1. Spirit Fanfics >
  2. A Outra Chance >
  3. Mensagens

História A Outra Chance - Mensagens


Escrita por: P_Imperatrix

Notas do Autor


Essa fic se passa três anos após Stars.

Guia para os esquecidos (eu também não sou boa em lembrar):

Kunzite = Sabakuno Kotei

Zoisite = Saitou Izou

Jadeite = Ishino Midori

Nephrite = Sanjouin Masato

Muito obrigada Gy Ganoza por encontrar tempo para betar! Você é um amor! *hugs*

Capítulo 5 - Mensagens


“Todas as estradas que levam a você até lá são tortuosas
Todas as luzes que iluminam o caminho nos cegam
Existem muitas coisas que eu gostaria de te dizer
Mas não sei como”

Oasis - Wonderwall

 

Hotaru chorava, Haruka a pegou no colo e junto ao resto de sua pequena família, conversavam com a criança num canto mais afastado, e sem cacos de vidro, da sala.

Mamoru ignorou a todos na sala e levou as duas Usagis para seu quarto. Lá colocou a menina sobre a cama e foi ao banheiro pegar a maleta de primeiros-socorros, Usagi se ajoelhou ao lado da filha, colocando a mãozinha rechonchuda entre as suas, lágrimas ainda rolavam livremente por seu rosto.

– Usako, me deixe cuidar dela, sim? – pediu ele gentilmente.

Usagi assentiu e, secando apressadamente as lágrimas com as costas das mãos, se afastou para se sentar na cama, aos pés da garotinha.

Depois de um tempo a examinando e feito o curativo nos cortes que a menina havia conseguido e agradecendo por nenhum deles ser grave, Mamoru começou a tentar acordá-la, chacoalhando-a gentilmente pelos ombros.

– Chibiusa, acorde! Usako, me ajude, ela bateu a cabeça, não acho que seja grave, mas precisamos mantê-la acordada por enquanto.

Usagi assentiu e começou a ajudar o noivo em sua tarefa, logo a menina abria os olhinhos vermelhos para o alívio dos outros dois.

– Mama? Papa?

– Estamos aqui – assegurou Usagi sorrindo – Q-que dizer, mais ou menos – e riu sem graça.

– Mamo-chan! Usagi! – exclamou ainda grogue e fazendo força para se sentar, mas sendo impedida pelo moreno.

– Não, não. Fique deitada, você precisa descansar.

– Que susto que você nos deu, sua inconsequente! Por que tinha que tentar fazer uma grande entrada em vez de subir pelo elevador como uma pessoa normal?! Eu pensei que você estava morta!

– Usagi idiota! Cale a boca! Minha cabeça está doendo... – reclamou numa voz chorosa.

A loira abriu a boca para replicar, mas Mamoru a cortou.

– Usako, chega. Mas, Chibiusa, ela tem razão, promete que nunca mais vai fazer algo arriscado assim?

Ela revirou os olhos, amuada.

– ‘Ta bom! Não faço mais.

Os dois adultos sorriram satisfeitos.

– Eu vou lá fora avisar a todos que está tudo bem, comportem-se as duas. Nada de brigas, Chibiusa está debilitada.

– Não, Mamo-chan! – exasperou-se Chibiusa conseguindo se sentar, mesmo com a tontura dificultando o ato. – Eu não posso ficar muito tempo! M-meus pais não sabem que eu vim... – disse a última frase baixinho enquanto olhava para as próprias mãos, reunido coragem para encarar o olhar de surpresa e reprovação do moreno, logo após – Mas eu tenho um recado muito importante para dar!

– Chibiusa, depois – disse autoritário, agora que vira que menina estava bem, pensara no quanto fora louco deixar a sós um bando de Sailors Senshi magoadas e sedentas por vingança com o Shitennou, cujo um de seus componentes é o Jadeite.

