque não. Você está grávida. – Faço carinho em sua cintura e beijo seus lábios de leve. – Não adianta ficar emburrada, não vai e pronto. – Digo rígido.

- Eu não sou criança. – Diz entre os dentes.

- Não é, mas está carregando uma. – Passo a mão sobre seu rosto adorável, coloco a mecha de cabelo que está em seu rosto, atrás da sua orelha, admirando-a – Você. Não. Vai. E. Ponto. Meu. Amor. – Digo fazendo uma pausa a cada beijo que distribuo por sua bochecha, nariz, boca e pescoço.

- Por favor isso é injusto. Eu confio em você. – Diz manhosa.

- Jogo sujo, Maria. Olho impassível para ela que sorrir de canto. - Jogou sujo desta vez, Srta. Ramos. – Digo soltando- a. – Minha resposta ainda continua sendo não.

- Estou tentando jogar com as armas que eu tenho. Bom pelo menos tentei jogar. –  Da de ombros e sai voltando para o quarto.

- Toma banho comigo? – Grito.

- Não quero. – Minha eterna garotinha grita em reposta, me fazendo sorrir e negar com a cabeça. Quando estou prestes a tirar a calça meu celular toca. Atendo assim que encontro o em cima do criando, olho o número. Mãe. Fecho os olhos e respiro fundo.

- Oi, mamá. - Digo.

 - Você vem para o meu aniversário, né? - Droga. Me culpo por ter esquecido desta data tão importante.

- Se você me prometer que vai se desculpar com Maria. – Não custa tentar. Sei que ela é dura na queda e não abaixa a cabeça para ninguém, mesmo estando errada.

- Só vem. – Diz ela impaciente e desliga.

Agora eu me pergunto, será que Maria vai aceita ir comigo? Depois de um banho tomado, espero Maria terminar o seu.

- Amor. – Tenho toda sua atenção depois de chamá-la. Ela vem até mim, somente de toalha, com um coque bagunçado no topo da cabeça com uns filetes de cabelo molhado grudados em seu rosto, deixando- a ainda mais sexy. Sem desvio, agora não... gesticulo para mim mesmo.

- Hoje é aniversário da minha mãe e.... – Puxo-a para meu colo. - Queria que você fosse comigo. – Beijos seus lábios de leve.

- Sergio não sei não. Depois de tudo que ela falou... envolveu o Tony e tudo mais que ela quis falar de mim. - Diz ela em um tom totalmente desconfortável.

- Eu sei que ela passou dos limites, mas todos merecemos uma segunda chance. Olha você me deu a minha segunda chance, eu dei uma segunda chance ao Cris, agora é sua vez de dar uma segunda chance a minha mãe.

- Quantas horas vai ser? – Pergunta. YES!!

- Às sete e meia. – Digo chutando as horas.

- Posso pensar até lá? – Pergunta. Balanço a cabeça gesticulando um sim e sorrio.

Melhor do que um NÃO de cara, tenho esperança ainda e sei que ela não é de guardar rancor. Então... espero que tudo saia bem.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Já se passava das cinco e meia da tarde e nada dela falar. Sentado no sofá jogando WAR, recebo uma mensagem de Cris.

 

Não veio para dormir ontem à noite e até agora não chegou, presumo que se acertaram. – 5:34pm.

 

Sim, ela me deu uma segunda chance. Passo aí amanhã para poder pegar minhas coisas e agradecer  pela hospedagem. – 5:35pm.

 

- Sergio. – Maria grita do segundo andar. Literalmente salto do sofá de susto. Meu Deus, mulher!! Meu coração acelera.

- Eu não tenho roupa para ir. - Meu coração palpita de alívio. Pauso o jogo, subo correndo as escadas e chego ao quarto.

Ela está em pé fitando seu espaço no closet, com um tanto de vestido jogado em cima do sofá, no centro abaixo do lustre de centro.

- Eu não tenho vestido. – Diz frustrada, se jogando em cima do sofá.

- E esses? – Aponto.

- Eu já usei. – Respira fundo. - Como é a festa? Casual ou festões? - Começo a rir, mas paro quando vejo-a estreitar os olhos para mim e revira-los em imediato.

- Posso escolher um ao meu gosto? – Pergunto desviando a tensão para longe.

- Pode. – Diz ela se dando por vencida.

Vasculho um entre um milhão. Escolho com renda. Ahh! Renda.

- Esse? – Estendo a peça para ela, olhando a peça atentamente, ela sorrir e me abraça. Foi um abraço inesperado, retribuo, apertando- a contra mim.

- Obrigada. – Pega a peça da minha mãe e coloca pendurada no gancho e coloca sapato ali perto do vestido.

- É um festão, como você mesmo disse. – Saio do quarto deixando-a se arrumar.

 

 

 

 

 

 

 

 

JÁ ESTAVA PRONTO à espera dela, bebendo uma dose de uísque ao som de Demarco Flamengo, sento no sofá, ansioso por ela.

Ouço o barulho de seus saltos, olho em direção a escada e fico impressionado.

 Ela está divina, linda como sempre.