– Por que não disse aos seus pais que viria, Chibiusa? – perguntou Usagi – Eles devem estar doentes de preocupação!

– Er... É que eu estou proibida de vir aqui... – e riu nervosamente de exatamente como sua mãe faria.

– Como?! – perguntaram os outros dois em coro.

– Eu meio que te disse da outra vez Usagi... Você vai ficar grávida logo, não é? – ela brincava com o lençol constrangida enquanto os outros dois não poderiam corar mais forte – Vocês já estão noivos e tudo mais... E se eu estiver em dois lugares ao mesmo tempo posso causar um distúrbio dimensional... Quero dizer, daquela vez em que vocês foram até Crystal Tokyo o tempo já estava uma bagunça mesmo, mas agora Puu ficaria bastante irritada.

– Er... Entendo... – disse Mamoru após um tempo de silêncio constrangedor – Mas até amanhã, pelo menos, você fica.

– Mas!

– Nem mas, nem meio mas. Não vou te deixar viajar no tempo depois de bater a cabeça, isso pode ser um machucado grave – explicou ele terminando a discussão. – Já volto.

oOo

– O que diabos foi isso tudo?! – perguntou Masato assim que a porta fechou.

– Como eles podem ter uma filha? Ainda mais daquela idade?! Dymion engravidou a Serenity quando a pobre menina tinha doze anos ou o que? – Izou parecia completamente horrorizado.

– O Dymion que eu conhecia manteria a noiva virgem até a noite de núpcias... – Midori fingiu pensar por um momento e depois completou com uma risadinha sarcástica – Certo, não mesmo, mas uma filha, naquela idade! Vocês entendem o que eu quero dizer!

Kotei nada disse, mas o assombro estava estampado em seu rosto quase sempre inexpressivo. Makoto e Minako trocaram olhares divertidos antes de caírem na gargalhada, Ami riu de um modo mais contido, Rei revirou os olhos.

– Aquela é Princess Usagi Small Lady Serenity – começou a explicar Ami, com ar de riso na voz – Ou Chibiusa, neste tempo. Ela é a filha de Usagi-chan e Mamoru-san vinda do futuro, ou melhor, de Neo Queen Serenity e Neo King Endymion. Eles governam Crystal Tokyo no século XXX.

– Neo quem? Cristal o que? Criança do futuro? – perguntou Masato descrente e confuso.

– Olha, não sei não, mas acho que vocês Senshi fizeram uma “bad trip” no ácido...

– Por mais incrível que pareça, caro Jadeite, – disse Minako se apoiando em Makoto que ainda ria um pouco – é tudo verdade.

Os dois se encararam por alguns segundos depois que o momento de descontração era levado pela atmosfera estranha, o riso de Minako quebrara e em seu rosto, agora, havia uma expressão estranha que Midori encarava com os olhos tristes, lembrando que, no passado, costumavam serem amigos.

A porta se abriu dando passagem a Mamoru.

– Ela está bem, somente alguns arranhões e uma batidinha na cabeça que, com sorte, não é nada demais – as meninas soltaram exclamações de alívio.

– Você ouviu, Hotaru-chan? – perguntou Michiru enquanto as quatro voltavam a se juntar o grupo – Chibiusa-chan está bem – e secou as lágrimas que restavam no rosto da menina agarrada a sua Haruka-papa.

Mas antes que mais alguma coisa fosse dita, outro barulho estranho foi ouvido vindo da sacada, surpreendendo a todos mais uma vez.

– Quantos filhos do futuro eles tem, afinal?

– Midori, por favor? – pediu Kotei com sinais de impaciência pela primeira vez.

– É a Luna-P! – exclamou Ami.

– Mas outra carta escrita inteiramente em hiragana? – perguntou Rei enquanto a garota de cabelos azuis abria o envelope.

– Quem só escreve em hiragana? – foi a vez de Izou fazer perguntas impertinentes.

– Neo Queen Serenity – riu-se Makoto.

– Eles estão realmente bravos com ela – comentou Ami com uma careta enquanto lia - Principalmente er... Endymion...

– Ela veio sem o consentimento deles – explicou Mamoru um pouco sem graça.

– O que mais a carta diz? – perguntou Minako tentando ler enquanto a outra ainda segurava – Oh meu deus! – e tirou a carda das mãos da outra que também tinha os olhos arregalados de surpresa, mas não tão dramaticamente quanto a loira.

– Menos teatro e diga logo o que diabos Serenity escreveu na carta! – reclamou Rei.

– Ela suplica, na verdade, dá ordens para que nós não destruamos o Shitennou...

Haruka riu sem humor.

– É claro que sim, mas odango só vai ser rainha daqui a muito tempo, por enquanto, eu decido quem eu mato ou não.

Minako revirou os olhos com a arrogância da outra.

– Ela é sua princesa e será sua rainha, você não deveria demonstrar esse tipo de insubordinação.

– Não me venha com esse papo moralista, Venus, pois sabemos que está pulando de alegria com a notícia, conheço seu histórico, e já não sei se conheço sua lealdade!

– Haruka! Você enlouqueceu?! – repreendeu-a Michiru.

– Como ousa! – os olhos de Minako ficaram em chamas e notando o perigo, Makoto interpôs as duas.

– Dê a Hotaru para a Setsuna. Agora! – e após a loira obedecer, Michiru a puxou para longe e as duas começaram a discutir em voz não tão baixa assim.

– Senhoritas, por favor, daqui a pouco, como combinado, vocês vão ter a oportunidade de opinar sobre a situação – disse Mamoru com um ar cansado. – Voltem para a sala de jantar, vamos terminar a conversa lá, aqui está perigoso, ainda mais para Hotaru-chan...

– Mamo-chan! – todos se viraram em direção à voz, o moreno respirou fundo pedindo paciência.

– Usako! Chibiusa! O que vocês...?

– Ela não me deu escolha – tratou de explicar a amuada Usagi.

– Mamo-chan... – cortou Chibiusa com seu tom mais doce enquanto amparada pela futura mãe – Eu tenho que passar o recado.

– Small Lady, você não está bem, o que quer que seja, pode ser dito mais tarde, ouça Mamoru-san – aconselhou Setsuna.

– Não Puu, eu vim aqui escondida, a qualquer momento alguém pode vir aqui e me levar!

– Seus pais já disseram, na carta que mandaram pela Luna-P, que não querem que destruamos o Shitennou – explicou Makoto com um sorriso afável. – Fique tranquila.

Mas só serviu para menina agitar-se mais.

– Não! Não é deles o recado!

– E de quem é o recado? – a pergunta veio de Mamoru. Os outros quatro homens presentes pareciam completamente confusos, até mesmo Kotei tinha uma expressão engraçada no rosto.

– Elysion... – ela disse num fio de voz, corando e desviando o olhar para o chão. – Helios... E-ele me pediu para vir até vocês e dizer que o Shitennou pertence à Terra e que não deve ser tocado pela Lua, e também que não devem ser motivo de preocupação já que, como sua situação é incerta, Elysion não vai conceder os poderes do Golden Crystal para eles... Não até passarem pelo julgamento no tribunal de Elysion – ela respirou fundo – Era isso!

– Que basicamente era todo o poder que tínhamos! – queixou-se Masato.

Mamoru cruzou os braços, ele era o portador do Golden Crystal, certo? Não deveria ser ele a decidir isso?

– Espere – pediu Minako com uma expressão grave – Você tem permissão para ir a Elysion assim quando quer? – a pele do rosto de Chibiusa ficou de um rosa mais brilhante do que seus cabelos e, como por reflexo, ela se escondeu atrás das saias de Usagi – Aposto que você vive fugindo para se encontrar com seu menino unicórnio, por isso, seus pais pareceram tão bravos – ela suspirou dramaticamente colocando as costas de uma das mãos na testa. – Que os deuses ajudem o Sailor Quartet! Porque você é igualzinha a sua mãe! – ela acusou com os olhos em fendas, fazendo mais uma de suas grandes cenas e levando a maioria das pessoas na sala a prender o riso.