Com os cabelos longos escovados, pouca maquiagem nos olhos e um batom vermelho escuro na boca. Pego em sua mão ajudando-a descer o restante dos degraus. Viro-a de costas para mim. Coloco o copo da mesa de centro.

- O que está fazendo? – Pergunta com um sorriso no rosto.

- Você está muito linda. – Tiro seu cabelo das costas, colocando os em seu ombro.

- Sergio... – Mexe a cabeça para o lado. Sorrio. Vou para tirar seu colocar, mas percebo que está com o símbolo da Virgem, ela me adverte. - Não tira, eu gosto dele. – Ela se vira e beija o símbolo.

- Não vou mais tira-lo. – Coloco a caixa de veludo preta em suas mãos. – Abre quando voltarmos. – Ela assente e coloca na mesa de centro. Pego em sua mão e a conduzo até a porta.

 

Entramos no audi R8 preto e partimos. No meio do caminho paro no semáforo e coloco minha mão sobre sua coxa coberta pela renda branca do vestido, fazendo-a sobressaltar no banco.

- Calma. - Me viro para ela.

- Estou um pouco nervosa. Eu não sei se isso vai dar certo. – Diz tudo de uma vez só.

Rio por dentro.

- Calma. Relaxa. Tudo vai dar certo. – Assim espero!

 

 

 

 

 

 

 

 

Chegando, estaciono o carro no jardim da frente, luzes iluminam o jardim, tem música clássica e algumas conversas lá dentro da casa. Salto do carro e abro a porta para Maria.

 - Vamos? - Seguro em sua mão, ela nega com a cabeça com um sorriso amarelo nos lábios, dando mais ênfase a seu nervosismo.

Passo meu braço por sua cintura, mantendo-a mais próxima de mim, adentramos na casa.

A música fica cada vez mais alto ao modo que vamos adentrando na casa.

- Sergio. – Minha irmã praticamente grita ao chegarmos na sala. - Que bom que chegou. Recebo dois beijos e um abraço caloroso, mas não tiro meu braço ao redor de Maria.

- Essa é Maria. – Digo. – Maria, essa é a pessoa mais escandalosa do mundo. – Minha irmã me repreende com um tapa nos ombros.

- Finalmente estou conhecendo a famosa MARIA, Sergio me falou sobre muito sobre você. – Diz ela como se eu não estivesse ali.

Maria me lança um olhar como “O que será que você falou de mim? ”. Essa pergunta é fácil de responder.... ou não.

- Prazer em conhece- lá. – Cumprimenta Maria com doçura, diferente da minha mãe. Ela retribui com carinho e sorrir.

- O prazer é todo meu. - Cadê o Junior? E o Anthony? Estou louca para conhecer meu sobrinho mais novo. - Pergunta ela com empolgação.

- Saiu com meu sogro. – Vejo-a franzir a testa.

- Hoje é dia de netos e avô. É uma coisa já frequente. – Maria explica.

- Queria poder conhecê-lo. Mas, vamos ter outra oportunidade. – Minha irmã sorrir e chega mais perto. - Sei o que aconteceu com a história da Pilar, a mamá contou, mas não dei muito ouvido a ela, porque sei que você não faria isso em plena consciência. – Estreita os olhos para mim.

- Bem... eu estava em plena consciência.... Bem é bastante complicado. – Recebo um olhar frio da minha irmã e se sinto Maria tirar meu braço de sua cintura, mas me mantenho firme e a seguro-a mais perto de mim.

- Mi hijo!!! – Ouvimos a voz da senhora da casa. Minha mãe.

- Quero saber dessa história toda depois. - Minha querida irmã diz entre os dentes.

- Que bom que você veio, mi hijo. – Minha mãe diz me dando dois beijinhos no rosto e um abraço. - Pilar está lá dentro. Venha. – Pega em minha mão. Antes de mim puxar casa a dentro, olha para os lados e provavelmente procurando por Júnior. - Cadê meu neto? - Pergunta.

Sinto a mão de Maria aperta meu paletó nas costas.

- Saiu com o avô. – Digo e vejo-a não muito feliz.

- Olá Maria. - Diz e arqueia a sobrancelha para minha mulher.

- Olá Senhora Ramos. - Maria diz totalmente desconfortável.

- Filho! – Diz meu pai se aproximando de nos. - Como vai, senhorita? – Meu pai cumprimenta Maria devidamente e me abraça.

- Senhor José, que prazer o conhecer. – Ela abraça meu pai que retribui educado.

- Cadê os meus netos? Só vi o Anthony por foto, quero conhecê-lo.

- Ele não pode vim porque está com os outros avos. Estou chateada, muito chateada. Queria meu neto comigo, no meu aniversário. – Ela pode até estar chateada, mas não precisa ficar fazendo esse drama todo.

- Passo com ele aqui na segunda. – Digo

- Vamos entrar meu filho. – Meu pai me chama, eu olho Maria e entrelaço nossos dedos e adentro mais na casa. Comprimento pessoas ali presentes, em especial as que fazer parte da minha família e apresento Maria a elas.