– Hey! – reclamou Usagi.

– O que é? Você acha que alguma de nós achava maravilhoso seguir uma princesa crescida até a Terra de cinco em cinco minutos como se fosse uma criança fujona?

– Ah V-chan, você sabe que não tem nenhuma moral pra me dizer uma coisa dessas – respondeu com um ar risonho.

Mas a hora ainda era errada para a brincadeira e o foi como se um vento frio tivesse invadido a sala.

– Er... – começou Makoto totalmente sem graça – Votação?

– Sim, sim – disse Mamoru voltando a vida. – Mas primeiro, vamos colocar Chibiusa na cama...

– Não! Mamo-chan, eu quero ficar! – pediu com um ar choroso – Eu ainda nem falei com a Hotaru-chan e as outras... Não sei quando vou ter que ir, vai que a Ceres, a Juno e as outras aparecem aqui e me levam?

– Isso não está certo, você tem que ficar em repouso para ficar boa e eu não deixaria ninguém te levar com você do jeito que está... – assegurou ele, mas sem abandonar o ar preocupado.

– Por favor, Mamo-chan, por favorzinho! – tentou outra vez, agora com olhinhos de coelho suplicantes – Usagi, peça a ele!

– E-eu?!

– Tsc, inútil! – e voltou a exibir seu ar “angelical” – Por favor, eu juro que fico quietinha!

Mamoru procurou os olhos de Usagi que assentiu, ele suspirou cansado.

– Certo, certo.

– Obrigada! – ela se soltou de Usagi e abraçou o moreno que corou levemente ou ouvir coisas como “Awwwn” e “Que fofo!”.

– Vamos voltar para sala de jantar, gente – sugeriu Usagi – Chibiusa, você jantou antes de vir pra cá?

– Foi você quem fez a comida?

– É lasanha congelada, por quê? – perguntou com uma sobrancelha erguida.

– Ah! Então é seguro comer!

Todos menos Usagi riram.

– Hey! O que você quer dizer com isso?!

Mas, a despeito das brincadeiras feitas, ao se sentarem a mesa, o motivo de estarem ali se impôs sem pedir licença e Minako poderia jurar que a temperatura havia caído uns dois graus ao sentir um tremor atravessar seu corpo.

Mamoru e seu Shitennou estavam em mortal silêncio, sabiam que por mais que as advertências vindas de Elysion e Crystal Tokyo houvessem tirado suas esperanças do status de nulas para remotamente possíveis, ainda era algo muito pequeno.

 


Notas Finais


N/A: E então o capítulo que devia ter sido dividido em dois, foi dividido em três porque eu escrevi doze páginas na parte dois duas vezes O.o

Tivemos:

Shitennou foi apresentado ao “Rabito” XP Saudades o tantã do Demando, alguém? Não né?

Michiru e Haruka discutindo a relação na frente dos outros, sem novidades nisso.

Chibiusa candidata a futura adolescente grávida LOL

E quem diria! Até aquele povo inútil de Elysion resolveu dar pitaco na situação.

Não lembro se eu já disse aqui, mas depois do Kunz – que anda sem graça de doer nessa fic – o meu Shitennou preferido é o Nephrite (era, hoje em dia é o Sr. Judite) e nesse cap e no próximo dá pra conhecer um pouco da minha versão dele, penso nele nervozinho e sem noção como em Four King Hell (um fanzine Shitennou/Senshi em andamento que eu a-d-o-r-o), mas não tão cara de pau.

Vejo você no próximo capítulo?

Comentários são muito bem vindos!

Kisses


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...