Pego uma taça de vinho branco e me sento com meus primos e tios, enquanto Miriam está sentada com Maria no sofá. Com o olhar não muito distante delas. Olho ao arredor e vejo Pilar sentada em uma mesa junta da minha mãe, da minha avó e meu avô e amigas da senhora Ramos.

- Muito bonita sua mulher, só de pensar que você achou que ia pegar fácil e larga fácil. – Rimos. – Me lembro no dia da balada, você não parava de olhar para ela e na hora que a oportunidade perfeita veio, você tirou ela de dentro daquela balada e saiu fora. Bom presumo porque depois eu nem vi seu rastro. – Completa Dilan, um dos meus primos. Tenho uma família bem grande.

- Eu me apeguei a ela, e me apeguei é muito, me apaixonei melhor dizendo. Hoje é difícil me imaginar sem ela. – Sorrio e viro um pouco a cabeça para observá-la.

- E Pilar? Como fica nessa história toda? – Pergunta Robert, meu primo mais velho. Ainda estou encarando Maria que sorrir abertamente para Miriam.

 - Tenho dois filhos com ela, mas meu relacionamento com ela acabou. – E nessa conversa acabo falando da gravidez de Maria.

- Um quase nascendo e outro vindo, que isso, hein!! Para quem falou que nunca iria ter filhos. Agora praticamente vai ter dois de uma vez só e com mulheres diferentes. – Robert brinca. Rimos.

Vejo Miriam oferecendo vinho para Maria e ela dizendo que não, mas Miriam como uma boa teimosa que é, insiste e coloca um pouco em uma taça. Me levanto e vou até lá e praticamente tomo a taça de suas mãos e bebo um pouco.

- Ela não pode. – Fico atrás da cadeira de Maria. Passo minha mão livre em sua barriga, vendo a expressão de raiva do rosto de minha irmã desaparecer e dá espaço a um de surpresa. Leva a mão a boca, tampando-a e olhos arregalados.

- Ahh!!- Seu grito é abafado pela sua mão. Parecendo uma criança quando ganha um brinquedo novo. - Não acredito. Parabéns!!

-Shiiiu!!!! Sem escândalo. – Faço o gesto com o dedo.

 - Quero contar quando toda minha família estiver reunida. – Maria diz e sorrir.

 - Também fiquei sabendo da gravidez, tem apenas três dias. – Digo e bebo mais um gole de vinho. Conversa vai, conversa vem, quando uma presença um tanto desconfortável, fecha o tempo ao nosso arredor.

- Olá Sergio. – Levanto o olhar e vejo Pilar. Não posso ver o rosto de Maria, mas tenho certeza de que está como um vulcão em erupção. - Cadê meu filho? - Algo me diz que essa conversa não irá acabar bem. Enfim...

- Está com o avô. - Digo. - Florentino.

- Você sabe que deveria ter me consultado antes, eu sou a mãe dele. - Altera a voz.

Paciência, meus Deus me dá um pouco de paciência.

- Ele volta no domingo à noite. É que eu saiba, vou ficar com ele até terça.

- Se você viajasse, mas não foi o que aconteceu, pelo visto. Quero ele aqui, não quero ele com outra família, ele não tem nada a ver com a família Peréz.

- Pilar para, para de dá show. Para. – Digo entre os dentes, olhando de lance os olhares curiosos.

- Tudo bem. – Bufa ela. - Ah! Você já contou a ela, que nós... hmmm....

- Que vocês transaram? – Maria interrompe, acabando com todas brincadeirinhas de Pilar. – Sim! Ele me contou tudo. Ah, e Parabéns, é um lindo nome, Marco.

- Então quer dizer que você já sabe? E simplesmente aceitou? Você é uma idiota mesma. – Pilar rir com um completo desdém.

- Sou burra como você. Você já se esqueceu do dia em que foi a minha casa e o beijou ele? – Maria ponta o dedo indicador para mim. - A FORÇA? – Arqueia a sobrancelha. Posso sentir isso. - Foi um plano muito ridículo da sua parte, eu sabia que você e a Nadia eram “amiguinhas”, e sei que ela também nunca foi muito com a minha cara.

- Minha filha você está grávida, não vale ficar discutindo deste jeito. – Minha mãe se próxima da nossa mesa e coloca as mãos nos ombros de Pilar.

- Diz isso para Maria também. – Miriam diz para uma completa surpresa minha, da minha mãe, do meu pai, de Maria, mas em um em especial, á de Pilar. Merda!!

- Por que? – Minha mãe pergunta para Miriam.

- Miriam não, por favor. – Maria pede a minha irmã.

- Maria ela não pode ficar te tratando assim, por mais que seja minha mãe. – Miriam diz e volta atenção para minha mãe. – Maria também está grávida. Adverte Pilar também mamá.

- Você o que? – Pilar está completamente chocada. – Você só está gravida por pura inveja, por puro egoísmo. – As lágrimas escorrem pelo seu rosto.  – Está com medo dele dar mais atenção a mim e ao meu filho, do que para você e aquele bastardo do seu filho. – Grita.

Maria se levanta da cadeira e ficando frente á frente com Pilar. 



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